Oi gente!
Mais uma adaptação linda chegando.
Acredito que muitas de vcs conheçam este livro.
É INCRÍVEL, SURPREENDENTE, MARAVILHOSO...
E nada como ler tendo como protagonistas nosso casal favorito.
Boa leitura
Wilma e Betty fodem como estrelas pornô. Eu sabia, por experiência,
eu estava transando com elas nos últimos quatro meses.
Cavei meus dedos no cabelo cor de chocolate e pressionei para
baixo, até o fundo da garganta massageando meu pau escorregadio.
Uma língua plana adicionou pressão embaixo do meu eixo enquanto
uma mão delicada massageava meu saco. Um gemido pressionou
contra a parte de trás dos meus dentes e Betty riu sobre a cabeça do
meu pau. O barulho alto encheu o quarto de hotel, enquanto ela me
chupava como se meu orgasmo fosse a resposta para a paz mundial.
A loira se movia para cima e para baixo entre as coxas de Betty.
Ela gemeu de novo e de novo, enquanto Wilma lambia e chupava suas
doces dobras rosadas. Os estalos molhados eram um afrodisíaco, me
empurrando mais rápido em direção a libertação. Era uma coisa bonita
de se ouvir e assistir para os cinco sentidos.
Eu não conseguia segurar por mais tempo, especialmente não
com duas mulheres sexys pra porra me sugando. Eu gozo, vindo forte e
rápido com uma série de palavrões. Ambas capturaram meus jatos,
lambendo-o como em boas vindas, lambendo os lábios uma da outra
com o meu toque pessoal revestindo suas línguas. Foi realmente uma
coisa linda.
Mais tarde, com as duas mulheres dormindo ao meu lado, eu tirei
o lençol e me arrastei da cama. Wilma murmurou algo em seu sono
enquanto eu colocava minha calça e minha camisa. Meu caro casaco
cobriu meus braços e a gravata em volta do meu pescoço estava bem
amarrada. Quando eu deixei o quarto de hotel, eu estava
completamente satisfeito e pronto para enfrentar o caos de Nova York à
noite.
No momento em que eu voltei ao clube, Tania estava esperando na
minha sala.
— Parece que você foi completamente fodido e chupado para o
esquecimento, — disse ela, me servindo um copo de meu uísque
favorito.
— Wilma e Betty... — eu cantarolei. Meus dedos enrolaram em
torno do copo de Johnnie Walker, quando me joguei no couro da
minha cadeira favorita.
Eu passei muitas noites com a ruiva e a morena. Era meu duo
favorito de meninas. Wilma comia uma buceta como uma mulher
faminta e Betty chupa um pau como se estivesse indo para ganhar uma
medalha de ouro em boquetes.
— Estou surpresa que você não está entediado com elas ainda, —
Tania bufou.
Ela tirou o casaco e o atirou na parte de trás do sofá de couro
preto no meu escritório.
— Ainda não. — um sorriso se esticou do meu rosto e eu balancei
meu uísque ao redor, fazendo o gelo tintilar contra os lados do copo.
Tania é minha assistente e tinha sido
durante os últimos seis anos. Nós crescemos em um orfanato juntos e
ela era meu braço direito. Cobríamos as bundas um do outro quando a
merda ficava fora de controle, o que tendia a acontecer quando éramos
mais jovens. Ela era a única pessoa no mundo que conhecia cada
detalhe da minha vida – cada porra de detalhe – e ela era a única
mulher na minha vida que eu não tinha fodido.
Não era que Tania não fosse atraente, ela era sexy do tipo Sharon Stone ; é só que ela era mais como uma irmã para mim. Eu
não tenho quaisquer irmãos. Inferno, eu não tinha família, por isso a
nossa relação era especial, mesmo que eu nunca disse isso a ela.
Homens a achavam atraente. Seu cabelo longo e loiro sempre
estava puxado em um rabo de cavalo apertado e seu guarda-roupa
consistia em preto. Ela tinha lábios carnudos que se formavam em uma
carranca permanente e grandes olhos azul-celeste. Tania tinha aquele
olhar de puta sexy - como se ela tivesse minutos atrás balançado um
chicote e te fodido sem sentido.
Eu chutei um monte de bundas enquanto ela crescia. Então, eu
corri para longe do sistema, deixando ela cuidando de si mesma. Me
matou quando eu descobri que ela ganhava dinheiro vendendo sua
bunda durante os anos em que estivemos separados. Nem preciso dizer
que, quando eu me tornei "o rico pra caralho", que eu sou hoje, eu a
trouxe junto. Tendo a certeza que ela nunca teria que deitar de costas
para ter dinheiro novamente.
— Alguma sorte em encontrar sua Princesa Jasmine , Alladin? — ela
perguntou, tocando a papelada da noite, reunindo as contas.
Inclino o copo aos lábios, o líquido suave deslizou pela minha
garganta abaixo, acendendo uma queimadura no meu peito. Coloquei o
copo sobre uma mesa e me levantei.
— Jasmine é um mito. Não há essa Jasmine neste mundo, mas se eu encontrar uma,
você vai ser a primeira a saber, — eu pisquei. — Como está indo?
Ela ergueu um papel com um sorriso.
— Hoje foi bom. Dez mil a mais do que na noite passada. Parece que o artigo
do New York Times valeu a pena. É claro que o fato de eles terem chamado Aro's de a 'mais
nova e quente casa noturna em Nova York' não tenha doído.
Peguei o papel dela e olho para as percentagens. Ela estava certa.
Aro's tinha trazido quase o dobro da receita da noite anterior. O fato de
que eu estava apostando muito em um dia de semana significava que
eu tinha, sozinho, construído Aro's em um sucesso.
Eu percorri um longo caminho desde que tinha dezessete anos de
idade, do punk que eu costumava ser. Eu devia isso tudo para Aro's... a
boate e ao próprio homem.
Quando eu tinha dezenove anos, eu fiquei cara a cara com o cano
da espingarda de Aro. O que eu poderia dizer? Eu estava em alguma
merda. Ele poderia ter acabado comigo. Inferno, ele poderia ter me
matado, mas ele me deu um emprego em seu bar, aquele buraco, e me
ensinou tudo o que sabia sobre o negócio. Ele se tornou como um pai
para mim. O único pai que eu conhecia, desde que o meu tinha me
deixado em um conjunto de degraus da igreja com uma fralda de merda
em volta da minha bunda.
Infelizmente, Aro morreu quando eu tinha vinte e dois anos, me
deixando o bar e algumas velhas ações e títulos de certificados. Cuidei
desses certificados enquanto eu trabalhava no bar e morava no
apartamento minúsculo acima dele. Foram só anos mais tarde que eu
descobri que esses certificados valiam milhões.
Peguei o dinheiro, abri meu próprio lugar, nomeando-o com o
nome do homem que me deu tudo e aos vinte e nove anos de idade, eu
era o sucesso de hoje.
Esfreguei os cotovelos com celebridades e alguns
dos homens mais ricos que eu conhecia se tornaram ricos devido a meu
conselho.
As mulheres se jogavam no meu pau como se fosse feito de ouro
puro. Eu não mandava em ninguém embora. Até que finalmente, eu
fiquei entediado com as mesmas mulheres tediosas e suas posições
maçantes. Levando isso em consideração, eu comecei um pequeno livro
preto.
Dentro do meu livro tinha um buffet de mulheres que estavam
dispostas e prontas para a minha ligação. Cada uma especializada em
uma coisa diferente e cada uma recebia o nome de um personagem de
desenho da minha escolha.
— Ok. Bom trabalho, Tania. Vá para casa e durma um pouco. É
quase três da manhã. Se estamos fazendo isso muito bem em uma
quinta-feira, você vai precisar de toneladas de descanso para o fim de
semana. — eu apoiei os papeis na minha mesa e me virei para a porta.
— Além disso, contrate uma nova garçonete. Quando eu estava vindo,
eu vi algumas mesas à espera de atendimento.
— É pra já, — disse ela, saindo de trás de sua mesa e vindo do
meu lado.
Trancamos a porta do escritório atrás de nós, andamos até o
Chevy Camaro preto que eu comprei de aniversário para ela dois anos
antes. Não era o carro mais caro, mas era o que ela escolheu.
— Vejo você amanhã, — eu disse, fechando a porta do carro.
Voltando para o clube, dois barmens ainda estavam lá dentro
fechando o bar. O vermelho exuberante e a decoração em preto fazia o
lugar parecer escuro e sexy. Quando as luzes se apagavam, você mal
podia ver sua mão na frente do seu rosto. As paredes estavam envoltas
em presa vermelho-sangue e lustres pretos pendurados no teto como
diamantes sinistros luminosos. As peças estilo anos vinte cobriam todo
o lugar. Ele foi projetado exatamente como eu pedi.
— Boa noite, Sr. Cullen. — a barman pequena loira disse quando
entrei no bar.
— Fecha direito, — eu instruí.
Tomando dois degraus de cada vez, eu fui rapidamente em
direção ao meu apartamento em cima do clube. Muitas pessoas não
sabiam que eu vivia e trabalhava no mesmo edifício, mas a paranoia
que acompanhou a adolescência cheia de merda e drogas, me impediu
de deixar o clube sem vigilância.
Uma vez lá dentro, eu tirei a roupa e fui para um banho quente.
Oito, estrategicamente colocados, chuveiros batem no meu corpo com
água fumegante. Era bom para lavar meu encontro anterior com Wilma
e Betty. Suspirando em voz alta, eu sabia que esta seria a parte mais
relaxante da minha noite, como a capacidade de ter uma boa noite de
sono que tinha me iludido durante anos. Minha história tirou todos os
momentos de paz na minha vida. Dormir à noite toda como uma pessoa
normal não iria acontecer tão cedo. Um par de horas aqui e ali, era tudo
que eu precisava.
Antes de ir para a cama, eu folheava o livro e examinava os
nomes - que variam de Disney e Looney Tunes, todo o caminho até
Hanna-Barbera. Meus olhos pousaram na B e, em seguida, retornaram,
até que o nome Bambi chamou minha atenção. Me perder em uma
mulher molhada e pronta sempre manteve o passado longe de mim... e
tinha sido semanas desde que eu me perdi entre as coxas de Bambi.
Talvez uma mudança de ritmo fosse o que eu precisava. Era hora de
ligar para ela amanhã.
Me levantei e fechei o zíper minha calça. Empurrando meus
braços em minha camisa, puxei o colarinho abotoado e cada botão
rapidamente.
— Qual é a pressa? — a voz sedutora veio atrás de mim.
Me virando, meus olhos devoraram um par de longas pernas bem
torneadas. O V perfeitamente depilado entre as coxas dela brilhava me
lembrando que não cinco minutos antes, ela tinha me ordenhado seco.
Sentou-se e colocou as roxas calcinhas de seda que eu tinha comprado
para ela alguns meses antes.
— Esta será a nossa última visita, — eu murmurei com desdém,
amarrando minha gravata.
Ela estava desenvolvendo sentimentos e eu não gostava dessa
merda. Sensível e sentimental era algo com que eu não queria nada.
Além disso, eu estava entediado com ela, o que me faz lembrar de ter
sido a principal razão pela qual eu não tinha entrado em contato com
ela por semanas.
Ela foi um mau investimento que tomou uma quantia obscena de
tempo de mim. Essa foi a prova que eu precisava. Por causa dela que eu
ia ter que fazer um almoço rápido ao invés do meu almoço habitual no
Red's Lounge.
— Desculpe. Posso perguntar por quê? — ela perguntou,
escorregando as alças do sutiã de seda sobre os ombros.
O nome dela não era realmente Bambi, mas eu nunca pedi por
seus nomes. Eles eram irrelevantes. Eu só precisava saber de seus
corpos e eles só precisavam conhecer o meu. Eu dava as minhas
mulheres um nome que lhes convinha. Para essa garota, Bambi foi um
ajuste perfeito. Toda vez que ela queria algo, ela olhava para mim com
grandes olhos suplicantes. Era irritante.
Quando eu disse a ela que Bambi era seu novo nome, ela sorriu
como se fosse um elogio. Mal ela sabia que era apenas para preencher a
lacuna até que algo melhor aparecesse - meu mito, minha Princesa Jasmine
. Ela nem sequer recebeu o pagamento integral e pensei que o
que eu pagava a cada semana valeu a pena pelo o que ela fez na cama.
Eu arranquei meu casaco do encosto da cadeira e caminhei ao
redor da cama.
— Espere um minuto. Vamos falar sobre isso. — ela
choramingou, pulando em um pé, tentando colocar em seus saltos
altos.
A porta do quarto do hotel bateu em seu rosto antes que ela
pudesse me parar. Ajustei minha gravata e apertei o botão do elevador.
Um suspiro agravado empurrou pelos meus lábios e eu balancei a
cabeça quando a porta se abriu atrás de mim.
Felizmente, o elevador se abriu ao mesmo tempo. Ela ficou de
boca aberta para mim com aqueles grandes olhos de corça, vestindo
apenas um sutiã, saia e saltos. Quando as portas do elevador se
fecharam, eu pude ver uma lágrima cheia de rímel deslizando pelo seu
rosto. Ela me enojava.
Chegando até meu bolso, peguei meu livro e abri. Lambendo meu
polegar, eu folheei as páginas até chegar a Bambi. Eu desenhei uma
linha preta grossa através de seu nome e número e depois fiz uma
ligação para que os pagamentos em sua conta fossem interrompidos.
De pé em frente ao espelho de duas faces em meu escritório,
meus olhos admiravam a multidão de dançarinos abaixo. Isso era meu.
O edifício, o clube, tudo era meu. Era a única coisa que eu realmente
amava. A única coisa de que eu nunca me canso.
A batida da música sacudiu o vidro e eu pressionei minhas
palmas contra ele para sentir as vibrações.
A porta do meu escritório se abriu, permitindo que a música
entrasse e se misturasse com as sensações que atravessam meus
dedos. Eu não me preocupei em me virar, eu sabia quem era. Ela
fechou a porta atrás dela, deixando o quarto em silêncio novamente.
— Então, eu tentei pagar minha hipoteca mensal hoje, mas a
senhora me disse que eu não tinha mais uma hipoteca. Aparentemente,
o meu apartamento foi pago. Sabe de alguma coisa sobre isso? — Tania
perguntou, acusação escorrendo de seu tom.
Eu estava esperando que ela nunca trouxesse isso. Com minhas
costas para ela, um sorriso maroto puxou para o lado da minha boca.
— Não. — eu rapidamente mudei de assunto. — Alguns bolsos cheios
hoje à noite?
Ela não empurra toda a situação do dinheiro e eu estava feliz. Eu
nunca quis ser colocado em um pedestal como um herói financeiro e eu
podia sempre contar com Tania para me manter aterrado.
— Sem dúvida, alguns bolsos cheios. — eu ouvi o sorriso em sua
voz. — Você vai descer? Há algumas andadoras de tapete vermelho
perguntando de você.
Passar a noite em uma sala VIP cheia de celebridades costumava
ser emocionante, mas não tanto mais. Eu dormi como uma merda na
noite anterior - pesadelos me acordando cada vez que eu fechava os
olhos. Eu não estava afim disso. Mas, como qualquer outro bom homem
de negócios, eu sabia que tinha que fazer uma aparição – atuar na festa
do proprietário rico do clube. Era besteira total. Eu sabia disso e Tania
também sabia disso.
— Sim. Deixe-os saber que eu vou descer daqui a pouco.
Tania não respondeu, mas a porta abriu e fechou novamente.
Me afastando do espelho, peguei meu casaco e abotoei enquanto
eu andava para os degraus. Eu fui imediatamente atingido com música
alta e luzes vermelhas quando eu pisei no salão principal.
Me movi ao longo da parede do lado de fora em direção ao bar
para tomar uma bebida. Eu precisaria de uma boa merda se eu queria
fazer isso durante a noite. Voltando para o bar, eu tinha uma visão de
primeira dos corpos suados moendo uns contra os outros. O distinto
cheiro de álcool e desejo sexual flutuava ao redor da sala.
Depois que eu tive a atenção de um dos meus bartenders, eu
concordei com ele, sinalizando que eu estava pronto para a minha
primeira bebida. Eu não tive que esperar muito tempo antes de ter um
copo deslizando em minha direção. Virando, me encostei no bar e olhei
para o salão, tomando a minha bebida. Meus olhos saltaram para uma
mulher seminua próxima.
E então eu a vi.
Ondas longas de castanhos avermelhados brilhavam sob as luzes, enquanto
ela fazia seu caminho através do salão. Ela se virou e sorriu para uma
mesa cheia de caras que estavam conversando com ela e fazendo gestos
obscenos. Seu sorriso com os lábios grossos acendeu algo profundo em
minha virilha, uma pequena faísca acendeu e fez a minhas bolas
doerem. Longos cílios acariciavam suas bochechas, amplificados pelas
batidas dos cílios que ela deu aos caras antes de ir embora.
Quando ela se virou em meu caminho, eu vi o nome Aro's esticado
sobre seu peito cheio. O material amarelo da camiseta se agarrou a
seus seios e eu podia ver as linhas brancas de um sutiã simples por
baixo. Ela estava alheia à sua sedução, o que a deixou ainda mais
atraente.
Manobrando em torno do salão, ela se virou de um lado para o
outro, me dando diferentes visões de suas curvas. Ela, obviamente,
funcionava para mim, mas não tinha negócios em um lugar como este.
Seu rosto cheio de maquiagem não estava enganando ninguém. Sua
beleza interior brilhava na forma como ela se movia. Mesmo com a
camisa apertada e shorts curtos, ela se destacou. Ela era um farol
brilhante, branco em uma bela inocência entre todos os pecados em
torno do clube.
Ela era pura perfeição, com pele impecável, marfim e quadris
redondos que imploravam por meu toque. Ela era requintada, ela era
atemporal e o pouco que eu sabia, era que ela era boa para mim.
— Eu sinto muito pela sua perda. — Sra. Ellen pegou minha mão.
Sua pele era de papel fino, me permitindo ver um monte de veias roxas
e azuis. — Ela está em um lugar melhor agora, minha querida.
Olhei para suas manchas da idade em uma ofuscação,
assentindo, mas incapaz de falar.
Sra. Ellen cantava no coro da igreja com minha avó. Eu a conheci
quando eu tinha dez anos e meu irmão mais novo, Seth, e eu tínhamos
ido viver com a minha avó. Isso foi há 12 anos atrás, logo depois que o
mundo começou a ruir em torno de mim.
Meu mundo foi mais uma vez caindo aos pedaços. Vó tinha ido
estar com o Senhor. Ela lutou bastante, mas, no final, seu corpo estava
muito velho para aguentar mais. Eu tinha tomado conta dela a maior
parte da minha vida e ela sempre me sustentou e a Seth. Mas agora ela
se foi e eu fiquei para tomar conta de um menino de treze anos de
idade, sem emprego em vista.
Após o funeral e uma vez que toda aquela gente saiu de casa, era
só eu e Seth.
— Nós vamos ficar bem, Bella? — Seth estava me ajudando a
embalar as grandes quantidades de comida na geladeira.
Trazer comida para casa depois de um funeral era o que as
pessoas fizeram. Eu não entendo e eu não tinha certeza do que eu ia
fazer com três grandes tigelas de salada de batata, mas as pessoas
continuavam chegando com os braços cheios de pratos cobertos. Quero
dizer, quantas pessoas é que elas pensam que viviam aqui, exatamente?
— Nós vamos ficar bem. Nós nos encontraremos com o advogado
amanhã. Tenho certeza de que a Vó nos deixou algo para nos manter
até eu conseguir um emprego. — limpei o balcão com um pano molhado
e suspirei. — Por que você não vai lá em cima e vai para a cama? Eu
vou subir daqui a pouco.
Eu mal podia olhar para ele. Eu sabia o que eu ia ver se eu
fizesse. Com aquele cabelo castanho que ele insistiu em manter em seu
rosto e os olhos verdes cheios de preocupação. Não importa quantas
vezes eu assegurei a ele que ficaria bem, a verdade é que eu não tinha
tanta certeza.
— Tudo bem. — ele se moveu para a escada e se virou. — Ei, Bella?
— Sim?
— Posso dormir no seu quarto esta noite? Vai ser estranho sem
ela.
Meu coração despedaçou. Eu tinha ficado o dia inteiro sem
chorar, sendo forte para Seth, mas eu podia sentir lentamente a minha
fachada se desvanecendo. Eu balancei a cabeça e segurei as lágrimas,
sabendo que iriam cair no momento em que ele se fosse. — Claro,
garoto.
Assim que eu o ouvi atingindo o topo das escadas, deixei as
lágrimas irem. O caroço parado na minha garganta se apertou quando
as lágrimas continuaram a cair e o peso no meu peito se levantou um
pouco.
— Senhorita Swan, eu odeio dizer isso, mas não há mais nada
como propriedade da sua avó, — disse Brighton.
Na minha opinião, ela era muito jovem para ser uma advogada.
No entanto, para uma mulher jovem como ela, ela estava vestida como
uma de sessenta anos de idade. Seu terno cinza era ultrapassado e
suas calças eram muito largas. Quando ela se sentou, a barra se
levantou, exibindo uma meia e saltos arranhados.
Ela clicou o topo de sua caneta outra vez, me fazendo querer
arrancar meus cabelos.
— Desculpe-me? — eu tinha certeza que o que eu tinha a ouvido
falar estava errado.
— De acordo com a vontade de sua avó, todas as verbas restantes
irão para pagar as suas dívidas. Qualquer coisa depois disso vai para
você e seu irmão. No entanto, não foi ainda suficiente para pagar tudo.
— mais uma vez, ela continuou com a caneta clicando incessantemente.
— Você está recebendo o Oldsmobile, no entanto. Então, isso é bom,
certo?
O Oldsmobile, que era quase tão antigo quanto a minha avó, era
todo meu. Legal. Eu tenho que manter o balde de ferrugem que bebia
um monte de gasolina e jogava para fora fumaça branca quando a
pressão era aplicada ao pedal do acelerador.
Meus olhos estavam fixos na caneta da Sra. Brighton. O clique
percorreu meu cérebro e afastou todos os pensamentos que vêm a me
consumir.
— E sobre a casa? — minha voz era um sussurro quebrado.
Minhas pernas tremiam com os nervos, me deixando saber que eu ia ter
um tempo difícil em sair. Se eu pudesse ficar de pé.
A expressão da Sra. Brighton falou um monte.
— Infelizmente, o banco vai tomar posse da casa em trinta dias. Eu sinto muito. —
finalmente ela colocou a caneta para baixo e cruzou os dedos. — Existe
um membro da família que você pode ficar até conseguir por seus
assuntos em ordem?
Eu balancei a cabeça em choque.
— Não.
Olhando através da pequena janela na porta da Sra. Brighton, eu
vi Seth. Ele estava sentado na cadeira onde eu tinha deixado ele. Seu
lápis estava se movendo preguiçosamente sobre as páginas do caderno
que ele tinha trazido com ele. — Nossos pais morreram há doze anos.
Nós não temos ninguém.
— Ah... — seus olhos caíram para a mesa e ela se mexeu
desconfortavelmente na cadeira. A caneta clicando começou mais uma
vez. Só que desta vez era em cliques nervosos e rápidos.
— Sinto muito, Senhorita Swan... ―Parece que você está sem sorte".
Ok, ela realmente não disse isso, mas eu sabia que era o que ela
estava pensando. Ela foi rápida em encerrar a reunião e tirar eu e meu
irmão sem-teto de seu escritório, o que foi bom pra mim. Após sua
notícia esmagadora, eu me senti como se a decoração monótona
estivesse lentamente me sufocando.
Quando Seth e eu saímos do edifício, o ar de Nova York não era
menos que sufocante, mas saudei a brisa suave de qualquer maneira.
Escavando em meu bolso para o último do meu dinheiro, eu dei a Seth e
vi quando ele fugiu para comprar um refrigerante e um pretzel de uma
lanchonete.
Sentada nos degraus de concreto, eu deixei cair a minha cabeça
em minhas mãos e respirei forte o ar cheia de exaustão e deixei que
Nova York parecesse afogar o meu desespero. Eu não iria desmoronar
agora. Eu não podia. Seth não precisa saber como as coisas estavam
ruins.
— E se Vó nos deixou uma fortuna? — Seth brincou subindo de
bruços sobre os degraus.
Eu olhei para seu rosto inocente e sorri, apertando os olhos
contra o sol da tarde. Naquele momento, jurei fazer tudo o que eu tinha
que fazer para garantir que Seth não tivesse que crescer antes do
tempo. Ele já tinha perdido muito, eu não iria deixá-lo perder sua
infância como eu.
— Defina fortuna, — me levantei e baguncei seu cabelo.
Ele fez um som baixo de rosnar, empurrando a minha mão e
começou a consertar seu cabelo.
Olhando para mim ele se tornou sério.
— Tudo vai ficar bem, Bella.
Você sempre cuida de tudo.
Eu sorri através das lágrimas que ameaçavam cair.
— Nós vamos passar por isso, garoto. Nós sempre fazemos.
Por mais que eu queria dizer a ele que tudo ia ficar bem, eu não
sabia o quão ruim as coisas iriam ser e eu não iria mentir para ele.
Eu segurei a mão de Seth na viagem de volta para a casa da vovó.
Eu não tenho certeza do que eu estava pensando, sua mão era quase
tão grande quanto a minha agora. E mesmo que eu tinha certeza que
ele odiava segurar minha mão, ele não a soltou.
Na verdade, ele não disse nada, embora eu soubesse que havia
um milhão de perguntas nadando em sua cabeça. Após o comentário
dele no escritório do advogado, eu não tinha certeza que eu poderia
falar com ele sem me quebrar, então eu estava grata por ele permanecer
em silêncio.
Ele ajudou com os pratos antes de correr para o quarto e cair em
seus fones de ouvido e rabiscar em seu caderno. Ele era muito velho
para ser dobrado e ele não precisa da minha ajuda para conseguir as
coisas prontas para a escola mais.
Depois de uma rápida limpeza ao redor da casa, eu verifiquei Seth
e, em seguida, passei a noite no meu quarto, tentando descobrir o que
diabos eu ia fazer.
De jeito nenhum eu poderia me dar ao luxo de manter a casa,
mesmo que eu encontrasse um emprego. Era uma grande casa de cinco
quartos e Seth e eu não precisávamos de todo esse espaço. Uma
pequena de dois quartos seria suficiente. Felizmente, eu tenho tudo em
casa, o que significava que eu não precisaria de dinheiro para mobiliar
a casa nova.
Uma vez que meus olhos começaram a ficar pesados, eu sabia
que os acontecimentos do dia eram os culpados pela minha exaustão e
eu estava muito feliz em terminar o dia. Eu me virei para a lâmpada ao
lado da minha cama e vi os panfletos de faculdade no final da mesa.
A visão deles me fez querer chorar, mas eu os escolhi de qualquer
maneira. Um par de meses atrás, quando a Vó começou a parecer que
ela estava saudável o suficiente para eu não estar perto o tempo todo,
eu procurei ir a uma faculdade comunitária.
Após as mortes de nossos pais serem resolvidas, eu senti a justiça
que Seth e eu merecíamos. Eu odiava esse sentimento. Eu odiava o
desconhecido e não queria que outra família sofresse da maneira que
Seth e eu sofremos. Eu precisava do fechamento que era meu por
direito.
Eu queria dedicar meu tempo para o direito penal e tentar fazer a
diferença. Soou ingênuo e clichê de pensar que eu pudesse mudar
alguma coisa quando isso veio para o sistema criminal, mas eu poderia
tentar.
Eu suspirei. Não importa de qualquer forma agora. Faculdade
estava definitivamente fora de questão e ter esses formulários só ia me
deprimir ainda mais. Joguei os formulários no lixo e apaguei a luz. Dez
minutos depois, caí em um sono profundo.
Me sentei na cama, ofegando por ar. O mesmo pesadelo, noite
diferente. O suor escorria pelo meu pescoço e no meu pijama. Eu puxei
o tecido da minha pele e tentei recuperar o fôlego.
Fazia um tempo desde que eu tinha tido um pesadelo sobre a
noite em que meus pais morreram, mas com tudo que está acontecendo
em torno de mim, não foi uma grande surpresa.
— Você está bem, Bella? — a voz de Seth veio de trás porta do meu
quarto.
A voz dele estava mudando. De vez em quando ele rachava ou
rangia e ele soava mais velho por alguns breves segundos. Ele foi
lentamente se tornando um homem, e eu silenciosamente desejei que
papai pudesse estar lá para ensinar a ele os caminhos de todas as
coisas masculinas.
— Sim. Apenas um pesadelo. Você pode entrar, — eu esperei que
a porta se abrisse. — O que você está fazendo acordado? — eu olhei o
relógio da minha cama para ver a hora.
— Eu ouvi você fazendo barulhos em seu sono. — ele atravessou
o quarto e se sentou na ponta da minha cama.
— Me desculpe, eu acordei você. Você tem escola amanhã e eu
tenho uma caça de trabalho para fazer. Nós dois precisamos de nosso
sono.
— Está tudo bem. Eu não estava tendo um grande sono de
qualquer maneira.
Eu dei um tapinha na cama ao meu lado e Seth subiu debaixo
das cobertas. Passando para o meu lado, eu envolvi meu braço em
torno dele.
— Boa noite.
— Noite.
— Você sabe, eu poderia te conseguir um emprego em Aro's. Ele
paga bem e você estaria em casa todo dia, pois você não teria que estar
no trabalho até as seis. — disse Alice.
Ela era minha única amiga. Enquanto estive crescendo, eu nunca
tinha tempo para sair e conhecer pessoas, porque eu estava sempre
cuidando da Vó. Alice foi a única pessoa na escola que deu seu tempo
para mim e entendeu que eu não podia sair para me divertir nos finais
de semana.
Nós tínhamos sido amigas desde a oitava série e ela ainda parecia
exatamente a mesma. Mesmo cabelo espetados, mesmos olhos dourados e
mesmo corpo perfeito. Meu próprio corpo tinha começado a crescer
desde o colegial. Minha bunda estava um pouco mais larga e meus
seios, um pouco mais pesados. Eu ainda tinha a minha cintura fina, o
que era bom, mas eu odiava ter que ir até um tamanho maior de jeans
só porque meus quadris eram tão cheios de curvas.
— Eu não vou trabalhar em um bar. Além disso, quem iria cuidar
de Seth à noite?
— Seth tem treze anos, ele pode cuidar de si mesmo, Bella. Eu
fiquei em casa sozinha muito mais cedo do que isso. Você vai estar lá
quando ele chegar em casa e você pode ter certeza que ele jante, ou
tenha ajuda com sua lição de casa, ou outra coisa. Então, ele pode ir
para a cama e dormir. Compre para ele um daqueles telefones pré-
pagos para que ele possa te ligar se acontecer alguma coisa e diga a ele
para trancar as portas.
Alice falou enquanto folheava uma revista. Era óbvio que ela
nunca teve que se preocupar com outra pessoa além de si mesma. Eu
não podia simplesmente deixar Seth em casa sozinho. Especialmente
agora. Ele já estava tendo dificuldade para dormir à noite, de jeito
nenhum ele poderia ficar em casa sozinho.
— Eu não posso nem mesmo comprar um celular para mim.
Como eu poderia ser capaz de comprar um para Seth? Está fora de
questão. Continue pensando. Tem que haver alguns lugares que estão
contratando por aqui.
Ela suspira.
— Tudo bem. Vamos continuar procurando.
Eu sabia que ela estava irritada, mas ela só tem que lidar com a
minha decisão. Eu não ia ceder.
Todos os dias, depois de deixar Seth na escola, eu passava o dia
colocando currículos em todos os lugares. Eu não tinha um celular,
então eu checava a secretária eletrônica todas as tardes com a
esperança de que alguém me ligasse. Eu já tinha a conta de telefone,
que eu não tinha dinheiro para pagar, então eu precisava de um
emprego para ontem.
Duas semanas depois e não houve chamadas e nosso telefone
residencial tinha sido desligado. Eu estava desesperadamente tentando
não entrar em desespero, mas a água e a eletricidade eram os próximos
a serem cortados, para não mencionar que só tinha mais duas semanas
antes de sairmos da casa. Eu estava no final da minha corda e
desesperada.
Seth e eu procuramos por caixas em todas as lojas locais e
embalamos os pertences que queríamos manter. Todo o resto,
vendemos. Até o momento que o banco estava tomando a casa,
conseguimos mover os nossos pertences para a garagem dos pais de
Alice.
Cada um de nós tínhamos uma mala com tudo o que seria
necessário até que um local fosse encontrado. Tão triste como era e
tanto quanto isso quebrou meu coração, mudamos para o Oldsmobile.
Eu tinha certeza que Alice nos teria dado um lugar para ficar se
eu dissesse a ela sobre a nossa situação, mas eu era muito orgulhosa.
Ela tinha a minha idade e trabalhava e morava sozinha. Eu tinha
vergonha de não poder fazer o mesmo.
O pouco de dinheiro que eu tinha de tudo o que vendemos iria
nos manter um pouco. Era para o gás e comida e realmente, isso era
tudo o que precisávamos, até que eu pudesse nos levar a um
apartamento. Quando entramos no estacionamento de sua escola, eu
agarrei o braço dele antes que ele pudesse fazer a sua saída precipitada.
Virei olhos preocupados sobre ele e lhe dei um aviso.
— Lembre-se, Seth, não conte a ninguém sobre as nossas condições de vida. Não
vai ser assim por muito tempo, eu prometo. Basta ficar comigo, ok?
— Eu não vou dizer nada. Eu não sou um idiota, Bella. — ele
sorriu docemente para mim. — Nós vamos encontrar alguma coisa. Eu
te disse, eu não estou preocupado.
Eu sorrio para ele quando ele sai do carro, mas eu me senti para
baixo – mais que para baixo - e eu sabia o que precisava ser feito. Eu
tinha que colocar Seth em primeiro lugar e isso significava que eu
estava indo para Alice para implorar por um emprego.
Eu saí do carro e tropecei na calçada indo para porta da frente de
Alice. Ela morava em um belo complexo de apartamentos. Não era nada
que eu podia pagar ainda, mas com a ajuda dela, eu estava esperando
conseguir. Bati na porta dez vezes antes que ela finalmente atendesse.
Seus olhos estavam pesados de sono e seu cabelo estava loucamente
apontando para cima em direções estranhas.
— É melhor alguém estar morto, — ela respondeu asperamente.
— Ninguém morreu, mas eu preciso de sua ajuda. — eu pisei em
torno dela e me sentei no sofá.
Ela suspirou, fechou a porta e se virou para mim, com as mãos
nos quadris.
— Você percebe que eu só fui para a cama há uma hora,
certo? — ela caiu drasticamente no sofá ao meu lado e puxou um
cobertor sobre as pernas.
— Me desculpe, mas eu preciso do trabalho em Aro's. Eu sei que
você já fez muito por nós. E eu realmente aprecio que você e seus pais
me deram um espaço na garagem e por ter me ajudado e a Seth a
carregar tudo isso, mas eu preciso de mais um favor e eu prometo que
eu nunca vou pedir nada de novo.
— Tudo bem. Tania está à procura de uma outra garçonete. Eu
disse a ela sobre você. Basta aparecer esta tarde em torno das cinco. Eu
tenho certeza que ela vai te dar o trabalho, — Alice arrasta. Seus olhos
lentamente começaram a se fechar.
— Só isso? Eu não tenho uma entrevista ou algo assim?
— Use um par de shorts curtos, os que você pode encontrar. Isso
deverá servir perfeitamente.
Saí do apartamento de Alice com um par de shorts curtos que eu
já vi e uma sensação de vazio no estômago. Não era o ideal, mas era
dinheiro. Nesse ponto, eu teria feito tudo o que eu tinha que fazer para
garantir que Seth tivesse um teto sobre sua cabeça e comida em seu
estômago.
— Você pode começar imediatamente?
Tania era agradável, mas ia direto ao ponto. Não houve cobertura
de açúcar, e ela obviamente não acreditava em conversa fiada ou em
conhecer você. Ela era bonita, mas não ostentava isso. Eu tenho a
impressão de que ela preferiria que a temessem.
—Sim. — tentei parecer confiante, mas eu não poderia me sentir
mais fora de lugar se eu tentasse. — Eu posso iniciar este fim de
semana.
—Bom, — ela interrompeu como se eu não tivesse falado. — Eu
poderia usar alguém hoje à noite.
Ela escorregou da banqueta para a mesa de coquetel que estava
sentada e me deixou para trás. Eu franzo a testa antes de eu perceber
que ela queria que eu a seguisse. Como um bom cão pequeno de colo,
eu pulei fora do meu banquinho e me apressei para ela com passos
rápidos.
— Hoje à noite? — não havia como manter o leve tremor da minha
voz dessa vez. — Mas não preciso de algum tipo de treinamento? Eu
nunca...
Tania parou e se virou abruptamente, me fazendo derrapar para
uma parada. Ela cruzou os braços e me olhou como se ela fosse um alfa
e queria me submeter. Eu quase fiz.
— Você precisa de treinamento para levar bebidas ao redor?
Bem, quando ela coloca isso assim.
— Não, — eu disse com
firmeza, mas eu senti meu rosto esquentar.
— Você disse que você poderia começar imediatamente e eu
preciso de alguém esta noite. Você quer o emprego ou não?
— Sim.
A palavra voou para fora da minha boca, mesmo que eu soubesse
que começar naquele momento era uma má ideia. Eu ainda não sabia o
que eu ia fazer com Seth. Nós estávamos vivendo em um carro, pelo
amor de Deus. E Aro's estava no meio da cidade. Não é o melhor lugar
para deixar um garoto de treze anos de idade, no carro... sozinho.
Mas nós conseguiríamos. Nós sempre fizemos.
— Ok, então. — ela baixou os braços e me ofereceu mais uma vez.
— Eu vou te dar uma roupa e eu vou ter uma das garotas te mostrando
o lugar depois que você se trocar.
Entrei em pânico quando pensei em Seth.
— Mas... — o seu suspiro impaciente me parou e eu mordi minha língua. — Eu apenas
tenho que dar um telefonema.
— Faça a sua chamada e eu vou ter uma das garotas para te
trazer uma roupa. Me encontre quando você estiver vestida. — eu
concordei e ela se virou para sair.
Antes que ela fosse muito longe, ela se virou novamente.
— Diga a Mike, o garçom, para deixá-la usar o telefone.
— Obrigada, — eu disse enquanto ela se afastava. Me virando, vi
um cara musculoso atrás do bar.
— Você é Mike?
Quando ele olhou para mim, ele sacudiu a cabeça para o lado
para mover o cabelo loiro caindo nos olhos. Inclinando-se para o bar, a
centímetros do meu rosto, ele sorriu grande o suficiente para mostrar
os dentes.
Ele obviamente estava enlouquecendo com os esteroides. Seus
braços eram facilmente do tamanho da minha cabeça e a camisa mal
podia conter os músculos que tentavam estalar livre de seu peito. Ele
me lembrou o Hulk pouco antes dele ficar verde.
— Felizmente para mim, eu sou, — ele piscou.
Eu queria rolar os olhos para a piadinha brega, mas em vez disso,
forcei um sorriso.
— Ótimo. Tania me disse para encontrá-lo para que eu
pudesse usar o telefone?
Ele não disse nada quando ele puxou o telefone sem fio de baixo
do bar e me entregou.
— Você trabalha aqui? — ele perguntou, quando
eu peguei o telefone.
— Começando... agora, na verdade.
— Fico feliz em ouvir isso.
Eu disquei o número de Alice e lhe dei outro sorriso forçado.
Quando ela respondeu, dei a ela um rápido resumo da minha
conversa com Tania e enquanto eu odiava pedir a ela um favor, eu não
tinha escolha.
— Você vai relaxar, Bella? — ela retrucou. — Seth e eu somos
praticamente BFF(Best Friend Forever)— eu podia ouvir a risada de Seth na parte de trás e
de repente me pergunto se deixá-lo com Alice tinha sido uma boa ideia.
Ela era facilmente o sonho molhado de qualquer adolescente e
não importa o quanto eu não queria pensar sobre isso, eu tenho certeza
que ela tinha algum tipo de efeito sobre Seth.
— Só não ensine a ele maus hábitos, — eu avisei.
—Nunca. Olha, eu vou buscar para ele algum McDonald e ele
pode ficar aqui esta noite, enquanto nós trabalhamos. Ele vai ficar bem,
Bella.
No fundo eu ouvi as palavras de Seth ecoando as de Alice e sabia
que eu não tinha outra escolha. Suspirei e concordei com seu plano.
Eu odiava fazer, mesmo que eu estava certa de que ele iria ficar
bem. Para não mencionar, Alice era boa o suficiente por deixar o seu
celular com ele, já que era sua primeira noite sozinho.
Eu fui salva de ter que me envolver em mais conversa com Mike
quando uma das meninas da Aro's me trouxe um uniforme, pelo menos
eu acho que era para ser um uniforme. Quando eu desdobrei a nova
camiseta e shorts, eles eram mais como roupa íntima.
Dez minutos depois, encontrei Tania e fiquei ali, enquanto ela me
olhou como se eu fosse um pedaço de carne.
— Vire-se, — ela ordenou, e eu fiz uma volta completa. — Deixe-
me...
Ela deu um passo mais perto e pegou o material da camisa em
minhas costelas. Em seguida, ela ajustou-o para mostrar mais dos
meus seios. Foi a coisa mais desconfortável que eu já tinha passado,
mas esse era o meu trabalho.
— Perfeito. Agora encontre Mike novamente e ele vai te dar umas
instruções. Divirtam-se, — ela zombou antes de se virar.
A primeira noite foi brutal. Eu deixei cair várias bebidas e bati em
clientes. Eu quase escorreguei e quebrei a minha perna, e algumas
vezes eu entreguei o pedido errado. Tania não acreditava em formação,
ela acreditava na aprendizagem por experiência, o que significava que
eu estava jogada em linha reta em uma movimentada noite de sexta-
feira. Eu falhei miseravelmente.
Em duas horas, eu tinha certeza que eu devia mais dinheiro ao
Aro's do que ele me devia, mas eu não ia desistir. Eu precisava desse
trabalho, e eu não estava disposta a deixá-lo escapar por entre meus
dedos como metade das bebidas que tentei servir.
— Basta continuar a sorrir, Bella. Os caras gostam de você. Você
tem uma coisa inocente trabalhando em seu favor.
Alice disse, enquanto ela deslizou ao meu lado com uma bandeja
cheia.
— Que coisa inocente? — eu perguntei em voz alta sobre a
música.
Ela se virou e piscou para mim antes de desaparecer na multidão.
Eu estava perdendo algo completamente óbvio? Eu pensei sobre
isso enquanto eu esperava o garçom trazer o meu pedido. As luzes
acima estavam muito brilhantes - a música, muita alta. Eu alcanço e
enxugo o suor cobrindo minha testa. Eu estava exausta.
A camiseta de trabalho que Tania tinha me dado era dois
tamanhos mais pequenos e esmagava meus seios juntos. Não ajudava
que eu derramei várias bebidas na minha frente, dando a todos uma
visão do meu sutiã.
— Ela está certa. Sua inocência funciona para você. — uma voz
profunda soou ao meu lado, me assustando pra caralho. Ele estava tão
perto, ele não tinha que gritar sobre a música.
Eu podia sentir o calor de seu corpo contra minha pele nua, e
calafrios passaram pelo meu corpo. Espreitando para ele, tive um
vislumbre de um terno preto elegante, antes de me virar e esperar o
garçom. Eu não vi o rosto dele, mas não importava como ele parecia. Eu
precisava me concentrar no meu novo emprego, e não nos homens no
clube.
Era óbvio que eu estava o ignorando e ouvi sua profunda risada
quando a música parou antes da próxima música começar.
— Você está segurando sua bandeja errado. É por isso que você
continua derramando suas bebidas. — dessa vez eu senti a sua
respiração quente contra o meu pescoço. — Não use a palma da mão,
use a ponta dos dedos.
Sem ele saber, eu ajustei meus dedos por baixo da bandeja e
imediatamente senti o controle extra que meus dedos forneciam. Eu me
virei para olhar para ele e me deparei com o homem mais lindo que eu
já vi.
Seus olhos verdes suaves eram um profundo contraste com a pele
bronzeada e cabelos cobres estavam arrumados em uma confusão
estratégica. Ele correu os dedos por ele, empurrando alguns fios de
seus olhos. Se isso não fosse suficiente, ele sorriu para mim . Dentes brancos perfeitos brilharam
para mim, enquanto ele mordeu o lábio inferior.
Eu quase praguejei em voz alta. Rapidamente, virei meus olhos
para longe dele, antes que eu me envergonhasse.
— Obrigada, — eu
disse com o canto da minha boca.
Ele já tinha ido embora. Eu não o vi sair, mas eu senti. O lado do
meu corpo resfriou e os sons ensurdecedores da música voltaram com
força total.
Mike limpa e coloca as bebidas que eu precisava na minha
bandeja. Ele piscou para mim como se ele tivesse certeza que eu estava
interessada nele. Sua arrogância foi em vão, porque ele não poderia ter
estado mais errado.
Eu não derramei outra bebida naquela noite. Até o momento eu
estava descontando as minhas gorjetas, eu estava exausta e precisando
desesperadamente de um banho.
— Então, o que você achou? — perguntou Alice. Ela foi pegar
garrafas de cerveja velhas e copos vazios de uma de suas mesas.
A sala estava vazia, exceto por alguns trabalhadores que estavam
limpando. Ninguém estava olhando para mim, mas eu não pude deixar
de sentir os olhos de todos em cima de mim. Algo sobre estar em Aro's
após ter fechado era inquietante.
— Terra para Bella... O. Quê. Você. Achou? — ela perguntou mais
alto, falando pausadamente para mim como se eu fosse surda.
Eu queria dizer que eu nunca mais voltaria, mas depois de contar
todo o dinheiro que eu tinha recebido de gorjetas naquela noite, eu
sabia que eu não podia dispensar esse trabalho.
— Eu vou estar de volta amanhã à noite.
Fiquei no espelho de duas faces, olhando para o clube vazio.
Alguns dos trabalhadores, incluindo a nova garota, limpavam e
conversavam.
Ela se inclinou sobre a mesa com um pano molhado e a limpou. O
seu short subiu e a borda das suas nádegas saíram para fora. Meu pau
ficou duro só de olhar para ela. Eu não reagia daquela maneira a uma
mulher há um longo tempo, e eu não tinha certeza de que eu poderia
ser o homem paciente que precisava ser, a fim de tomá-la como minha.
Ela era diferente. Eu sabia que propor a ela logo de cara ia ser
uma má ideia, mas eu não me importei. Eu não queria conhecê-la e eu
não queria que ela me conhecesse.
Primeiro de tudo, eu tinha que demiti-la. Eu nunca misturei
negócios com prazer, e estar entre as suas coxas cremosas era muito
mais importante para mim do que uma garçonete extra.
— A nova garota trabalhou muito bem, você não acha? —
perguntou Tania ao classificar a papelada.
— Sim. Pena que eu vou demiti-la, — eu disse, inclinando o copo
aos meus lábios.
— O quê? Por quê? — Tania virou o rosto para mim e papeis
voaram da mesa. — Ela acabou de começar.
Me virei e a encontrei inclinada, pegando sua bagunça do chão.
— Ela é a minha Princesa Jasmine.
Tania parou e olhou para mim.
— Você tem certeza? Você acabou
de dizer na outra noite que Jasmine era um mito. O que faz você
pensar que esta menina é?
Eu estava feliz que ela teve a inteligência para não me dizer o
nome da menina. Se eu descobrisse o nome dela, todas as apostas
estavam fora.
— Eu apenas sei.
Ela tirou um pedaço de cabelo suado do rosto e revirou os olhos
com um suspiro pesado.
— Eu acho que eu vou demiti-la amanhã,
então. Vou começar a procurar uma substituta.
Ela estava chateada, mas ela me conhecia bem. Quando eu
queria alguma coisa, eu ia atrás disso. Eu não me importo como eu
conseguiria.
— Não se incomode. Eu quero despedi-la.
—Tudo bem, — disse ela com força, mas eu ignorei.
— Você pode demitir Mike por mim, no entanto. — eu não gosto
do jeito que o bastardo estava olhando para a minha Jasmine, e desde
que eu nunca compartilhei ninguém, ele tinha que ir.
— Mike, o barman? — Tania perguntou confusa. — Por quê?
— Porque ele não sabe como manter os seus olhos para si mesmo.
Eu não preciso dizer mais. Ela não precisa saber mais nada além
do fato de que eu o queria despedido o mais breve possível.
Eu podia sentir Tania olhando para mim, antes de ela finalmente
se dirigir para a porta.
— Vou procurar o seu substituto também.
Não era como se ela tivesse que olhar muito longe. Tivemos,
literalmente, centenas de candidatos que queriam trabalhar no Aro's.
Sentei-me atrás da minha mesa e pensei sobre Jasmine. A sua imagem
era suficiente para fazer o meu pau latejar dolorosamente.
Eu desfiz meu cinto e desabotoei a minha calça. Inclinei-me na
minha cadeira, coloquei a mão na minha calça e apalpei o meu
pau, apertando forte. Eu poderia facilmente ter chamado uma das
minhas meninas para cuidar das minhas necessidades, mas era mais
fácil imaginar os lábios de uma certa Princesa apertados em volta da
cabeça do meu eixo.
Demiti-la era a única maneira. Eu precisava dela
desesperadamente. Uma boa garota como ela não deveria estar
trabalhando em um lugar como Aro's, a menos que necessitasse
absolutamente do dinheiro. E dinheiro era algo que eu tinha de sobra,
assim seria o dinheiro que a iria trazer até mim. Eu queria que ela
precisasse de mim. Eu precisava sentir isso em seu toque, na forma
como o seu corpo balança contra o meu. Eu a queria mais do que a
minha próxima respiração.
Na noite seguinte, ela estava atrasada para o trabalho. Eu poderia
demiti-la no local, mas eu queria passar a noite assistindo os seus
movimentos. Me sentei afastado, no bar, deixando os meus olhos
percorrerem todo o seu corpo cheio de curvas. O balanço de seus
quadris, enquanto deslizava pela sala com as suas habilidades recém-
descobertas, segurando a bandeja, era quase demais para tomar. Eu
pensei em todas as coisas que eu queria fazer com ela - os ruídos que
ela faria.
O bar escondeu a fúria da minha ereção, enquanto eu me sentei e
tomei um gole das minhas bebidas. Algumas vezes os nossos olhos se
encontravam e eu tinha certeza que ela estava corando. Ela estava
começando a suar e as costas da camisa apertada estava agarrada ao
seu corpo. Os fios de cabelo perto do seu rosto, preso a sua
face. Ela parecia incrivelmente sexy, exatamente do jeito que eu
imaginei que ela estaria quando eu acabasse de transar com ela.
Uma vez que as portas estavam trancadas, eu acabei a minha
última bebida e esperei para fazer a minha jogada. Demitir uma pessoa
nunca tinha sido difícil para mim, mas sabendo que ela precisava do
emprego tornou um pouco difícil.
Eu não queria machucá-la, e eu sabia que quando ela saísse do
meu clube, ela não teria ideia de quanto dinheiro eu ia começar a pagar
a ela. Ela provavelmente ficaria chateada até eu fazer a minha proposta.
Um minuto ela estava lá ao lado de sua amiga, limpando as
mesas, e no outro ela tinha ido embora. Me levantei do bar e andei pela
sala, fingindo que não estava à procura de alguém. Finalmente, eu
desisti e fui para fora. Eu fiz meu caminho para o beco ao lado do clube
e foi aí que eu a encontrei.
Ela estava encostada na janela de um carro clássico. Não era o
lugar mais inteligente para uma menina estar sozinha, e eu estava
prestes a ir até ela e trazê-la de volta para dentro quando a ouvi falar.
— Eu sinto muito, Seth. Eu sei que é chato, mas não temos outra
escolha até que eu faça o suficiente para dar entrada em um
apartamento. — ela bateu em seu rosto e eu tinha certeza que ela
estava chorando. — Estou quase terminando. Eu só precisava vir aqui e
ver como você está. Me deixe correr, terminar de limpar as minhas
mesas e pegar as minhas gorjetas. Não destranque as portas para
ninguém e fique abaixado.
E então ela estava vindo em minha direção. Eu dei um passo para
as sombras e vi enquanto ela passou em seu caminho de volta para o
bar. Quando as portas se fecharam atrás dela, eu rastejei para o beco e
olhei para a janela traseira.
Um menino. Um jovem, estava enrolado no banco de trás lendo
um livro com uma pequena lanterna. A minha Jasmine parecia muito
jovem para ter um filho da idade dele, mas, novamente, o que eu sabia
sobre como as mulheres envelhecem. Eu uma vez dormi com uma de
quarenta anos de idade, que eu tinha certeza que era mais jovem do
que eu.
Voltando para dentro, eu fui direto para o meu escritório no andar
de cima.
— Tania, eu tenho um trabalho para você.
Ela olhou por cima da papelada da noite e franziu a testa para
mim.
— Agora mesmo? Não pode esperar? Eu tenho trabalho a fazer
aqui.
Eu sabia que ela ainda estava chateada com a perda de duas
pessoas, mas ela já poderia ter superado essa porra.
— Deixe a papelada, eu vou fazer isso. Há um carro no beco ao lado do bar. Siga-o.
— eu não dou a ela tempo para responder, antes de eu me virar e deixar
o meu escritório.
Tomando as escadas de dois em dois, eu fui direto até Jasmine e
me preparei para demiti-la. Eu não estava disposto a deixar que o fato
de que ela, eventualmente, tivesse um filho ficar no caminho do que eu
queria. Mais bocas para alimentar significava que ela precisava de
dinheiro. Era o cenário ideal.
— Eu preciso falar com você, — eu disse atrás dela.
Ela se virou e suspirou como se estivesse surpresa por eu ainda
estar dentro do clube. Obviamente, ela não tinha descoberto quem eu
era ainda.
— Desculpe-me? — ela respondeu, olhando em volta em busca de
ajuda. — O clube está fechado. Você não deveria estar...
Eu ri.
— Querida, eu possuo o maldito lugar. Eu te asseguro, eu
tenho todo o direito de estar aqui.
Noites de sábado eram ainda mais ocupadas do que noites de
sexta. No momento em que fechamos, meus pés estavam doendo e
assim as minhas costas.
Eu tinha estado muito ocupada para sequer sair e verificar Seth
durante a noite. Ele se recusou a ficar na casa de Alice, e
honestamente, eu sabia que não poderia me manter dependendo dela.
Em vez disso, eu estacionei o carro no beco abandonado ao lado do
clube, com planos de me esgueirar para fora e vê-lo a cada 30 minutos.
Ele tinha livros e uma lanterna e tenho a certeza que ele sabia
que não devia abrir a porta para ninguém, mas ainda assim, eu estava
uma pilha de nervos durante toda a noite. Assim que pude, saí do bar e
escapei para o beco para vê-lo. Encontrei ele sentado lendo com um
olhar irritado em seu rosto. Ele, obviamente, se sentiu muito velho para
ser verificado.
Quando voltei para dentro para terminar, eu estava satisfeita com
o cara lindo de antes. Eu tinha notado ele olhando para mim no início
da noite. Ele estava sempre olhando, e um par de vezes eu pensei que
ele ia se aproximar de mim, mas nunca o fez.
A maioria dos homens no clube não tinham problemas em
expressar seu interesse. Não era como se eu estivesse surpresa com as
mãos me tateando ou os olhos me fodendo. Estávamos praticamente
sem nada, então era de se esperar. Isso não significa que eu gostava, na
verdade, eu odiava isso. Isso me fez sentir desprezível e suja.
Esse não era o caso quando o alto, lindo,de olhos verdes olhava
para mim embora. Havia algo perigoso sobre ele. Ele incentivou o
domínio extra na minha cintura quando me movimentei pelo salão, e
tanto quanto eu queria estar envergonhada por ele, ele era a razão de
eu puxar minha camisa para baixo alguns centímetros extras.
O jeito que ele me olhava me fez pensar que ele estava
interessado em mim, mas, aparentemente, era porque ele era o dono e
eu estava obviamente fazendo algo errado.
Eu o segui até o bar e ele fez sinal para eu sentar em um dos
bancos. Me sentei, ele se mudou para ficar de frente para mim. Ele
virou os olhos em mim e estendeu a mão para dobrar um fio de
cabelo atrás da minha orelha.
Seu simples toque aqueceu minha pele e minha respiração ficou
mais difícil. Eu me senti envergonhada com a minha reação a ele.
Meninas experientes não desmoronam em um gesto tão inocente. Com o
canto do meu olho eu podia ver os corpos imóveis da equipe e se me
esforçasse, eu podia ouvir seus sussurros.
Não era normal para o proprietário de um clube dobrar o cabelo
da equipe de garçons atrás de suas orelhas.
— Jasmine, — disse ele com um sorriso sedutor.
Eu quase não percebi que ele me chamou pelo nome errado. Sua
voz era tão escura e profundamente hipnótica. Eu balancei minha
cabeça, a minha correção na ponta da minha língua.
— Não. Meu nome é...
Ele me parou com um dedo áspero sobre meus lábios.
Faíscas faziam cócegas em meus lábios, me fazendo rolá-los
juntos.
— Não. Quando você está comigo, você é Jasmine.
E então tudo fez sentido. O proprietário de Aro's precisava se
certificar. Era uma pena que esse tipo de homem atraente fosse
totalmente louco, mas lá vai.
— Senhor, eu não tenho certeza do que se trata, mas...
— Edward meu nome. — suas palavras eram ásperas e
cortadas.
— Eu sinto muito, Edward ... — eu disse lentamente, não
querendo fazer movimentos bruscos. — Existe algo que eu possa fazer
por você? Eu realmente preciso voltar ao trabalho para que eu possa
sair daqui o mais rápido possível. — meus olhos voaram em direção às
portas do clube e eu estava pronta para fugir a qualquer minuto. Mas
Edward , também conhecido como meu chefe louco, obviamente,
tinha outros planos.
Ele abaixou a cabeça e riu baixinho para si mesmo. Era um som
profundo e erótico que perfurou todos os lugares certos.
— Por uma questão de fato, não é algo que você pode fazer por
mim. Um monte de coisas, na verdade, mas vamos voltar a isso mais
tarde.
O barman deslizou a ele uma bebida em frente ao bar, e ele ficou
me olhando por cima da borda do copo enquanto tomava um gole
rápido.
— Eu odeio fazer isso, mas eu tenho que deixar você ir. Nós do
Aro's gostamos do quanto você é aplicada ao trabalho, mas eu não acho
que esta é a posição ideal para você.
Ele disse a palavra posição como se fosse o nome de um filme
sujo. Ouvir sua voz suave e olhando em suas piscinas intermináveis de
verde, eu quase perdi o ponto por trás de suas palavras.
E, em seguida, suas palavras afundam e me destroem.
Aquilo não podia estar acontecendo.
Não com o meu irmão lá fora estacionado em nossa casa,
esperando por mim. Eu tinha que fazer alguma coisa. Eu não tinha
certeza de que eu poderia encontrar outro emprego rápido o suficiente.
As coisas já estavam paradas no fundo do poço. Eu não tinha certeza
que eu ia voltar depois desse golpe.
— Senhor... — a palavra escapou de meus lábios. Soando
quebrada e com medo.
— Edward , — ele corrigiu.
— Edward , eu...
Ele me cortou novamente.
— Eu amo como você diz o meu nome. — ele parecia estar pensando consigo mesmo. — Você é realmente a primeira a saber o meu nome. É inconveniente, algo proibido, mas eu meio que gosto disso.
Eu não tinha ideia do que ele estava falando. É claro que as
pessoas sabiam o seu nome. Antes que eu ficasse sabendo quem ele
era, eu lembro de Alice falando sobre o proprietário que era nomeado
por Edward Cullen.
Eu não sabia como responder a ele, então em vez disso, optei por
ignorar o que ele disse.
— Eu não posso perder esse emprego. Por favor,
me deixe tentar de novo amanhã à noite. Eu sei que não sou perfeita,
mas eu não deixei cair nada esta noite. Eu estarei ainda melhor na
próxima vez. Por favor, me dê...
Mais uma vez, ele me silenciou com um único dedo. O que havia
com esse cara?
— Eu tenho outra coisa em mente para você, minha linda, muito
perfeito.
Eu não odeio que ele estava flertando comigo, e eu já desisti de
tentar entender sobre o que diabos ele estava balbuciando, mas eu senti
que se eu queria manter o meu trabalho, era melhor não responder.
— Um tipo de proposta. — ele sorriu antes pegar de volta a bebida
novamente.
Vi seus lábios suaves ao redor da borda do copo e um
formigamento estranho correu por toda a extensão da minha espinha.
Eu me perguntava como seria a sensação de sentir seus lábios contra a
minha pele.
Meus pensamentos me surpreenderam e eu os mudei de volta ao
seu último comentário.
— Qualquer coisa é melhor que nada. Me diga o
que é, e eu vou fazer.
Ele fez um barulho suave semelhante a um grunhido.
— Eu adoro
o som disso, especialmente desses lábios.
Engoli em seco.
— Fique para trás quando todos se forem. Falaremos sobre isso
em particular. Entendido?
Eu balancei a minha cabeça, mesmo eu sabendo que deixar Seth
no carro por mais tempo do que o necessário era uma má ideia. Ainda
assim, eu não posso perder o emprego, e se isso significava ficar mais
cinco ou dez minutos, eu estava fazendo isso.
— Ok, — eu concordo.
Fiquei de voltar para o trabalho, e ele me parou com uma mão no
meu braço. A minha carne se arrepiou e essa mesma sensação,
estranha de mais cedo trabalhou seu caminho até meu braço.
— Não, sente-se até que todos se foram, — disse ele antes de
casualmente se afastar. Sua confiança encheu a sala como água.
Eu acabei sentada no bar, enquanto os olhos das outras
garçonetes furavam a parte de trás da minha cabeça. Eu não poderia
imaginar o que parecia. A nova garota, sentada em sua bunda,
flertando com o proprietário em um canto remoto do bar. Grande.
Simplesmente perfeito.
Uma vez que convenci Alice que eu estava ficando para trás para
fazer algumas perguntas, e o último trabalhador saiu, Edward fez seu
caminho através do clube em minha direção. Sua caminhada era lenta e
deliberada, me fazendo sentir como uma presa.
Engoli em seco, tentando o meu melhor para manter meus olhos
fora de seu corpo alto e os olhos orgásticos. Sim... orgástico cabe a ele
muito bem. Eu sabia o significado da palavra, mas eu nunca tinha
realmente experimentado. De qualquer maneira, ele era o equivalente
da definição.
— Você ficou, — comentou ele depois que ele se esgueirou para
perto de mim. — Boa menina.
Ele estava muito perto de novo; Edward , obviamente, não se
preocupa com o espaço pessoal. Me fez desconfortável e ficar
formigando ao mesmo tempo.
— Não é como se eu tivesse uma escolha, — eu exalo sarcasmo.
Eu mal podia acreditar no jeito que minhas palavras soavam. Eu
nunca fui rude com as pessoas e eu nunca tinha tido esse tom na
minha voz antes. Em vez de ficar com raiva, ele apenas sorriu para
mim, como se ele gostasse de ser enfrentado.
— Um pouco de fogo no céu, eu vejo. Eu gosto disso. No entanto,
todo mundo tem uma escolha. Você poderia ter saído, mas não o fez.
Suas palavras eram verdadeiras, então eu não respondo.
Ele se sentou ao meu lado e estendeu um copo.
— Gostaria de
uma bebida?
— Não, obrigada. Eu não sou muito de beber. — respondi.
— Bom saber.
Até a maneira que suas palavras saíam de sua língua era sexual.
Ele poderia estar falando sobre política ou algo igualmente chato e
ainda conseguir sua calcinha molhada.
— Você mencionou uma proposta mais cedo? — eu perguntei.
Eu ainda não tinha pensado sobre o fato de que ele poderia estar
me pedindo para ficar para trás para que ele pudesse me estuprar e me
matar. Desespero apaga sua mente de todos os medos, aparentemente.
Então, novamente, não é considerado estupro, se a outra parte está
disposta e pronta?
Balançando minha linha de pensamento, eu tentei me concentrar.
Disposta e pronta? Será que eu realmente pensei nisso?
— Sim. — ele se virou para mim e o lado de sua boca se levantou,
dirigindo a minha atenção para os seus lábios perfeitamente esculpidos
e a dica de uma covinha que implorava para ele sorrir mais. Eu queria
dedilhar isso. Eu também queria passar meus dedos, entretanto, em
seu cabelo espesso. — Eu gostaria de comprá-la.
E assim, minhas novas achadas fantasias sexuais viraram
fumaça. Certamente eu o ouvi errado. Eu realmente precisava sair da
minha cabeça e prestar atenção. Eu tinha estado em torno de homens
antes. O que diabos havia de errado comigo?
— Desculpe-me? — eu gaguejei.
— Eu disse, eu gostaria de comprá-la, — ele repetiu.
Me sentei e fiquei de boca aberta para ele, possivelmente ele tinha
perdido a cabeça. Assustada, eu não podia falar. Parte de mim estava
com raiva de Alice por não me dizer que seu chefe era louco.
— Eu choquei você. Ok, me deixe terminar. Acho você muito
atraente. Se eu fosse um homem que gostasse de estar em um
relacionamento, eu lhe pediria para ir a um encontro comigo, mas eu
não sou esse tipo de homem.
— Eu não gosto de complicações de qualquer forma, e eu acho
que quando as emoções se envolvem, as coisas se tornam
problemáticas. Então, eu prefiro ter o sexo, sem a relação. Sua
companhia, sem o incômodo.
Olhei ao redor da sala para encontrar uma câmera escondida em
algum lugar. Isso não estava acontecendo comigo de verdade. A
qualquer momento, um apresentador iria sair e a piada seria eu. Mas
não havia câmeras, e não houve um apresentador para me aliviar da
situação embaraçosa.
— Aqui está o que eu estou oferecendo. — ele enfiou a mão no
bolso e tirou um pequeno livro preto. — Eu vou colocar o seu número
no meu livro, e quando eu te quero, te ligo. — ele se inclinou para
perto e eu podia sentir seu perfume. Cheirava a sexo quente e
especiarias. Pelo menos, o que eu imaginava que sexo quente cheirava.
— E quando eu te chamar, você vai vir, em mais de uma maneira. Eu
prometo, menina bonita, isso vai ser mutuamente prazeroso para nós
dois.
Fiquei de boca aberta e com um único dedo para meu queixo, ele
o fechou.
— Eu só tenho duas regras. — eu endureci quando ele correu
esse mesmo dedo para baixo na parte superior do meu peito que eu
tinha tolamente exposto para ele mais cedo esta noite. — Nunca me
negar. E não se apaixonar. Como eu disse antes, as emoções são
desorganizadas e eu prefiro não me envolver. — ele colocou seu livro de
volta no bolso. — Se você quebrar qualquer uma dessas regras, eu vou
removê-la do meu livro e paro os pagamentos.
Quando eu encontrei a minha voz de novo, falei.
— Pagamento? Você quer me pagar por sexo? — eu parecia tão chocada
quanto eu me sentia.
— Não apenas pelo sexo, também, pela sua companhia, mas que
será nos meus termos. E sim, em algum momento, eu vou querer
transar com você.
Ele levantou a bebida aos seus lábios, mantendo seus olhos
treinados nos meus. Sua garganta trabalhou para cima e para baixo,
engolindo os restos de seu copo. Então, lá estava seu sorriso com
covinhas mais uma vez.
— Então, o que você diz, Jasmine? Eu posso
fazer isso valer a pena. — uma única sobrancelha levantada em
destaque.
Oh, eu não tive nenhuma dúvida em minha mente de que ele
poderia 'fazer valer o meu tempo', mas o inferno iria congelar e o próprio
diabo iria patinar no gelo sobre ele, antes que eu vendesse minha
virgindade para ele. Quero dizer, pelo amor de tudo que é santo, ele era
atraente... Mas eu simplesmente não conseguia. Não era de mim vender
o meu corpo para um estranho, independentemente da quantidade de
dinheiro.
Eu levantei a cabeça, mesmo que eu queria abaixá-la e
desaparecer. Eu tinha certeza de que eu estava saindo do clube sem um
emprego, o que significava que as coisas estavam prestes a ficar muito
piores.
— Sinto muito, senhor, mas eu não posso fazer isso. Agradeço a
oferta, mas eu não sou nenhuma prostituta.
Enquanto eu estava me afastando, ele me puxou contra seu
corpo. Eu olhei para ele em choque, e para meu espanto, um pouco de
emoção. Meus seios esmagaram contra o peito dele e ele estava muito
consciente disso enquanto se inclinou para sussurrar no meu ouvido.
— Meu nome é Edward , não senhor.
Sacudi os calafrios de seus sussurros, e fui embora sem olhar
para trás. Assim que entrei no ar fresco da manhã, deixei as lágrimas
caírem.
Eu tinha acabado de perder meu emprego.
Fiz questão de enxugar minhas lágrimas antes de voltar para o
carro com Seth. Ele estava dormindo no banco de trás com um sorriso
no rosto. Sorriso este que Eu sabia que iria embora no dia seguinte.
Levanta a mão quem gostaria de ter o nome nesse livro.
BEIJOS E ATÉ
