Disclaimer: Gundam Wing não me pertence, se fosse meu, o Heero não hesitaria e tinha mesmo dado um tiro na cabeça da Relena. Hum... melhor dois, por precaução. E o anime não poderia ser transmitido no horário nobre...

Avisos: Fic com conteúdo yaoi, se não gosta vá no botão do retroceder...

Casais: 1x2... (ainda estão a ser definidos, mas esse tem de certeza)


Universo Alternativo

Aoi Tsuki

Capitulo 1

Duo estava a começar a ficar extremamente chateado, mesmo muito chateado. E várias coisas contribuíam para isso. Primeiro havia o casamento da sua mãe com um idiota qualquer. Segundo, esse idiota era japonês e tinha tido a delirante ideia de levar a sua esposa e o filho desta, que por acaso era ele, infelizmente, para a sua residência no Japão. Terceiro, a sua mãe estava maravilhada com o jardim e os costumes japoneses e nem queria ouvir falar em voltar para Nova Iorque. Quarto, ele estava a ter lições de japonês e cultura japonesa com uma mulher que muito provavelmente já tinha morrido e era uma múmia. Porque era impossível que com aquele aspecto enrugado e seco ela só ter sessenta e cinco anos como afirmava.

Em quinto havia o facto de que a tal residência era no meio de uma montanha, rodeada de árvores por todos os lados e bem longe da civilização e Duo podia afirmar com convicção, que a cor verde tinha acabado de ser eleita a mais detestada do ano, desde que era a única que ele via, não importava para onde olhasse. E isso incluía as cortinas verde musgo de um dos quartos e as verde água de outro com colcha a combinar, que por castigo divino era o dele. Até o serviço completo de loiça japonesa era branco e verde com motivos de bambu, Duo já tinha deixado cair acidentalmente dois pratos e uma chávena, mas não servia de consolação.

E isso levava directamente para o sexto ponto. O seu novo padrasto era vegetariano e a sua mãe, movida pela força das nuvens e corações cor de rosa que a cercavam ultimamente, achara que aquela era uma excelente ideia a adoptar, de modos que também tinha aderido ás tiras de cenoura, folhas de alface e rebentos de soja toda feliz. A sua salvação era a simpática cozinheira que trabalhava para a família do seu padrasto e que lhe preparava apetitosos pratos cheios de calorias e sem coisas verdes. Para além das sobremesas que eram simplesmente maravilhosas.

E em sétimo, a não esquecer, os malditos canais da maldita televisão eram em japonês e ele ainda não era fluente o suficiente para perceber grande coisa, na verdade a única coisa que ele sabia dizer, depois de duas aulas, era onegai e arrigatou. Talvez devido a passar as lições a contar o número de rugas que a Múmia Viva tinha em vez de ouvir o que ela dizia, mas essa não era a questão.

E em oitavo... espera... ia mesmo em que número! Certo, o facto era que farto de subir escadas e descer escadas, descobrir que um sofá também era verde e ver a sua mãe e o seu padrasto a namorarem, tinha decidido explorar um pouco dos terrenos em volta da casa. E com tantas árvores e no meio da imensidão verde, acabara por se perder. E ele nem podia telefonar para casa a pedir informações. Porquê? Bom, para além de desconfiar que não ia descrever o sitio em que estava de modo a que o idiota do padrasto dissesse "Oh! Sim eu conheço essa arvore! Tem um ninho no quinto ramo... Estou aí em dois minutos!", não havia rede naquela zona. Esse podia ser mais um ponto da lista.

Estava quase a considerar a ideia de gritar feito um louco, porque tinha quase a certeza de que era a terceira vez que passava por ali, quando ouviu uma voz um pouco mais adiante.

Guiando-se pela voz ligeiramente rouca e baixa, deparou-se com uma casa. Só que não era a sua. E encostado com desleixo numa árvore estava um rapaz da sua idade ou talvez um ano mais velho, alto, com cabelos castanho chocolate rebeldes e olhos claros, que não conseguiu identificar a cor exacta. Duo engoliu em seco com a visão privilegiada que tinha do outro garoto.

Pela copas das árvores entravam raios solares, criando uma luz cheia de efeitos e sombras. No sitio onde estava, Duo não era visto pelo outro e não pretendia se mostrar tão rápido. O moreno continuava a falar em voz baixa, mas não havia mas ninguém. Esforçando-se para ouvir o que o que o outro dizia, Duo moveu-se um pouco para mais perto. Conseguiu perceber que o outro falava em japonês e desistiu de qualquer tentativa de compreender o que era dito.

Correu a zona com os olhos de novo, mas continuou sem avistar ninguém. O japonês por vezes fixava o ar á sua frente e só depois continuava a falar, como se estivesse a ouvir uma resposta ás suas palavras. Intrigado, Duo procurou por algum sinal de um auricular, mas não achou nenhum e afinal não havia rede naquela zona, ele não devia estar a fazer uma chamada telefónica.

A intensidade da luz aumentou com a mudança das nuvens que tapavam parcialmente o sol e Duo reparou em como a sombra do rapaz se estendia mais um pouco pelo chão chegando quase onde ele estava escondido. Então percebeu que algo não estava correcto. A sombra tinha cabelos longos, mas o garoto que estava na sua frente tinha o cabelo curto... Chocalhou a cabeça, amaldiçoando os chás que a sua mãe servia a todas as horas e que era obrigado a beber. Acompanhou a sombra que saia pelos pés do garoto e constatou que esta se perdia numa zona em que os raios solares não chegavam. E a outra, a dos cabelos comprido, estava ao lado e se mexia e gesticulava com as mãos. Mas não havia mais ninguém... então de onde vinha aquela sombra?

Abstraiu-se de tudo ao seu redor para focalizar os seus pensamentos numa tentativa de descobrir uma razão lógica para aquilo. Não encontrando nenhuma. Até que a sombra extra acenou com a mão num claro gesto de saudação. Duo levantou os olhos esperando ver mais alguém chegar ou preparado para mais uma sombra sem corpo se juntar ao grupo. Mas em vez disso, teve o seu olhar cruzado com um fulminante para de olhos azuis escuros, que não pareciam nem um pouco amistosos.

E quando deu por si, estava a correr feito louco, o que ele já duvidava se não era verdade, sem se importar que não fazia a menor ideia para onde ir e tentando-se convencer que alguns dos chás devia ser alucinógeno.

Continua...


N/A: Gostaram? Palpites sobre a sombra sem dono? Questões sobre a sanidade mental da autora?

Esta fic saiu assim de repente... mas pretendo actualizar cada uma das outras regularmente... estou a tentar fazer um calendário... a próxima a ter um cap pronto deve ser Canidae vs Felidae...

Deixem review sim? Eu gosto de saber o que vocês pensam!

Kuss Kuss