(Borboleta escarlate, aí está:)
Engel
Sorri Leve sorriso, em que a ventura,
lhe deflui da alma, fresca, rósea, leve...
Olha-nos... E esse olhar não se descreve
- eflúvio de bondade e de candura . . .
"Mamãe, o que acontece com as pessoas quando elas morrem?"
O pequeninho Uchiha Sasuke tentava satisfazer a sua curiosidade depois de saber o que acontecera a sua avó.
"Elas encontram-se com anjos que as levam ao céu." Mikoto respondeu em um sussurro.
Sasuke viu pequenas lágrimas saírem dos olhos de sua mãe, e perguntou-se porque todos por ali pareciam fazer o mesmo. Ele ainda não compreendia o que a morte significava, ele achava que sua avó havia sido levada por esses tais anjos para um lugar onde ela seria feliz para sempre.
"Mamãe, o que são anjos?" A cada resposta, outra pergunta se formava em sua mente.
"Anjos são as criaturas mais belas que existem. Eles também são são muito bondosos."
"Por isso que eles levaram a vovó?"
"Sim, querido." Mikoto usou um tom que pretendia encerrar a conversa, pois o padre começava a rezar.
Depois do enterro, Sasuke pediu a sua mãe para deixá-lo ir até o parque para brincar. Mikoto assentiu, imaginando que seu filho menor não precisava ficar perto de adultos em luto.
Fitando-a assim, seja um momento breve,
nossa alma fica mais ideal, mais pura . . .
Diante dessa dulcíssima figura,
quem há que do terrestre não se eleve?
Um anjo...
Foi assim que Sasuke reconheceu a menina que encontrou no parque. Ela parecia tímida, estava ligeiramente encolhida sentada em um banco. Seu curto cabelo tinha um tom escuro de ameixa, seus olhos lavanda reluziam com a luz, e sua pele era como o primeiro floco de neve que cai.
"Oi." Ele disse quando seus pés levaram-no inconscientemente de encontro ao anjo.
"Olá." Ela respondeu. Sua voz era doce, calma.
"Meu nome é Sasuke. E o seu?"
"Hinata." Ela disse, com um sorriso como o Sol de verão e um leve rubor em sua face angelical.
Que sutil sedução! Ah, se eu pudesse
tê-la junto de mim, falar-lhe, ouvi-la!
Como essa fixidez sua entristece!
"Hinata-chan, você é um anjo?" Sasuke perguntou-lhe, demonstrando expectativa.
"Eu não sei." A expressão de Hinata denotava dúvida.
"Você sabe o que é um anjo?" Sasuke testou.
Hinata apenas balançou a cabeça, enquanto segurava-a com as mãos que apoiara nos joelhos.
"Minha mãe me disse que anjos são criaturas bonitas e boas e que eles levam você para um lugar onde você será feliz para sempre."
Os olhos da interlocutora do pequeno Uchiha arregalaram-se em espanto e em seus lábios formou-se um sorriso de admiração.
"Hinata-sama, pecisamos ir."
As crianças foram interrompidas por uma voz adulta, respeitadora, mas, ainda assim, intromissora.
Era a governanta que tomava conta de Hinata. Ela alegou que já estava ficando tarde e que, se Hinata não voltasse logo, Hiashi-sama ficaria preocupado.
Mas... não! Antes assim, vaga, tranqüila
e intangível, sorver em muda prece
e emanação celeste que ela estila.
"Tchau, Sasuke-kun." Disse Hinata, em voz chorosa.
O Uchiha não pôde se despedir, pois a governanta já levava Hinata embora a passos rápidos.
"Adeus, meu anjo. Eu esperarei por você." Foi tudo o que ele disse, igualmente triste com a saída de seu precioso anjo.
Desde esse dia, Sasuke nunca mais viu o seu anjo. Mas ele sabia que eles se encontrariam quando a hora chegasse. Até lá, ele cumpriria a promessa que fizera e continuaria esperando.
Esperando o dia em que seu anjo o guiaria ao Paraíso e ambos poderiam ter o seu feliz para sempre.
N/A:
Minha primeira tentativa de chibi (percebe-se, não?). Incrivelmente, eu não odiei. Mas só eu mesma para fazer uma fic praticamente dark com personagens infantis .-.
O soneto intercalado com a fic é Angélica, de J. G. de Araujo Jorge. Engel é anjo em alemão (e também é o nome de uma música do Rammstein *-*)
Enfim,
Reviews? :3
