X-Men não me pertence (infelizmente, mas o Gambit um dia será meu 8D).
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Fanfic sem fins lucrativos.
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Sessenta quilômetros ao norte de Nova York encontram-se as ruínas da Escola Para Super Dotados do Professor Xavier, era também a base escondida dos famosos X-Men, heróis mutantes que arriscavam suas vidas todos os dias salvando as pessoas, muitas vezes, salvando o mundo. Pregavam a igualdade racial entre mutantes e seres humanos normais. Ironicamente, não eram aceitos na sociedade, como a maioria dos mutantes, eram odiados, muitas vezes chamados de assassinos e acusados de todo o mal que lutavam para exterminar.
Lutavam por um sonho, o sonho de Charles Xavier. Mas o sonho acabou...
Após uma intensa batalha contra, talvez, o maior e mais poderoso inimigo dos X-Men e de todo o mundo, a batalha foi ganha, mas também perdida. O temível Apocalipse novamente surgiu com o plano de tornar mutantes e humanos normais, seus escravos. Muitos inocentes foram mortos na batalha e ele quase conseguiu concluir seu propósito, mas foi impedido mais uma vez pelos X-Men que quase deram a vida para derrotar o mutante. Mesmo com a batalha ganha, os contrapontos foram muitos, e graves. A começar pelo professor Xavier, que ferido demais ficou a beira da morte, e no seu leito pediu ajuda novamente de Lilandra que o levou para o Império Shiar. Pediu para que seus alunos não o procurassem pois voltaria assim que possível. Jean perdeu o controle dos poderes propiciados pela Fênix, e ainda com dificuldades para controlá-los, recebe ajuda de seu namorado, Scott. Wolverine simplesmente desapareceu após a despedida do Professor Xavier. Piotr decidiu voltar para a Rússia. Warren e Bobby também decidiram voltar para casa. Gambit continuou mantendo contato com Tempestade e Vampira, seu atual interesse. Vampira, abalada pela situação de que o único homem que poderia ajudá-la a controlar seus poderes não pode mais ajudá-la, isolou-se durante um tempo em um apartamento e somente recentemente tem aceitado sair por pedidos de Gambit. Os demais tentam seguir suas vidas igualmente. Tempestade é a única que permanece com o sonho de Charles Xavier vivo em sua mente, e por vezes quis procurá-lo para alertar da situação, mas nada pode fazer uma vez que a equipe se separou. Já aceitando a derrota, decidiu ir morar com Forge, pensando que talvez quando o professor voltar tudo fique bem.
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Dois meses e meio após a batalha, longe dessas ruínas, em um pequeno apartamento encontra-se a deusa dos ventos. Olhava o céu pela janela de seu quarto no terceiro andar. Estava pensativa como nos últimos meses, mas foi interrompida.
-Te assustei? – Pergunta o homem com o cabelo preso num assanhado rabo de cavalo enquanto entra no quarto.
-Não. Tudo bem Forge. – responde-lhe Ororo, que vira a cabeça para Forge, e em seguida olha o céu novamente.
-Onde estava? – Ele pergunta.
-... O que? – Ela não entende.
-Com seus pensamentos. Onde anda minha deusa nesses últimos meses? – Ele diz se aproximando e abraçando-a por trás, percebendo que sua amada estava abatida.
-Estava onde sempre estive. Na Escola Xavier.
-Outra vez, Ororo?! – Forge diz com ar de insatisfação. – Não percebeu que tem que esquecer esse sonho absurdo? Pelo amor de Deus, quando vai deixar os X-Men de vez e ser minha por inteira? Você não é mais Tempestade! Agora você é apenas a Ororo. Os X-Men não existem mais! – Forge diz completamente irritado, se afastando e ficando de costas para sua amada.
Ororo permanece em silêncio. Ficou assustada com a reação de Forge, mas já tinha o visto assim uma vez pelo mesmo motivo. Foi quando ele lhe pediu em casamento há seis meses atrás. Ele achou que ela não aceitaria o pedido, para poder permanecer como X-Men e tiveram uma discução. Lembrou-se que por esse motivo ficaram um mês sem trocar uma palavra sequer. Ele não entendia o que tudo aquilo significava para ela. Achava que os ideais dos X-Men eram apenas sonhos. Somente após o fim dos X-Men os dois reataram e, desde então, estão morando juntos.
-Desculpe querido, não há motivo para ficar assim afinal, os X-Men acabaram mesmo. Eu só não entendo como chegamos a esse ponto, podíamos ter continuado, tínhamos força para continuar sem o professor, mas ao invés disso, nós nos desentendemos e cada um foi para um lado. Eu sei que não temos notícias dele há muito tempo, mas se Lilandra não deu notícias então ele deve estar bem, caso contrário...
-Chega Ororo! Para mim basta. – Interrompe Forge, deixando Ororo sozinha no apartamento.
Ororo abaixa a cabeça e fecha os olhos.
-Por que você não entende? Por que ainda guarda tanta raiva? – Diz baixo para si mesma.
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Em um apartamento não tão distante dali, saindo do banho, está Vampira, recentemente se conformando com a partida de Xavier e o fim dos X-Men. De toalha ela se dirige ao quarto, cantarolando uma música qualquer, mas seu percurso é interrompido pelo telefone, que a faz seguir para o corredor, para pegar o telefone sem fio na parede.
-alô. – Ela atende enquanto arruma a toalha para não cair.
-Bonjour, ma chère. – Diz o homem na outra linha, com um forte sotaque cajun.
- Ah, é só você Gambit. – Fala, fingindo estar desapontada ao saber quem é a pessoa.
-A mademoiselle estaria disponível hoje?
-Desculpe, "monsieur", mas hoje vou ficar por aqui mesmo.
-Esqueci de dizer que não aceito uma resposta negativa. – Ele insiste.
-Tarde demais, fofo. – Ela rebate como de costume.
-Tudo bem. Então Gambit vai ser obrigado a passar aí contra sua vontade, esteja pronta. – Diz ele.
-Não, Gambit, eu já disse que... Desligou! Seu cajun... – Ela pensa em xingá-lo, mas respira fundo para se conter. – Sempre consegue me tirar do sério. – Fala com ar de irritação, mas dá um sorriso em seguida e corre para o quarto para se vestir.
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-Magneto. – A mulher de pele azul e olhos amarelados chama um homem que estava de costas.
-Sim, Mística?! – Responde o homem com uma armadura e capacete vermelho conhecido como Magneto, permanecendo de costas para Mística.
Ele estava visitando as ruínas da escola de Xavier, com uma aparência visivelmente atordoada pela situação do local e pela partida do "amigo". Seus acólitos estavam lhe acompanhando.
-Não é melhor partir? – Ela fala, inexpressiva.
-"Partir"... Que palavra dolorosa, não? Agora vejo que eu realmente tinha razão, eu e Charles éramos muito parecidos, as únicas coisas que nos diferenciavam eram nossos objetivos. Ele tinha um sonho que não passava de ilusão, e não estará aqui para ver que estava errado, para ver EU concretizar o meu sonho. Se seus X-Men estivessem aqui eles tentariam me impedir... Mas todos partiram, alguns por escolha, outros para sempre! Descanse em paz... Velho amigo! – Diz Magneto passando ao lado de Mística, dirigindo-se para uma nave e deixando o local.
-Unuscione. – Mística chama sem se mover.
-Sim, Mística. – A mutante responde.
-Já conseguiu alguma informação sobre os X-Men? – Pergunta inclinando a cabeça para a esquerda, direção de Unuscione.
-Não. Eles simplesmente sumiram desde a batalha contra Apocalipse.
Mística permanece séria por alguns segundos. Volta a olhar para o horizonte.
-Vá com Magneto, eu vou em seguida. – Diz, retirando-se do local.
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Em um bar conhecido dos X-Men, estavam três amigos conversando, eram Warren, Bobby e Bishop. Sentados em uma mesa perto de uma das mesas de sinuca, eles relembravam os velhos tempos que agora pareciam tão distantes.
-Lembram quando a Kitty caiu na piscina? Ela ficou furiosa! – Bobby relembra fazendo todos caírem na gargalhada.
-Bons tempos, Bobby, bons tempos! Nada como relembrar de tudo isso aqui no Bar do Perigo. – Disse Warren, tentando conter o riso.
-É... Tenho de admitir que devem ter sido tempos melhores do que os meus. –Disse Bishop, já dominando seus risos e voltando a sua seriedade usual.
-Não fique assim Bishop, agora você é um de nós, apesar de toda uma vida num futuro não tão certo.
-Um de nós, Warren? Os X-Men não existem mais. Isso só demonstra que o futuro que venho é realmente alternativo. – Diz Bishop.
Os homens ali ficam em silêncio, pois para eles os X-Men ainda significavam muito. No passado, no futuro... e no presente também, mesmo não mais existindo.
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Algum tempo depois, a campainha do apartamento de Vampira toca e ela corre para atender. Chegando perto da porta ela para a corrida e começa andar contendo a pressa enquanto arruma o cabelo encaracolado. Ela olha pelo olho mágico da porta e vê Gambit do outro lado. Convencendo a si mesma de que está calma, afinal, é o mesmo conquistador de sempre, ela solta um suspiro e o atende.
-Bela vista – Diz Gambit, olhando Vampira por inteira. Ela estava com um belo vestido verde rico em detalhes, longo e, como sempre, cobria a maior parte do corpo, pois assim sentia-se mais segura.
-Então, vamos? – Ela fala calmamente.
-Pois não chère, a não ser que queira que eu entre, non? – Ele diz com seu melhor sorriso.
-Nada disso. Você me convidou para sair, querido, e é o que vamos fazer. – Responde ao sorriso do Cajun.
Os dois descem e se dirigem à moto de Gambit. O cabelo encaracolado de vampira dançava ao vento frio que corria aquela noite.
-Para onde iremos? – Pergunta Vampira, subindo na moto.
-Ora chère, se eu disser vai estragar a surpresa. – Diz Gambit ligando o veículo. – Gambit promete que não vai se arrepender. – Completa.
Do outro lado da rua, em uma lanchonete logo em frente a edifício em que Vampira morava, estava uma garota de cabelos curtos os observando atentamente. Ela mantinha o olhar vidrado nos dois.
-Ora, ora. Não foi tão difícil te encontrar, Vampira... – Diz a garota misteriosa, se levantando e dirigindo-se a um taxi estacionado.
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Mandem sugestões, se tiverem dúvidas, perguntem, se quiserem, critiquem, ok?
Traduções de palavras estrangeiras: (Na sequencia em que apareceram)
[Traduzidas do francês]:
-Bonjour: Olá
-Ma chère: Minha querida.
-Mademoiselle: Senhorita, minha senhorita.
-Monsieur: Senhor, meu senhor.
-Non: Não (claaro!)
