Olá a todos, bem aqui vai mais uma fic em serie.

Esta fic é basiada em factos reais. As personagens que aqui entram, com o nome das personagens de CCS, são reais.

Espero que gostem

Boa leitura


Paredes de Sonho

Capitulo 1 - Rapariga normal

Era um dia como todos os outros. O barulho irritante do despertador tocava na mesinha ao lado da cama. Os raios de sol teimavam a perfurar a janela fechada. Uma jovem encontrava-se deitada na cama cheia de peluches sem se importar com o tempo que lhe restava para se preparar para a escola. Vagarosamente desliga o despertador, mas rapidamente vira-se para o outro lado deixando-se dormir de novo.

- SAKURA ACORDA, TENS DESZ MINUTOS PARA ESTARES PRONTA. – Ouve-se a voz do irmão a ecoar pela casa. A rapariga acorda de repente, abrindo os seus belos olhos esmeralda. Olha para o relógio e deparando-se com as horas tardias. Num salto, levanta-se da cama e começa a vestir-se com uma velocidade espantosa. Era assim todas as manhas, nunca conseguia acordar a tempo.

Sakura Kinomoto era uma rapariga com uma beleza única. Com os seus dezassete anos tinha se tornado uma mulher de dar inveja. Tinha cabelos castanhos-claros curtos, presos normalmente com dois pequenos totós, magra, de estrutura baixa mas tinha uns belos olhos esmeralda, que deixava qualquer rapaz sem fala. Mas tinha um grande defeito, não conseguia integrar-se, era fria e distante, não dava confiança as pessoas, apenas algumas mais chegadas. Nunca tinha tido um namorado a serio, o que deixava a sua auto-estima muito em baixo.

Em apenas cinco minutos já se encontrava sentada a mesa a comer rapidamente o pequeno-almoço.

- Come devagar se não ainda tens uma paragem cardíaca. – Avisa o pai. Fujitaka Kinomoto, era um homem com os seus quarenta anos, alto magro. Era arqueólogo e encontrava-se muitas vezes fora, mas a sua profissão diária era ser professor de historia na universidade, onde tinha conhecido a sua falecida esposa.

- Sim pai, já sei. Vou-me embora. Adeus. – Disse rapidamente quando corria em direcção da porta de casa.

Do lado de fora o Touya, irmão mais velho, já se encontrava dentro do carro impaciente a sua espera. Era um estudante universitário, e desde que tinha tirado a carta era quem costumava levar a preguiçosa da irmã a todos os locais. Era um rapaz alto de corpo atlético, era muito bonito, mas nunca tinha arranjado namorada.

- Monstrenga, atrasada como costume. – Reclama o irmão no momento que dava início a viagem. Em pouco tempo já se encontravam a frente da escola da rapariga. Sem trocarem mais nenhuma palavra, os dois irmãos seguem o seu respectivo caminho.

Sakura corria pelos corredores da escola, sem se importar com quem batia ou em cumprimentar alguém. Rapidamente chega ao pé da sala. Para seu enorme alívio ainda encontrava-se praticamente vazio, só a sua amiga é que se encontrava lá. Tomoyo Daidouji, uma rapariga alta e magra, com belos cabelos compridos pretos e lindos olhos violeta. Era muito tímida e uma excelente aluna. Como a sua amiga, não tinha tido nenhum namoro serio, mesmo tendo uma beleza extraordinária, assim como a sua voz, que fazia parte dos solistas do coro da escola.

- Bom dia. Acordaste a horas. Milagre. - Brinca Tomoyo, ao ver a cara de sono da amiga.

- Cala-te, devo ter batido o meu recorde hoje. – Responde Sakura, com a sua normal voz matinal. O silêncio permaneceu de imediato entre as duas, ate ser cortado por risos altos. Não era preciso olhar para saber quem vinha ai. Os restantes membros da turma, as pessoas que não se davam com as duas amigas, as vezes até era difícil de saber se eles sabiam da existência delas. Havai uma rivalidade muito grande entre eles, não apenas por eles acharam donos do mundo e que elas não deviam de permanecer entre eles, como também entres suas famílias devido a negócios.

Rika Sasaki, era o crânio da turma, sempre com as melhores notas, e pedinchava por milésima que fosse só para ter melhor nota. Para ela ter abaixo do habitual era uma catástrofe enorme. Filha de pais muito ricos, gostava de exibir o dinheiro com roupas novas e caras. Baixinha e magra e muito bonita. Naoko Yanagisawa, era a mais simpática do grupo, mas por detrás da sua cara dócil havia uma falsidade que podia mandar ao tapete qualquer pessoa. Era sinistra e não se conseguia ver as suas intenções por detrás dos grandes óculos redondos. Chiharu Mihara, a viciada pró beleza e moda, tudo o que era diferente do que achava bonito, era logo motivo de chacota e para menosprezar. Era uma das que Sakura mais odiava, porque antes ela tinha sido sua amiga, e tal como ela sofria as consequências que Rika e Naoko tramavam contra elas. Mas depois quando começaram a ver que era uma das melhores alunas fizeram-se amigas dela, e ela como se tivesse feito uma lavagem cerebral ficou igual a elas, uma pessoa materialista e egoísta. Meilin Li, a mais recente integrante do grupo, tinha vindo da china a um ano. A sua beleza e os seus belos olhos vermelhos e cabelos compridos pretos, preso com dois longos totós, chamou logo atenção das raparigas. Não demorou muito para se vir a descobrir que era igual a elas, fútil. Sakura e Tomoyo odiavam-nas tanto que as vezes até tinham ideias de as aniquilar.

Os rapazes que acompanhavam as raparigas, os outros integrantes do grupo, brincavam uns com os outros, dando a entender, a quem não os conhecesse que eram gays. Não eram tão arrogantes como elas, mas por influência delas e por favor aos pais que achavam que eles serem amigos delas iria ser bom para os negócios. Mas aos pouco foram encontrado algo em comum entre eles, tornando-se inseparáveis. E os pais era mais uma das razoes para não falarem com as raparigas. Excepto Tomoyo, era tão rica como todos, a mãe era dona de uma cadeia de impressas internacionais que era rival das empresas dos colegas.

Eriol Hiiragisawa, o inteligente entre os três rapazes, sempre com um sorriso na cara e o único que falava para Sakura e Tomoyo. Era inglês, mas já se encontrava no Japão a vários anos. Os seus olhos azuis eram escondidos debaixo dos óculos que lhe davam um ar intelectual, e pelos cabelos escuros. Era magro, alto, e mesmo não parecendo um bom atleta. Takashi Yamazaki, conhecia Eriol a muito tempo. Eram grandes amigos. Yamazaki costumava contar várias histórias sobre tudo. Inventava as coisas mais bizarras que nunca ninguém imaginaria que pudesse existir. Era por isso que ele e Eriol se davam tão bem, porque o rapaz era o único que o ajudava com as suas ideias. Li Shaoran, era primo de Meiling, mas estava no Japão a mais tempo que ela. Era o mais calmo no grupo. Era brincalhão com os rapazes, mas não era tanto com as raparigas. Era alto, de cabelos castanhos e uns bonitos olhos de cor de âmbar. Era bastante inteligente, e tinha tão boas notas como Eriol. Tinha um bom corpo de atleta, mas tinha o mesmo mau hábito que todos os amigos, fumava e bebia. Mesmo sabendo o mal que lhes causavam, achavam que deviam para mostrar a sua diferença.

O grupo passa pelas duas raparigas mas sem dizerem nada, seguindo o seu caminho até os seus lugares. O barulho de eles a conversarem divertimento ecoava pela sala, mesmo quando o professor entrou, o barulho não diminuiu.

- Nem de manha vocês estão calmos? São pior que deus me livre em cuecas. – Reclama o professor que acabara de entra na sala.

- A minha mãe bem que diz que eu devia de descarregar, mas o botão encravou. – Responde Yamazaki com a maior naturalidade do mundo. A turma começa a rir-se, mas rapidamente acalma-se deixando o professor dar a aula.

As horas pareciam que não passavam, o professor continuava a dar a sua aula normalmente. As piadas do costume não paravam, mas o professor até ajudava.

Finalmente a aula acaba para grande alívio de Sakura. O grupo começa logo a fazer o barulho do costumo, saindo da sala para poderem fumar antes da aula seguinte. Sakura e Tomoyo como sempre foram as últimas abandonar a sala. O silêncio era comum entre elas. Os corredores já vazios, as únicas pessoas eram as habituais, as duas amigas e os professores.

Caminhavam em direcção ao pátio sem se importarem com as pessoas que passavam por elas olhando-as ou batendo nelas. Rapidamente chegam ao pátio cheio de gente. Encostam-se ao muro ficando a olhar para as pessoas que passavam por elas.

- Sabes, eu não aguento isto mais tempo. – Disse Sakura mandando a cabeça para trás ficando olhando as nuvens cinzentas passarem por cima delas.

- O quê? – Responde Tomoyo sem entender ao que amiga se referia

- O tempo. – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – O céu está escuro. Parece que algo vai acontecer. Só espero que seja um trovão caia em cima das nossas "amiguinhas" – Um riso maléfico termina a sua teoria. Tomoyo sabia bem que amiga se referia as suas adoráveis colegas de turma. Perante essa ideia não podia deixar também conter um riso tímido.

- Não sejas tão má para elas. – Tenta defende-las.

- Por amor a santa, Tomoyo. Diz uma coisa boa nelas. – Resmunga Sakura.

- Elas as vezes falam para nos. – Fundamenta Tomoyo.

- Sim claro. E nessas vezes quantas foram as alturas que não tinham segundas intenções? – Tomoyo ficou a pensar mas não conseguia responder a pergunta da amiga. – Deixa, algum dia elas vão perceber o que são. Elas próprias traem-se umas as outras. Bem deixamos de falar disso, vamos mas é nos equipar que a aula vai começar e vamos correr. – Comenta alegre. Nada mais lhe agradava do que uma aula de ginástica.

Caminharam novamente juntas ate aos balneários para poderem mudar de roupa. Ao entrarem no cubículo onde costumavam trocar de roupa, depararam-se como sempre vazio. As suas colegas nunca lá estavam. Pareciam até que faziam de propósito.

- Adoro isto vazio. Assim não parecemos sardinhas enlatadas. – Comenta Tomoyo, era raro ouvir ela dizer algo tão maléfico.

- Sim, de facto é verdade. Este balneário é tão grande como uma casa de banho pública. – As duas começam a rir mas calam-se logo quando Naoko e Meiling entram no local.

- Cruzamo-nos com o professor. Ele disse que seria Basket. – Informa Meling com a sua habitual voz de egocêntrica. As outras duas raparigas apenas acenam com a cabeça, mostrando que tinha ouvido o que ela tinha dito.

Já estando despachadas, vão em direcção do local da aula, sem ao menos esperarem pelo resto das colegas. Como habitual, ao passarem pelo balneário dos rapazes, vêem eles todos a saírem muito alegres. Elas começam a subir as escadas a frente deles sem se importarem com as parvoíces que eles diziam. Sakura ia tão distraída que acaba por escorregar nas escadas. Parecia uma cena de filme, Sakura começa a ver tudo tão devagar. Fecha os olhos esperando o doloroso impacto com o chão, devido já estar no cimo da escadaria com quinze degraus. Mas a dor não chegou aparecer. Apenas sentiu algo forte e aconchegante a prende-la debaixo das axilas.

- Sakura, meu deus, estás bem? – Ouve a voz preocupada da amiga. Sakura abre os olhos e repara o que a prendia, era os braços, os braços de Shaoran, para espanto da rapariga.

- Sim estou. Obrigada. – Responde Sakura no momento em que o rapaz a mete na posição vertical correcta. Ele apenas acena com a cabeça e continua o seu caminho conversando com os rapazes. As duas raparigas ficam a olhar para os rapazes afastarem-se.

- Eu não os entendo. – Comenta Tomoyo. – Para que ele te foi ajudar? Bem também não te ia deixar cair. Ou será que gosta de ti? – Sakura nesse momento presta atenção ao que amiga diz.

- Estás doida? Nem que o mundo fosse acabar amanhã eles iriam se aproximar de mim. – Começa andar sem se importar se amiga a seguia.

Rapidamente chegam ao local onde a aula iria decorrer. Os rapazes já lá se encontravam a conversa com o professor. Um homem novo, não tinha mais de vinte cinco anos. Baixo, e com uns lindos olhos azuis que tirava a respiração a qualquer pessoa. Quem não o conhece-se, diria rapidamente que era aluno na escola. Sempre com a sua mochila as costas a conversar com os alunos como se fossem colegas, ninguém diria que seria um professor.

- Bom dia professor. – Cumprimenta Sakura e Tomoyo sentando-se ao lado dos rapazes, mas mantendo sempre uma distância significativa. Os minutos iam passando e o resto da turma nunca mais chegava.

- Vocês são sempre a mesma coisa. Atrasam-se sempre. – Refila o professor olhando para o relógio mantendo o tempo controlado, enquanto esperava pelo resto dos alunos.

- Vocês, ponto e vírgula. – Refila Sakura, não gostava de ser comparada com elas. O professor olha para a rapariga e dá-lhe um dos seus sorrisos lindos. Sakura nem ligava muito a afinidade que o professor tinha por ela. Mas Tomoyo não deixava de reparar nisso.

- Ele gosta de ti. – Sussurra Tomoyo ao ouvido da amiga. Sakura olha para ela sem perceber de quem se referia. Tomoyo aponta com a cabeça para o professor, deixando a outra sem reacção.

- Mas hoje todos gostam de mim? Está um burro para morrer. – Comenta não acreditando na outra barbaridade que amiga lhe contava.

- Escreve o que te digo. – Nesse momento, as outras raparigas chegam ao local, conversando animadas, e andando em passo de caracol.

- Não mexam esses pés que vão fazes 10 flexões se não chegarem aqui em, 10… 9… - As raparigas a ouvirem ameaça do professor correm chegando ao pé da turma, antes do professor acabar a contagem. – Bem chega de conversa. Já estamos muito atrasados. Corram dez minutos a volta dos campos. – Manda o professor sentando onde antes encontravam os alunos. Esses já faziam o que o professor tinha mandado.

Sakura tinha boa resistência e velocidade, mas preferia correr bem devagar acompanhando amiga, que não era muito ligada a desportos.

Os dez minutos pareciam que nunca mais acabavam, as únicas pessoas que continuavam a correr eram os rapazes, que mesmo desde do inicio deviam de ter já umas cinco voltas adiantados. Sakura para fazer companhia amiga, também caminhava a volta do percurso.

- Ok, o tempo acabou. – Como se não ouve-se amanha, todos se mandam para o chão cansados. – Por amor a deus, vocês não fazem nada e já estão cansados.

- Professor, não somos máquinas. Temos corações. Eles batem. E as vezes, batem muito depressa. – Diz Yamazaki.

- E o que isso interessa? – Reclama o professor.

- Quer dizer que nos cansamos. – Responde Eriol, seguindo o fundamento do amigo.

- Bem vamos lá fazer equipas. Querem escolher ou escolho eu? – Pergunta o professor.

- É melhor o professor. – Diz Naoko. O professor rapidamente começa a formar três equipas. Eriol, tinha ficado com a Tomoyo e com a Naoko. Yamazaki com a Rika e a Meilin. Shaoran com a Sakura e Chiharu.

Cada equipa agarra numa bola e começa a treinar uns passes. Chiharu parecia que fazia de propósito para perder a bola fazendo Sakura ir atrás dela.

Finalmente o professor manda-os parar, fazendo começar um jogo, ficando uma equipa como suplente. A equipa de Sakura tinha sido das primeiras equipas a jogar, contra a equipa de Tomoyo. A vantagem que a equipa da Sakura levava era muito grande. Numa tentativa de lançamento, Naoko empurra Sakura fazendo-a cair e esfolar os joelhos. As calças que tinha vestidas, ficam com um grande rasgão mostrando a ferida. Por sorte não era um corte fundo e ela estava tão bem como se nada tivesse acontecido. Levante-se e corre atrás da bola que tinha caído para um buraco. Sem ouvir os colegas a falarem para ela, desce o buraco entre vários arbustos e procura pela bola. Por azar acaba por escorregar. Espera de novo um impacte forte, mas sente novamente os braços que ampararam-na nas escadas. Os olhos antes fechados abrem-se e deparam-se com uns de cor âmbar.

- Shaoran. – Sussurra, a rapariga, baixinho, reconhecendo aqueles olhos. Não podia negar, ele era lindo. Aqueles olhos preenchiam os seus sonhos já algum tempo. Nunca iria admitir isso. Mas ela sabia que ele a tirava do serio.

Os olhos dele não paravam de olhar intensamente para os dela. Algo o prendia neles. Os olhos do rapaz tinha um brilho fora do normal, Sakura nunca tinha reparado naquele brilho intenso que a chamava. Mesmo que tenta-se ela não consegui-lhe ler a mente, como tanto desejava.

O tempo que parecia ter parado, volta a acção quando mais alguém vai ao encontro deles. Shaoran desvia o olhar da rapariga e depara-se com o professor. Os olhos do homem transmitiam uma preocupação que ate assustava o rapaz.

- O que aconteceu? – Pergunta. Finalmente Sakura da pela sua presença.

- Ela caiu. – Responde simplesmente Shaoran. O professor caminha até ela e pega-lhe ao colo tirando-a de lá. Shaoran fica uns segundos olhar o professor afastar-se com a rapariga em seu colo. Sabia que algo naquele acto não era inocente. Shaoran pega na bola e segue-os mais rápido que pode.

A rapariga continuava sem perceber como num abrir e fechar de olhos, tinha mudado de colo. Não era que este fosse mau, mas não fazia o seu coração palpitar como os anteriores. Rapidamente chega ao pé dos colegas e Tomoyo vem a correr para o pé de si.

- Estás bem? – Pergunta muito preocupada com amiga, que ainda encontrava-se nos braços do homem. Sakura salta de cima dos braços assustando o homem, mas esse prefere não dizer nada.

- Estou sim, só escorreguei. – Shaoran chega ao local, e a turma vai ter com ele como se ele viesse de uma guerra.

- Calma, fui só buscar a bola. – Reclama Shaoran. Chiharu, pendura-se em seu pescoço como uma lapa.

- Estava tão preocupada. – Diz a rapariga. Shaoran solta-se dela e vai ter com os rapazes, que estavam debaixo de um cesto encestando algumas bolas.

- Rapaziada, a aula acabou. Podem ir desequipar. – Diz o professor. Todos rapidamente começam a sair do local da aula. Sakura e Tomoyo eram as ultimas abandonar o local, quando o professor chama a rapariga de olhos esmeralda.

- Vai em frente Tomoyo, eu já lá vou ter. – Sem mais palavras, Tomoyo deixa a amiga sozinha com o professor. Shaoran que encontrava-se pouco a frente das amigas, repara na cena e para ficando a escuta da conversa.

- Sakura, estás bem? – Pergunta o professor com um ar muito preocupado, o que passa despercebido aos olhos esmeralda. – Caiste. Deves ter-te aleijado.

- Ah não professor. Eu estou bem. Vaso ruim não quebra. – Disse a rapariga com um lindo sorriso.

- Bem, tu sabes que podes sempre contar comigo. Eu preocupo-me muito contigo. És uma aluna que estimo muito. – Shaoran que ouvia a conversa encostado a uma parede longe dos olhares das outras pessoas, começa-se a irritar com o carinho que o homem sentia pela rapariga.

- Muito obrigada professor. – Shaoran não conseguia compreender como alguém conseguia ser tão inocente e fria ao mesmo tempo. Era uma combinação deliciosa para seus olhos.

- Eu reparei que não te das muito com outras pessoas. Se algum dia quiseres sair, ir dar uma volta, estarei ao teu dispor para te acompanhar. – Shaoran já não aguentava mais aquele atrevimento, e aproxima-se das duas pessoas, assustando o professor. – Adeus. – Disse antes de se afastar da rapariga, deixando esta sem perceber nada.

Sakura olha para trás e depara-se com Shaoran, com um olhar muito serio.

- Shaoran. – Exclama baixinho a rapariga.

- Não te aproximes muito dele. – Disse olhando friamente nos olhos esmeralda.

- O que estás a dizer? – Mas nesse instante ouve-se as vozes do resto da turma. Shaoran sai a correr em direcção oposta das vozes. Sakura fica sem entender nada. Sem muitas mais hipóteses, vai ate aos pequenos balneários desequipar-se.

O resto do dia passou normalmente. Shaoran nunca mais voltou a falar com Sakura, o que lhe deixava um certo sentimento de tristeza dentro de si.

Finalmente o final do dia tinha chegado. Sakura esperava a frente da escola pelo seu irmão. Ele tinha ligado dizendo que iria demorar um bocadinho. Mas já tinha passado vinte minutos e ainda não tinha chegado. A frente da escola, só encontravam-se três pessoas. Ela, um rapaz que nunca tinha visto e Shaoran, que conversava com o outro rapaz muito entretidos. Tomoyo já se tinha ido embora a muito tempo, deixando amiga apanhar a maior seca da sua vida. Tinha os fones nos ouvidos e os olhos colados na estrada, que nem repara em alguém aproximar-se e tira-lhe os fones. Com o susto, da um salto, caindo em cima da pessoa. Quando repara encontrava-se novamente entre os braços de Shaoran.

- Começo achar que tens uma certa atracção pelos meus braços. São sempre eles que te impedem de cair. – Brinca o rapaz sem a larga-la.

- Não brinques. Eu é que devo ter nascido com a caixa de Pandora dentro de mim. – Responde a rapariga. Shaoran dá-lhe um sorriso que era raro ver em sua cara. Finalmente ele solta-a, e encosta-se na parede e fica a olhar para ela, que já olhava novamente para a estrada.

- Não gosto que o professor de ginástica fale contigo. – Sakura volta-se assustar. Esperava tudo menos que ele disse-se aquilo.

- Porque?

- Ele gosta de ti. – Responde de um modo frio arrepiante. Sakura começava achar que ele e a Tomoyo andavam a ter conversas as escondidas. Ambos tinham teorias estranhíssimas.

- Não sejas parvo. Ninguém olharia para uma rapariga como eu.

- Porque não? És bonita… - Não consegue acabar. Já tinha uns grandes olhos esmeralda assustados a sua frente.

- O que? – Ela tinha a certeza que o tinha ouvido bem. Ele não a podia achar bonita.

- Tens razão. Não és bonita. – Ela suspira de alívio, mas algo dentro dela fica ferido com aquelas palavras. – És linda. – Sakura parecia que tinha perdido o chão debaixo de seus pés. Por sorte o Touya tinha acabado de chegar. Sem dizer mais nada, entra no carro afastando do rapaz, que viu o carro a afastar com uns olhos triste.

Mal chega a casa, corre até seu quarto e tranca-se lá dentro. Liga a aparelhagem e mete o volume no máximo, sem ligar aos comentários de morte do seu irmão.

- Ele só podia estar a gozar com a minha cara. Como ele iria achar-me linda. – Sakura falava para si enquanto olhava-se ao espelho observando-se. – Como eu me apaixonei por ele? – Finalmente tinha confessado para si. Não era a toa que todas as noites sonhava com ele. Não era a toa que sonhava em querer provar aqueles lábios tão proibidos.

O telemóvel começa a tocar em cima da mesa. Sakura olha para ele e vê o nome de Tomoyo no ecrã. A rapariga desliga a música e atende a chamada.

- Sakura, não queres vir lanchar comigo? Estou na pastelaria do Shaoran. Sai agora do ensaio do coro. – A rapariga de olhos esmeralda já começava achar perseguição. Por muito que preferisse ficar em casa, não podia negar ir ter com amiga, e poder depara-se mais uma vez com aqueles olhos de avelã.

- Está bem. Estou ai em cinco minutos. – Rapidamente desliga o telemóvel e sai de casa sem esperar permissão para sair.

Como tinha referido, em cinco minutos encontrava-se a frente da pastelaria onde a amiga esperava-a. Era a melhor pastelaria da zona. As donas eram as quatro irmãs do colega. Eram excelentes cozinheiras. Os seus maridos é que trabalhavam no ramo da empresa da família Li.

Vagarosamente entra, e a primeira pessoa que vê é amiga. Estava sentada na habitual mesa perto da janela. Sakura senta-se ao pé dela, mas ela continuava a olhar atentamente para a janela. Sakura sorri, nem precisava de ter olhado para ver quem era o dono da sua atenção. Sabia a muito que Tomoyo era apaixonada por Eriol. E era precisamente ele mais o Yamazaki, que comiam na esplanada da pastelaria.

- Olá. – Tomoyo olha para amiga notando finalmente a sua presença.

- O que vão desejar? – Aquela voz era o tormento para Sakura. De todos os empregados do local, tinha de ser Shaoran a ir atende-las.

- Eu queria um sumo de laranja apenas. – Responde Tomoyo. – E tu Sakura?

- Eu? Há, eu quero um sumo de morango, se faz favor. – Disse desviando os olhos do rapaz.

- Claro. É para já. – Vagarosamente afasta-se da mesa das raparigas.

- Não sei se é por estar a trabalhar, ou se é por estar longe dos amigos. Mas ele é muito mais simpático. – Diz Tomoyo olhando o rapaz a falar com as irmãs.

- Pois. Mandaste-me vir aqui, mas foi para olhares para o Eriol. Devo ter cara de vela ou de babete não? – Diz Sakura, tentado manter o assunto longe do rapaz de olhos de avelã.

- Desculpa. Não fiz de propósito. Não sabia que ele estaria aqui. – Tenta desculpar-se a rapariga de cabelos preto.

- Tá, tá. Deixa isso. – Os seus pedidos chegam a mesa. Tomoyo, mal começa a beber o seu, vira a sua atenção novamente para Eriol. Sakura estava mais interessada nas mãos. Mas perde logo, quando vê um papel dobrado ao lado do seu copo. Olha para o rapaz e este lhe sorri, com um sorriso cúmplice. Retira o bilhete de cima da mesa e guarda-o dentro da mala. Bebe o seu sumo num abrir e fechar de olhos.

- Tomoyo, desculpa mas tenho de ir. Falamos amanhã. – Sakura, retira o dinheiro, deixando em cima da mesa e sai, sem esperando resposta da amiga.

Sai da pastelaria a correr e vai ate a um parque diversões perto da sua casa. Cansada, senta-se num baloiço e retira o papel dentro da mala.

" Preciso de falar contigo. Vem ter comigo as nove da noite, ao jardim do pinguim. Shaoran."

O seu coração parecia que tinha parado. Aquelas letras davam-lhe uma certa esperança, sobre um amor correspondido. Sem pensar em mais nada, dirige-se ate casa. Para poder-se arranjar para a noite.

Continua...


Então o que acharam? Quero receber criticas boas e más.

Espero que tenham gostado...

Até ao proximo capitlo

Daniela Alex