Título: Celebration
Autora: RyekoDono
Resumo: Raito, Kira e L. Três personalidades em constante conflito. Nem toda disputa tem um vencedor.

Nota: Cookies escritos para o LiveJournal! Ficlets sobre Raito e L, à sua própria maneira (Apesar desse primeiro biscoito ter a visão dos outros candidatos a L).

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22.REFORMA

Kira

A reforma que Kira pretendia fazer na humanidade era algo extremo, definitivo. Kira desejava templos olímpicos e seguidores fervorosos. Um mundo organizado dentro de uma lógica que, durante todos os anos de sua vida, sempre foi presenteada com a nota máxima.

Suas atitudes trariam isso. O Death Note era uma ferramenta apropriada, mas muito antes do Shinigami se apresentar a Yagami Raito, Kira adormecia suas idéias dentro dele.

Ordem. Perfeição. Deus.

Na reforma de Kira não havia espaço para falhas.

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Mello

Para Mello, reforma e destruição eram duas palavras que se mesclavam inevitavelmente. O loiro traduzia nas atitudes a atenção dispensada às aulas de história, alimentando a convicção de que nenhuma mudança verdadeira aconteceria no mundo sem se derramar um pouco de sangue.

Kira o enojava, mas certamente não por seus métodos. O que fazia o loiro empenhar tantas noites em claro, muito além da morte de L e da disputa com Near, era a fraqueza da ideologia do assassino.

Era isso o que Mello assinava, escrevendo no Death Note o nome do presidente dos Estados Unidos.

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Near

O albino nunca admitiria em palavras, mas 'reforma', para ele, significava unicamente a lavagem divina de impurezas. De tudo o que fosse humano e errado. Um mundo de lógica longe da confusão incompreensível dos sentimentos.

Reforma, para Near, era montar uma torre de Babel com cubos de açúcar, e pensar no dilúvio divino.

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L

Enquanto L comia um doce, uma dezena de erros na humanidade passavam por sua mente, mas muitos poucos poderiam ser colocados em palavras. Observando as pessoas o detetive traçava perfis comportamentais e psicológicos, esquecendo-se de que ele também fazia parte daquela classe biológica.

A visão de L, porém, era completamente livre de julgamentos. O rapaz sentia verdadeiro e incondicional jubilo em observar as pessoas, sem nunca compreendê-las de todo. A lógica lhe servia para perfis profissionais, mas raramente lhe ajudava a compreender sentimentos menos primários do que a raiva e o ódio.

Se havia algo que L mudaria na humanidade, tendo em mãos o poder divino, este não seria a criminalidade ou a violência, mas a própria inabilidade de compreender os seres humanos ao seu redor.

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Raito

Yagami Raito ocultava por trás de seu rosto todos os ódios e angústias pela humanidade. Os comportamentos dos rapazes de sua idade lhe enojavam, a tolice de sua família o surpreendia e toda a sorte de abominações faziam parte da sua lista de reformas.

Apesar disso, na primeira vez que atestou o poder do Death Note, Yagami Raito matou com a única intenção de destruir dentro dele o que o fazia se importar.

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