Ele acabava sempre por adivinhar, de uma maneira ou de outra, que era ela quem estava atrás dele.
- Não vale a pena Tenten. – dizia, escondendo o seu sorriso e tentando manter a voz frívola (com sucesso, visto se tratar de nada mais nada menos que Neji Hyuuga).
Como adivinhara, essa era a pergunta sem resposta por parte dela. Tenten dizia que era um dos muitos mistérios da vida. Óbvio que haviam muitas outras raparigas que, para captar a atenção do rapaz, lhe faziam o mesmo: avançavam por detrás dele e tapavam-lhe os olhos a fim de fazer com que ele diga o nome delas e se risse. Entretanto, com as demais, ele nunca chegava lá; se chegava, não o dizia, pois nenhuma delas alguma vez o ouvira pronunciar os seus nomes.
"Como é possível que adivinhes sempre? Que tédio, Neji!" Eram as palavras da morena de coques sempre que tal acontecia.
Mas ele nunca lhe dava uma resposta… até certo dia.
- Como é possível que adivinhes sempre? Que tédio, Neji! – repetiu Tenten, pela enésima vez, depois de lhe ter tapado os olhos e ele ter adivinhado que era ela.
- Fazes sempre essa pergunta.
- E tu nunca me dás resposta!
Ele olhou para ela e perguntou calmamente – Tu não sabes mesmo como adivinho, pois não?
- Se soubesse não perguntaria, génio.
Ele sentou-se na relva húmida e encostou-se à árvore, fechando os olhos.
Tenten esperou por uma resposta, mas esta parecia não querer vir. Quando estava prestes a virar as costas e ir embora, ele falou.
- É o teu cheiro, o teu perfume. O odor da tua pele. A textura das tuas mãos; o tamanho delas. É o som dos guizos da tua pulseira, a abanarem com o vento, quando me tapas os olhos. É o som dos teus pés a erguerem-se para me alcançar. A tua respiração, quente e viva, no meu pescoço. É o vislumbre da cor da tua pele antes de me tapares os olhos. É o teu sorriso que imagino, mesmo não o vendo, na tua cara. É o ritmo do teu coração a bater contra as minhas costas. É tudo isso e mais. És tu, Tenten, e isso é único e basta-me para adivinhar.
Ela fitou-o e um sorriso nasceu no seu rosto. Tenten sentou-se a seu lado e perguntou – E como sabes o ritmo do meu coração tão exactamente, conheces o meu cheiro tão bem e reconheces a textura das minhas mãos sem falhar?
Mas, novamente, ele permaneceu calado.
- Acho que sei a resposta a isso. – concluiu, mostrando a língua a Neji e entrelaçando os dedos dela nos dele.
Ele escondeu o seu sorriso e fez questão de manter a voz indiferente.
- Acho bem que saibas.
E ela sabia. De cada sorriso escondido, cada olhar emotivo, cada gesto disfarçado. Ele era inteligente e queria esconder, mas ela era esperta e conseguia decifrar.
Please don't kill me.
Eu sumi por motivos que acredito que todos compreendam - escola . Vida de estudante é foda, matemática e química dão cabo de mim e os hobbies de professores cor-de-rosa e Sr. Botas de TPM são mandar relatórios à toa e trabalhos todas as semanas. Entretanto, espero estar de 'volta', porque ninguém imagina as saudades que tinha disto! Relativamente à fic, eu sei. Eu sei que está um pouco cliché, mas epá, apeteceu-me. E ainda,não que isto possa interessar a alguém, mas para quem acompanha Opostos Perfeitos: o novo capítulo está pronto e apenas estou à espera que a minha Beta me reenvie :)
Argumentos são a nossa força, amigos ficwriters. Deixem review com opiniões, não cai a mão ;p
Jack **
