Autora: Rayassa
Casais: 1x2, 3x4
Aviso: - blablablabla-Fala.
-blablabla-Pensamentos.
-"blábláblá"-sussurros.
_________________________________*&*&*&*&*&*&*&*_________________________________
_ NOTICIAS FINALMENTE_
Era mais um dia ensolarado na Fazenda São Jerônio, com os pássaros cantando e o sol atravessando as persianas, acabou acordando um dos seus habitantes, Duo Maxwell, filho mais novo de João Maxwell e Heloisa Maxwell e também irmão mais novo de Solo Maxwell. Este quando ouviu os pássaros cantando e o sol atingindo diretamente seu rosto, abriu lentamente os olhos,bocejou enquanto levantava da cama e se espreguiçava, rumou ao banheiro, e enquanto escovava os dentes, pensava:
-É, parece que hoje vai ser mais um dia monótono aqui na fazenda......
Descendo as escadas, já vestido com uma calça jeans e um moletom vermelho deparou-se com seu irmão, sentado na mesa apreciando uma xícara de café, Solo olhou-o e sorriu dizendo:
-Bom dia, dorminhoco.
Duo olhou-o com o olhar interrogativo, espiou o relógio na parede acima dos armários e constatou que já era 13h15min da tarde,puxa,acabara dormindo demais.
-Por que não me acordou?-perguntou sentando-se ao lado dele.
-E não ter algumas horas de paz, sem seu falatório irritante?To fora. -respondeu.
Duo olhou atravessado, seu irmão adorava implicar com ele sempre que podia, se achava superior e mais inteligente só por que era o mais velho,levantou-se e servindo-se de uma xícara de café, perguntou:
-E mamãe?
-Foi à cidade comprar peixe.
-Hum.
Sentou-se novamente e longos minutos se passaram em silencio, ate que se lembrou de algo muito importante e perguntou curioso a seu irmão:
-E papai?
-Nada, nenhuma carta, nem telefonema, parece que ainda não conseguiu emprego.
-Como sabe?
-Lembra que ele disse que só voltaria quando conseguisse emprego?
Duo balançou a cabeça concordando.
-Pois é, se não voltou ate agora.......
-Puxa, já faz um mês que ele viajou.
-Pois é.
O pai de Duo e Solo havia ido viajar para Rio de Janeiro a fim de conseguir um emprego, pois eles plantavam verduras e tiravam leite das vacas e ovos das galinhas, vendendo tudo no mercado da cidade, mas uma praga acabou acometendo a fazenda, a plantação morreu e as galinhas e as vacas também, acabaram mortas. João ficou desesperado, e agora?Como ele iria conseguir sustentar a família?E naquele mesmo dia que a fazenda foi atacada pela praga ele decidiu viajar e não voltar ate conseguir emprego, mas ai ele pensou, e se não conseguisse?E a família?Como sobreviveriam sem ele, sem dinheiro?Foi quando se lembrou de seu velho amigo, Winner, Homar Winner, era um dos homens mais ricos da cidade e também seu melhor amigo, correu ate a cidade, bateu em sua casa e implorou de joelhos por ajuda, Homar, um homem honesto e caridoso, aceitou sustentar sua família ate que voltasse de viajem. E no dia seguinte com as malas prontas partiu no navio que o levaria a seu destino.
-Solo!Cheguei.
Os garotos olharam para sua mãe, que entrava na cozinha com duas sacolas em mãos.
-Ah, Duo!Que bom que já se acordou, irei fazer o almoço agora.
Solo levantou-se e pegou as sacolas das mãos de sua mãe.
-Deixe-me ajuda-la mamãe.
-Ah, obrigada querido, acabei comprando mais que o previsto, é que as frutas estão em oferta no mercado, e, sabe como é, não resisti. -disse rindo.
Enquanto Solo guardava as compras, Heloisa aproximou-se de Duo e tirou uma carta de seu bolso entregando para ele.
-Esta carta chegou pra você do correio, não sei de quem é pois não tem nome.
-Uma carta?
Duo pegou a carta e ficou a olhá-la com o cenho franzido.
-Estranho, nunca recebi nenhuma carta, de quem será que é?
-Ah, e também chegou um pacote para você, não consegui traze-lo pois estava com as mãos ocupadas.
-Pode deixar que eu pego mamãe. -disse Solo, enquanto saia de casa.
-Ok, irei fazer a comida.
Duo abriu a carta curiosamente e depois de ler as primeiras linhas, levantou-se rápido e gritou alegre:
-É do papai!
Heloisa no mesmo instante largou o peixe e correu para o lado de seu filho, já fazia tempo que não recebia noticias do marido e estava muito preocupada, e agora sabendo que haviam recebido uma carta dele ela podia relaxar.
Solo no mesmo instante entrou com um pacote médio nas mãos, depositou na mesa e foi ver a carta.
-O que esta escrito Duo?- perguntou curioso e alegre.
E Duo passou a ler a carta.
Querido Duo,
Estou lhe mandando esta carta para assegurá-lo que estou bem, e que daqui três dias estarei de volta, sim, sim, consegui o dinheiro para poder levantar a fazenda novamente, logo não precisaremos mais da ajuda de Homar, e, lembra-se antes de eu viajar que me pediu uma flauta?Pois bem, deve ter recebido um pacote junto, espero que goste do presente meu filho. Sei como adora tocar flauta e para compensá-lo pela minha falta durante este um mês, lhe comprei este pequeno presente.
Com amor, João.
-Oh!Que maravilha!Ele conseguiu realmente um emprego!
Heloisa dava pulos de alegria, Duo largou a carta e pegou o pacote rasgando-o ansiosamente.
Depois de abrir o embrulho, deparou-se com uma magnífica flauta prateada, a pegou delicadamente nas mãos como se fosse quebrar a qualquer momento, analisando-a e depois gritando alegre como se seu pai pudesse ouvir:
-Obrigado papai!Você é o melhor do mundo!
Solo aproximou-se do embrulho e viu um papel dentro, pegou o papel e arregalou os olhos gritando chocado:
-R$1.578.76!Não acredito que papai gastou tudo isso com uma flauta!
-Puxa, é caro.
-Caro?!É muito caro Duo!Não acredito que ele gastou metade do dinheiro com uma porcaria!
Duo já ia retrucar quando sua mãe aproximou-se e segurando Solo pelos ombros disse firmemente:
-Escute Solo, seu pai é um homem muito responsável e você sabe disso, se ele comprou a flauta, é por que ele sabia que iria restar dinheiro para reerguer a fazenda, esta bem?
-Hum, esta bem.
-Agora, Duo, vá guardar a flauta e volte, daqui a pouco o almoço estará pronto.
Duo concordou e subiu as escadas, guardou a flauta dentro de uma gaveta do criado mudo e desceu.
Depois, que todos almoçaram, Duo subiu para seu quarto e tocou sua flauta quase à tarde inteira, enquanto que Heloisa arrumava a casa e Solo via TV sentado no sofá bege da sala.
Algum tempo depois Duo desceu, usava a mesma roupa de antes, só que agora tinha uma mochila nas costas.
-Aonde vai?-perguntou Solo curioso, mas sem desviar os olhos da TV.
-Vou à cidade, ao cinema com Quatre e Trowa.
-O casalzinho gay?-perguntou debochado.
-Não fale assim deles, são meus amigos, e caso não se lembre foi o pai de Quatre que nos sustentou ate hoje, na ausência de nosso pai.
-Esta bem, desculpe.
-Diga à mamãe que volto tarde.
-Pode deixar.
Duo olhou para o irmão, mas este nem lhe prestou atenção vendo um programa de artes marciais na TV,suspirou,saiu trancando a porta, foi ate o celeiro e avistou Shinigami,seu cavalo negro,bebendo água de um .
-Vem cá garoto!
Shinigami no mesmo instante levantou a cabeça e moveu as orelhas para frente, veio correndo ao encontro com Duo.
-E ai garoto, como você ta?
Duo beijou Shinigami perto das narinas e o acariciou, olhou para o lado e avistou a cela, colocou a cela no cavalo e subiu em cima, pegando nas rédeas, e o chutando levemente enquanto gritava:
-Rá!
E o cavalo saiu em disparada, entrando na floresta e seguindo a trilha de areia para a cidade, na verdade a fazenda ficava no meio da floresta, e como Duo ainda não tinha idade para dirigir ia pela floresta com Shinigami, João, quando ouve a praga quis vender Shinigami, mas Duo o proibiu de encostar em um pelo do cavalo,e este, não querendo magoar o filho, concordou.
Chegando a cidade, passou a bater os pés em Shinigami, indicando para ir devagar, pois as ruas estavam muito movimentadas, desviava das pessoas, de barracas, animais....Até que chegou em um parque e avistou Quatre e Trowa parados abaixo de uma arvore.
-Oi gente.
Cumprimentou enquanto desmontava Shinigami, pegando as rédeas do cavalo e amarrando na arvore.
-Ola, Duo!Como você esta?-disse Quatre abraçando-o.
-Muito bem Quatre, obrigado.
-Ola Duo.
-E ai Trowa, cuidando bem do nosso anjinho?
-Claro que sim Duo, sabe que Quatre é minha vida. -disse entrelaçando os dedos com o namorado.
Quatre ficou vermelho, como um pimentão, aproximou-se de Trowa e sussurrou em seu ouvido:
-"E você a minha".
Os dois encararam-se e iniciaram um beijo apaixonado, calmo, apreciando cada segundo.
-Hum-Hum.
Duo vez um barulho com a garganta, chamando a atenção dos dois, estes quando lembraram que Duo estava ali ficaram vermelhos e desculparam-se.
-Tudo bem, não foi nada, e ai?Vamos ver o filme ou não?
Trowa balançou a cabeça, mas Quatre contestou.
-Olha Duo, eu tava pensando, Lago de Sangue é um filme tão violento e.....
-Ah!Não seja estraga prazeres Quatre.
-Mas...
-Amor,vamos,vai ser divertido, e alem disso, não precisa ter medo, pois estarei lá com você.
-Ok, então vamos. -disse Quatre.
Duo já estava indo em direção ao cinema, quando Quatre o alertou.
-Vai deixar seu cavalo aqui?
-Sim, qual o problema?
-É perigoso.
-Qual é Quatre, são só duas horas de filme, e o Shinigami não vai com ninguém a não ser comigo, né não garoto. -disse olhando para o cavalo que estava de costas pra ele.
-Se você diz......
Enquanto eles iam para o cinema, Trowa perguntou:
-Teve noticias de seu pai?
-Sim, disse que daqui a três dias vai voltar!Ele finalmente conseguiu um emprego, e ainda por cima comprou uma flauta pra mim!
-Uau, que bom Duo!Que emprego?-disse Quatre empolgado.
-Bom, ainda não sei, ele não disse na carta.
-Que estranho.
-È, mas tenho certeza que ele vai nos contar quando chegar!
-Hum.
-E sua mãe, Quatre?Como ela esta?-perguntou Duo.
Quatre baixou a cabeça e disse baixinho:
-Nada bem.
Já fazia vários meses desde que, Eloa, mãe de Quatre passou a espirrar e ter febres altíssimas, sempre tossia e não conseguia ingerir quase nenhum alimento, pois ela dizia que sua garganta, ardia ao contato com comida, ou ate mesmo água, o medico foi chamado e os disse que ela estava tísica. [1]
Foi como uma bomba que recaiu sobre eles, não podiam imaginar que logo Eloa que tinha 38 anos estaria tísica, pois esta doença atingia mais os jovens de 18 a 30 anos.
Esta ficou de cama por vários meses, Homar e Quatre no começo acreditavam que ela logo iria melhorar, mas o tempo foi passando e ela só piorava a cada dia, e os dois foram perdendo as esperanças.
-Puxa Quatre, eu sinto tanto.
-Tudo bem Duo, já estou preparado, sei que ela vai morrer e........
-Não fale uma coisa dessas!Tem que acreditar que ela vai melhorar, eu acredito!
Quatre sorriu, mesmo o amigo dizendo aquelas palavras gentis, mesmo todos seus amigos e familiares dizendo que ela iria melhorar, no fundo sabia que não era verdade, sabia que ela logo iria morrer. Mas, não querendo estragar o momento, disse:
-Tem razão Duo!
-É isso ai!
Trowa olhou para Quatre com o rabo do olho, sabia que ele não havia se convencido com as palavras de Duo, ele sabia que mesmo que o mundo inteiro e que ate mesmo Deus disse-se que ela iria melhorar, que Quatre não mudaria de idéia, que continuaria acreditando na morte da mãe, quantas vezes já não recebera telefonemas de Quatre, pedindo a ele que fosse a sua casa, e quando chegava lá,quantas vezes já não o encontrara no quarto da mãe,chorando ao lado da cama dela,quantas vezes já não passara a noite em claro consolando e velando o sono de Quatre?E sempre quando isso acontecia,sempre quando via seu namorado chorando,era como se uma flecha acertasse seu coração.
Chegando ao cinema, compraram os ingressos, viram o filme, quer dizer,Duo e Trowa viram o filme,pois Quatre passou o filme inteiro com a cabeça escondida na curva do pescoço do namorado e tapando os ouvidos,para não ouvir os gritos e acabar se assustando.
Quando saíram, já era noite, o céu estava sem nenhuma nuvem e completamente estrelado, e Duo saiu falando o caminho inteiro ate o parque sobre o filme.
-Puxa, nunca mais chego perto de um lago, sabe eu me assustei mesmo naquela parte em que o cara foi olhar seu reflexo no lago e ai aquela criatura apareceu e o puxou pra água, também me assustei naquela parte em que......
Duo perdeu a fala, ao ver a arvore e a corda amarrada nela, mas, nenhum sinal de Shinigami.
-Essa não......
-Viu só Duo, avisei que era perigoso.
-E agora?Preciso achá-lo!
-Não da Duo,a essa hora da noite não da só,vai pra casa e tente procura-lo amanha.
-Não da Quatre, como vou pra casa?Pela trilha não dá, é perigoso e pela estrada também não dá, pois é mais perigoso ainda!
-Meu pai te dá uma carona?Que tal?
-Hum, não é incomodo?
-Claro que não Duo!
-Ok então!
Eles foram ate a casa de Quatre, mas no caminho pararam na casa de Trowa, este se despediu de Quatre com um abraço e um beijo demorado, acenou para Duo e entrou.
Quando os dois chegaram á casa dos Winner, foram atendidos pelo mordomo, este os levou ate a biblioteca, onde se encontrava Homar.
-Ola papai.
-Ola filho. Duo!Ah quanto tempo não vejo você pequeno.
-É bom velo também .
-Então, o que faz aqui?Há essa hora?
Duo contou o ocorrido e pediu:
-Poderia me dar uma carona, se não for pedir muito é claro?
-É claro que não Duo!Venha, venha, irei levá-lo agora mesmo. Quatre fique aqui e cuide de sua mãe, ok?
-Certo papai.
Já no carro, Duo agradecia Homar novamente:
-Puxa, não sei como agradece-lo,o senhor é tão bom pra mim e pra minha família .
-Ora, que isso, fico feliz em ajudar. Então?Seu pai já voltou?
-Não, mas vai voltar daqui três dias.
-Isso é maravilhoso!Fico feliz por vocês!Então já conseguiu um emprego?
-Sim, ele disse que já conseguiu um emprego, não disse ainda qual, mas deve ser um com um ótimo salário, e vou lhe dizer , quando reerguermos a fazenda pagaremos tudo que devemos ao senhor.
-Ora, não precisa Duo.....
-Precisa sim!-disse determinado.
-Certo, certo, você que sabe. Já chegamos.
Duo olhou para fora e notou estar em frente à fazenda, ele saiu do carro agradecendo logo em seguida, depois de Homar partir, virou-se e notou uma pessoa parada na janela olhando-o, era seu irmão, droga, certamente iria perguntar sobre o cavalo.
Entrou em casa e já foi abordado por ele.
-Duo, onde esta o cavalo?
-Bem.....
Duo narrou-lhe tudo o que aconteceu,quando terminou, viu que seu irmão olhava-o incrédulo.
-Você perdeu o cavalo?
-Bem, na verdade ele foi roubado, tem uma grande diferença ai e......
-Você é um irresponsável!
-O que esta acontecendo crianças?
-Mamãe!O Duo perdeu o cavalo!
-Você o perdeu Duo?
-Não foi minha culpa mamãe!Ele foi roubado.
-Já chega, calma, olha, Duo amanha você acorda cedo e vai procura-lo pela cidade,se não acha-lo,paciência.
-Mas mamãe.... -tentou protestar Solo.
-Nada de mas, Solo,papo encerrado,agora irei subir para dormir,já é tarde,deixei a janta dentro do microondas Duo.
-Obrigado mamãe.
Solo viu sua mãe subir incrédulo, não acreditava que ele havia se safado dessa!
-Que foi Solo?Sem palavras?Pois é, essa é a vantagem em ser mais novo, eu sou o mais paparicado por aqui. E alem disso, você pode ate ter ficado com a inteligência, mas eu.....fiquei com a beleza.-disse sorridente.
Solo bateu o pé enfurecido, e subiu as escadas emburrado.
-Hehehehehe. -Duo riu enquanto tirava seu prato do microondas.
Depois de comer, ele subiu para seu quarto, trancou a porta e tirou sua roupa, pondo uma calça moletom e deixando o peitoral de fora, pois não conseguia nem em sonhos dormir de camisa.
Sentou na cama e pegou sua flauta, admirando-a mais um pouco,depois a guardou novamente,apagou a luz e deitou-se,feliz e ansioso,feliz,por seu pai finalmente ter conseguido um emprego e ansioso que chegasse logo amanha para poder procurar Shinigami,pois gostava muito daquele cavalo e ficaria muito triste se não o encontra-se e também se culparia muito,pois mesmo não querendo admitir,parte da culpa era sua,por não ter dado ouvidos a Quatre.
_______________________________*&*&*&*&*&*&*&*&*&*&*___________________________
Oiii, bem eu iria postar minha primeira fic amanha,mas acabei postando hoje mesmo(não tinha nada pra fazer hehe)espero que tenham gostado do primeiro capitulo,sei que enrolei bastante nesse capitulo,mas......
Se tiverem alguma critica, se esqueci de algo, ou não gostaram de alguma parte, só deixar uma reviews que tentarei melhorar a historia!Ah, e se gostaram também deixem reviews é claro. ^_^
[1]- "doença do peito" –"doença pulmonar"-tambem conhecida como a "tuberculose".
