My room agony

A música cessou e a multidão enlouquecida rompeu em gritos e aplausos. Kuray voltou ao microfone e gritou:

- Did you Like it? – e a platéia gritou de volta – Bai[¹ and good night Rondon! See you in the next! –a vocalista sorriu ao ver os fans responderem e saiu.

Namida e Satou faziam um pequeno dueto nos fundos do palco enquanto Ritsu e Sarah se despediam. A multidão elevava os gritos a cada frase em inglês que elas pronunciavam. Quando se retiraram, Satou foi até o microfone e levantou o baixo para a platéia enquanto falava:

- We are [DISGrace and Desire, your fucking fuckers!! – a baixista deixou o palco sorrindo ao ouvir seu nome ser chamado por inúmeras pessoas em meio aos gritos.

Namida, que ainda estava lá atrás, foi até a borda do palco, pegou o microfone e subiu em uma das caixas de som, tudo em uma só corrida. Gritou um rasgado, arqueando as costas para traz e voltou a sua postura normal, lançando um olhar lânguido e bêbado à platéia e retirando uma rosa de dentro da blusa e lançando-a a multidão.

- A rose for you – sussurrou roucamente, roçando os lábios no microfone.

Nesse momento Kuray e Satou vieram correndo do backstage e levaram Namida, que jogou o microfone nas pessoas, fazendo-as gritar e disputar o objeto que fora tocado pelos lábios e pelas mãos de todas as integrantes.

oOoOo

Assim que chegaram ao camarim, elas se jogaram nos sofás.

- Não tenho braaaços, não tenho braaaços... – Sarah gemia deitada num sofá de cabeça para baixo.

Sarah era a baterista. Tinha mais ou menos 1,69m[² de altura, os cabelos lisos com algumas ondulações eram tingidos de cor de rosa e cortados um pouco abaixo do ombro, e a franja, penteada reta para baixo, era repartida um pouco à esquerda, cobrindo seu olho direito e deixando à mostra apenas o esquerdo, de um negro penetrante, emoldurado com lápis e sombra, que iluminavam a pele levemente morena e o sorriso cativante. O corpo pingava suor e ela ainda ofegava.

- Fooome... –Ritsu falava baixinho enquanto puxava a manga da roupa de Satou.

Ritsu era a guitarrista solo. Com cerca de 1,63m, ela era magra e com feições ingênuas. O cabelo longo era loiro com mechas cor de rosa e a franja era penteada para a direita, escondendo um pouco seus belos olhos verdes – quando não estava com lente – e era branca, quase transparente, seu antebraço ainda tinha arranhões que Kyo, seu gato, lhe dera poucos dias antes. Assim como Sarah, também estava pingando suor. Encontrava-se sentada, ou melhor dizendo, largada em um sofá, tomando uma garrafa de água.

Satou era a baixista da banda. De todas era a mais baixa, com 1,60m e um pouco cheinha. O longo cabelo roxo era cortado em níveis diferentes, parecendo um zigue-zague de lado e a longa franja era repartida ao meio e penteada para os lados, deixando seus olhos castanho-claro totalmente à mostra e livres. Era a "palhaça" da banda, fazia brincadeira com tudo e todos, e geralmente arranjava algo para descontrair. Estava jogada no braço da poltrona de Ritsu, eventualmente roubando a garrafa d'agua para beber.

Kuray encontrava-se no chão, deitada no colo de Namida, que estava encostada no sofá de Sarah, ambas com a aparência exausta, porém feliz.

- Bah, quero ir embora... To cansada... – gemeu Kuray

- Daqui a pouco a gente vai... – respondeu Namida tomando mais um gole da água e retirando o cabelo grudado na face de Kuray. Ambas também estavam muito suadas.

Kuray era a vocalista. Tinha 1,65m de altura e um corpo escultural. O cabelo repicado, que ia até pouco mais abaixo do ombro, era vermelho, com várias finíssimas mechas negras, e vinha diminuindo o comprimento à medida que se aproximava do rosto e a franja cobria apenas as laterais dos olhos castanho-claro.

Namida era a guitarrista base. Tinha cerca de 1,73m e também era magra como Ritsu, ambas com IMC baixo. O cabelo azul era dividido em duas camadas: uma mais curta, em que o corte parecia meio masculino e vinha repicando em varias alturas, deixando o cabelo mais colado à nuca, onde terminava e uma longa, com menor volume que ia até cerca de sete dedos abaixo do ombro. A franja repicada fazia um "v" invertido sobre o olho esquerdo da guitarrista, deixando a penetrante cor cinza dele dar brilho ausente em seu corpo. Os braços finos e longos tinham os bíceps pouco mais desenvolvidos devido exercícios, e ela possuía pouco volume nos seios, e aproveitava-se disso, diminuindo-os ainda mais com apertadas bandagens e falava com a voz meio rouca, fazendo o papel de "homem" da banda, assim como em bandas masculinas havia aquele que fazia o papel "feminino".

oOoOo

- E agora, vamos? – a vocalista perguntou impaciente, já em pé perto da porta.

- É, vamos... – respondeu Ritsu, levantando-se.

- Ok, ok, - Namida se levantou e foi buscar o estojo de sua guitarra.

- Alguém me ajude a levantaaar...! – Sarah continuava deitada de cabeça para baixo.

- Ta com dor de cabeça não? Sua cara ta vermelha! – Satou riu puxando a mão da baterista, ajudando-a a sentar-se direito.

- Cadê a Namida? – perguntou a guitarrista solo enquanto colocava o estojo com sua guitarra às costas

- Viado – Kuray xingou risonha ao ver a amiga voltar

- Desculpa a demora! – Namida vinha fechando o zíper do estojo – Feliz agora? Cadê o Hiro e o Takezo?

- Devem estar esperando na van. – respondeu a baixista.

- Então vamos, eu to com fome! – Ritsu já havia saído.

- Vamos, vamos, eu também estou com fome. – Kuray espreguiçou-se.

Elas saíram do camarim e atravessaram todo o labirinto que era o backstage. Ao chegarem à porta dos fundos, notaram um barulho contínuo do lado de fora, mas não se importaram. Ritsu ia à frente, abraçando a própria barriga, Satou e Sarah vinham logo atrás, uma de cada lado, puxando as bochechas de Ritsu e fazendo brincadeiras. Um pouco atrás vinham Kuray e Namida conversando.

Assim que Ritsu abriu a porta, foi cegada pelos flashes de câmeras e atacada por fãs que os seguranças não conseguiram deter. Sarah e Satou a puxaram para dentro e fecharam a porta rapidamente.

- Desgraçados... – praguejou baixinho a que vinha por último.

Kuray já pegara o telefone e ligava para os dois homens que as esperavam na van.

Poucos minutos depois elas já atravessavam o mar de pessoas e chegavam ao transporte, aliviadas.

- Querem que nos as acompanhemos, ou vão só? – perguntou um dos seguranças, chamado Hiro, um homem alto, forte, de cabelo curto e negro, com uma face amigável e cativante, a quem Namida muito estimava.

- Pode deixar, eu vou dirigindo – respondeu Namida sentando no banco de motorista. A outra guitarrista sentou no banco ao lado, enquanto Kuray, Sarah e Satou se acomodaram na parte de trás da van e conversaram durante o trajeto até o hotel onde estavam hospedadas.

oOoOo

- Podemos ir jantar agora, podemos? – Ritsu perguntava nervosa.

- Ta bom, desesperada! – Kuray respondeu. Todas riram, menos Namida, que apenas deu um sorriso de canto.

- Er... Podem ir na frente, eu vou tomar um banho, tou com dor de cabeça... Aproveitem o jantar – a mais alta sorriu fracamente, acenou para elas e foi até a recepção pegar a chave do quarto.

Kuray ficou observando-a fazer seu lento trajeto até a recepção e depois ao elevador.

- Ela anda meio estranha esses tempos, não acham?

- Deve ser por causa dos shows, ela sempre foi fresca com barulhos muito altos... – comentou Sarah

- Barulho? A maioria das musicas foi calma! – reclamou Satou

- Você entendeu! – retrucou a baterista

- A conversa ta boa, mas eu to com fome e o garçom não entende o meu inglês! – Ritsu vinha do restaurante

- Inglês? Achei que era Ritsuêis!!! – a baixista riu e foi acompanhada por Sarah.

- Nossa, que engraçadas... – a guitarrista retrucou irônica

- Deixem ela em paz e vamos comer – resmungou Kuray e saiu empurrando Sarah pelas costas

oOoOo

As quatro estavam sentadas à mesa e conversavam animadamente, exceto Kuray. Ela estava pensativa e quase não comia, apenas mexia a comida com o garfo. Ritsu segurou a mão dela, chamando-lhe a atenção.

- Que houve? Pensei que tinha dito que estava com fome. – as outras duas a olharam

- Nada... er... Só to preocupada com a Namida... – ela baixou o olhar – vou lá ver como ela está. – colocou o guardanapo sobre a mesa e se retirou para o quarto.

- Será que ta na cara? – falou Sarah, observando a amiga se afastar.

- Não, imagina... – respondeu Ritsu, pousando o copo na mesa.

- Que boniiito... – Satou comentou sorrindo.

oOoOo

Namida entrou no elevador, apertou o botão do décimo andar e encostou-se na parede. Estava fria. Virou-se e encostou o rosto na mesma, ficando assim até chegar ao seu destino.

Porque se sentia assim, tão atraída por Kuray? Seu rosto... sua voz... aquele jeito... Por quê? Ela sabia a resposta: amor. Talvez não devesse, mas quem era ela para mandar em seu coração?

O elevador parou. Ela saiu andando cabisbaixa até encontrar o quarto. Inseriu a chave na fechadura e parou. Sentiu seus olhos encherem-se de lagrimas, mas as reprimiu. Girou a chave e adentrou o aposento. Na verdade, um deles: o "quarto" era composto por uma sala na entrada e três suítes, sendo uma de casal, uma com apenas uma cama de solteiro e a ultima com duas camas, também de solteiro. Namida dirigiu-se diretamente para o banheiro do quarto de casal, arrancou as próprias roupas e tirou sem cuidados as bandagens que lhe apertavam os seios. Entrou no box e abriu apenas a torneira de água quente e entrou debaixo do jato fumegante. Sentiu sua cabeça e ombros arderem, mas manteu-se lá até acostumar-se. Encostou a testa na parede e deixou algumas lágrimas rolarem. Suas costas ardiam como se pegassem fogo. Tornava-se cada vez mais difícil conter as lagrimas, e logo começou a soluçar, até começar a chorar silenciosamente, ainda tentando reprimir o sentimento que agonizava em seu peito.

O banho foi longo e demorado. Depois de sair do chuveiro, rumou cambaleante até o closet, pegou uma regata branca frouxa e um short preto também frouxo e os vestiu. Olhou-se no espelho. Sua imagem era deplorável. Foi até um armário e tirou uma garrafa de sake, abriu-a e tomou grandes goles, até ficar sem fôlego e parar. Respirou fundo, sentindo sua garganta arder, mas continuou a beber até esvaziar a garrafa. Deixou-a em cima da mesa e deitou-se na cama. Sentiu as lágrimas voltarem a seus olhos, mas fechou-os com força, eliminando-as. Respirou fundo e devagar varias vezes, tentando acalmar a dor. Esparramou-se na cama, mas logo recolheu-se do lado esquerdo, mais perto da porta. Estava cansada, os dias anteriores haviam sido cheios, corridos e cansativos. Seus olhos iam se fechando cada vez mais, até adormecer.

—x—

Kuray ia bater na porta quando notou que esta estava aberta. Adentrou a sala e viu a porta do quarto com cama de casal encostada.

- Descuidada...

Atravessou a sala em passos silenciosos e abriu a porta vagarosamente, receosa de fazer barulho. Sentiu o ar quente que vinha do banheiro, tendo dificuldades para respirar. Namida estava deitada na beirada da cama, com um braço pendente para fora, as costas da mão do outro repousava em sua testa, as pernas ligeiramente separadas, estando uma esticada e outra dobrada. O rosto adormecido estava rubro nas bochechas, a área dos olhos um pouco inchada e os lábios levemente entreabertos.

Kuray passou minutos parados na porta, observando-a. Olhou seu corpo. Parecia tão... Feminino. Sentiu seu rosto enrubescer com os pensamentos que tomaram sua imaginação. Ela caminhou lenta e silenciosamente até a cama, sem deixar de analisar-lhe o rosto. Não sabia o que estava fazendo, perdera a razão, só queria possuí-la.

Sentou-se cuidadosamente ao lado de Namida, afastou a mão de sua testa e deslizou os dedos por sua face, aproximando cada vez mais seus rostos.

Namida entreabriu os olhos e viu a imagem de Kuray bem próxima ao seu rosto.

- K... Kuray?

A ruiva assustou-se e afastou-se rapidamente, com a face vermelha.

- Ah, er... Eu... Eu só vim pra ver se você estava bem...! eu fiquei preocupada por você demorar e não ter ido comer e... – ela tentava esconder o desconserto evidente – senti sua falta durante o jantar...

- Er, ahm... Desculpe não ter ido... É que tomei uma garrafa de sake e cai no sono... er, desculpe deixá-la preocupada...! – ela já havia sentado e também tentava disfarçar o rubor na face.

- V-você está quente...

- Deve ter sido do banho que tomei...

Namida levantou o olhar, observando a face da outra. Notou a proximidade e, que, agora, ela se encontrava entre suas pernas e corou mais ainda, mas não mudou a posição.

Kuray também percebeu o local desconcertante em que se encontrava e desviou o olhar do rosto da amiga.

Namida aproximou-se lentamente e tocou o rosto de Kuray com uma mão, fazendo-a olhá-la. Seus olhos cinza se perderam nos castanhos de Kuray. As duas se aproximavam cada vez mais, já era possível sentir suas respirações se mesclarem em seus rostos. Seus lábios se tocaram suavemente e...

TRIIIIIIIIIIIIIM[³

Elas se separaram rapidamente, com as faces vermelhas como pimentão.

Namida jogou-se no outro lado da cama, pegando o telefone no criado-mudo e o atendeu com as mãos trêmulas.

- M-moshi moshi? Boa noite senhor... amanhã? Er... não podemos... sim, claro, como quiser... – desligou – V-vai haver ensaio amanhã de manhã... – sussurrou, evitando olhar a outra.

- V-vou avisar as mmeninas... – Kuray já estava na porta, olhando para o chão da sala. – er... você não quer que... e-eu mande trazer algo para... você comer?...

- N-não... obrigada... – disse de costas para Kuray, fitando o chão.

Kuray não respondeu e saiu do aposento, e correu até o elevador. Apertou o botão com a mão trêmula. Sentia o coração bater rápida e descompassadamente.

No que estava pensado!?

Ouviu o sino do elevador tocar. Dirigiu-se para a porta, olhando para o chão, esperando que abrisse. Ouviu novamente o sino e deu um passo a frente, assim que a porta abriu e esbarrou em alguém. Olhou para frente e viu que era Ritsu e as outras um pouco embriagadas.

- Ah, olá... – Kuray falou baixinho, voltando a olhar o chão, mas disfarçando com um sorrisinho.

- Olá! – Respondeu Sarah animadamente, abraçando a cintura de Ritsu por trás.

- Eu já estava voltando...

- E nós vindo! – riu Satou, saindo do fundo do elevador e abraçando a cintura da ruiva pelas costas.

Kuray viu uma sombra de ciúmes nos olhos da loira e riu. Há algum tempo atrás Ritsu havia lhe contado sobre sua paixão por Satou.

- Vamos logo para o quarto, suas bêbadas drogadas! - chamou Ritsu, soltando-se da baterista, passando por Kuray e puxando a baixista pelas costas da blusa.

- Ah é! O senhor Hitsuki ligou. Vamos ter ensaio amanhã.

- O QUE? – as outras três gritaram em coro.

- Mas amanhã? – Satou.

- Puta merda! – Sarah.

- Amanhã é dia de ressaca! – Ritsu

- É né... Mas, fazer o que? Vamos para o quarto – suspirou Kuray, andando de volta para o quarto.

Ritsu, Satou e Sarah a seguiram ainda reclamando.

- NÃO! – exclamou a vocalista.

- O que foi? – perguntou a baterista

- A Nami... Eu tranquei a gente do lado de fora! – respondeu Kuray tentando inutilmente abrir a porta.

- Sua vaaaaaca! – exclamou Satou, rindo.

- Ritty, poderia descer e pedir uma outra chave na recepção? – pediu a ruiva.

- Não.

-Onegai, Ritty-chaaan!!! – ela caiu de joelhos e abraçou a guitarrista pela cintura.

- Porque eu? Foi você que deixou a chave lá dentro. – respondeu Ritsu cruzando os braços.

- Porque você não aperta a campainha e pede pra Nami-kun abrir? – perguntou Sarah.

- Porque ela está bêbada e dormindo. Onegaiiii Ritty-chaan! – a cantora apertou mais o abraço, como se implorasse.

- Ok, ok, eu vou, mas não quero ir sozinha... A Sa...

- Eu vou!!! – gritou Sarah, já puxando Ritsu para o elevador.

"Satou..." pensou a loira, já sendo arrastada.

Kuray esperou até que a porta do elevador se fechasse e jogou-se nos braços de Satou.

- Fala... – mumurou a baixista, passando a mão nos cabelos vermelhos da amiga

- Eu... eu não sei... Eu a quero, mas... não posso... – sussurrou, com o rosto escondido no pescoço de Satou

- O que aconteceu? Pode me contar?

- Ela... ela tava dormindo. E-e-eu não sei o que aconteceu, quando dei por mim estava quase a beijando e ai ela acordou e...

- E...

- Ela me beijou...

- Mas então porque...?

- O telefone... Mas... e se ela só tiver feito isso porque está bêbada e... não podemos...

- Porque não pode? Se você a ama, e se ela te ama, vocês não devem se preocupar com o que os outros vão dizer!

- Mas... a banda...

- Dane-se! Dane-se a fama, dane-se os shows! Se temos fãs de verdade, não vão se importar! Ame quem quiser e seja feliz!

- O-obrigada... – gemeu Kuray, soltando-se de Satou e secando uma lágrima que lhe escorria pela face.

Satou sorriu e voltou sua atenção para a porta após ouvir o som do sino do elevador. Kuray sentou-se encostada na parede, fazendo cara de entediada.

O sino tocou mais uma vez e Sarah saiu correndo enquanto Ritsu vinha atrás, rindo.

- O elevador vai caiiiir! O elevador vai quebraaar!! – falava a baterista, visivelmente assustada, enquanto a guitarrista ria.

- O que houve? – perguntou Kuray.

- O elevador vai caiiir!!!

- A anta aí apertou o botão errado e não viu – Ritsu continuava a rir.

- Mas o que isso tem a ver? – Satou

- Ele vai caiiir!!!

- O elevador parou, e como ele demora pra abrir a porta, ela ficou pensando que ele tinha parado no meio dos andares e ia cair! – a guitarrista ria cada vez mais.

- ELE NÃO VAI CAIR!!! – gritou Kuray, rindo também.

- Calma, calma, vem cá com a mamãe, ohhh bebê – Satou falou segurando o riso.

- Eu também amo vocês – retrucou Sarah, aborrecida.

- Oh, desculpa, é que foi engraçado! – desculpou-se Ritsu, finalmente parando de rir.

- Mas, e ai, cadê a chave? – indagou a vocalista, levantando-se.

- Aqui – disse Sarah, entregando-a a Kuray, que a jogou para Satou.

Clic.

A porta abriu.

- Aêêêêê!!! – Kuray

- Vitória!!! – Sarah

- Porta 0, DGD 1!!! – Ritsu

- KO[DISGrace and Desire WINS!!! – Satou

- Shhh, Nami tá dormindo! – Kuray

- Sumimasen! – as três responderam em coro, entrando na sala.

- Ela ta aí. - avisou a ruiva ao ver Ritsu e Satou abrirem a porta do quarto de casal

- Que vaca! E porque ela não pode dividir a cama? – reclamou Satou

- Se você quiser ser chutada, estrangulada, agarrada e estuprada enquanto dorme, tudo bem, vá lá, porque é isso o que ela faz quando ta bêbada. – Kuray falou com um sorrisinho nos lábios.

Ela abriu os lábios para reclamar, mas os fechou, vendo que realmente não seria vantagem dormir com a guitarrista bêbada - Esquece! – disse finalmente, fechando rapidamente a porta e jogando-se no sofá.

- Bem, nós só temos três camas sobrando. – comentou Sarah enquanto abria uma latinha de refrigerante.

- Alguém vai ter que dividir a cama, porque eu não consigo dormir com outra pessoa em camas pequenas! – Ritsu avisou.

- Eu divido com a Sarah – decidiu a baixista, levantando-se – vou tomar banho primeiro... – e trancou-se no quarto.

- Ai, ai. Também vou. – suspirou a guitarrista, entrando no quarto e fechando a porta.

Kuray foi até o quarto de Namida, sentindo o pulso acelerar ao abrir aporta. Ela estava dormindo enrolada nos lençóis, molhada de suor. A ruiva ligou o ar-condicionado, sentou-se a beirada da cama e secou o rosto da outra com o lençol. Novamente, sentiu o desejo de tomar aqueles lábios nos seus.

- Maldito telefone...

Balançou a cabeça, querendo espantar os pensamentos indecentes que tomaram conta de sua mente. Levantou-se e voltou à sala, e ficou conversando com Sarah.

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[1 – Sim, não é erro, escrevi mesmo "Bai", porque é um vicio meu e também porque em japonês geralmente se escreve bai mesmo :3

[2 - EU JURO QUE NÃO COLOQUEI ESSE NUMERO COM MÁS INTENÇÕES ;; na verdade nem tinha me dado conta até alguém chegar para mim e dizer "69 heim?" ;; EU SOU INOCENTE E PURA OK? Ta bom, nem tanto ..' TA BOM TA BOM, EU NÃO SOU NEM UM POUCO PURA E INOCENTE XD mas eu juro pela alma do kyo que não tinha nada em mente quando escrevi isso xD

Kyo: O QUE EU TENHO A VER? ÒÓ


namida: nada :D

Kyo: então porque? Òó


namida: não sei D


kisaki: NÃO SOU DENTUÇO ;;


namida e kyo: ... espancam e jogam pela janela, um caminhão passa por cima de kisaki, seguido de uma manada de búfalos e pessoas atravessando a rua. heuwehwuh èé

Ok, chega, empolguei um pouquinho com degay aqui

[3 - êta coisa linda 8D o meu telefone era mais bonito, fazia "Prim", mas como muitos dos meus 923843987948 betareaders e revisadores disseram que telefones faziam "Trim" eu mudei uu. ... :D'

Então, falando serio agora.

Esse foi o primeiro capítulo de Crucify My Love \o/ Sim, ele é meio grandinho! No original ele teve umas cinco páginas, mas quando fiz um documento somente para dar a ultima revisada e formatá-lo para ficar melhor de ler aqui ficou com quase nove páginas inteiras! xD

Bom, ela já seguiu até parte do terceiro capítulo, e lhes digo, os dois que estão por vir também são grandes D

NÃO, eu não sei quantos capítulos vão ter xD também não sei o que pode vir por aí, já que não tenho nenhuma historia predefinida ..

Agora, prestem atenção uu

ESTA FIC PODE SER ESQUECIDA/ABANDONADA/DELETADA a qualquer momento, já que até hoje NUNCA terminei uma fic DD

Mas eu vou tentar ao máximo finaliza-la ÈÉ isso é uma promessa a todos que participam da fic e a todos que a lêem, não só aqui mas àqueles que lêem os documentos que mando por email, e também à um menino muito especial, que, desde que leu pela primeira vez o primeiro rascunho, vem todos os dias me cobrar três parágrafos, mesmo eu empacando toda semana e passando quase um mês inteiro sem escrever D

Oh sim, também vou alerta-los: EU EMPACO e DEMORO pra atualizar

Mas graças a pessoas que passam o dia me perturbando pra escrever ela continua andando \o\

REVIEWS ajudariam muito \-/ seria mais uma motivação para eu continuar escrevendo èé'\../

Então, acho que é isso :3

Kissukissu baibai