Declaração: Glee não me pertence, nem os personagens


Aviso: A fic é um pouco diferente da outra. Ela vai mostrar o Finn e a Rachel através do tempo. Ou seja, de um capítulo para o outro, passa um grande período de tempo, até mesmo anos. Mas a época vai ser sempre dita logo no início de cada capítulo.

Outra coisa, a idade deles não seguirá exatamente a idade que eles têm na série. É uma fic com universo alternativo.


Ano: 1994

Rachel tinha oito anos quando o viu pela primeira vez.

Acontecera no primeiro filme de Finn Hudson. Ele era apenas um garoto de doze anos e já havia se tornado famoso.

O filme em questão, chamado "Saved by Love", tratava da história de um menino anjo que fora raptado pelas forças do mal e criado para destruir o mundo dos humanos. Mas o anjo se encantou por uma doce menina humana e então passou a querer se transformar naquilo que fora treinado para odiar. Foi um sucesso mundial e Finn, consequentemente, tornou-se mundialmente conhecido.

Após assistir ao filme, Rachel se auto proclamou a fã número um de Finn Hudson. Ela simplesmente o amava. Tinha apenas oito anos na época, mas passou a imaginar Finn como se ele fosse seu próprio anjo, vagando pelo mundo, esperando a hora certa de encontrá-la.

E Rachel também passou a esperar por ele. Dentro de sua inocente cabeça de criança, tinha a certeza de que Finn a encontraria e, a partir daí, os dois seriam felizes para sempre.

Ano: 1996

Ao completar 14 anos, o sucesso de Finn só crescia. Apesar da pouca idade, não apenas ganhava cada vez mais fãs, como recebia elogios da crítica especializada e não tão especializada por sua atuação em mais dois filmes depois do primeiro.

Ele havia deixado de ser um menino com uma mãe que lutava para manter a comida na mesa todos os dias. Agora ganhava dinheiro o suficiente para que Carole nem sequer precisasse trabalhar. A mãe dele se dedicava a acompanhá-lo em sua carreira e a manter dentro do jovem astro o sentimento de família e, principalmente, de humildade.

Mas Finn se orgulhava de poder dar a mãe tudo o que ela precisava e queria. Agradecia ter sido descoberto por um agente certa vez, quando estava na fila de uma lanchonete, o qual o convidara para fazer um teste para o filme. Finn havia conseguido o papel e já não precisava ver a mãe contando os centavos para poder dar a ele uma criação digna.

Carole, por sua vez, sempre dizia como era importante ter uma boa educação, apesar de todo o dinheiro e fama. Foi por isso que, quando ela achou necessário, Finn parou de ter aulas particulares em casa e foi estudar numa conhecida e renomada escola particular para garotos, em Los Angeles, dessas que os alunos têm até que usar uniformes. Sua mãe dizia que ele não podia viver como um recluso, muito menos durante a adolescência, que, segundo ela, era a melhor época da vida de uma pessoa.

No começo, fora difícil para ele se acostumar outra vez a se relacionar com tantos outros jovens de uma vez só. Principalmente porque os próprios estudantes não conseguiam vê-lo como um deles. Sendo assim, mesmo em meio a tanta gente, Finn ainda se sentia só.

Até que encontrou um amigo.

Certa vez, um outro jovem, cujo nome era Noah, mas que preferia ser chamado de Puck, entrou em uma baita de uma enrascada. Ele tinha aprontado mais uma das suas e, no exato momento em que fora pego, Finn estava presente.

Já tinha ouvido várias histórias sobre Puck. Ele fora adotado por um casal de homens gays quando tinha oito anos. Vivera na rua até que os Berry o encontraram todo machucado e, ainda por cima, desacordado. Levaram-no para o hospital e acabaram tomando carinho por aquela criança abandonada. Portanto, depois de longas batalhas na justiça, conseguiram adotá-lo.

Puck, no entanto, nunca tinha deixado seu lado rebelde totalmente de lado. E era por isso que estava prestes a ser expulso do colégio, depois de tanto aprontar. Mas Finn viu o brilho de desespero nos olhos dele. Quando o supervisor saíra, dizendo que iria atrás do diretor, Puck desabafou para Finn, o único que também estava por ali, de olhos arregalados:

- Meus pais vão me matar!

Puck era daquele tipo que fazia primeiro e só pensava depois. Mas Finn se compadeceu. Nunca tinha trocado mais do que umas duas ou três palavras com ele, mas Puck também era um solitário. A sociedade de elite daquele colégio ainda não via com bons olhos um garoto que morara na rua e, para completar, fora adotado por nada mais nada menos do que um casal de gays, por mais dinheiro que eles tivessem.

Quando o diretor chegara à cena do crime, um corredor do colégio que estava inundado de água, Finn se acusou num impulso, dizendo que era o culpado.

Todos ficaram abismados, inclusive Puck. Finn nunca tivera um desvio de comportamento, por mínimo que fosse. Todos no colégio sabiam que ele não tinha inundado o corredor, mas Finn estava afirmando que sim e ninguém tinha provas em contrário.

Tendo um bom histórico e, principalmente, sendo um astro de cinema famoso, fora-lhe aplicada apenas uma suspensão. Claro, saíra em todos os tabloides o que Finn Hudson tinha aprontado em seu colégio, mas ele sabia que, mais dia menos dia, todos iriam esquecer.

Uma semana depois, quando Finn voltou às aulas, Puck viera até ele para agradecer. E, então, um aperto de mãos selou o início de uma grande amizade.