Disclaimer: Personagens pertencentes a J. K. Rowling e aos demais portadores dos direitos legais. História sem fins lucrativos.
N/A: Sabe aquelas histórias que surgem do nada e você não enxerga muito bem o sentido que ela tem? Então... é o caso dessa. Espero que gostem.
Harry,
Eu não sei onde você está, nem o que você está fazendo, nem ao certo com quem você está. As únicas coisas que eu sei são a meu respeito: estou no dormitório feminino da Grifinória, daqui a pouco terei aula de Transfiguração e estou sozinha, pensando em você. E o que mais me dói é saber que a única coisa certa que sei a seu respeito é que você está em perigo. Todos nós estamos.
Harry, assim que você, Hermione e Rony sumiram, eu senti raiva de você. É. Muita raiva, porque você optou por levar o meu irmão patético e me deixar aqui, sem ao menos me dizer o que iria fazer, sem me prometer que me mandaria notícias, sem deixar eu tentar te convencer a te acompanhar.
Sabe, Harry, eu alimentei esse sentimento ruim até pouco tempo atrás, quando percebi que na verdade tudo o que eu senti é porque eu te amo. Sempre vou te amar. E ficar aqui sem notícias está me deixando cada vez pior.
Provavelmente esse seu jeito de se culpar por tudo foi o que te levou a considerar que seria melhor me deixar aqui para não correr perigos ao seu lado. Mas devo dizer que você estava errado, Harry. Eu preferiria morrer de uma vez ao seu lado do que ficar aqui morrendo aos poucos longe de você.
Sinto muito a sua falta e às vezes penso se não seria melhor se você nunca tivesse me correspondido. É fato que eu continuaria te amando, mas pelo menos agora não estaria sentindo falta de coisas que nunca teria tido. Sinto falta do seu abraço, do brilho dos seus olhos que acompanhavam o seu sorriso para mim... sinto falta do seu beijo, Harry.
Você não faz ideia de como essa escola está patética sob o controle do Ministério (ou para ser mais precisa, sob o controle das Trevas...). O que não deixa nós desanimarmos de uma vez é que o Neville criou coragem para reunir os membros da AD.
Sempre que treinamos o Neville diz: "Vamos, pessoal. Temos que dar o melhor de nós. Em breve Harry voltará para nos salvar e ele vai precisar de nossa ajuda!". Parece irônico ele dizer isso quando eu mesma não consigo ter essa esperança sobre a sua volta.
Não sei se onde você está chegam notícias, mas andam dizendo por aí que você fugiu do Você-Sabe-Quem por medo. Eu não acredito nisso, mas a maioria das pessoas acredita.
Ah, Harry, como eu queria que nada disso fosse real. Queria que a qualquer momento você me acordasse, limpasse minhas lágrimas e me abraçasse dizendo que era só um pesadelo e já passou. Então eu descobriria que não existe Lorde Voldemort, nem Comensais da Morte, nem tampouco uma guerra rolando. Mas, infelizmente, isso não vai acontecer, porque eu sei que tudo isso é terrivelmente real.
O tempo passou sem que eu percebesse. Preciso ir para a aula de Transfiguração. Sei que você nunca vai ler essa carta, mas isso era tudo o que eu precisava te dizer. Eu sinto sua falta. Espero que esteja bem. Eu te amo.
Com amor,
Gina W.
N/A: Acho que foi assim que a Gina se sentiu. Alguém aí acha diferente? Me contem, huahuahua...
Ah, esqueci de dizer lá cima: a fic surgiu algumas horas depois que eu li "P.S.: Eu te odeio", "P.S.: Eu sei que você me ama" e "P.S.: Eu ainda te odeio", da AlyCullen, do Nyah! Fanfiction (ótimas fics, por sinal). O que eu escrevi não tem nada muito parecido, só o fato de serem cartas, huahuauha...
