Eternamente

Passados 16 anos, aqui estou eu, ainda tentando digerir a morte da Lily, chorando quando lembro dela.

Não tinha de ser assim. Se ela não se tivesse apaixonado pelo santo Potter, talvez ela ainda estivesse viva. Talvez ela pudesse ter ficado comigo, eu lhe faria feliz. Talvez eu nunca me tivesse tornado um espião. Talvez. Apenas meras suposições, que agora nunca mais vão ser possíveis de acontecer. Eu a amava e ainda amo. E bem, ela gostava de mim eu sei que gostava. Mas não da maneira que eu queria. Uma vez cheguei a pensar que sim. A maneira como ela falava comigo, a maneira como me olhava, a sua doce voz me chamando de 'Sev'.

Quando soube que ela iria casar com James e que ela estava grávida fiquei destroçado. Eu queria que ela fosse feliz mas… comigo.

Todos os dias penso nela. Penso como poderia ter sido diferente, pelo menos continuarmos amigos. Eu poderia ter aproveitado mais, se eu naquele dia não lhe tivesse chamado… sangue de lama. Mas a raiva falou mais alto. Não raiva dela e sim dos 4 idiotas que se denominavam 'Os Marotos'. Talvez se isso não tivesse acontecido se eu não lhe tivesse insultado. Pedi por perdão, mas aquela fora a última gota para a Lils. Não havia volta a dar, eu cometera um erro que nunca mais podia ser concertado.

Então, Dumbledore me pediu para tomar conta do seu filho quando ele viera para Hogwarts pela primeira vez. Fiquei relutante e neguei ao início. Proteger o filho do Potter? Mas ele não era filho só de James. Pensei em Lily. Então voltei a trás e disse ao director que sim, eu o protegeria quantas vezes fossem precisas. Somente por ela.

Na sua selecção eu o vi. Revirei os olhos e crispei os lábios quando reparei que ele era igual a James. Então, ele olhou para mim e meu coração disparou. Seus olhos… eram iguais aos de Lily. Lindos.

O tempo foi passando, e todos pensavam que eu odiava Harry, incluindo ele. Mas eu não odiava ele, eu odiava sua aparência e o quanto ele era parecido com seu pai. Mas então, ele me olhava nos olhos. Era como ver Lily me olhando com seus fantásticos e expressivos olhos verdes-esmeralda que eu sempre adorei, uma vez mais.

Queria lhe ter dito a verdade sobre o que eu sentia por ela, enquanto podia. Agora não há nada a fazer. Ela está morta e eu sinto tanta saudade. Eu sofro tanto. E agora cá estou eu, pensando nela mais uma vez, lágrimas escorrendo por meu rosto. Pensando eu como eu tanto amava aquela deslumbrante ruiva de olhos verdes, e em como eu irei a continuar a amar. Eternamente.