Disclaimer: Os personagens não me pertencem e não obtenho nenhum ganho financeiro por escrever com eles. É tudo diversão!
O vulto vestido de negro observava a garota, cobiçando-a por inteiro. Corpo e mente. Naquele momento, nada o faria desistir. O rosto pálido e sardento, o ar inocente, tudo despertava seu pior. Ele precisava ler o medo em seus olhos, ouvir suas súplicas. Vozes malignas ressoavam em sua mente doentia, apoiando, pedindo por ela. Era como se uma legião o povoasse.
A saia acima dos joelhos deixava entrever porções das coxas roliças, onde ele pretendia cravar os dentes e lamber o sangue quente que dali brotasse. Os seios pequenos e firmes convidavam ao toque nos bicos rijos, e ele salivava antegozando o prazer que lhe causariam quando sua língua roçasse neles.
Avisara a ela o tipo de criatura em que se transformara, já não era o mesmo de antes da guerra. Não, não era mais o bom moço, o pobre rapaz marcado e sem futuro.
Mesmo assim ela o provocara, o atraíra para junto de si. Queria ver até onde seus poderes de mulher poderiam chegar. Do alto de seus vinte anos, considerava-se forte e decidida, lutava por suas vontades e queria demonstrar isso a ele.
Um sorriso de dentes amarelos e pontiagudos abriu-se no semblante lupino. Fora divertido tentar afastá-la, deixá-la pensar que era a senhora da situação, mas ele era o expert desse jogo.
Quando fosse o momento, faria com que ela iniciasse o ato, que achasse que estava seduzindo-o e então mostraria a verdadeira face do lobo. Aquela que traz os verdadeiros instintos à tona, que dilacera a carne e esgota até a última gota de sanidade.
E ela sentiria muita dor. Tanta que talvez seus sentidos a deixassem por breves momentos. Mas ele aguardaria pelo retorno de sua alma, pois de nada vale uma carícia como essas em um corpo inerte e silencioso.
Quando estivesse completamente enterrado nela, teria as mãos envoltas em seu suave, macio e frágil pescoço, então apertaria devagar, observando a cor fugir de sua face, a respiração dela tornar-se-ia descompassada e rascante, os olhos muito abertos e amedrontados, um maravilhoso contraste com a vasta cabeleira vermelha. O orgasmo chegaria ao mesmo tempo para ambos, a excitação seria conjunta, somente a motivação desta seria diferente.
Assim, quando terminassem, mesmo com medo ela se aconchegaria a ele, deitaria a cabeça em seu peito e choraria suavemente, tremendo de dor e de prazer, sentindo-se dolorida e confortada, amada e odiada, o reflexo de todas as antíteses possíveis. Ele a acolheria e diria que era sua garota, que tinha orgulho dela.
E na próxima vez que a encontrasse, fariam tudo novamente, talvez mais ou ainda pior, e estariam cada vez mais próximos e cúmplices. Corpos, mentes e almas, um universo de sentimentos, emoções e loucura, que os acorrentaria e os tragaria cada vez mais fundo, os levaria para mais perto do abismo.
N/A: Espero que me perdoem os erros de ortografia e gramática que encontrarem em meu texto. Por pura falta de tempo não pude enviá-lo para betagem.
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