Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.

Fanfic feita para o I Challenge Severus/Lily do fórum 6v.

E, antes que ele percebesse, ela havia dado um estalado beijo em seus lábios. Foi tudo tão rápido e repentino que ele se assustou, arregalando os olhos e corando violentamente.

- O... O que que... Lily... O quê...? – Alguns minutos se passaram até que ele conseguisse formular uma frase. – O que foi isso?

- Hoje a mamãe estava vendo TV. – Explicou, balançando suas pernas enquanto o encarava docemente. – E duas pessoas deram um beijo, aí ela me disse que as pessoas fazem isso quando se gostam. E eu gosto de você, Sev, é meu melhor amigo.

- Oh... – Ele abaixou a cabeça, corado, mas sem conseguir evitar que um sorriso se esboçasse em seu rosto.

Ele havia saído de casa durante mais uma briga de seus pais e vê-la fazia com que todas as dores que ele tinha fossem esquecidas. Era bom ter uma amiga, alguém para conversar, e ela gostava dele. E ele gostava dela. Talvez pudessem ficar juntos para sempre. Talvez ele pudesse ser feliz.

Quando ele levantou a cabeça, ela ainda o encarava com seus grandes olhos verdes. Sua expressão não se alterou, mas seus olhos sorriram para a garota e ela sorriu de volta, colocando sua pequena mão sobre a dele.

- Por que você se distrai, assim, do nada? – Indagou a ruivinha.

- Estava pensando.

- Em mim?

- Também.

Ela deu um pequeno sorriso e ele ficou a admirar o furo que fazia em suas grandes e coradas bochechas. Era pequeno e delicado, assim como ela. Ele ficou admirando a covinha, que por alguns instantes ficou em silêncio. Mas logo a pequena tagarela voltou a falar, e assim os dois permaneceram até o fim da tarde.

- Tenho que ir. – Disse Severus com tristeza. Não queria deixá-la, pois ao lado dela era o único lugar onde ele conseguia se sentir feliz.

- Oh. – Ela desceu do banco e segurou as mãos dele.

- Amanhã nos vemos?

- Claro! – Ela lhe deu um largo sorriso e ele tentou gravar aquela imagem em sua mente para lhe dar forças na escura noite que viria.

Ela ficou na ponta dos pés e novamente lhe deu um estalado beijo. Ele se assustou, mas sorriu.

Durante o trajeto de casa, ele pensou nas crianças que brincavam com seus vários amigos e descobriu ter mais sorte que todos eles por ter Lily ao seu lado. Era bom ter um amigo, mas muito melhor tê-la consigo. Ela gostava dele, ele gostava dela. Eles certamente seriam amigos para sempre.

E, com essa certeza na mente, o sorriso dela nos olhos e o beijo no coração, adentrou sua casa e, naquele silêncio, descobriu que não estava sozinho; que nunca ficaria sozinho.