Disclaimer: Twilight e seus personagens pertencem a Stephenie Meyer. Wide Awake, cookies e únicornios pertecem a AngstGoddess003.

Sinopse: Estas são cenas cortadas, de W.A. Falsos Começos que não faziam sentido, mas que ainda tem alguns bons momentos divertidos. Não leia se você não quiser. Não leia se você se apega aos detalhes mais sutis da história. Conteúdo adulto e outras coisas.


Outakke 1

Capítulo 25 – Mocha Desesperations Sensations - Sensações Desesperadas de Café


EPOV

Acordei de manhã com uma batida forte que me fez gemer e segurar Bella apertada contra o meu peito. Mas a batida de merda não iria parar. Levantei a minha mão para o criado mudo e comecei a bater no meu despertador, para fazer o barulho do caralho ir embora.

"Edward!". Um alto e abafado vozeirão chamou de longe. Eu franzi as sobrancelhas, enquanto as batidas começavam novamente. "Levanta, porra!". Ele continuou.

Emmet.

Eu sentei na cama, segurando firmemente Bella e apoiando a sua cabeça, quando ela recuou com o meu movimento abrupto. Seus olhos arregalados quando ela percebeu o que estava acontecendo, começando a trabalhar freneticamente para cobrir seu torso nu, com os cobertores que nos cercavam. As batidas continuaram, dessa vez seguidas de um barulho em minha maçaneta trancada.

Entrei em pânico. "Espera, porra!". Eu gritei de volta, rapidamente, enquanto Bella se firmava, depois de ter voado pra fora da cama e ter ficado enrolada nos lençóis. Depois que ela se firmou, ela correu freneticamente em direção ao banheiro, fechando a porta suavemente com um clique. Deixei escapar um profundo suspiro e comecei a passar os dedos entre meus cabelos.

Emmet começou a bater ruidosamente contra a minha porta mais uma vez. "Vamos lá! Carlisle nos quer lá embaixo!". Ele gritou alto, fazendo com que eu fechasse minhas mãos em punhos e quase não resistisse a vontade de escancarar a porta e chutar a sua bunda.

"Foda-se! Eu estarei lá em dez minutos!". Eu gritei com raiva. Sentei-me imóvel na cama, esperando para ouvir seus passos em retirada. Depois de um momento, o ouvi indo embora e deixei escapar um suspiro de alívio. Fim de chamado de merda.

Ainda estava escuro. Olhei para meu despertador para verificar a hora. Cinco da manhã. Deixei escapar um grunhido frustrado e sai da cama, tornando a minha lâmpada em um tom de rosa. Filhos da puta impacientes. Roubaram 30 minutos de perfeito e bom sono... com a minha garota no meu peito... parcialmente nua, porra. Eu fiz meu caminho até o sofá para pegar a mochila de Bella, levantando-a e caminhando até o banheiro, parando no caminho para pegar o suéter ao pé da minha cama.

Bati suavemente. "Bella, ele se foi agora.". Eu disse, apenas alto o suficiente pra ela ouvir. A porta abriu e o rosto sonolento de Bella apareceu. Eu sorri pra ela o melhor que pude e levantei a mochila e o suéter pra ela ver. Ela olhou pra eles e colocou a mão pra fora da porta para pega-los.

Eu caminhei até o meu armário para pegar outra camiseta, já que a da noite anterior tinha desaparecido misteriosamente pra caralho no ar. Eu podia sentir o anel de bronze batendo contra meu peito a cada passo que eu dava. Eu pus a minha mão para baixo e toquei o anel pendurado no meu pescoço suavemente. Ainda quente de ser esmagado entre nós a noite toda.

Puxei a primeira camisa que eu tateei em um cabide, realmente não dando a mínima para qual era, contando que cobria meu peito e barriga. Depois que a passei pela minha cabeça, ouvi a porta do banheiro sendo aberta, vendo Bella sair com a mochila na mão. Ela sorriu pra mim, sonolenta, e rapidamente indo até o sofá para colocar o seu casaco e o capuz.

Como ela estava deslizando as mangas em seus braços, eu vi. Eu vi isso e eu queria vomitar, merda. A marca azul escura circulando em volta do pulso pequeno e pálido. Fez de mim uma porra de um doente ver aquilo. Saber que fui eu que fiz. Não foi Phil, não foi Newton, não foi um filho da puta cheio de espinhas em um restaurante a quarenta e cinco minutos de distância. Fui eu. A pessoa que ela amava.

Eu olhei pra ele enquanto estava descoberto e me odiei ainda mais do que já tinha feito alguma vez. O que era dizer muito da porra toda. Ela se virou pra mim e sorriu, mas eu não podia devolve-lo. Eu estava muito sobrecarregado com desgosto, para lhe dar até mesmo um sorriso falso. O sorriso dela caiu e eu odiava que aquilo tudo era minha culpa, porra. Eu queria afasta-la, dizer-lhe pra sair e nunca mais voltar. Fodidamente salve a si mesma.

Ela lentamente fez seu caminho até mim no meio quarto. Eu não conseguia nem olhar na porra dos seus olhos. Olhei para seu pulso coberto enquanto ela fez o caminho até perto de mim. Ela parou na minha frente, colocando a palma da mão pouco quente na minha bochecha. Eu queria me afastar e manda-la embora. Mas eu não podia. Porque eu era um egoísta do caralho. Deixei-a acaricia-la suavemente, enquanto eu me sentia cada vez mais nauseado com o seu conforto. Eu levantei a mão, para tomar seu pulso machucado e deslizar a sua manga. Ela tentou puxa-lo pra longe de mim, de forma que eu não pudesse vê-lo. Agir como se aquilo não fosse uma grande merda, quando ambos sabíamos que era.

Parecia uma porra terrível. Azul e púrpura manchando a pele dela com todo meu veneno e escuridão. Enrolei a minha mão em torno dele, combinando com a forma dos meus dedos e me sentindo fisicamente miserável, uma vez que combinaram-se perfeitamente. Ela o puxou de minha mãos e jogou os braços ao redor de meu pescoço.

"Por favor, pare, Edward.". Ela implorou contra o meu pescoço. Mas eu não podia. Eu nunca poderia me perdoar por isso. Eu não a abracei dessa vez. Eu não fiz merda nenhuma para merecer tocá-la. Ela me abraçou mais apertado, tentando me fazer reagir, mas o pensamento de nunca machucá-la outra vez foi muito repulsivo para eu sequer considerar.

Coloquei um suave beijo em sua bochecha e me afastei. Seus olhos estavam tristes e miseráveis. E meu sentimento crescente de auto-ódio só aumentou com a visão deles.

"Não faça isso.", ela chorou, lágrimas se acumulando em seus profundos olhos castanhos. "Não se afaste de mim.". Ela engasgou. Meu rosto suavizou as ver suas lágrimas. Eu estava machucando-a mais, não importava que porra eu fizesse.

Eu passei meus dedos pelos meus cabelos e lentamente fechei os olhos. "Sinto muito". Por tudo. "É só o lixo que eu tenho que trabalhar em mim mesmo". Para me certificar de que eu não vou fodidamente te machucar de novo. "Eu não quero me afastar...". Eu quero te beijar sem sentido, porra. "Mas às vezes eu tenho que fazer". Porque eu quero proteger você.

Seu rosto caiu ainda mais e eu tive que lutar pra porra pra não me afastar de novo. Ela pôs as mãos pra cima e as colocou na minha camiseta, uma em cada lado do colar que estava escondido contra a minha pele.

"Me beije". Ela sussurrou, freneticamente. Olhando em seus olhos castanhos brilhando intensamente. Eu queria afasta-la e segura-la e perguntar porque porra ela não me odeia. Mas eu nunca poderia negar a minha menina um beijo. Então, eu fiz. Inclinei-me e peguei suavemente seu lábio inferior na minha boca, mantendo as minhas mãos ao lado do meu corpo. Eu me afastei rápido. Fodidamente odiando a mim e ao fato de que ela ainda estava me puxando pra perto dela, mesmo depois de tudo que sabia e de tudo que eu fiz.

O rosto dela caiu e ela estava prestes a dizer algo, mas eu ouvi os passos de Emmet no corredor. Ela olhou pra porta desesperadamente e de volta pra mim. Querendo ficar e me dizer besteiras sobre como eu não era um monstro do caralho. Querendo me cobrir com todas as porras de beijos e flores e cookies.

Dei um olhar pra porta de vidro da varanda quando Emmet começou a bater na porta do quarto novamente. Ela lançou os olhos para o barulho e voltou aos meus olhos com uma expressão desesperada.

"Posso voltar?". Ela sussurrou trêmula, enquanto uma lágrima escorria pelo seu rosto. Foi incrível pra caralho como ela queria mesmo. Mas eu não poderia fazer nada sem ela, então eu levantei a minha mão e enxuguei as suas lágrimas, enquanto assentia com a cabeça, sentindo uma porra de aversão a minha total falta de altruísmo. Ela sorriu tristemente pra mim, enquanto a batida na porta tornava-se mais frenética.

O rosto amassado quando ela soltou a camisa e se virou para porta. Antes que fizesse todo o caminho, ela se virou de volta e correu em minha direção, jogando seus braços em volta do meu pescoço e quase me derrubando com a força do seu abraço.

Ela beijou meu pescoço e arrastou suavemente seus lábios quentes até minha orelha. "Nada poderia me fazer te amar menos". Ela sussurrou em meu ouvido e me soltou, correndo pra fora da porta, fechando com um suave clique.

[b]BPOV[/b]

Os dias seguintes ao Natal foram frios. Fria brisa molhada que oscilou apenas um pouco acima da temperatura adequada para criar qualquer coisa bonita, como uma neve branca e fofa. Edward se distanciou de mim. Eu gostaria de dizer que voltamos para o relacionamento que tínhamos antes de Phoenix, mas foi muito pior. Os beijos apaixonados na porta se tornaram pequenos selinhos castos. Ele me acariciava como se eu fosse de vidro e parou de conversar completamente. Eu sentava no sofá e lia, enquanto o observava comer em silêncio. Ele parou de gemer e cantarolar, comendo a comida como se fosse apenas sustento e não algo agradável. Ele foi se afastando e dobrando-se dentro de si. Eu podia ver nos seus olhos, quando ele evitava o meu olhar. O ódio de si mesmo, rodeado por pesar e desgosto.

Eu queria pular sobre ele e sacudi-lo e dizer-lhe o quão estúpido ele estava sendo e faze-lo me beijar de novo como importava. Mas eu contive o impulso. Porque eu não poderia simplesmente ignorar os seus sentimentos de ódio por si mesmo, mais do que ele dispensava os meus sentimentos de amor. Passamos noite após noite, no mesmo quarto, mas nunca reconhecendo a presença do outro, a menos que fosse absolutamente necessário. Eu mantive dizendo a mim mesma para ser paciente e deixa-lo trabalhar isso de seu próprio jeito. Mas foi lentamente e seguramente quebrando o que restava do meu coração.

Ele não me segurava mais tão firmemente como costumava, durante a noite. Seu abraço foi ficando progressivamente mais solto, até que sua mão apenas descansava na minha cintura. Eu o apertava mais duro, em silêncio, pedindo-lhe pra devolver o gesto. Mas ele nunca fez. Isso estava destruindo a minha essência. Mantendo tudo afastado em pequenas porções que foram se acumulando em uma pilha crescente de ódio e arrependimento que se instalaram queimando no fundo do meu estômago.

Cada dia que passava, eu esperava que ele saísse disso. Fosse de volta para o Edward com quem eu estava apaixonada há tantas semanas atrás. Fiquei de boca bem fechada, me recusando a abrir mais feridas do que eu já tinha. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia como consola-lo. Houve uma época em que o meu toque era suficiente para traze-lo pra mim. Eu temia que estava perdendo isso tudo.


N/A: AngstGoddess003- Esse outtake me assusta um pouco.
Ocorre na manhã de Natal, quando E /B são quase capturados por Emmet.
Isso foi angustiado e totalmente diferente da reação que eu coloquei afinal.
Ok, então ele foi se afastando porque ele a machucou e não porque ele não podia sentir amor. Eu decidi que era uma merda. Porque todo o 'eu me odeio por estar te machucando e nunca mais vou te tocar de novo'. Isso é tão pouco exagerado. Então, eu me foquei mais nas emoções.


N/T – Lary Reeden- Os outakkes 1 a 3 - foram traduzidos pela Jéssica Bicca.

Ela não ajudou na tradução da fic, apenas nesses outakkes.

Sinceramente acho que a versão que foi para a fic (para quem tem memória fraca- O Edward se afasta da Bella, porque acha que não sente "amor" por ela.) é bem mais interessante. E acho que fez a história seguir por um outro rumo, mas é legal poder ver as versões que passaram na mente do autor enquanto ele escrevia.

Os extras serão postados 1 a cada 2 semanas!

Beijos e até o próximo !