Um momento.

Essa é uma historia comum, de um dia qualquer. Os amigos dele dizem que é uma historia feliz, pra mim é uma historia completamente triste.

Eu andava calmamente pelas ruas de Nova York, ocupada com mil afazeres, estava distraída e não notei que me aproximava de uma multidão de pessoas, logo estava entre eles e quando me dei conta um acidente havia acontecido, um caminhão atropelou um homem e eu, no meu ultimo ano da universidade de medicina me pus a socorrê-lo, imediatamente verifiquei o pulso, estava com o pulso fraco, naquela situação, qualquer movimento poderia ser fatal, porque o acidente poderia ter causado alguma lesão na coluna.

Eu estava tensa, mas então, senti uma mão apertar meu pulso, a mão dele, os seus olhos lentamente se abriram revelando o castanho avermelhado que suas pálpebras escondiam, quase que imediatamente uma lagrima escorreu pelo meu rosto, a tristeza que os olhos dele me passaram foi o suficiente para me fazerem chorar, logo aquela multidão desapareceu, todos os som e imagens se foram, por um momento só eu e ele existiam, ele sorrio transpassando felicidade, eu chorei transparecendo angustia, ele tossia sangue mas continuava sorrindo, balbuciou um obrigada, e voltamos a cena do acidente.

Os enfermeiros da ambulância o colocaram na mesma, ele não largou de minha mão por nenhum momento sequer, fui com ele ate o hospital, levaram-no para a emergência, e eu fiquei na sala se espera, não sei porque, eu estava mais que preocupada com ele, eu nunca tinha-o visto, não o conhecia, e porque aquele sentimento de angustia me invadia? Os segundos pareciam horas, tive que preencher vários formulários, ate que o medico veio falar comigo, perguntou-me se eu era parente ou conhecia algum, e me falou que ele tinha fraturado nove costelas e quebrado uma perna, mas que ele estava bem, então fui direto ao quarto, suspirei sorrindo aliviada, ele olhou pra mim igualmente.

Cheguei perto dele e acariciei seu rosto, "Estava com medo de te perder" disse com os olhos marejados, ele apenas sorriu e me puxou pelo braço, meu rosto foi em direção ao dele, alguns segundos depois, sentia borboletas no meu estomago, me sentia leve, viva, ate que nos separamos e num sussurro ele falou "Obrigada" e com isso revelou uma tesoura cirúrgica em sua mão e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ele já a tinha fincado em seu peito, as lagrima escorriam de ambos, ele sorriu para mim "Não sei como... mas... e-eu te a...mo" fiquei estática, logo comecei a gritar e gritar, cai de joelhos no chão daquele hospital, os médicos entraram e uma enfermeira me aplicou um sedativo, o metal da fina agulha penetrando minha pele, era como se eu estivesse sentindo aquela tesoura penetrar meu peito, "Sasori..." não sei o que disse, nem sei porque disse, apenas esse nome saiu de minha boca.

Um dia chuvoso, o enterro, dez pessoas levavam o caixão, e eu sempre ao lado de um loiro, finalmente o caixão era posto no buraco, dez rosas vermelhas eram jogadas uma a uma, e aminha rosa era a única branca, branca como um sentimento que acabou em um minuto, em um curto momento. E todos os anos, no mesmo dia, eu volto ao local do acidente, chorando por... "Sasori..."

Fim!

Yo mina! Como eu disse a "na minha proxima fic o sasori terá papel fundamental" e aqui estamos nós!

Deixem reviews .

Já né!