Indo de encontro ao amor
By Palas Lis
Capítulo 1 - O encontro...
Era uma noite agradável, a lua cheia brilhava no céu estrelado, uma fresca brisa batia no rosto jovial da garota que se encontrava na sacada de seu quarto, admirando a harmonia da natureza.
– Filha... – uma senhora a chamou parada ao lado da mala que estava em sua cama. Outra mulher que pela roupa que vestia era uma das serviçais da casa pega a pequena mala e retirou-se do quarto. Com sua mãe a chamando, a garota acordou de seu transe e se vira para a mulher.
– Não fique assim Saori... – ela abraçou a filha, que estava quase chorando – É só durante este ano.
– Mas mamãe... – Saori tentava questionar sua mãe, que a impediu de falar com a mão em sua boca. Seus pais estavam irredutíveis quando a sua ida para casa de seu avô.
– Seu pai e eu já a pedimos que compreenda... – ela segurou a filha pelos ombros e Saori abaixou a cabeça – Não quer ficar com seu avô? – ela levantou o rosto da filha com a mão e olhou os lindos olhos verdes dela com carinho.
– Quero mamãe, gosto muito do vovô... – ela abraçou a mãe chorando – Mas terei que ficar longe de você e do papai todo este ano.
– Filha, nas férias do meio do ano você irá nos visitar – a mãe tentou novamente, sem alternativa a garota concordou com a cabeça e forçou um sorriso.
– Senhora Kido – a empregada chamou parada na porta do quarto, fazendo a mãe de Saori virar-se para ela – Seu esposo está esperando.
– Sim... Diga que já desço.
A empregada retirou-se, a mulher se virou para a filha e estendeu graciosamente a mão para ela sorrindo, Saori com um meio sorriso segurou a de sua mãe. As duas desceram para o jardim da mansão, onde o senhor Kido as esperava. Os pais de Saori estavam um tanto triste com sua partida para o Japão, mas para eles era o melhor para ela, sendo assim o melhor para eles também.
– Esta pronta, querida? – ele perguntou sorrindo para a filha, ela balançou a cabeça que sim, olhando o chão – O avião já a espera.
Em silêncio os três seguiram para a pista de decolagem da mansão, entraram no avião e lá se despediram, Saori era a única que chorava, estava detestando a idéia de ficar longe dos pais. Em seus dezessetes anos ficou com babás e amas, porque seus pais não eram presentes em sua vida, ambos trabalhavam muito e não tinham tempo para ela, mas não queria ter que deixa-los, mesmo não estando sempre presentes, eram seus pais e os amava. "Será que eles não percebem que só quero um pouco de atenção e carinho?".
– Tchau... – Saori ainda chorando sentou-se em sua poltrona, olhando seus pais descerem do avião e voltarem para a mansão – Papai... Mamãe... – Saori suspirou e olhou pela pequena janela do avião.
– Senhorita Kido – a aeromoça agachou ao seu lado – Não chore... Seus pais me disseram que é por pouco tempo – Saori sorriu para ela e enxuga suas lágrimas com as costas da mão.
§§§ Recordação §§§
Saori chegou do colégio animada, deixou o material na escada e foi direto para o escritório do pai, onde ele permanecia a maior parte do tempo que estava na mansão.
– Papai! – ela entrou eufórica na sala, ele apenas apontou para o telefone.
Saori logo entendeu que teria que espera-lo acabar a conversa para depois poder falar com ele, murchando seu sorriso ela sentou-se à frente do pai, esperando ansiosa para falar com ele. Ela virou-se para a porta quando ela foi aberta e sorrindo ao ver quando sua mãe entrou e fechou a porta, sorrindo ao ver a filha.
– Já chegou, querida? – ela perguntou aproximando-se da poltrona que Saori estava sentada.
– Mamãe eu queria contar que... – Saori se levantou andando para perto da mãe.
– Espere só um segundo Saori – a mulher sentou-se onde a filha estava, apontando para a outra poltrona com a intenção que ela voltasse a sentar.
– Mas mamãe... – Saori tentou se novo assim que sentou, impaciente.
– Saori precisamos conversar com você – seu pai disse colocando o telefone no gancho e apoiando as mãos juntas sobre a mesa.
– Você esta sabendo que seu pai e eu estamos abrindo mais empresas, como a dos Estados Unidos.
– Sim, vocês já me contaram algo sobre isso, mas...
– Conseguimos abrir a Fundação Galar no continente Americano, e para averiguar como está o início da empresa, teremos que ir para morar lá por este ano.
Os olhos de Saori brilharam animados pensando no novo país que ia conhecer, mas seus pais permaneceram sérios fazendo-a desfazer seu sorriso.
– Querida, não poderemos leva-la – a mulher segurou as mãos de Saori junto as suas e ela ficou sem reação com as palavras da mãe "Como assim não poderei ir?".
– Não passaremos muito tempo em casa, não queremos que fique sozinha – aproximando de Saori, seu pai encostou-se à mesa.
– Eu sempre fico sozinha aqui, qual seria a diferença? – Saori absorvendo as informações levantou-se brava.
– Então você vai morar com o seu avô no Japão – sua mãe se levantou ficando perto do marido – Ele já esta a esperando. Arrume suas coisas que logo o avião a levará.
– Eu não quero ir! – Saori disse com lágrimas nos olhos – Deixe me ir com vocês... Por favor! – implorou correndo para abraçar a mãe.
– Saori, não faça drama – seu pai disse sorrindo para ela, num tom divertido.
– Não faça drama?! Não fazer drama? – Saori quase gritou, dando um passo para trás ao ouvir o comentário de seu pai – Você não me deixar novamente pela Fundação, como querem que eu não faça drama?
– Sabe que isso não é verdade, Saori – sua mãe disse pausadamente – Fazemos isso pelo seu futuro, tudo que é nosso ficará para você.
– O que adianta ser milionária se não tenho meus pais presentes? – Saori disse não conseguindo segurar as lágrimas. Seus pais engoliram a seco a tristeza da filha – Deixe-me ir com vocês!
Os pais da garota depois de pensarem um pouco, olharem-se já sabendo a resposta que dariam para a filha.
– Sentimos muito Saori, você irá para casa de seu avô – ele pousou a mão no ombro da esposa enquanto olhava para a filha – Você ainda vai nos agradecer...
§§§ Fim da Recordação §§§
Assim que o jato pousou na pista de pouso na mansão da família Kido no Japão, o mordomo entrou e pegou a mala de Saori. Cansada da longa viagem, desceu rapidamente do jato.
– Senhorita Saori há quanto tempo não a vejo... – ele sorrindo feliz. O mordomo se importava muito com a garota, a quem viu crescer.
– Tatsume... – ela respirou fundo olhando para o sol escaldante e tampou pouco os olhos para os raios de sol não a cegar momentaneamente e depois caminhou para a mansão e Tatsume andou a sua frente para abrir-lhe a porta.
– Onde está meu avô? – Saori perguntou ao passar a porta central da mansão.
– Está no escritório – Tatsume falou fechando a porta – Pediu que quando a senhorita chegasse fosse até ele.
Ela concordou com um aceno e seguiu sozinha até onde Mitsumasa estava, bateu levemente na porta e entrou, avistou seu avô sentado numa luxuosa poltrona atrás de uma grande mesa.
– Vovô! – sorriu para ele e correu para abraça-lo – Estava com saudades do senhor!
– Saori – ele se levantou e retribuiu o abraço da neta – Como cresceu... Há anos não a vejo, mas sente-se Saori.
Sorrindo ela obedeceu e sentou na cadeira que estava à frente da mesa de seu avô que voltou a sentar em sua poltrona, e olhava para a neta.
– Esteve chorando Saori? – Mitsumasa perguntou e sorriu ao notar a expressão surpresa no rosto da neta. Com a pele clara, era impossível esconder quando chorava, deixando o rosto vermelho.
– Ah... – suspirou – Não pretendia ficar este ano aqui, mas papai insistiu.
Saori falou triste e se levantou mudando a voz para uma irritada, andou alguns passos na sala, não olhando para o avô.
– Ele e mamãe sempre me trocam pelo trabalho! – Mitsumasa apenas a ouvia desabafar – Agora que terão que ir para os Estados Unidos e não me deixaram ir... Obrigaram-me a vir para cá!
O tom de voz de Saori que começou irritado acabou com uma profunda tristeza, ela sentou-se e abaixou a cabeça.
– Não quer ficar com seu avô? – ele se levantou e caminhou a frente da jovem.
– Não é isso... – ela parou de falar quando ele pousou a mão em seu ombro.
– Eu sei querida... – ele falou calmamente – Imagino que é difícil para você, mas você vai se divertir, vão começa suas aulas e poderá fazer novos amigos – ele deu uma pausa e esperou a neta levantar os olhos para ele – Aprovei o dia e vá passear.
Seu avô poderia ter razão, quem sabe poderia ser divertido. Saori se levantou e parou na porta do escritório.
– Tudo bem vovô, vou tentar... – Saori força um sorriso e abriu a porta.
– Saori se precisar conversar... Venha falar comigo.
Saori acenou quem sim e sai do escritório. Ela gostava muito de seu avô e resolveu não falar mais sobre o assunto para não magoá-lo.
– Onde será que é meu quarto? – Saori falou subindo as escadas.
Passou por um amplo corredor, andou de vagar olhando os quadros na parede, em sua maioria dela e algumas do filho de Mitsumasa, o pai de Saori. Encontrou Tatsume conversando com uma das empregadas.
– Tatsume – Saori se aproximou do mordomo – Onde está meus aposentos?
Tatsume que estava parado na frente de um grande cômodo abriu as duas partes da porta, estendendo a mão para dentro do quarto e o mostrou a Saori.
– Seu avô mandou decorar esse quarto para a senhorita – ele falou a seguindo para dentro do quarto, Tatsume abriu uma cortina branca e deixando a vista a varanda do quarto que dava para ver o jardim, onde havia uma mesa e cadeira, e com o vento forte que estava, o cheiro de flores chegou até Saori que sorriu com o agradável perfume floral.
– A senhorita vai descansar ou quer que peço algo para comer? – Tatsume perguntou vendo a garota sentar em sua cama e jogar-se de costas dela, sorrindo.
– Vou passear! – ela se levantou num pulo, deu uma olhada no espelho de sua penteadeira para arrumar o cabelo e foi para junto de Tatsume.
Quando saiu do quarto, Saori olhou atentamente para a casa, há tempos não visitava seu avô, mas a mansão continuava com a mesma decoração de quando criança e seus pais a traziam com freqüência na casa de seu avô, mas o trabalho deles acabou por impedi-la de ver o avô.
– Tatsume, arrume um carro que irei avisar meu avô – sorriu para o mordomo e seguiu em direção ao escritório.
– Vovô... – Saori entra lentamente no cômodo – Eu irei até o shopping.
Mitsumasa concordou e Saori o beijou no rosto. Na frente da mansão, limusine preta estava a esperando. Saori achou um pouco demais aquele veículo, poderia ser um carro mais simples, mas não falou nada, entrou e logo estava no Shopping da cidade. Depois de horas no local, Tatsume a seguiu carregando as infindáveis sacolas de roupas, as quais já tinha as levado até o carro umas cinco vezes.
– A senhorita Saori não esta esquecendo de seu uniforme e materiais escolares? – Saori riu levando a mão no cabelo.
– É mesmo...
Saiu procurando uma loja onde pudesse comprar materiais para o colégio. Chegando a loja, escolheu alguns materiais escolares, e foi experimentar o uniforme, colocou a saia pregueada azul escura e uma blusa de mangas curtas branca com punhos e gola da cor da saia.
– Estou achando um tanto... – virou-se para olhar melhor como ficou no espelho – Curto! – exclamou ao final.
– Você vai estudar na escola Santuary? – uma garota que também estava com uniformes em suas mãos perguntou.
– Sim – Saori sorriu – Por que?
– Meu irmão estuda nesse colégio – ela respondeu com um sorriso.
– Como é o seu nome? – Saori perguntou.
– Ogawara, Seika Ogawara – ela sorriu – E você?
– Saori Kido, muito prazer... – sorriu também, mas ficou séria ao ver a cara de surpresa de Seika – O que foi?
– Você é neta de Mitsumasa Kido? – ela perguntou.
– Sim, conhece meu avô?
– Meu pai e meu irmão trabalham para ele – Seika sorriu – Seu avô é muito gentil com nossa família – Saori esboçou um sorriso, orgulhosa do avô.
– Mudando de assunto – Saori disse com um sorriso maroto – Está muito curta? – ela tentou não perguntar mais queria saber se sua roupa esta muito indecente.
– Não, ficou ótimo – Seika falou.
Saori e sua nova amiga compraram os uniformes e saíram juntas da loja.
– Senhorita Saori, vou levar estas sacolas para o carro e... – Tatsume parou quando viu a nova amiga de Saori – Seika, está passeando? – sorriu para a garota.
– Vim comprar coisas para a escola.
– Não quer ir comer comigo? – Saori perguntou a Seika.
– Eu ainda não almocei, podemos ir.
– Senhorita vou para o carro e a espero no estacionamento.
O mordomo retirou-se para a limusine carregando mais algumas sacolas. Saori e Seika vão para a praça de alimentação, compraram lanches e sentaram para saborear um suculento lanche.
– Meu irmão disse que você vai passar um tempo na casa de seu avô – Seika falou tomando suco.
– Sim – Saori fez o mesmo – Ficarei este ano aqui... – completou desanimada.
– Parece triste, não querer ficar com o senhor Mitsumasa?
– Quero, meu avô é uma ótima pessoa – Saori suspirou – Mas ficarei longe de meus pais...
– Entendo... – Seika falou num suspiro.
– Mas, me diga Seika – Saori disse animada, querendo mudar de assunto – Você estuda no colégio Santuary?
– Não – Seika falou e Saori desanimou de novo.
– Pensei que teria companhia – Saori disse decepcionada, mordendo depois seu lanche.
– E poderá ter – Seika falou e Saori a olhou curiosa – Não estudo no Santuary, mas estou fazendo faculdade ao lado, podemos nos encontrar nos intervalos.
Ela concorda feliz, pelo menos não ficaria sozinha. Conversaram um pouco mais, quando Saori se lembrou de Tatsume e revolveu ir para casa.
– Tchau Seika... – Saori acenou para a nova amiga que ainda ia ficar no shopping para encontrar o irmão – Até logo.
Saori desceu para o estacionamento, andando no shopping distraída. Estava feliz em já ter uma amiga "Talvez essa viagem não seja tão ruim". Quando alguém a esbarra, fazendo quase ir para o chão, mas que em uma grande destreza a segurou pela cintura antes disso. Saori ia pedir desculpas quando o garoto em quem havia tropeçado a soltou, voltando a se equilibrar sozinha Saori levantou os olhos, deparando-se com brilhantes olhos castanhos e um bonito rapaz.
– Descul... – Saori tentou de novo.
– Você não olha por onde anda? – ele falou bravo, ela arqueou as sobrancelhas, ficando sem entender.
– Mas eu não fiz por querer! – ela falou incrédula com a ignorância do garoto.
– Se não ficasse distraída... – o garoto sorriu – Isso não teria acontecido.
– E para falar a verdade... – ela aproximou-se dele – Foi você que quase me derrubou! – Saori cruzou os braços, emburrada.
– Você que é sonsa demais – ele falou sério, mas logo sorriu da cara brava que Saori fez.
– Sua mãe não te ensinou a ter educação? – Saori perguntou.
– Ensinou... – ele falou e logo coloca a mão na cabeça rindo – Mas eu não aprendi – Saori ficou ainda mais raivosa com a piada do garoto.
– Quem você pensa que é para falar assim comigo? – Saori falou arrogantemente.
– Não te interessa! – o garoto falou no mesmo tom.
– Se não me interessasse eu não estaria perguntando! – Saori falou exaltada e sorriu triunfante ao vê-lo fazer uma careta.
– Garota... – ele começou – Eu já perdi muito do meu precioso tempo 'conversando' com você – o jovem se vira para ir embora.
– Como ousa me dizer que estou te atrapalhando? – Saori falou andando atrás dele, ele apenas se vira para ela.
– Deve ser por que você... – ele sorriu – Esta me atrapalhando! E não tenho tempo para perder para uma garotinha mimada e arrogante – ele completou perdendo a calma.
– Não sou mimada e nem arrogante! – Saori falou não acreditando no que ouvia, mas se lembrou de Tatsume e deu a discussão como encerrada – Eu vou embora... Seu grosso! – disse saindo de perto do garoto pisando duro.
– Já vai tarde! – ouviu ele falar, se virou para ele e o viu rir.
– Que garoto petulante! Está rindo me mim! – falou para si mesmo, mas pensando em Tatsume se vira imponente e vai para o carro. Andou emburrada até o estacionamento.
– Tatsume – Saori falou ao vê-lo encostado no carro – Desculpe a demora.
Ele ficou calado, abriu a porta para ela e voltaram para casa. Tatsume subiu com as sacolas e foram para o quarto de Saori. A empregada arrumou tudo no closet e saiu. Saori ficando sozinha foi até a varanda e ainda deu tempo de observar o sol sumir no horizonte, formando uma linda paisagem. Sorriu ao apreciar o lindo fim do dia e foi tomar banho, ligou a banheira e se lavou. Ao sair do banheiro colocou um pijama rosa, sentou em frente à penteadeira e arrumou os longos cabelos que ainda estavam molhados, os deixando soltos. Após ser chamada para a refeição noturna, Saori desceu e encontrou com o avô na sala de jantar.
– Como foi seu passeio no shopping? – o senhor perguntou.
– Foi interessante... – Saori falou contente – Tirando um garoto insolente que quase me derrubou no chão – seu avô apenas riu – Ah! Eu conheci a Seika.
– Seika... Que bom que se tornaram amigas – ele sorriu – Seika é uma ótima menina, poderão se encontrar sempre, ela e sua família são nossos vizinhos.
Saori pensou e se lembro de ter passado ao lado de uma casa, simples e não muito grande. Não era difícil de saber, afinal eram as únicas duas casas por perto.
– Seika me disse que seu pai trabalha com o senhor – Saori ficou curiosa – No que? – perguntou.
– É gerente da segurança da mansão e da empresa Galar.
Depois do jantar, Mitsumasa seguiu para seu escritório, Saori resolveu dar um volta no jardim e com o escuro que estava esbarrou em algo.
– Acho que não é meu dia de sorte – falou tentado ver quem era o infeliz que tinha sigo agora. Saori viu apenas uma silhueta masculina – Quem está aqui? – ao dar um passo pra frente Saori reconheceu a pessoa.
– O que faz aqui? – o mesmo garoto de mais cedo falou – Está tentando assaltar a casa?
– Eu é quem deviria perguntar – Saori falou percebendo quem era – Vou chamar um guarda e...
Assim que se virou para chamar a segurança da mansão, o garoto a segurou pelo braço com força, praticamente a arrastando para perto da casa.
– O que esta fazendo? – Saori tentou se soltar com a outra mão – Está me machucando!
Ele não falou nada e continuou a leva-la, vendo que não conseguiu mesmo soltar da mão dele parou de se rebater e apenas deixou que ele a levasse.
– Vou mandar os guardar o prenderem! – ela murmurou – Meu avô vai mandar você... – não acabou de falar, por que assim estavam perto da mansão, um outro homem apareceu com Mitsumasa.
– Senhor Mitsumasa – o garoto falou – Esta trombadinha queria roubar a mansão – ao acabar de falar a soltou abruptamente, encarando a jovem.
– Desaforado! – Saori foi para perto do avô – Mande prender este garoto... Esse troglodita! Ele me machucou! – falou esfregando o braço onde o garoto estava segurando e tinha deixado uma marca vermelha.
– Seiya, o que estava fazendo? – o homem que estava com o avô de Saori perguntou.
– Estava cumprindo a ordem que me deu... – Seiya se defendeu – Você me disse para não deixar ninguém desconhecido entrar.
– Eu não sou uma desconhecida! – Saori falou dando um passo na direção de Seiya.
– Para mim é! – Seiya falou.
– Crianças parem... – Mitsumasa falou tentando acalmar os dois – Foi apenas um mal entendido.
– Mal entendido!? – Saori quase gritou e apontou para Seiya – Este garoto quase arrancou meu braço fora, devia castiga-lo!
– Castigar-me? – Seiya falou – Você invade a casa alheia e eu que tenho que ser punido?
– Eu não estou na casa alheia! – Saori falou furiosa – Estou na casa de meu avô!
– Avô!? – Seiya perguntou – Senhor Mitsumasa, está fedelha é sua neta que disse que ia chegar?
– Seiya... – seu pai o repreendeu – Respeito com a senhorita Kido – Saori riu debochando dele.
– Sim Seiya – ele falou se aproximando dos dois – Esta é minha neta, Saori.
– Seiya, peça desculpas – o pai do rapaz falou severamente.
– Eu não! – Seiya falou – Ela é que devia se desculpar! Como poderia saber que essa menina metida era a neta do senhor Kido? – Seiya acabou deixando seu pai nervoso.
– Eu? – Saori exclamou – Devia medir o que diz!
– Saori e Seiya desculpem-se! – Mitsumasa falou autoritário, um olhou para o outro e murmuram um 'desculpe-me', virando a cara de novo.
– Muito bom – o pai de Seiya falou animado – É melhor começar a se entenderem, pois passarão muito tempo juntos.
– Como? – ambos falaram ao mesmo tempo.
– Sim... – ele explicou – Será necessário que senhorita Saori tenha uma escolta e nada melhor que alguém de minha confiança... Você Seiya.
– Mas vovô... – Saori se aproximou dos homens presentes – Você viu o que ele fez... Quase me bateu! Ao invés de me proteger, vai acabar me matando! – disse suplicante.
– Não exagere, Saori – Mitsumasa sorrindo da briga, afinal ver dois jovens brigando como crianças é no mínimo divertido.
– Pai, por favor – Seiya pediu no mesmo tom de Saori – Terei que ser babá dessa garota mimada mande-me logo para um hospício, pois vou acabar ficando louco!
– Seiya! – seu pai o repreendeu – O que eu lhe disse?
– Para não mentir? – Seiya falou olhando a garota que o fuzilava com os olhos.
– Não banque o engraçadinho! – seu pai falou.
– Tudo bem... – Mitsumasa falou – Irão acabar se entendendo.
Saori e Seiya estavam atônicos com a notícia, nem conheciam direito e já se detestavam.
– Como estão na mesma série no colégio... – o pai de Seiya quebrou os segundos de tréguas entre os dois – Seiya ficará na mesma classe que a senhorita Kido – mas quase arrependeu-se de lhes dizer aquilo quando os dois arregalaram os olhos.
– Ainda vou ter que ficar na escola... – Seiya apontou para Saori descontente – Com essa garota?
– Ei! Seu desaforado! – Saori se virou para o avô – Vovô... Coloque outra pessoa, ele não! Eu não quero! – disse num tom birrento, cruzando os braços frente ao peito.
– Viram! – Seiya falou, apontando para Saori de novo – Não vou agüentar essa... Essa garota... Fazendo birra que nem criança! – dessa vez foi demais para Saori, que foi em direção a ele para esbofetea-lo.
– Vou te ensinar a me tratar como mereço! – Saori virou a mão em direção ao rosto de Seiya, que a segurou pelo pulso a milímetros dela acerta-lo – Largue!
– Acha que pode comigo? – Seiya fez como se fosse dar uma rasteira em Saori.
– Seiya não ouse fazer isso! – seu pai falou ameaçadoramente.
Seiya olhou sério para o pai e depois para a garota que estava segurando pelo pulso com uma mão e com a outra segurava o braço dela.
– Não vale a pena... – Seiya a soltou com desdém – É muito fraca.
Colocando as mãos no bolso, Seiya caminhou para fora do jardim a fim de ir para sua casa.
– Desculpe os modos de meu filho senhor Mitsumasa – virou-se para Saori, que ainda olhava brava Seiya se afastar, pensando como alguém tenha a coragem de agir daquele jeito com ela – Desculpe senhorita Saori, isso não ira mais acontecer.
– Assim espero! Aquele estúpido – falou brava e olhou para o homem que ficou sem graça – Tudo bem, o senhor não teve culpe, me desculpe e boa noite – foi para perto do avô e beijou seu rosto – Boa noite vovô.
Subiu para seu quarto enfezada, abriu a porta com violência, foi para sua cama e deitou-se, puxando o edredom para cima de si.
– Só o que me faltava... – Saori falou sozinha – Ter um imbecil como segurança! – virou-se na cama e pegou no sono.
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N.A – Bom, não é a primeira fanfic que escrevo, mas é a primeira que estou publicando, pois estava (estou ) um tanto insegura quando a qualidade da minha historinha. Adoraria saber a opinião de vocês por reviews ou e-mail ). Agradeço muito quem leu, e espero que tenha gostado. Desculpe-me algum erro, nos próximos capítulos eu espero melhorar o conteúdo da história e os erros.
Próximo capítulo – As brigas...
Beijos e tchauzinho...
Palas Lis
