Ayo people!
Bom, é uma fic simples e POV do L.
Alguns detalhes como o nome da fic eu emprestei do episódio 25...
Yeah, Death Note e o L não me pertencem, pois se pertencessem eu estaria rica e feliz. MAS, o Edward me pertence, kukuku!
Sem mais enrolações, vamos à fic! o/
oOoOoOo
Silêncio
A fria chuva cai e escorre por meu rosto, mas eu não me importo
A fria chuva cai e escorre por meu rosto, mas eu não me importo. Posso ouvir os sinos tocando alto hoje. Um casamento? Talvez. Ou será um enterro?
Ainda posso lembrar-me daquela época. As feridas deixaram cicatrizes, cicatrizes que vão durar para sempre...
X
Era um dia comum de inverno. Watari me conduzia pela mão, pelas ruas vazias e frias da cidade. As crianças estavam no interior de seus lares, rindo e brincando com suas famílias. Na hora das refeições, a família sentava-se à mesa e tomava uma deliciosa sopa. As crianças eram colocadas em suas camas quentinhas, por seus pais que lhes contavam histórias com finais felizes. Bem, era assim que devia ser uma casa normal, com uma família normal... algo que eu nunca tive.
E enquanto todas essas crianças partilhavam de sua vida feliz, eu caminhava pelas ruas, abarrotado de blusas, sem ao menos saber como seria minha vida dali em diante.
Andamos por mais uns cinco minutos e então Watari parou em frente a uma casa enorme. Acima dos portões de ferro, uma placa de madeira um tanto suja mostrava as palavras "Wammy's House".
"Este será seu novo lar."
O velhote empurrou um dos portões e nós adentramos o local, um quintal enorme com árvores cobertas pela neve. Algumas crianças brincavam e corriam pelo lugar, outras faziam 'anjos de neve' no chão. Todas sorrindo, como se estivessem esperando por aquela paisagem e aquele dia por muito tempo. Eu não entendia porque elas estavam tão felizes, mas ainda assim as invejava. Depois de passar pelo jardim, adentramos a casa de fato. Eu fui apresentado ao diretor, que nos acompanhou até o meu novo quarto. Era pequeno, porém aconchegante. Uma cama simples, alguns cobertores, um porta que dava para um pequeno banheiro. Havia também uma mesinha a um canto, um criado-mudo ao lado da cama e a janela, que dava vista para o jardim. Ali eu poderia passar horas apenas olhando o horizonte... Pelo menos eu teria uma vida decente dali em diante. Teria um lugar para dormir e refeições todos os dias. Não teria que me preocupar com o dia seguinte. Agora tudo estava bem...
...
Eu era novo na Wammy's House e as crianças dali não pareciam se importar com isso. Pelo menos durante duas semanas, eu me senti terrivelmente sozinho, mesmo em meio a tantas outras pessoas. Bem, na verdade eu sempre fui sozinho... Não fazia diferença.
Mas naquele dia chuvoso eu o conheci.
Estava sentado com o dedão nos lábios, perdido em meus pensamentos em um canto do enorme salão onde as crianças gritavam e corriam, quando ele sentou-se perto de mim. Tinha a minha altura e talvez a mesma idade. Era loiro e seu cabelo era bagunçado, suas bochechas eram rosadas e sua pele era branca. Ele sorria e tinha uma expressão serena. Seus olhos azuis brilhavam... Eu podia me perder naquele mar profundo.
"Olá. Notei que é novo por aqui..." - dizia, ainda sorridente, encarando-me.
"Na verdade estou aqui há duas semanas..."
"Ahh... Ei, quer alguns marshmallows?" - Perguntou o pirralho sorrindo novamente e estendendo a mão que segurava um saquinho colorido repleto dos doces.
"Obrigado." - Peguei um e o coloquei na boca. Eu nunca havia provado um daqueles... O sabor era incrível.
"É meu doce favorito."
"É realmente bom." - E pela primeira vez em muitos dias, eu pude sorrir.
"Qual seu nome?"
"Lawliet..."
"Bonito nome... Eu me chamo Edward. Mas pode me chamar de Ed."
"Certo..."
Ele possuía um sorriso encantador, e algo naqueles olhos me intrigava...
X
Não há dúvidas de que Edward foi meu melhor amigo. Desde o dia em que nos conhecemos, senti que existia um laço fortíssimo nos unindo. Eu podia contar com ele em todos os momentos, e foi ele que sempre me deu forças para continuar, afinal, não era fácil viver num orfanato onde as pessoas nem se importavam com sua existência.
Ele iluminou o meu caminho, todos os dias...
X
Aos poucos eu fui me acostumando com aquele orfanato, com a rotina dali.
Sempre que não estávamos em aula eu e Ed gostávamos de nos 'esconder do mundo', como costumávamos dizer. A gente procurava aqueles lugares em que ninguém mais pensava estar, afinal esses eram os mais legais. A gente ria, brincava, conversava, comia marshmallows... Nosso local preferido era a janela do meu quarto, que tinha uma vista incrível ao pôr-do-sol. Era quase um ritual, pelo menos uma vez por semana depois do lanche da tarde a gente corria pro meu quarto e com a ajuda de um banquinho subia no parapeito da janela com um saquinho de marshmallows e ali passava um tempão filosofando sobre o mundo e pensando como seria a vida quando a gente saísse dali.
Por mais que eu tente, não consigo me esquecer de nenhum daqueles momentos...
Certa vez, quando estávamos observando o céu eu perguntei ao Edward se ele poderia me fazer uma promessa...
"Edward... promete que você vai sempre estar comigo?"
Ele abaixou a cabeça, foi a primeira vez que vi aquele olhar triste, e apenas continuou em silêncio...
Eu não questionei, talvez tivesse feito uma pergunta estúpida, então resolvi mudar de assunto.
Naquele momento eu não entendi o porquê do silêncio e da tristeza repentina...
Naquele momento...
X
Eu já mencionei que as cicatrizes permaneceram aqui?
Elas vão permanecer enquanto eu existir...
Com certeza você pode acostumar-se rapidamente com as coisas boas que a vida coloca em seu caminho.
Mas não pense que você consegue se acostumar quando a vida as tira de você.
As cicatrizes da alma... Estas não há como curar...
X
Aos poucos eu fui descobrindo quem realmente era Edward. E não era um conhecimento superficial que eu tinha sobre ele, era muito mais do que isso. Eu podia imaginar o que ele estava pensando...
Aquele brilho no olhar...
Edward era determinado, sabia o que queria. Era preso à vida como eu nunca tinha visto. A coisa mais simples, como uma folha caindo da árvore, podia despertar aquele brilho. E aqueles olhos brilhavam porque eram vivos e principalmente porque Edward sabia viver.
Talvez as pessoas não o entendessem... E talvez nem mesmo eu o tenha entendido tanto assim...
O fato é que eu nunca vou esquecer-me daqueles olhos...
X
Eu acordara naquela manhã nublada de domingo sentindo-me feliz. Escovei os dentes e desci para tomar café. Procurei Ed pelas mesas, mas não o encontrei.
Depois do estômago cheio eu resolvi procurá-lo. Olhei em todos os cantos da mansão, mas não o encontrei. Aquilo era muito estranho...
Resolvi falar com o diretor do orfanato...
"Onde está o Edward?"
"É a primeira vez que alguém pergunta sobre Edward...Vocês devem ser próximos..."
"Sim, somos muito próximos..."
"Edward precisou ir ao médico para... hmmm... para alguns exames..."
Ao ouvir aquilo eu me assustei. Ed parecia sempre tão bem... O que poderia ter acontecido?
"Quando ele volta?"
"Dentro de alguns dias..."
Eu abaixei a cabeça e segui para meu quarto. Aquilo definitivamente havia acabado com meu dia. Eu estava preocupado...
Parei em frente à janela e ali fiquei pelo resto do dia, imaginando mil e uma coisas...
No dia seguinte, acordei ansioso, desci correndo e novamente procurei por Ed, mas ele ainda não havia voltado. A mesma coisa aconteceu no dia seguinte e no outro.
Era quarta-feira e finalmente fazia sol. Eu estava sentado em um dos balanços do jardim, mais uma vez sozinho, observando as crianças irritantes que corriam e gritavam como de costume.
Edward se aproximou e sentou-se no balanço ao lado do meu. Apenas continuei de cabeça baixa. Não pude negar que estava feliz com a presença do loiro ali e sorri, sem que ele percebesse. Continuei calado e não demonstrei felicidade, no fundo eu estava chateado.
Edward observava uma trilha de formigas no chão, mas seus olhos não brilhavam, tinham um enorme vazio.
Ele por fim disse:
"Desculpe..."
Permaneci em silêncio para que ele continuasse.
"Eu... tenho algo a dizer... algo que na verdade já devia ter dito..."
"Então diga logo..." - Eu fui um tanto rude, mas ele precisava saber que eu estava chateado, afinal ele sumira por três dias inteiros e me deixara preocupado.
"Eu... Vou morrer Lawliet."
oOoOoOo
Yeah, fim do primeiro capítulo o/
Não se preocupem, acho que em mais um capítulo eu termino a fic!
Nhaaa, eu gostei dessa fic, sabe..Tava cansada de fics Matt x Mello e me veio a idéia dessa aqui!Só queria uma infância um tanto feliz pro L, um amigo legal sabe... XD
Bem, não adianta ficar aqui fazendo justificativas...Como diz meu professor "artista não se justifica!" u.ú
Espero profundamente que tenham gostado da fic, já que eu adorei escrever! D
Críticas... Sugestões... Reclamações... Indenizações... Elogios... Mandem reviews e façam a Ná-chan feliz! \o/
Até o próximo cap!
KissU's
;)
