Desclaimer- Personagens e lugares citados são todos propriedade de J.K Rowlling e Warner Bros. Não me pertence. Me divirto sem fins lucrativos.
N/A: Oi oi gente, tudo bem? Eu voltei! Dessa vez com uma long fic. Quer dizer, mais ou menos, acho que desmembrando dá uns 6 capítulos, no máximo. E sim, é uma DOREM! ^^ Escolhi esse tema porque bem, sei lá. Me perguntei como se seria se o certinho do Remus fizesse alguma cagada e acabou saindo isso.
Essa fic foi escrita basicamente ao som de Sozinho, do Peninha e Linda Rosa da Maria Gadu. Quer quiser pesquisar e dar uma ouvidinha, garanto que não vão se arrepender.
Espero que gostem. Eu reli, mas sabe como é. Sempre passa algum errinho. Fiz com carinho e já estava com saudade de escrever fics! Adoro férias!
Capítulo 1: O coração partido
Pior que o melhor de dois. Melhor do que sofrer depois. Se é isso que me tem ao certo. A moça de sorriso aberto
Meu estomago estava girando. Minha cabeça doía, eu não queria levantar da cama, eu não podia, estava frio, o inverno logo chegaria. Gemi, sentindo o estomago querer expulsar o que tinha lá. Não pude protelar mais minha ida ao banheiro e levantei. Assim que levantei não deu mais para segurar. O líquido azedo subiu por minha garganta, gosto de estomago vazio com algo mais. O chão ficou sujo e eu andei tremula até o banheiro. Alguns minutos depois Lily Evans apareceu. Ela e Alice. Eu não queria Alice ali dentro, porque eu sentia que ela poderia saber a verdade apenas por me olhar. E mesmo que ela fosse a pessoa indecisa da questão e indiretamente a causa daquela consequência que maltratava meu corpo... Ainda assim eu poderia ser taxada como a errada da história.
-Oh Dorcas.- Lily murmurou preocupada- Não está sendo uma boa semana para você não é?- E segurou meus cabelos carinhosamente enquanto eu abraçava o vazo- O que comeu no jantar?
-Nada...-Murmurei e senti o estomago doer. Mais vômito.
-Doe, você precisa ir à enfermaria. É o terceiro dia que passa mal.- Alice resmungou preocupada e eu despejei mais de mim dentro da privada.- Teremos que fazer os meninos te arrastarem a força?- Sentei no chão, sendo abraçada por Lily. Eu gostava da Cereja, ela era minha amiga porto-seguro. Deitei o rosto um pouco abaixo do ombro dela, era meu lugar favorito quando estava com problemas. E Lily sabia
-Sua mãe está com problemas de novo?
-Não. Seu pai nos salvou Lily.- Murmurei e com a ajuda da minha amiga fui para minha cama. Me cobri, com vergonha e medo, principalmente medo, e Lily sentou ao meu lado
-Doe. Estou preocupada.
-Não é nada Cereja. Só algo que comi na segunda e me fez mal. – Ouvi Alice saindo. Os passos de Emeline juntaram-se ao de Alie e assim que a porta bateu eu suspirei chorosa.
-Dorcas. O que está acontecendo?
Eu não queria falar. Não queria chorar minha vida para Lily mais uma vez. Eu sou uma pessoa com uma história complicada e um caso crônico de timidez que, me permita dizer, não facilita. E o fato de me meter numa situação dessas é mais desesperador ainda.
Minha família se resume a mim e minha mãe. E agora a Lily, que está conosco desde que os pais dela morreram. O que seria espantoso para um puro sangue, se não fosse a verdade por trás do meu nome. Mamãe era solteira, puro sangue, de família abastada, porém deserdada. O motivo? Eu é claro. Ela se apaixonou por meu pai, perdidamente, mas ele gostava de outra pessoa. Ela passou uma noite com ele e ficou grávida. Ele casou com outra. Ele não quis saber de mim, absolutamente ignorou o que minha mãe lhe contou e aquilo partiu o coração dela. Meus avós a deserdaram, uma puro sangue se envolver com um mestiço era errado, ficar grávida antes do casamento mais ainda, não casar com o pai do bebê, crime imperdoável. A não ser que ela me doasse para alguém ou deixasse as moças da casa de campo me criando quando eu nascesse. Ela não aceitou isso. Eu jamais poderia chama-la de mãe ou saber disso e aquilo a magoaria mais do que não ter papai ao seu lado. Bem, com ajudinhas aqui e ali ela conseguiu um quarto pequeno em Hogsmead e daí pra frente foram só dificuldades financeiras. Quando entrei em Hogwarts as coisas pioraram, mas eu não sabia. Lily ficou sabendo da situação e contou aos pais. O senhor Evans ofereceu um emprego de recepcionista no escritório dele. Mamãe aprendeu a usar um computador e resolveu fazer faculdade. Ela se formou quando eu fiz os NOM's e até agora só fala o quanto eu devo fazer faculdade trouxa, que isso irá abrir minha cabeça, que isso expandirá meus horizontes além do ingrato mundo bruxo. Ela tem razão. Ainda mais com uma guerra ameaçando explodir. Minha mãe mudou de emprego quando se formou. O senhor Evans ficou muito feliz, ela agora é assistente administrativa de um banco. E está ganhando bem. Temos um apartamento com dois quartos a duas horas de King Cross e daqui um ano ela poderá comprar um carro. Os trouxas são de mais. Mas... Meus planos de faculdade podem ir por água abaixo, assim como a viagem de formatura que ela quer me dar, assim como boa parte da minha juventude e nesse processo, meu coração.
-Doe.- Lily chamou e eu pisquei deixando umas lágrimas escaparem- Vamos nos trocar e ir para enfermaria?- Neguei com a cabeça e ela passou o dedo entre minhas sobrancelhas
-Tem algo a ver com o Halloween? Você está estanha desde aquele dia.
-Eu...- Aquele Halloween. Aquilo foi o ponto culminante de anos de auto flagelação, ou seja lá o que definir. Não posso dizer que é amor se dói tanto- Fiz besteira. –Sussurrei e finalmente sentei
-Você... Você não dormiu com ele? Dormiu?
-Lily... A minha menstruação está atrasada.- Sussurrei com medo- A exatamente um mês e nove dias.
-Dorcas. Eu falei pra você. Eu disse pra não fazer isso. E agora, o que vai acontecer? Sabe onde Alice foi? Ela foi se amassar com ele no corredor de história!- Funguei- Ah Merlim, desculpa, eu sei que não é isso que precisa, mas... Eu te avisei.- E me abraçou. Eu comecei a chorar, meu coração despedaçado
-Ela foi mesmo encontra-lo?
-Sim.
-Ele... Ele ainda a quer?
-Ele é louco por ela desde o terceiro ano. Você sabia.
-Mas... Ela não o ama.
-E ele não...Oh Doe, desculpa, mas acredito que... Talvez ele não sinta o mesmo por você.
-Ele é tão...Bonito por dentro.
-Eu não vou mais brigar com você. Eu entendo.- Desfez o abraço e eu quase reclamei. Os olhos bondosos da minha amiga me encararam e as mãos limparam minhas bochechas- Garotos como Sirius e James vem com aquele aviso de problema. O Remus não. Mas você deveria saber que isso acabaria te magoando.
-Lily.- Sussurrei com dor- Quando você espera muito por algo, mesmo que seja apenas um instante, mesmo que seja apenas uma noite...-Estava difícil falar- Você não prefere esse momento efêmero ao nada? Não prefere ter algo para lembrar?
-Meu Merlim, você o ama de mais.- E levou a mão ao peito
-Não era pra eu ficar grávida, mas eu não tinha ideia de que a poção que Alice tomava estava fora da validade!
-Você tomou uma poção da Alice? Você sabe que ela provavelmente estava usando pra transar com ele. Céus. Dorcas.- E me deu aquele olhar, do tipo que me deu quando percebeu que eu era apaixonada por Remus. Claro, ela sempre sabia de tudo, nós tínhamos 13 anos quando recebi esse olhar pela primeira vez. Ela percebeu antes mesmo de mim e me olhou com pena, porque ela sabia que o beijo dele com Alice, que nós presenciamos, tinha me doído. E foi só numa brincadeira boba. E agora ela sabia, meu futuro estava comprometido, qualquer coisa seria complicado e meu coração estaria decididamente arruinado, mais do que já estava naquele fatídico outubro! Ah outubro de 77, o ano que entraria para história. Lily sendo pedida em casamento por James, Sirius com uma tatuagem, Marlene com um garoto mais novo e pasme, o irmão de Sirius! Eu ficando bêbada e pela primeira vez falando em publico. O que eu discursei naquele noite em volta daquela fogueira idiota?
14 de fevereiro de 1971
-Nós vamos entregar cartões para os nossos amigos. – Lily disse empolgada, estava com uma bolsa de camurça marrom pendurada no ombro direito. Dorcas conseguia ver os papéis cor de rosa, vermelhos e em vários formatos- Fizemos vários feitiços.- A loira sorriu para a ruiva
-E-eu... N-não sei. São muitas pessoas para falar.
-A vamos.- Alice surgiu com um sorriso- São nossos colegas de casa.
-Menos aquele Potter.- Lily lembrou emburrada. Dorcas sorriu e assentiu. Estava uma pilha de nervos. Era uma garota tímida, diferente das crianças de sua idade, quase não gritava, falava baixo e sentia muita vergonha, de tudo e todos. Elas desceram para o salão comunal da Grifinória. Começaram pelas meninas. Alice e Lily faziam a maior parte, de falar e entregar os cartões, e trocar alguns. Dorcas sorria e agradecia quando ganhava algum. Marlene entregou um a ela e muito feliz e surpresa Dorcas sorriu. Lily parecia conhecer a quase todos. Foi então que ela viu. Sua dupla de poções no meio dos amigos. Ele parecia cansado, até mesmo doente.
-Remus está meio mal.- Alice murmurou- Vamos entregar um cartão a ele?- E ela parecia muito empolgada. A ruiva entregou a bolsa a ela
-Não vou perto daqueles dois. Black e Potter, infernais.
-Hum. Doe vai comigo.- E saiu puxando a loira pelo braço. Conforme se aproximavam o coração de Dorcas disparava. Remus parecia realmente muito mal e ela se preocupou.
-Oi meninos. Estamos entregando cartões de dia dos namorados para nossos amigos. Tem mensagens animadoras para passar o dia.
-Hum, e babadinhos e cartões cor de rosa vão mesmo nos animar Miler.- Sirius debochou de Alice e Dorcas apertou o braço dela enquanto sentia o rosto arder- Hey Meadowes. Não vai se enterrar no carpete!
-Sirius!- Remus chamou irritado e fez um gesto de mão brusco- Pode parar de gritar e falar feito uma pessoa normal? As meninas estão sendo gentis.
-Eu aceito os cartões.- James empurrou Sirius e sorriu largamente
-Lily fez um para você.- Alice mentiu e sorriu travessa. Dorcas arregalou os olhos. Dorcas entregou um cartão a Peter e pulou Sirius propositalmente entregando o cartão de Remus. Ele leu a mensagem e sorriu. Olhou para as duas
-Obrigado meninas. – Entregou de volta dois sapos de chocolate. Dorcas viu aquele gesto como extremamente doce e gentil. A menina era muito sensível ao mundo a sua volta. Gestos gentis a tocavam de maneira sem igual
-De nada Remus.- Alice sorriu empolgada para ele e acenou para os outros. Sirius ficou resmungando sobre não ter ganhado um cartão.
N/A: E aí galera, o que estão achando? Curiosos? Se gostaram comente. Quem conhece meu sistema de postagem já sabe, mas pra quem não fique tranquilo. A fic está completa, será terminada e está sendo postada aos poucos. Eu gosto de comentários do mesmo jeito que você gosta de ler então se puder me fazer feliz, comente logo aqui! Ui, estou inspirada. Bjs até o próximo cap!
