Saint Seiya pertence ao Kurumada.

Obra feita por fãs para fãs, sem fins lucrativos.

Duas vidas, um caminho.

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Danda e Krika Haruno

Resumo: Duas vidas. Duas historias que se cruzam devido a mudanças no destino. Uma tem a chance de ser feliz depois de todo sofrimento que passou, a outra a chance de ter uma família. Continuação de "Jornada para o passado" e "Uma noite para reencontrar o passado."

Prólogo

Grécia!

Berço da civilização ocidental. Ali, muitos monumentos majestosos foram construídos, para honrar os deuses. Cada qual com a sua beleza e grandiosidade. Mas nenhum como aquele que se encontra no centro da grande capital.

Ali, onde a cidade evolui, permanece escondido dos olhos mortais, o precioso templo da Deusa da Sabedoria.

Era exatamente ali, que a alma da deusa voltaria para meio dos de curta existência, a cada 250 anos, par, combater aqueles que queriam por fim a terra dos homens.

Aquele solo sagrado conheceu inúmeras batalhas, onde muitas vidas findaram, para que outras tomassem seu lugar.

88 é o numero de guerreiros, que combatem pela deusa. Mas apenas doze, são premiados, por sua força e bravura, com as armaduras de elite: As Sagradas Armaduras de Ouro. Cada qual, representando uma casa zodiacal. Seus guerreiros eram escolhidos ainda pequenos e, foi por isso, que um dia, vieram buscar meu irmão.

Não lembro exatamente como foi, mas foi por esse motivo que minha história começou.

Quando decidiu voltar, já não era o mesmo. Seu nome estava prestes a ser apagado de sua memória, para restar apenas um nome: Mascara da Morte.

Nada, voltaria a ser como fora outrora. O Engano, bateu-nos na porta, para que na hora que abríssemos, a Ira e a Discórdia entrassem de rompante, arrasando tudo.

Ele partiu e, eu, sabia que ele não voltaria mais. Penosos foram os meses em que permaneci no mesmo lugar. Mas ele não veio.

Uma noite, a minha vida se findou, para que uma nova história começasse. Ela poderia ter tido o final "fiado" pelas Moiras, se os deuses não tivessem previsto uma catástrofe.

Longe dali, anos antes, nascia uma menina deusa, predestinada a afastar novamente o mal do Santuário. Era Niké, deusa da Vitória, que vinha no auxílio daquele que grande fardo carregava.

Então, ela veio. Três anos após a ultima Guerra Santa, quando todos, incluindo os "traidores", partilhavam a dádiva, que a Deusa lhes dera: vida. Ela chegou.

Ana é seu nome.

Mas meio a paz e alegria, estava um, que não encontrara seu lugar. Gêmeos, se torturava com a lembrança de sua outra face.

Sentia-se fraco perante aquele que o queria dominar novamente. Mas ela conseguiria mudar isto. E entre mais uma batalha, Ares, o Perverso, foi selado, a custa da imortalidade de Niké. Isto foi possível, para que o Amor finalmente florisse entre os dois.

O que os Deuses não contavam é, que selando Ares, outro ser despertaria, para tomar as ambições do Deus da Guerra.

Kratos, O Pérfido, tomou os princípios do filho de Zeus e aliando-se a Éris, sem que ninguém tivesse a espera, atacou.

Um por um, os santos de Atena caíram. Todos que representavam uma ameaça, foram exterminados e, a Terra, foi coberta de sombras, desespero e doenças.

Daquele solo sagrado, apenas dois sobreviveram. Vivendo em esconderijo. Encobertos pela penumbra. Aquele que longos anos vive, mas que com a ultima das batalhas, ficou debilitado e, o fruto de uma paixão avassaladora.

Trista é o nome da menina, que Shion tem como protegida.

Esperança fora a ultima a morrer, pois já não restava lugar para Ela naquele local.

Até que Trista, que queria mudar seu presente sombrio, juntamente com Cronos, Deus do Tempo, e os restantes deuses atraiçoados por Kratos, tiveram uma idéia. Trista teria que retornar ao passado e avisar Athena, recuperando a Alma e o corpo de Eris, para que Kratos não tivesse sucesso em seus planos.

Assim o fizeram.

Ao passado, a moça retornou, alterando novamente o passado de minha filha.

Aqueles que em seu tempo estavam no Hades, se encontravam jovens e vibrantes, gozando de uma paz que lhes parecia não ter fim. Ali ela chegou, sem que soubessem sua identidade.

Começou sua missão, se envolvendo demasiado com aqueles que não deveria conviver.

Nem Eros pode controlar a paixão entre Trista e Miro. Mas desta paixão, após esta ter conseguido o pretendido, de sua mente foi apagando. Deixando o coração do Cavaleiro de Escorpião, com profunda cicatriz.

Meses depois, Mascara da Morte voltou para casa, regressando para o templo com uma surpresa.

Algo que queria apagar de sua mente, mas por infortúnio não conseguiria facilmente.

Nem eu, que desde então não tenho paz. Sofrimento foi o que encontrei neste lugar escuro, onde pessoas gemem de dor. Seria aqui o meu maior castigo. Seria aqui, que passaria o resto de minha existência. Até que…

O.o.O.o.O.o.O

O Sol já havia caído e, a lua começava a se mostrar no céu estrelado do auge da primavera.

Na vila das amazonas, ainda se fazia sentir movimentações nas estreitas ruas. Mas nada que se comparasse com a movimentação dentro de uma das pequenas casas.

- Apaga a luz – Uma moça de cabelos loiros, pele branca e olhos azuis, disse para que estava perto do interruptor. Está, com a pele mais escura e cabelos cacheados negros, fez o que a outra mandava.

- Rápido – A terceira indicou, para as outras se aproximarem, enquanto acendia uma vela, sobre uma pequena mesa redonda. Esta tinha os olhos escuros e rosto grave. Seus cabelos curtos e negros e uma voz grossa, lhe davam um ar masculino.

Rapidamente as outras duas se sentaram em volta da mesa, formando um círculo.

Sobre a mesa, ao lado da vela, havia um copo, e pedaços de papéis, com as letras do abecedário, estavam dispostos, contornando a mesa.

- Você tem certeza que vai dar certo, Lídia? – A loira perguntou, temerosa.

- Isso é muito simples, Arna – A de cabelos cacheados falou, zombando do temor da outra. - Se queremos conquistar algum Cavaleiro de Ouro, chamamos ajuda de outro lugar. Ele dirá o que fazer.

- Então vamos começar logo – A terceira, de nome Eda, se exaltou.

- Ok – Lídia começou – coloquem o dedo indicador em cima do copo e, fechem os olhos – ordenou, sendo obedecida.

Baixo, recitava uma reza.

Sentiram o ambiente frio, mas com a pressão do dedo de Lídia, as mais medrosas, não conseguiram se esquivar.

- Está alguém aqui? – Lídia perguntou.

Arna e Eda tremeram. Estava quente e, mesmo de noite fazia um calor insuportável. Mas agora, fazia um frio que poderiam jurar que estava nevando lá fora.

O copo se moveu, o que fez as moças abrirem os olhos.

- É você que esta fazendo isso, Lídia?! – Eda perguntou incrédula, vendo o copo deslizar sobre a mesa, em direção ao S.

- Não – respondeu com voz tremula – Arna?

- N-não.

Eda engoliu a seco.

- Você foi cavaleiro? – Arna perguntou com voz tremula.

O copo se arrastou para o N.

- Eu não estou gostando nada disso – Eda falou – Estou morrendo de frio.

- Fique quieta – Lídia recriminou a companheira. – Posso perguntar sobre meu futuro?

Novamente o copo foi para o S.

Lídia riu. Finalmente ficaria sabendo se conseguiria seu maior propósito, depois da armadura de cobra.

- Eu vou conseguir ter o Cavaleiro de Câncer…?

Não deu tempo de falar mais nada.

A vela de imediato se apagou e o copo estilhaçou.

As três moças, em pânico, levantaram aos gritos, saindo da cabana. Correndo para longe.

Quando se acalmaram, decidiram não contar nada para ninguém. Esse seria o segredo delas. Só delas.

Até que vi uma luz...

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Continua...

Espero que gostem dessa nossa nova fic.

Danda e Krika