Disclaimer: Não não... Nenhum dos personagens é das Uma_Shimai. Eles pertencem a J.K. Multimilionária Rowling. Nós apenas pegamos os personagens para passar um tempo e sermos felizes. Dinheiro pra gente? Não, não rola... ¬¬
Avisos: Contém slash. E o que ser slash, Uma_Shimai? Relacionamento homossexual entre dois homens. Avisamos, depois não tome susto...
N/As:"Blá blá blá." = Pensamentos.
"Blá blá blá." = Conversa entre animais.
- Bla blá blá. = Conversa entre pessoas.
Essa fic foi escrita para o Projeto "Like a Brother my Ass" do fórum 6 Vassouras. O tema dessa fic é "Sirius, sob a forma de Padfoot, observando Remus no 3º ano do Harry". Enjoy! ;)
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"For all sad words of tongue or pen, the saddest are these: 'it might have been'."
UNSPOKEN¹
"Privet Drive. Casas arrumadas simetricamente. Famílias respeitáveis. Grama perfeitamente aparada. Tédio."
Desde as três horas da madrugada um enorme cão negro está sentado no jardim da casa em frente ao número quatro. Está escondido atrás de um grande arbusto florido, podado em ondas, conseguindo ver a casa em frente e ainda se proteger de olhares curiosos.
Muito tédio.
O cansaço estava começando a se impor sobre seus ossos abatidos. Concluiu que não o veria durante a madrugada e se entregou a um sono turbulento ali mesmo em Privet Drive rodeado de tédio. Ali era muito melhor que Azkaban.
Acordou abruptamente de um pesadelo onde sua mãe, acompanhada de um homem com o rosto oculto, chamava-o de traidor e vergonha da família. De repente o homem levantou o rosto e ele viu que era Remus Lupin, e que ele também o chamava de traidor. Olhou ao redor meio atordoado e se viu em Privet Drive. "Sim, muito melhor que Azkaban."
~o0o~
Os anos em Azkaban o nutriram de algo que ele nunca pensara que poderia conseguir: paciência. Não era muita, mas era suficiente para conseguir esperar durante um dia inteiro ele aparecer. Era estranho que um garoto de treze anos não tivesse saído de casa nenhuma vez, afinal era verão e as crianças costumavam se divertir em dias ensolarados, não?
Mais cedo pela manhã ele tinha visto alguns rapazes saindo da casa e se animou tentando reconhecê-lo. Como ele não podia distinguir o verde dos olhos dele*, o cachorro se focou no cabelo despenteado que o garotinho tinha. Com certeza não haveria mudado nesses anos. Ora, os genes do pai do menino eram insistentes. Viu um garoto muito gordo de cabelos claros e outros moleques esquisitos o rodeando como se ele fosse o líder da gangue. Não, definitivamente nenhum daqueles era quem esperava.
Esperou até o Sol baixar no horizonte. Viu quando o balofo voltava pra casa e nada dele aparecer. Estava ficando intrigado. Será que o menino estava doente? Lá pela hora do jantar – imaginou que era hora da janta por causa do barulho de talheres e louça batendo nas casas ao redor - ele ouviu alguns sons suspeitos vindo do número quatro. Pareciam gritos.
Sem pensar duas vezes o grande cachorro se aproximou do jardim da casa em frente.
- Eles não morreram num acidente de carro! - Era a voz de um garoto gritando. "Quem tinha morrido? Como?"
- Morreram num acidente de carro, sim, seu mentiroso infeliz, e jogaram você nos ombros de parentes decentes e trabalhadores! Você é um ingrato, insolente e...
- GUIDA!
- NÃÃÃÃÃÃO!
Houve barulho de pequenas coisas ricochetando e alguns latidos.
- VOLTE AQUI! VOLTA AQUI E FAÇA-A VOLTAR AO NORMAL! - Dessa vez era um homem gritando.
- Ela mereceu. Ela mereceu o que aconteceu. E o senhor fique longe de mim. Vou-me embora. Para mim já chega.
Sem saber o que estava acontecendo, o cachorro de escondeu sob as sombras do jardim e ficou observando de perto para ouvir mais alguma coisa.
De repente a porta da frente abriu com um solavanco e um garoto usando óculos, magro, pálido e de cabelos despenteados saiu da casa arrastando um malão e uma gaiola.
"Harry Potter."
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¹ –A frase de anúncio da fic pertence a John Whittler, e numa tradução livre quer dizer "Dentre todas as tristes palavras faladas ou escritas as mais tristes são estas: 'poderia ter sido'". Colocamos ali para fazer um paradoxo com o título que significa "Não dito". São duas afirmações que evocam o que poderia ter sido a vida deles se tivessem falado na hora certa.
² – Lembremos que nosso protagonista é um cachorro. Os sentidos caninos mais aguçados são a audição e o faro. Cachorros não vêem vermelho, laranja ou verde, por isso ele não conseguiria notar olhos verdes ou castanhos. Para um cão essas cores teriam aparência acinzentada. A visão canina, comparada à humana, poderia ser chamada de daltônica e míope, porém o cão tem uma habilidade muito maior que a humana em reconhecer/perceber objetos e pessoas em movimento. À distância, um cão reconhece seu dono mais pelo forma dele se mover e pela audição que pela visão.
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N/As 2.0: A fic será atualizada com dois capítulos semanalmente. Ela já está completa, portanto não temam, ela chegará incólume até final. Hehehehe
Por favor, deixem comentários para sabermos que vocês leram e o que acharam. É muito importante esse feedback. *hugs and kisses*
