Título: Unwritten

Autora: Ana Pascuim

Beta: Beatriz Vieira

Classificação: M

Sinopse Completa: Edward Cullen é um frustrado advogado que divide sua vida entre o trabalho e o esforço de educar sozinho sua filha. Isabella Swan é uma escritora de best-sellers, aclamada pelo público adolescente, mas assombrada pelo fantasma de um bloqueio mental. Em um encontro inesperado, seus caminhos se cruzam. Um concurso, um sonho, a felicidade. Seria capaz a audácia de uma adolescente juntar duas distintas histórias fazendo com que se tornem uma só?

Twilight não me pertence. A mim cabe somente o enredo dessa história, que tem direito a uma Bellinha escritora, um Edward dedicado e uma Elizabeth Cullen um tanto peculiar.

Essa fic é dedicada à minha beta Beatrixs, a maior fã de Lizzie e a Carine, minha crítica número 1. Love you girls!


Introdução

Edward podia ouvir cada passo que dava ecoando no corredor recém polido. A cada cinco segundos um clap agudo ressoava em seus ouvidos. Ele não estava inconsciente de que várias outras pessoas passavam ao seu lado, mas parecia que apenas o ritmo de seus pés ditava o rumo de seu corpo e sua mente.

O primeiro passo o trouxe para de volta ao dia em que conheceu Tanya. Seu cabelo loiro avermelhado estava preso em um rabo de cavalo, e sua saia ondulava com seus passos rápidos pela lanchonete em que trabalhava. O sorriso que ela lhe deu ao perguntar qual era o pedido da mesa o fez sorrir em resposta, fazendo com que seu coração de repente pulsasse mais forte.

Outro clap. Edward podia sentir a textura da primeira vez em que a beijou. Seus lábios macios e trêmulos e sua mão hesitante de encontro com o rosto dele eram sensações que eram vívidas em sua lembrança.

E assim se seguiu. Cada passo levava Edward a uma memória diferente. Clap. O dia em que ela o apresentou para seus pais. Clap. O dia em que Tanya aceitou seu pedido de casamento. Clap. O dia em que inauguraram o colchão sem cama em sua nova casa. Clap. O dia em que ela disse que estava grávida.

A partir daí, os passos ficaram mais amargos. Imagens sofridas passavam por sua mente: o dia em que descobriram que sua gravidez era de risco; o instante em que Edward viu que seu rosto estava ficando mais magro e não mais cheio como os das demais mães; as constantes visitas ao hospital para a monitoria de sua pressa arterial; o cansaço evidente que Tanya escondia por trás de sorrisos sofridos.

E então, o parto. As horas que Edward passou esperando uma notícia vinda de qualquer médico; o seu desespero quando um deles anunciou que sua mulher estava correndo risco de vida; os olhos de Tanya molhados de lágrimas, lhe implorando para cuidar do bebê.

Por fim, a sua morte.

Seus passos cessaram quando ele se viu diante do enorme vidro do berçário. Edward tentava a todo instante afastar da cabeça a sensação de raiva. A ideia de que a morte de Tanya foi causada por aquele simples bebê zanzava por sua cabeça como um fantasma tentado se divertir com um estranho assustado. Por mais que ele não quisesse acreditar naquilo, seu íntimo implorava por uma resposta à morte da pessoa que mais amava.

Uma enfermeira chamou sua atenção do outro lado do vidro. Ela perguntou em um mexer de lábios qual era seu sobrenome e ele apenas respondeu num sussurro, sabendo que ela iria entender.

Alguns minutos depois, ela apareceu com uma pequena trouxinha em seus braços. Ao seu lado um casal curioso observava, e em conjunto ofereceram um sorriso cheio de entusiasmo ao novo pai. Edward sorriu de volta, mas sabia que a careta que saiu de seus lábios minimizou toda a excitação deles.

Com um sorriso que ele caracterizou como piedoso, a enfermeira estendeu os braços para Edward, num claro gesto de que ela queria que ele segurasse aquele bebê. Hesitante, ele estendeu seus braços e rapidamente a pequena trouxinha estava acomodada próxima ao seu peito.

Edward respirou fundo. Ele precisava se concentrar para não fazer nada que faria as pessoas ao seu redor pensarem que ele era um perfeito ogro. Ele repetia as palavras de Tanya em sua mente como um mantra: cuide de nosso bebê.

Então, ele abaixou os olhos. E tudo o que estava em sua cabeça se dissolveu, dando espaço para apenas uma imagem: sua filha.

O pequeno ser em seus braços parecia ser mais frágil do que uma taça de cristal recém moldada. Suas feições eram perfeitas, uma mistura entre os traços de Edward e de Tanya. Seus olhos estavam fechados, mas isso não a impediu de levantar suas minúsculas mãos e coçá-las em suas pálpebras, abrindo em seguida um perfeito 'o' com os lábios.

Ele sentiu uma lágrima descendo por seu rosto. Sorriu com a incrível sensação que aquela pequena trouxinha trouxe ao seu coração.

Naquele momento Edward apenas tinha certeza de uma coisa: ele iria fazer de tudo para cumprir o que Tanya havia lhe pedido. Ele iria defender aquele bebê com todas as suas forças. Ele iria cuidar dela como fosse seu maior tesouro.

E ela era. Seu tesouro. Sua pequena.


Nota da Autora:

Olá meninas! Bem, aqui começo mais uma fic, depois de muito tempo, e dessa vez ela é longa. Postarei essa introdução hoje, mas os posts serão semanais, todas as quartas-feiras!
Espero que vcs gostem tanto dessa história quanto eu gosto de escrevê-la, e se apaixonem pela Lizzie, porque ela merece! haha
Bem, me digam o que acharam desse começo, me deem seus palpites sobre o que está por vir!
Beijos!