Ele sonhou com Robb muitas outras vezes, bem mais do que se atrevera a contar para Sam, desde que chegara a muralha. A maioria de seus sonhos poderia espelhar-se nas memórias do verão em Winterfell nas quais seu meio-irmão desafiava-lhe para lutas e corridas com o mesmo sorriso brincalhão e presunçoso no rosto que ele tanto amava e Jon sentia-se estupidamente feliz por poder desfrutar de sua companhia uma vez mais.

Em outros ele conseguia sentir o sorriso do ruivo contra a sua pele a medida que Robb ia mordiscando-lhe as bochechas até alcançar-lhe os lábios, suas mãos abrindo caminho por entre as pesadas vestes de inverno, encaixando o corpo do outro contra o seu e Jon sentia-se, pela primeira vez fazia muito tempo, quente.

E então ele acordaria, coração ameaçando-lhe saltar pela boca de tão rápido que batia e o rosto molhado, talvez de suor, talvez de lágrimas. Ele abraçaria seu lobo gigante, aconchegando-se no pêlo suave de Fantasma mas mesmo assim não conseguiria se livrar do frio. E o pior é que ele sabia que o inverno ainda estava para chegar.