Nome do autor: Fla Cane
Título: Singer
Capas: http : / / i111 . photobucket . com / albums / n152 / flavia – hpx / Capas / Singer 2 . jpg
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(só tirarem os espaços! A última capa foi a Dahi linda que fez. Amo-te demais, moça.)
Sinopse: Sou uma agente. Ele é da resistência. Temos o mesmo inimigo. E não, não podemos ficar juntos.
Ship: Emmett/P.O.
Gênero: Romance/Policial
Classificação: M
N.A.: Culpa da Dahi que escreveu a fic Red's Dairy, mas perfeita de todas. Vão ler e vão amar. Betagem feita pela Marilia Malfoy, valeu amor.
Bom, se gosta, não gosta, boa sorte e clique em Voltar ou X.
Se vai se arriscar, valeu!
Não ganho nada com essa fanfic e por escrever com esses personagens. Nenhum deles me pertence, pois se me pertencessem tudo seria muito diferente.
Singer
por Fla cane
Prólogo
Eu sabia que isso não daria certo. Eu sabia que entrar naquele prédio e tentar aquele assalto, não iria dar certo. Mas o que mais não daria certo era o Peter ao meu lado. Poucas pessoas sabiam o que havia dentro daquele prédio, mas eu sabia. Peter tinha uma breve idéia, e mesmo assim não se importou ao matar os guardas na entrada dos fundos. Não fizemos barulho, somos profissionais. E deixamos as Cartas Negras sobre os corpos. Cartas Negras são as cartas liberadas pelo Xerife para que possamos matar.
Na verdade, as Cartas Negras são os opostos das Cartas Brancas, que são liberadas a todo momento. As Cartas Negras já deixaram de ser liberadas há alguns anos, o Xerife agora estava do lado deles. Um tiro passou raspando na mesa em que estamos escondidos. E eu olhei nos olhos de Peter, desejando ardentemente que quem estivesse ali fosse Mou. Mou era o homem que havia me salvado das mãos de um dos assassinos no começo da Tomada. Um dos assassinos entrou em minha casa, segurou minha mãe e quebrou seu pescoço; eu tinha nove anos e não precisei de mais nada para ter ódio por todos eles e querer morte.
Mou entrou no momento em que peguei a arma do meu padrasto e atirei contra a cabeça daquele ser, estourando a face do lado esquerdo. Mas não tive mais nada o que fazer, Mou me puxou pelo braço, me jogando para fora da casa e incendiando o local, queimando o assassino lá dentro. Depois disso vivi com ele, aprendendo o que era ter que me esconder, matar para poder continuar viva.
Outro tiro passou perto da minha cabeça e eu tive que tomar uma decisão, e a decisão era a de me levantar, arriscar tomar três ou quatro tiros e matar os guardas. Pena que só tenho mais seis Cartas Negras, então teria que eliminar e sumir com os corpos. Péssimo, eu sei. Mas viva no mundo que vivo e depois conversamos.
-Três a direita, um a esquerda. – Peter me diz e pisca o olho. Essa piscada me diz exatamente tudo o que ele pretende. Conheço Peter faz apenas cinco meses, mas foi um dos que mais se destacou nas seletivas e o que eu aceitei como parceiro.
Muitos dos novatos entram achando que é brincadeira, que é diversão ir para fora da cidade e matar alguém. Mas quando saem comigo e voltam inteiros, logo desistem e voltam pra casa querendo a mãe. Peter e Denise foram os que mais se destacaram na última seletiva. Peter por ser excelente com armas de fogo e Denise por ser excelente com facas. E, diga-se de passagem, que facas são complicadas de manipular, e eu as odeio.
Peter pediu, implorou e ajoelhou para ser escolhido como meu parceiro, e eu como sempre, neguei. Até que ele se levantou e me chamou pra lutar. Eu quase desatei a rir, mas aceitei. Nossa, eu cansei de bater nele aquele dia, mas foi necessário somente um único soco que ele me deu, para ser aceito. Se tornou meu parceiro no segundo seguinte.
E por ser meu parceiro, sei que essa piscada maldita vai me ferrar toda. Presos no décimo terceiro andar, você fica sem escolhas. É matar ou morrer. E sei que as balas usadas pelos guardas são Festim. Festim são balas com revestimentos de prata e que parecem balas de uma .50. Se você já viu essas balas, sabe do que estou falando. Fazem estrago e sem precisar de muita mira. Peter aponta com dois dedos da mão livre para a direita, indicando que matará dois lá e que os outros são meus.
Não dá! Merda, ele vai ferrar essa merda de operação suicida. Eu deveria ter entrado sozinha, mas ele se empurrou na frente e entrou. Eu deveria ter seguido a minha regra e atirado na cabeça dele, pois em algum tempo Peter poderia se transformar em um empecilho. Mas na verdade, eu gostava do rapaz. Ele tinha vontade de lutar contra eles. Pois também vira a família ser morta por eles. Era triste pensar sobre isso, mas era mais triste saber que eu teria que me ferrar pra salvar a pele dele.
Acenei com a cabeça e ele se virou olhando na direção que pretendia ir, mas antes que ele tivesse tempo de se levantar e agir, eu me levantei. Depois de quase dez anos matando Ajudantes, você aprende a pensar como eles. E esses não seriam diferentes. Eles tinham Cartas Brancas nos bolsos, só esperando enterrar uma bala no meu corpo para poder jogá-la em cima de mim e esperar a Polícia chegar e ver que a Carta estava devidamente colocada no defunto.
A regra das Cartas eram, no começo: pergunte, entregue a carta e mate. Hoje a lei é outra, era matar e jogar a carta, não se tem mais perguntas. Todas as respostas já estavam nos olhos de cada um. Girei meu corpo com rapidez e as armas em minhas mãos explodiram, duas balas acertando em cheio a cabeça dos guardas, que tombaram rápidos. Virei meus braços para os lados, formando um L e atirei outra vez, pronto! Quatro cartas gastas sem necessidade.
Peter se levantou enfurecido, mas não disse nada. Ele conhecia minha reputação bem o suficiente para saber que se eu havia feito um plano diferente do que ele fizera, eu tinha meus motivos. Andamos até o corredor, meu abdômen fervendo da bala que passou rasgando a roupa e cortando minha pele. Saia sangue e eu já havia fechado com um pedaço de tecido da camisa de um dos guardas. Mas ardia e sangrar dentro desse prédio poderia ser muito perigoso.
Por mais que você pense que está lascado, algo mais pode acontecer. E sempre, sempre acontece. Ouvimos duas portas se abrirem e minha mente calculou quantas balas eu ainda tinha. A reposta era desanimadora, somente quatro. Tinha pentes sobressalentes nas botas, mas não haveria tempo de trocar antes de ser atingida. O jeito seria correr. Peter desatou a correr quando o olhei e depois para o final do corredor. Eu corri atrás dele, mas a porta a frente também se abriu e de lá uma loira saiu. Não sei como, mas meus instintos me imploram para subir a arma e atirar contra ela, mesmo que isso mate Peter.
Não há tempo, um tiro me atinge nas costas, vindo de trás e meus joelhos batem com força no chão. Ouço Peter gritar meu nome, uma, duas, três vezes, mas na quarta meu nome para no meio e ele cai por cima de mim. Eu avisei Mou que era uma missão suicida. Por que ele nunca me escuta?
continua...
