Nome da fic: VENDETTA

Autor: ANTOINE/ANDY

Pares: SEVERUS/HARRY

Censura: Atenção! Somente prossiga a leitura se realmente estiver de acordo com assuntos de conteúdo maduro. As musas inspiradoras aqui são Alan Rickman e Daniel Radcliffe. 21 anos - sexo explícito.

Gênero: Angst, Drama

Spoilers: Sem spoiler. Fora do cânon.

Resumo: Harry quer vingança a qualquer custo, a um crime que se passou há cinco anos. Certamente, para ele, o ditado "o tempo cura qualquer ferida" não valeu em nada.

Disclaimer: Todos os personagens que você consegue reconhecer são de JKR, os outros são meus. Esta fic faz parte do SnapeFest 2007, uma iniciativa do grupo SnapeFest.

HARRY E TONKS

― Eu seguiria aquele assassino asqueroso aos confins do mundo para vingar a morte de Dumbledore se soubesse que era para lá que ele estivesse indo. O troco seria doce e saboroso para mim, me tornaria outro homem, me transformaria por completo, indo contra todos os meus princípios! O porco nojento seria torturado, acabaria com ele aos poucos, bem aos poucos, mostrando a punição certa para o sofrimento que é viver sem Dumbledore. E ele imploraria com todas as forças para que eu desse um fim a tudo... Maldito!

― Harry, querido, esqueça essa história, Voldemort foi vencido...

― Jamais! Dumbledore poderia estar conosco! - era intransigente.

― Eu sei, assim como Lupin e os outros! Eu só não quero ver você sofrer mais. Esqueça isso e comece a viver sua vida...

― Por favor, Tonks, não me venha com bobagens! Não tente me convencer do que tenciono fazer. Não vou mudar de idéia! Eu vou matar o desgraçado, sim!

― Harry - ela tentou uma última artimanha abraçando-o -, já se passaram cinco anos, não acha que é tempo demais para...

― NÃO! - berrou aos quatro ventos, se livrando das mãos dela.

Tonks, apesar de ignorada, não conseguia se zangar com ele, conhecia a história triste e sofrida daquele jovem homem, que fora obrigado a amadurecer muito antes do tempo para enfrentar uma vida que nenhuma outra pessoa jamais enfrentou: ver os entes queridos morrerem nas mãos de um homem poderoso e quase invencível, a quem deveria derrotar para salvar o mundo bruxo.

Harry havia deixado a sala, a porta batera forte atrás dele. Tonks sentou por alguns minutos, tempo suficiente para que Harry se acalmasse, e depois foi até ele. Encontrou-o no quarto, deitado de bruços sobre a cama ainda feita, os braços enlaçavam o travesseiro. Ela empurrou a porta, deixando-a entreaberta, se aproximou da cama e sentou na beirada ao lado de Harry, que permaneceu imóvel. Passou a mão delicada e suavemente sobre as costas dele, acariciando-a por um longo tempo, antes que ele se mexesse e voltasse o rosto para ela.

― Querido - sussurrou, ao perceber os olhos dele avermelhados -, o passado está acabando com você!

― E ainda dizem que o tempo cura tudo - desabafou, deixando rolar uma lágrima.

Ele abraçou a cintura de Tonks e recostou a cabeça sobre as coxas dela.

Ela só, quando amena e marchetada, saía

Dando ao mundo claridade,

Viu apartar-se de uma outra vontade,

Que nunca poderá ver-se apartada.

Ela só viu lágrimas em fio,

Que de uns e de outros olhos derivadas,

Se acrescentaram em grande e largo rio.

Ela ouviu as palavras magoadas

Que puderam tornar o fogo frio

E dar descanso às almas atormentadas.

Parte de um soneto da Lírica de Luís Vaz de Camões.

CONTINUA...