Título: Witness threatened
Autor: Fernanda
Categoria: B&B, Multi-temporadas, Angst/romance, AU.
Advertências: Sexo
Classificação: MA, NC-17
Capítulos: 18
Completa: [X ] Yes [ ] No
Resumo: Leiam e descubram
Capítulo 1
O agente especial Seeley Booth seguia apressadamente seu chefe pelos corredores do prédio do F.B.I.. Tinha a testa franzida e estava realmente irritado com sua mais nova missão. Ele tentou novamente.
_ Mas, senhor, eu não sou um guarda-costas. Eu acho realmente que eles deveriam procurar...
O chefe o interrompeu na mesma hora.
_ Nem mais uma palavra, agente Booth ! Você foi designado por mim para esse caso e seguirá as minhas ordens, entendeu ?
Booth suspirou.
_ Entendi, senhor. – ele respondeu ainda contrariado.
_ O presidente me telefonou pessoalmente ontem pedindo proteção a essa moça e eu não vou desapontá-lo. No momento você é meu melhor agente e ele não merece menos do que o melhor, certo ?
_ Certo.
_ Ótimo, que bom que nos entendemos, agente Booth. Quero relatórios semanais a serem enviados pelo correio, sem remetente, é claro. E você vai poder contar com outro número de celular disponível, descartável. Apenas se dirija a mim, ninguém mais sabe ou deverá saber disso. Ela não pode ser colocada no serviço de proteção à testemunha por causa de sua profissão. Espero que tome conta dela.
_ Com minha própria vida, senhor.
_ Obrigado, pode ir, agente Booth.
Só agora ele tinha percebido que estavam em frente à sala de seu chefe. Booth acenou com a cabeça e saiu, seguindo para sua sala, no fim do mesmo corredor. Ele jogou-se em sua cadeira e seu olhar caiu sobre a pasta em sua mesa. Ele abriu sem muita vontade e viu a foto de sua missão. A moça era realmente estonteante. Alta, magra, mas com curvas, cabelos castanhos que contrastavam com os enormes olhos azuis e uma boca maravilhosa.
Booth leu o relatório sobre a vida dela. Tinha ficado órfã aos 15 anos, possuia Q.I. muito acima da média, tinha estudado Antropologia Forense através de bolsa de estudos e obtido diversos Doutorados. A melhor em sua área, foi convidada para trabalhar no Instituto Jeffersonian. Através de seu trabalho com ossos, tinha descoberto diversos corpos de padres, assassinados por todo o país, por uma gangue chamada Seguidores de Satã, e levado o FBI a encontrar diversas provas contra eles. Sua cabeça tinha sido colocada a prêmio e ela vinha recebendo ameaças de morte. Depois dela ter sido jogada para fora da estrada na semana anterior, a polícia local desistiu de tentar protegê-la e jogou a responsabilidade para o F.B.I..
Ela ia comparecer na audiência para o julgamento dos principais integrantes da gangue no final do próximo mês, e Booth estava encarregado de mantê-la viva até lá. O esconderijo seria escolhido por ele, nem mesmo seu chefe devia saber onde estavam. O F.B.I. tinha disponibilizado bastante dinheiro vivo, para que eles não pudessem ser rastreados através de operações com cartões de crédito.
Ele fechou a pasta e olhou o relógio. Tinha que se apressar pois precisava pegá-la em sua casa em meia hora. Booth vestiu o paletó, apanhou a mala com o dinheiro e saiu.
Temperance Brennan estava na sala de seu chefe, levando mais uma bronca.
_ Dra. Brennan, pensei ter sido bem claro quando a proibi de vir trabalhar hoje !
_ Eu tenho responsabilidades ! Tenho diversas ossadas para identificar ! Eles devem ter família...
Ângela, que estava passando perto da porta e ouviu isso, resolveu interferir.
_ Não queira fazer piadas, querida. Você não é boa nisso. Essas ossadas tem mais de 500 anos, as famílias não devem mais estar procurando por eles.
O chefe virou-se para ela.
_ Que bom que está aqui, Srta. Montenegro. Quem sabe me ajuda a colocar juízo na cabeça de sua amiga !
Temperance suspirou. Detestava ser tolhida. Principalmente quando envolvia seu trabalho. Mas percebeu que não ia ganhar essa discussão. Olhou no relógio. O agente do F.B.I. designado para protegê-la devia estar na porta de sua casa já há algum tempo. Ela se levantou.
_ Certo. Vocês venceram. Eu vou tirar a licença e deixar o F.B.I. me esconder. Quem sabe posso aproveitar esse tempo e começar meu próximo livro...
_ Ótimo.
Ângela pegou-a pela mão, puxando-a para fora da sala do chefe. Elas seguiram pelo corredor e quando iam entrar na sala dela, Ângela deu um gritinho que assustou Temperance.
_ Meu Deus ! Quem será esse belo espécime masculino ? Não trabalha aqui, pois eu tenho certeza que jamais esqueceria um homem desses !
Temperance acompanhou o olhar da amiga e viu um homem alto, ombros largos que combinavam perfeitamente com o terno preto que ele usava. O rosto era muito bonito, cabelos castanhos recém cortados, e sobrancelhas retas lhe davam um ar de policial. Elas viram quando ele se dirigiu ao segurança que apontou na direção delas.
_ Ai, meu Deus ! Será que ele veio procurar por mim ?
Ângela nem tentava disfarçar sua empolgação, fazendo Temperance sorrir. O homem se aproximou e mostrou uma identificação do F.B.I.. Ele parecia zangado.
_ Sou o Agente Especial Seeley Booth do F.B.I.. Vim buscá-la Dra. Brennan. Estive em sua casa e o porteiro disse que a senhora tinha saído logo cedo. Imaginei que estivesse aqui.
Ângela deu um suspiro desapontado.
_ A sorte foi sua amiga. – ela estendeu a mão. – Oi, eu sou Ângela Montenegro.
_ Oi, Ângela. – ele cumprimentou com um sorriso extremamente charmoso.
Ângela cutucou a amiga com o cotovelo. Temperance percebeu que ainda não tinha falado nada.
_ Desculpe, eu precisava trabalhar. Como não deixaram, eu vou pegar minhas coisas. Volto em um minuto.
Elas entraram na sala de Temperance e Ângela começou a falar sem parar.
_ Amiga, o que é esse homem ! Aproveite essa licença e curta a vida ! Tire umas casquinhas, afinal não é todo dia que surge um monumento desses na vida de uma mulher solteira !
_ Ângela ! Ele não é meu namorado ! É o agente que o F.B.I. mandou para me esconder !
_ Ele não tem aliança, por isso, aproveite !
A amiga saiu da sala e ela balançou a cabeça. Ângela era mesmo maluca. Temperance pegou suas coisas e saiu à procura do agente.
Depois de passarem na casa dela para que pegasse uma mala com roupas ele a levou até seu apartamento para que pudesse buscar suas coisas. Ela subiu com ele até o apartamento.
_ Fique a vontade. Tem cerveja na geladeira, se você quiser. – ele ofereceu. – Faço as malas em um minuto.
Ele seguiu pelo corredor até o quarto e Temperance ficou na sala, olhando os porta retratos na mesinha. Tinham diversas fotos de um garoto loiro, de aproximadamente uns 4 anos. Devido as semelhanças genéticas ela concluiu tratar-se do filho dele. Mas não havia sinal de esposa, nem nada que indicasse a presença de uma mulher na casa.
Ela se sentou no sofá e começou a pensar em toda a situação que estava vivendo. Parecia um pesadelo. Primeiro os telefonemas ameaçadores, depois as perseguições e por último o acidente, que a tinha deixado no hospital por três dias. Depois disso não era mais dona de sua vida, e sim o F.B.I., que agora tinha designado o bonitão no quarto ao lado para protegê-la. E ele parecia bem mal humorado. Seria um mês infernal.
Logo Booth estava de volta e eles entraram no carro. Eles seguiam pelas ruas de Washington. O agente estava concentrado no trânsito e ela o olhava. Resolveu puxar conversa.
_ Posso saber para onde vamos ? – ela perguntou curiosa.
_ Não. – ele respondeu seco.
Temperance franziu a testa.
_ Por que não ? – ela insistiu.
Booth a olhou de relance e depois voltou a atenção ao tráfego.
_ Não parece muito preocupada com a sua segurança. Bom, acontece que eu estou. Meu chefe foi bem claro. Se alguma coisa acontecer com você, minha carreira está acabada !
_ Por que está sendo tão hostil ? – ela perguntou direta.
_ Eu fui até sua casa, dra. Brennan. Fiquei lá plantado feito um idiota até resolver perguntar ao porteiro onde a senhora estava. Da mesma maneira que ele me disse, poderia também ter contado a alguém da gangue ! Por acaso não tem amor a vida ? – ele perguntou encarando-a.
_ Sim, agente Booth. Eu gosto de viver. Só não gosto de ter a minha vida controlada por outras pessoas sem poder emitir uma opinião ! – ela retrucou. – A propósito, pode parar de me chamar de Dra. Brennan. Meu nome é Temperance.
Ele sorriu.
_ Ok, desculpe. Começamos com o pé esquerdo. Pode me chamar de Booth. E eu não posso dizer para onde estamos indo, mas é um lugar muito bonito e sei que você vai gostar, certo ?
_ Por que não Seeley ? – ela perguntou.
_ Por favor, me chame de Booth, ok ?
_ Você é quem manda...
Continuaram conversando sobre amenidades. Logo pegavam a estrada. O carro seguia em direção ao norte, para as montanhas, quando de repente Booth acelerou mais o carro e fez uma curva perigosa na estrada estreita, ficando praticamente em duas rodas. Temperance se assustou. Booth estendeu seu braço e fez com que ela se abaixasse. Ela tentou empurrar o braço dele, mas ele era muito forte.
_ O que você está fazendo ? – ela protestou.
_ Estamos sendo seguidos por dois homens num carro preto. Fique abaixada !
Ele acelerou ainda mais e eles ouviram o primeiro tiro. O vidro traseiro se estilhaçou e ela gritou. Booth a olhou rapidamente para ter certeza de que ela não tinha sido atingida.
_ Você está bem ?
Ela não respondeu e ele entrou em pânico.
_ Temperance, você está bem ? Me responda ! – ele gritou.
Continua...
