- Suzannah... - uma voz fraca, mas que eu conhecia muito bem - bem até demais - me chamava.
Por que ele?
- Suzannah, por favor... !
Sério, não poderia ser... Bem... O outro? Tinha que ser ele?
- Suzannah, me ajude! - apesar de nunca mais querer me encontrar com ele, não poderia deixar uma pessoa morrer bem na minha-
Meus pensamentos se cessaram quando a voz dele mudou. Mudou dramasticamente para a voz do outro.
- Acorde, Suzannah! Acorde!
Pisquei várias vezes os olhos, para garantir que eu acordasse.
Jesse estava me sacudindo. Jesse era o outro.
Ele que importava, não aquele...
Vamos dizer que o que eu pensei se resumiria a um gesto não muito admirável da minha mão e um xingamento inapropiado.
Até saberia o que padre D. diria se ouvisse:
- Suzannah, que exemplo de menina! - claro, ele diria isso sarcasticamente.
Mas enfim, Jesse me acordou. E eu pergunto:
- O que é Jesse? - eu estava meio zonza por causa da... Que horas eram mesmo? Olhei para o rélogio em cima de meu criado-mudo. - E ÁS QUATRO DA MANHÃ?
- Shh !- Jesse colocou os seus dedos quentes sobre os meus lábios.
Dedos quentes... Como demorei a acustumar com o calor humano que Jesse irradiava. Porque, encarem os fatos, fazia só um mês que Jesse voltou a ser humano e vivo.
Como percebi o não-destaque da palavra vivo, fiquei imaginando uma cena com um diretor de um filme se eu:
- Destaquem a palavra vivo, se não destacarem, EU CHUTO A BUNDA DE VOCÊS! - gritou uma furecida Suzannah - mesmo eu sendo teimosa, chatinha, estressada e... Ah, você me entendeu: essa não era eu - , ao diretor do filme.
- Suzannah! Essa é a quarta vez que você me interrompe!
Ok Suzannah... Não crie pensamentos imaginários com diretores de filmes quando tem o seu namorado gato em cima você.
Opa, em cima de mim?
- Suzannah, me escute! - Jesse me tirou do transe. Mesmo no seu tom baixo, eu podia ouvir o temor na voz dele.
Jesse estava com... Medo? Se ele estava com medo, a situação era séria.
Preparada pelo o que viria a seguir, eu dei a minha total atenção à Jesse. Porém, após a frase que você lerá a seguir - e também o que ele fará a seguir -, eu começei a pensar se no século XIX existia curso de teatro ou algo do tipo. E se existisse... Se Jesse fazia.
- Por que você foi na casa do Paul ontem? - ele retirou o pânico da voz dele. Ela virou uma voz brincalhona, com o seu palhaço tendo um sorriso torto no rosto.
Ele estava querendo me matar de susto ou o quê?
Porém, ele me pegou de surpresa não só por causa no modo em que ele soube me causar pânico. E sim pela pergunta que fez. Não, não é o que vocês estão pensando. Paul mudou muito depois que Jesse voltou a ser vivo. (AHÁ! Medrosos...)
Ok, só um pouco.
Mas acho que Jesse logo descobriu esse meu pensamento. Não me pergunte como. Ele simplesmente assentiu para o ar, e, mudando completamente a sua expressão, disse:
- Vamos lá bater um papinho com o Slater.
E, pelo fogo nos olhos do meu namorado, logo concluí que nada de bom sairia dessa conversa.
E, realmente, não saiu. Saiu engraçado.
- Alasca? - Paul arregalava os olhos, e o medo da sua voz era explicito. - ALASCA?
- Sim Paul. - dizia Jesse calmamente, como se mandar alguém para o Alasca era muito comum no século dele, o que eu tinha certeza que não era.
Eu observava aquela cena toda rindo pela expressão de Paul. Qual é! O cara vai pro Alasca senão o meu namorado vai quebrar o nariz dele - ou até mais que isso - por não me ter deixado em paz!
Isso era um bom motivo para rir.
De repente, eu sabia exatamente o que falar numa hora dessas.
A hora que eu tenho que ser madura, concentrada e muito boa com as palavras.
- MORRE DIABO!
Jesse e Paul me encararam como se eu tivesse catapora, febre amarela, lepra ou algo do genêro.
- MORRE DIABO? - foi o grito unissomo deles.
Eu não conseguia parar de rir.
- Paul, por que você não vai e mata a sua mãe? Depois diz que não quer falar com os bandeirantes. - eu rolava de tanto rir.
Eles não entenderam a piada.
Ainda bem. Não queria o meu computador confiscado.
- No que você está falando Suzannah? - sinceramente, NINGUÉM é atualizado hoje em dia não é? Eu posso ser dos EUA, mas eu vejo coisas engraçadas do Brasil, qual é o problema do Jesse?
Aé, esqueci. Ele ainda precisa se atualizar com o século XXI.
Parei de rir quando vi o que eu parecia: uma adolescente de 16 anos rindo de algo que os dois não entendiam - e, se eu quisesse meu computador a salvo , nunca iam entender.
- Nada, esqueçam. - piagarriei. - Então Paul, caso não queira ir para o Alasca, é melhor você ficar longe de mim.
- Longe de você eu nu... - Jesse mostrou os punhos bem na cara dele, então Paul engolhiu a seco e concluiu.- Como você quiser, vou ficar longe.
Sem tirar o sorriso de vencedor do rosto, Jesse e eu fomos embora.
Já dentro do carro, eu fiz as perguntas que ficaram entaladas desde o início:
- Por que me acordou quatro horas da manhã só para vir aqui? E por que disse logo "Alasca"?
- Eu queria acabar logo com essa história. Você sabe que eu não suporto o Paul.
Ok, até aí tudo bem, até eu não suporto ele às vezes, mas ele não me respondeu a segunda pergunta. Sabe qual foi a resposta dele? Hein?
Basicamente isso:
- Por causa de uma garota que odeia o Paul e não quer matá-lo, porque se não você poderia vê-lo outra vez. Então, enquanto pensava nas maneiras de o Paul ter problemas mentais, logo pensou em ele ser mandado para algum lugar, como por exemplo o Alasca. - já falei que adoro o sorriso dele? Não? Pois é mentira, eu amo o sorriso dele. - Ela diz que o Paul é um idiota e que gosta de roubar garotas que já amam outros, sendo que os outros também amam-as.
- E quem é a garota?
- Calma Suzannah, ainda não terminei. Essa garota fica xingando o Paul a cada vez que lê o nome dele, e ainda desabafa com as amigas que, pelo jeito, não conhecem-o. A garota tem um ódio supremo por ele, hermosa!
- QUEM É A GAROTA? - não que eu estava com ciúmes. Nem de longe.
- Ainda pergunta? CaahT39C, claro.
Acabei de sentir ciúmes da autora dessa história, tem algum jeito de o meu dia ficar mais esquisito e engraçado?
Antes de começar o meu recadinho gamante, tenho algo a dizer:
Nem METADE das coisas que o Jesse *suspiro de leve* falou diz COMO EU ME SINTO EM RELAÇÃO AO PAUL.
Sabe quando você tem ÓDIO do personagem e tudo que ele faz você mata-o mentalmente? Pois é, eu ODEIO o Paul.
Quero que ele vá para o Alasca U-U Deixa a Suzannah em paz!
Enfim, agora com o recadinho gamante:
Heeeey gente! Outra fanfic da Mediadora hoje, to podendo U-U.-n Eu tive essa ideia - a ideia de mandar ele para o Alasca, não da fanfic - desde que vi o nome PAUL no livro 4.
Olhei a parte de trás do 6, começei a mandar ele para vááááários lugares, se é que você me entende. As minhas amigas já ficaram de saco cheio de eu falar (NO MEIO DO NADA):
- Será que dá pra matar ou torturar ou fazer um personagem de história viajar para o Alasca? ESPERO QUE SIM! Eu quero matar o Paul...
Elas simplesmente dizem:
- Bebeu hoje?
Sim, elas são TÃOOO CARINHOSAS COMIGO! Enfim... A ideia da fanfic veio do nada com uma conversa minha (sobre quem? O Peter Pan U-U -n) com outra amiga, e ela falou "por que você não faz uma fanfic?"
Agradeço muitíssimo a ela. Se ela estiver lendo isso, saberá que eu dedico essa fanfic pra ela (;
Ok, o que eu falo agora? Reviews sempre deixam o meu dia belo e sempre fazem eu ter mais esperanças que um dia em faça uma fanfic decente.
So... Até a próxima fanfic da Mediadora. Estou planejando uma fanfic Adam/Cee Cee, ficou tudo tão vago entre eles!
~CaahT39C
