Há muitas eras atrás, quando o céu e a terra se misturavam se tornando um só, quando não existia noite e nem dia, nem frio nem calor, quando o planeta era governado por deuses que acima de tudo, repudiava os humanos que podiam fazer magia, existiu uma mulher que encontrou um modo de se tornar o que ninguém achasse que poderia: uma Deusa.
Ela, Calisto, a Grande Sacerdotisa, construiu três jóias sagradas com o poder de comandar a Luz e a Escuridão. Quem as usasse, se tornaria o deus do Dia e da Noite.
Ela nomeou para cada jóia sagrada um guardião, que tem como missão guarda-las até aquele, que com o poder supremo, poderá libertar o seu poder.
A jóia Yin, ou a jóia da Escuridão, foi forjada no canto mais escuro da Terra onde não há compaixão e nem fraqueza. O guardião desta jóia é o mais perverso e aterrorizante dos três guardiões. Ele possui um incrível poder sendo um dos mais temíveis magos.
A jóia Yang, ou a jóia da Luz, foi criada nos vales e montanhas onde prevalece as águas cristalinas e absoluta paz. O guardião desta jóia é o mais valente e o mais justo. Ele a guardará até o verdadeiro Escolhido surgir.
Mas há a mais importante das três jóias sagradas: a jóia Zen mantém o equilíbrio entre Luz e a Escuridão. Sem está jóia, haveria desequilíbrio e o mundo cairia num verdadeiro nada. O guardião desta jóia é o mais misterioso dos três. Nunca revelou a sua verdadeira intenção.
Os guardiões, junto com o Escolhido, são os únicos que podem desfrutar do verdadeiro poder das jóias
Com o poder das três jóias sagradas juntas, quem as usar, deixará de ser um mortal para se tornar um Deus.
Chegará o dia em que os três guardiões renascerão e, quando este dia chegar, as jóias se revelarão, dois deles estarão cada um do lado da guerra e o outro destinará o futuro de todos.

- Eu adoro estas histórias lendárias, Sra Ney. Do jeito que a senhora conta, eu me sinto como se estivesse lá. – dizia a pequena criança deitada em sua cama com grossos cobertores por causa do inverno.
- Eu sei querida – disse a velha senhora, que puxava mais as cobertas para aquecer a criança. Alisando a franja que caia sobre os olhos da menina, continuou – Um dia, você entenderá por que lhe conto esta história.
A pequena virou para o lado esquerdo da cama e a velha senhora notou, apesar de quase invisível ao olho nu mas para ela em traços bem claros, uma marca, parecida com uma tatuagem; era uma ampulheta com uma lua de um lado e estrelas do outro, embaixo da ampulheta havia um livro aberto, que aparecia no pescoço, atrás da orelha direita da criança.
A senhora se levantou e antes de sair, olhou para a menina, deu um longo suspiro e disse para si:
- Tão pequena e com uma tarefa tão grande pela frente.
Quando fechou a porta a mãe da pequena criança que agora dormia, estava encostada na parede do lado oposto da porta parecendo aflita, e segurando uma bonequinha de pano de sua filha disse quase em choro:
- Diga Sidra, diga que não é a minha menina.
- Sim, Molly, agora não resta mais dúvidas. – a velha senhora passou a sua mão pelo braço da Sra. Weasley e a conduziu até a escada. – A marca já começou a aparecer e quando o mundo estiver em guerra, precisaremos dela.
- Oh, isso me parte o coração. – disse Molly, apertando mais a bonequinha que olhava – só de pensar o futuro triste que ela terá...
- Não se preocupe antecipadamente querida, até lá, quem sabe essa guerra poderá ser evitada. A única coisa que nos resta fazer é esperar e rezar, para que desta vez, os deuses estejam do nosso lado.
A velha senhora guiou a mulher ruiva e se endireitou à escada que as levaria ao andar de baixo.