Capitulo 1 – Viagem de sonho!

A dez de abrir de 1912, logo pela gloriosa manhã, diversas pessoas de várias classes sociais, encontravam-se no porto de Southampton para observavarem a espampanante novidade do momento: o Titanic. Ninguém conseguia ficar indiferente àquele luxuoso e abundante navio que permanecia flutuante no cais, manifestando sua admiração com urros que acabavam por se misturar com os burburinhos daqueles que comentavam, em voz alta, a maravilha da época. Já dentro do navio, as pessoas acenavam alegremente para os que se encontravam no porto, ambíguos sobre o futuro que teriam, mas certos do privilégio que tinham em participar na viagem inaugural, independente da classe que ocupavam.

Contudo nem todos estavam felizes por ocupar um lugar daquele navio. Lily Evans, uma jovem ruiva da alta sociedade, vinda de uma família à beira da ruína, acabava de chegar ao porto de Southampton, num sumptuoso carro Daimler 15hp, acompanhada de seu noivo. Tom Riddle, um arrogante e desprezível homem que era capaz de fazer qualquer coisa para atingir seus propósitos, era conhecido como o milionário do momento. Não havia pai nenhum que não quisesse como genro, devido às posses financeiras de que Riddle era proprietário. E não havia mulher alguma que não se rendesse a seus pés, todas, menos Lily Evans, sua noiva, que nutria por ele um imenso menosprezo, e uma das razões era pela circunstância em que tinham ficado noivos.

-Sinceramente, não vejo o porquê de tanta euforia. Não vejo nada de especial neste navio. – comentou Lily num tom educado, carregado de desdém.

-Lily, por favor, olhe seus modos. – retrucou rispidamente Mrs. Minerva McGonagall Evans, enquanto era ajudada pelo motorista a sair do carro.

-Não se preocupe Sra. Evans a sua filha é difícil de impressionar. – amenizou Tom aflorando um sorriso de altivo.

-A Petúnia? – indagou Lily ao tentar mudar drasticamente de assunto.

-Vem noutro carro com o Lorde Vernon e o meu querido neto Dudley. Agora vamos, antes que o navio parta sem nós. – empurrou indelicadamente a filha para a frente, que deu duras passadas para a deter.

-Mãe tenha calma, o navio não partirá sem ter os seus passageiros mais importantes. – Seu olhar relançou-se para Tom, que lhe estendia o braço.

-Eu sei, mas quanto menos contacto tiver com esta gentinha imunda melhor.

Com sua pose altiva, Minerva elevou a cabeça e avançou em direcção ao navio, o que enervou Lily, que suspirou repreensivamente com a inoportunidade da mãe. Ao sentir seu passo ser impulsionado por Tom, Lily seguiu contrariadamente até ao seu ponto de destino, olhando à volta para apreciar o porto movimentado daquela manhã com um leve sorriso atenuante em seus lábios.

OooOooO

Não muito longe dali, num café de imigrantes, James Potter e Sirius Black jogavam Poker com dois estrangeiros que haviam apostado a sua maior fortuna, quatro bilhetes de navio, no jogo, certos que a vitória estaria garantida. Peter Pettingrew, Remus Lupin e mais dois restantes estrangeiros, amigos dos que estavam a jogar, observavam atentamente o jogo, analisando cada jogada matreira que os jogadores lançavam sobre a mesa.

-James cometeu um grande erro ao apostar tudo o que tínhamos. – com o dorso da mão sobre o canto da boca, Peter segredou a Lupin, que cruzou os braços, impaciente.

-Não se preocupe Peter – aliviou Sirius que se encontrava sentado na cadeira atrás de Peter, acabando por escutar a lamúria do amigo. -, James só apostou aquilo que não tínhamos. – E com um sorriso malicioso, apagou a beata do cigarro na mesa. – E quando não se tem nada, não há nada a perder.

-Aqueles tolos é que apostaram os bilhetes da viagem. – completou James ao passar a mão pelo cabelo desalinhado.

Concentrado no jogo e sempre atento a cada movimento minúsculo dos adversários, James olhou descontraidamente para a janela, deixando que seus olhos recaíssem sobre a mulher mais linda que alguma vez ele tinha visto. Sorrateiramente e com o olhar fixo na grandiosa vidraça do café, James seguiu cada passo da jovem, que se dirigia para o navio, enquanto um homem alto e bem aparentado encarregava de a encaminhar por entre aquela multidão cerrada, que empatava o caminho de quem quisesse passar.

James não sabia ao certo do porquê ter olhado directamente para aquela mulher, ou a razão pela qual ela lhe tinha chamado a atenção. Talvez tivesse sido pelo belo e ondulado cabelo avermelhado, que mais parecia fogo vivo, e o seu elegante vestido salmão de seda, que lhe condizia bem com a pele clara da mulher.

"Eu tenho de obter aqueles bilhetes, de preferência o mais depressa possível" pensou James soltando um breve suspiro.

-James. – chamou o seu parceiro de jogo ao vê-lo completamente envolvido com a multidão, que se encontrava do outro lado do vidro. - James preste atenção ao jogo. Por amor de Deus, ganhe logo esses quatro bilhetes, para apreciar as belas paisagens do Oceano Atlântico sentados naquelas poltronas maravilhosas. – aclamou Sirius, dando-lhe um leve palmada nas costas, o que fez James anuir.

-Está certo! – James trocou uma carta do seu jogo, pegando noutra carta do baralho, e logo olhou ao seu redor. – Chegou o momento da verdade! – e desviando a cabeça para os adversários, proferiu: - Então? Como estão os vossos jogos? Jean-Pierre?

-Rien. – retrucou o homem já de certa idade, pousando as quatro cartas sobre a mesa.

-Sirius?

-Nada. – amuado pousou o jogo também.

-Tyerri? – O garoto mostrou timidamente o seu jogo. - Hum, dois pares. – observou James com a mão sobre seu queixo, sério. - Lamento informar caros amigos, mas…- logo de seguida baixou o rosto, para temor de seus amigos que começaram a protestar:

-Droga James, tinha sonhado com esta viagem…

-Eu percebo completamente, meu caro amigo, mas acho que vamos ter de nos afastar umas longas semanas de Southampton. – E com um aparatoso sorriso completou alegremente: - Acabamos de ganhar os bilhetes. – Com urros de vitória, os três amigos pegaram em James ao colo, numa maneira de comemorarem, enquanto Jean-Pierre dava um soco bem assente no rosto de Tyerri.

-Oh não! Eu não quero ir, detesto andar de navio. – balbuciava Peter, tremendo desajeitadamente.

-Como pode dizer que odeia andar de navios se nunca andou em um? – James pousou a mãos em volta dos ombros de Peter e gesticulava a outra, explicando: - Vai ser a melhor viagem das nossas vidas, você vai ver.

-Eih garotos, lamento informar, mas o Titanic parte daqui a 5 minutos.– informou o barman apontando para o relógio, que apontava quase o meio-dia.

-Óh Droga. – Peter agarrou nos bilhetes, enquanto Sirius empurrava tudo o que estava em cima da mesa para o seu saco.

Apressadamente e feito loucos, os quatro saíram a correr do café, atravessando-se por entre a devastada multidão que parecia não querer sair do caminho em que permaneciam, teimando em acenar para o cimo do navio. Mesmo assim, os quatro amigos não desistiam de seu rumo, gritando para quem quisesse ouvir sua extrema alegria:

-Somos os maiores, somos os maiores! Vamos viajar com estilo para a América, vamos ser milionários lá. – James saltava por entre a multidão, apercebendo-se da curta distância que faltava para chegarem a porta da terceira classe.

-James não sonhe alto, ainda podemos perder o navio.

-Que pessimismo Remus, estamos quase a chegar, como pode comprovar.

-Eiii espere. – berrou Sirius para que, o homem que começava a puxar o longo corredor, o ouvisse. – Nós também vamos.

-E já foram á inspecção? – averiguou outro que estava á beira da porta.

-Claro que sim, porque acha que nos atrasamos. – queixou-se James num falso descontentamento - Vá lá, deixe-nos entrar, não queremos perder a viagem.

-Entrem! Venham a bordo.

Os quatro homens entreolharam-se com um glorioso sorriso formado nos lábios, pulando para o corredor que dava acesso à entrada. Em poucos segundos já se encontravam dentro do maior navio da história, entregando os bilhetes ao homem da entrada, que os verificou, para logo lhes dar acesso permanente à entrada. Quando ele lhes entregou os bilhetes, com uma mesura para que estes avançassem, os quatro adiantaram sem hesitar, observando os longos corredores apertados que os esperavam.

-Somos os sacanas mais sortudos da história. – comentou James, num ataque de euforia. – Vamos até lá cima ver as pessoas.

Ambos foram a correr com seus sacos às costas pelos longos corredores, parando apenas quando se depararam com as escadas, igualmente apertadas, que davam acesso ao convés superior do navio, onde imensas pessoas se encontravam a despedir de seus familiares e amigos, num gesto saudoso.

-Adeus! Vou sentir saudades de vocês.

-Não vos esqueceremos.

-Até qualquer dia!

-Só uma coisa! Se não conhecemos ninguém, porquê é que estamos a despedirmos? – indagou Peter coçando a sua pequena cabeça, o que fez os restantes rodarem os olhos.

-Burro! – judiou Sirius ao dar um cachaço bem certeiro no pescoço de Peter. – Como não temos certeza de voltar um dia, tratamos já de nos despedir das pessoas e do nosso país.

James oscilou negativamente a cabeça, ao rir-se da animada situação provocada por Peter. Por impulso, e à medida que ia fechando os lábios numa linha recta, seu olhar ficou preso nos membros da alta classe, que se encontravam no topo superior deles. Abriu lentamente a boca ao ver novamente a jovem garota que vira no café, acenava com um sorriso contrafeito às pessoas que ainda estavam no porto. O olhar de James deslocou-se um pouco para o lado, nunca desviando os olhos do topo, apercebendo-se que a jovem encontrava-se acompanhada pelo mesmo homem alto e bem aparentado que vira com ela no porto, uma senhora extremamente magra e sorridente e um casal, onde uma mulher fina embalava um bebé em seus braços, enquanto um homem forte de bigode resmungava educadamente, para não chamar as atenções. A atenção de James foi cortada quando Sirius se colocou bem à frente dele, tapando-lhe completamente a vista. E com um rosto sisudo, encarou o amigo.

-Porque tanto olha para cima?

-Ela é linda, Sirius! – Foi o que James conseguiu responder ao empurrar gentilmente o amigo para o lado e voltar olhar para ela.

-Quem? As chaminés? – debochou Sirius, enquanto James rodopiava os olhos e lhe agarrava a cabeça, apontando o seu dedo para a garota do cabelos de fogo.

-Não, aquela garota de cabelos de fogo.

-Você está brincando comigo, só pode. – Sirius soltou uma risada ao pensar que o amigo estava debochando dele, mas logo fechou ao vê-lo sério, e então completou: - James, certamente ela está acompanhada pelo marido. E além do mais, você nunca se apaixonou por mulher alguma, por isso não arranje sarilhos logo com uma casada, só por causa de seus caprichos. Quando chegamos, iremos nos divertir com sempre, principalmente nos melhores bordéis da América.

James pensou nas palavras de Sirius, admitindo que aquela ideia lhe agradava, mas logo cerrou o cenho ao fingir-se ofendido e elevou o dedo até ao rosto do amigo.

-Eih, eu já me apaixonei por uma garota, você se esqueceu da Amélia? Ai a doce Amélia.

Os apitos sulcavam os ares por cima de suas cabeças e, naquele momento, o navio deslizou pela doca seca para entrar no canal, rumo á América, entregando-se às leves ondulações provocados pelos hélices.

-Claro que me lembro. – e com um sorriso maroto nos lábios, continuou: - Não sei é se você se lembra que, logo depois de ter ficado comprometido com ela, você tratou de ir comemorar com a Janeth, lá no bordel. – Ironizou ao ver James passar desajeitadamente a mãos nos cabelos. – O que você não contava era com a presença do Edgar, o irmão da Amélia, lá. Ainda se recorda do que aconteceu…

-Levei o maior soco da minha vida. Acho que meu nariz nunca mais foi o mesmo depois disso. – intercalou James enquanto passava a mão sobre o nariz. – Eu não tenho culpa de ter dotes artísticos e gostar de pintar figuras humanas – E num tom de desfaçatez, concluiu: - E naquele dia em que o Edgar me apanhou lá, eu só estava a tentar convencer a Janeth a pousar para mim.

-E como sempre, você estava usando seus métodos sedutores para a convencer. James, me engana que eu gosto. – Ao cruzar os braços, fitou o amigo, divertido. – Se não tivesse sido eu, você tinha ficado todo partido. O Edgar parecia não estar para brincadeiras…

-Vocês vão ficar aí muito tempo a conversar? – indagou Peter que acabava de se juntar aos amigos. – Ainda quero ir conhecer os nossos compartimentos.

-E eu ainda quero ir fazer uma surpresa à Molly. – Sirius sorriu. – Ela vai ficar surpresa quando me vir aqui.

Os amigos pegaram então em seus sacos e foram alegremente pelo convés superior, a cantarolar o hino de Inglaterra, chamando a atenção de todos aqueles que lá se encontravam, deixando-se contagiar pelo entusiasmo. Quem não compartilhou da mesma euforia foram os da primeira classe, que os olhavam com ar de reprovação.

-Olhem só para aqueles pobretanas. De certo que nunca viajaram num navio de luxo. – apreciou Tom com um tom de desprezo.

Lily mirou os quatro garotos abreviadamente, pois seus olhos cravaram directamente em James. Aquele garoto de cabelos desalinhados e óculos justos, completamente bonito e sorridente havia-lhe chamado a sua subtil atenção. Maneando a cabeça para seu noivo, rebateu severamente:

-O que tem contra esses indivíduos? – Tom encarou-a, surpreso. – Só porque não são do seu nível financeiro e social, já não têm o direito de manifestar as suas alegrias?

-Sempre a mesma defensora dos fracos e oprimidos, não é mana? – interviu Petúnia numa voz de repressão. – Essas criaturas são horrendas. Estão sempre à espera de esmola ou de algo para viveram às nossas custas. – E mordaz, completou: - Nem sei como foi permitida a entrada destes seres aqui. Ainda podem estar contaminados com alguma praga e apegar-nos a todos.

-Petúnia não fale assim. – Lily chegou discretamente perto da irmã e murmurou: - Você sabe muito bem que se não tivesse casado com o Lord Vernon estaria na miséria, tal e qual como eles. – Ambas encararam-se sérias e em silêncio, até Lily fitar os restantes. - Agora com licença, vou-me retirar até ao meu camarote.

Com dignidade, Lily abandonou o local sem dizer mais nada, descendo as escadas que davam até aos compartimentos. Num suspiro, que há muito estava retraído em sua garganta, Lily reconheceu que em sua pessoa havia mais daqueles "pobretanas" do que da menina riquinha e de boas maneiras, que todos teimavam em fazê-la passar.

Ao entrar no seu arejado compartimento, imaculadamente limpo e com uma decoração requintada, Lily desmoronou-se num dos sofás da sala principal ao apreciar o luxo desnecessário, assim achava. Cada vez mais indignada com aquela vida, Lily deixou escapar suas lágrimas.

Lily tinha seus próprios sonhos e objectivos. Desde pequena que daria tudo para ser actriz do maior teatro de Inglaterra e seu pai sempre a tinha apoiado nesse sonho, mas com a prematura morte dele, a vida de Lily complicou bastante. Devido às dívidas acumuladas por ele no maldito jogo, que sua família praticamente tinha ficado na miséria, o que logo levou sua mãe a arranjar casamentos para as suas duas filhas com homens financeiramente bem.

Petúnia que já tinha casado há dois anos, encontrava-se feliz com sua pequena família. Já Lily, desde que tinha ficado noiva de um homem mesquinho e adepto de menosprezar as pessoas inferiores à sua classe social, fazia de tudo para adiar seu casamento. Além de o detestar pela pessoa que era, Lily sabia que casando com uma pessoa que não amava, iria torná-la infeliz, além de ser obrigada a abdicar de seus sonhos.

-Como eu gostava de ser livre e feliz, tal e qual como aquele garoto de cabelos desalinhados. – bufando desanimadamente, Lily limpou as lágrimas ao ouvir alguém bater à porta. – Entre!

-Posso senhorita? – indagou gentilmente a empregada. -A menina precisa de alguma coisa?

-Não, muito obrigada! – Com uma menção de cabeça, a empregada deixou o quarto.

Ao ver-se novamente sozinha, ela olhou ao seu redor e levantou-se do aconchegante sofá. Em passadas penosas, Lily foi até à janela de sua sala e, apoiando-se no parapeito, observou os reflexos penetrantes do sol misturarem-se no maravilhoso mar azul, que cintilava insistentemente.

-Talvez a minha vida mude quando chegar à América. – murmurou num tom de esperança.

OooOooO

Sirius foi o primeiro a entrar no compartimento, analisando-o com um sorriso de desdém. Embora o compartimento não fosse de grandes luxos, estava óptimo para quatro homens que nunca tinham imaginado estar a bordo do navio mais extravagante da história. James acabou por pousar o saco num dos dois beliches que se encontravam encostados à parede, não tirando o olhar centrado naqueles aposentos. Lupin e Peter foram directos ao grandioso armário, para guardas as suas coisas, enquanto Sirius subia apressadamente para a cama de cima, aconchegando-se.

-Verdade seja dita, esta cama é melhor que a minha. – comentou Sirius ao esfregar-se manhosamente nela.

-Quem te ouvir, pensa que você dormia numa cama de palha.

-Se não era Remus, pouco faltava. – apalpando o colchão, murmurou: - Será que quando acabar a viagem, eles deixam nos levar os colchões discretamente?

-Só se você o encolher e os esconder no bolso, mas como isso é praticamente impossível, então você está com azar. – retrucou Lupin ao sentar-se numa cadeira.

Peter ria às gargalhadas, o que fez James abrir um longo sorriso, enquanto se deitava lentamente na cama de baixo, com seu ar pensativo, lembrando-se da ruiva que ainda lhe bailava em seus pensamentos. Com a sobrancelha empinada, Sirius inclinou-se em sua cama um pouco para baixo, fitando o amigo, que mantinha uma expressão concentrada.

-Ainda a pensar na ruivinha? – indagou ao sentir a atenção dos amigos direccionarem-se para os dois.

-Ruiva? Que ruivinha? James qual é o seu alvo, desta vez? – James ia responder, mas Sirius antecipou-se:

-Nosso querido amigo James Potter, se encantou por uma ruiva da primeira classe que, pelos vistos, é casada. – aclarou Sirius, mas logo levou com uma almofada no rosto. – Vai me dizer que é mentira James?

-Não é mentira, seu idiota, mas eu não estou apaixonado. Simplesmente fiquei encantado com a beleza da jovem moça. – E como quem quer amenizar o ponto, concluiu: - Daria um bom desenho para o meu papel branco.

-Eu já lhe disse que, desde que vi um coelho a saltar na horta de minha querida avó, passei logo a acreditar no coelhinho da Páscoa…ahh James, fala sério! – proferiu Peter, divertido com a situação, para olhar pasmo de James, que se sentia impotente com tamanho bombardeamento.

-Será que dá para me deixarem em paz, por favor?

-Por favor digo eu James. – recriminou Lupin ao levantar-se rudemente da cadeira, encarando o amigo seriamente. – Se você não quer sair daqui com uma passagem de primeira classe para a prisão é bom que nem volte a pensar nela. Se aqueles ricos descobrem esse assunto, fariam logo um escândalo.

-Ainda pensa no que te aconteceu à uns anos atrás? – indagou James delicadamente.

-Todos os dias! – retrucou Lupin, cerrando a testa, mostrando a raiva que ainda sentia. - Só eu sei o que passei naquela prisão por causa daqueles ricos nojentos.

-Você nunca nos contou o motivo que…

-Um dia mais tarde eu conto. – intercalou, semicerrando os olhos. -Agora que já pousamos as coisas, que tal irmos conhecer o navio, sei lá dar uma volta.

-Vamos lá.

Com um pulo, Sirius desceu a cama e Peter abria a porta para saírem, deixando Lupin e James para trás. Quando Lupin avançou para a porta, James colocou a mão sobre o ombro do amigo, o que o fez deter-se no caminho e olhá-lo.

-Eu saberei esperar pelo momento em que me contará o que se passou. – e com um sorriso condescendente, completou: - E eu não quero problemas, Remus, só achei a garota interessante, nada que me faça perder a cabeça. Eu nunca cometeria uma loucura por qualquer garota, você sabe disso.

-Você é sábio James, eu confio em você. – e devolvendo o sorriso, ele colocou a mão sobre a de James. – Agora vamos, eles nos esperam.

James e Lupin foram ao encontro dos dois amigos, que os esperavam para começarem a exploração ao navio. Prontos a descobrir cada mistério que suspendia cada ponto daquele gigantesco navio, conhecido na história como o maior e inafundável navio: o Titanic!

Oi galera!

Bom, eu tive esta ideia de criar esta fic, pois enquanto estava a assistir o filme "Titanic", imaginei o Jack sendo o James e a Rose a Lily. Não me perguntem porquê, mas agradou-me a ideia. Embora um filme não tenha nada haver com o outro, resolvi fazer um Universo Alternativo, e juntar a maravilha de cada um num só.

Espero que gostem :)

Gostava também que deixassem reviews para saber as vossas opiniões, isso me deixaria muito feliz.

Isis Turner