Sobre a fic: Cada capítulo desta fic tem entre 1.000 a pouco mais de 1.500 palavras (parece ser um número grande, mas não é), e cada um virá com um resumo do que aconteceu no capítulo anterior, com a exceção do primeiro. Mas mesmo que você se sinta perdido com o desenrolar dos acontecidos, sinta-se a vontade para (re) ler os capítulos passados. E me perdoem, mas eu não tenho certeza de quantos capítulos esta história terá.

Disclaimer: Gundam Wing não me pertence. Esta história é apenas uma tentativa de entretenimento para fãs e não tem fins lucrativos, o que é uma pena...

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oOoOo Lembrança 1: "boa noite" oOoOo

Ano 195 D.C., as colônias continuavam em guerra tentando se libertar do domínio da Esfera Terrestre. Cinco cápsulas com Gundans e seus respectivos pilotos foram enviadas a Terra. Após várias batalhas, os dois lados sofreram baixas e durante um desses conflitos, Trowa Barton, piloto do Gundam Heavy Arms, acabou se ferindo e atualmente sofre de amnésia.

Quem mais sofria com isso era Quatre Raberba Winner, piloto do Gundam Sandrock, que assim que soube do paradeiro de Trowa, decidiu que deveria resgatá-lo. Mas não seria assim tão fácil, com o estado atual de Trowa. Quatre não conseguia se aproximar daquele que tanto amava e nem o outro aparentava ter lembranças do relacionamento deles. Uma situação que era visível a todos e que incomodava também.

Devido ao local da missão, Quatre indicou a base secreta dos Maguanaks como refúgio para os três. O objetivo da ordem era destruir um depósito de móbille dolls que ficava naquela região. Enquanto arquitetavam a melhor forma de invadir a base, os pilotos aproveitavam para tentar reestruturar as suas vidas pessoais que estavam tão bagunçadas nos últimos dias.

Quatre aproveitou um desses momentos, e resolveu ter uma conversa com a única pessoa ali presente, que poderia compreender os seus sentimentos, Duo. O loirinho considerava Duo como sendo o seu melhor amigo, quase um irmão, algo que o americano também sentia, por isso, não importasse o momento que fosse ambos sabiam que podiam contar um com o outro, mesmo sendo já quase de madrugada como era naquela hora.

O árabe dirigiu-se ao quarto de Duo e mesmo tendo autorização para entrar livremente, bateu três vezes na porta pedindo a permissão. O americano abriu a porta deixando que o outro entrasse. Convidou o garoto loiro para sentar-se com ele na cama, imaginando o motivo pelo qual Quatre iria pedir para ter uma conversa com ele naquele horário.

— Você não precisava ter pedido permissão! – Duo fez uma olhar de aborrecido com a situação.

— Me desculpe, Duo. Eu achei que talvez você estivesse dormindo... – Quatre baixou o olhar envergonhado.

— Não! – Duo sorriu – Eu estava pensando na missão dos outros pilotos...

— Ah, é claro... Você deve está pensando se eles conseguiram cumpri-la... – o lorinho interrompeu.

— Eu também estava pensando em você, Quatre – Duo colocou a sua mão no ombro do amigo – e no Trowa.

— Ah, Duo! – o loiro se jogou em cima do americano e o abraçou com força – O que eu faço? Ele está... Tão perto de mim, mas ao mesmo tempo... Tão distante – falou isso entre lágrimas.

— Calma, Quatre... – Duo acariciou os cabelos de Quatre – Pense assim, ele tá vivo e quem sabe você agora não esteja tendo uma chance de reconquistá-lo! – ele falou com entusiasmo.

— Não sei se consigo... – Quatre continuava chorando e agora soluçava forte.

— Claro que consegue! – Duo encarou Quatre nos olhos – Cadê aquele sorriso de 220 watts que derrete todo mundo e conquistou um certo moreno de olhos verdes, heim?

— Ah, Duo! – Quatre voltou a abraçar Duo com força chorando compulsivamente.

Quanto mais o americano tentava consolar o loiro, mas este chorava. Os dois estavam tão envolvidos, um tentando acabar com toda a sua angústia usando de desabafos e outro tentando alegrá-lo, que não perceberam a entrada de mais alguém naquele quarto.

— Com licença Duo. A porta estava aberta e eu ouvi um choro...

— Trowa! – surpreendeu-se Duo, desfazendo o abraço com Quatre e levantando-se imediatamente da cama.

— Quatre...? – Trowa estava com o tom de voz alterado, ele não conseguia entender o que era.

— Oi, Trowa... – Quatre limpava as lágrimas da face com as costas das mãos tentando disfarçar sua situação.

— Quatre, você estava chorando? – Trowa sentou-se na cama de Duo e entrelaçou uma de suas mãos com a do loiro.

— Ele está com saudades da família! – o americano inventou uma desculpa rápida que parecia não ter convencido o latino – Você sabe, faz pouco tempo que a família dele morreu e ele sentiu saudade...

— Quatre, não precisa chorar assim – agora o latino trouxe o corpo do árabe para si abraçando, gesto que surpreendendo Duo – Você também pode contar comigo... Meu anjo...

— Meu anjo? – parecia que Quatre tinha acordado do seu transe e agora encarava Trowa nos olhos.

— Foi o que veio a minha cabeça, desculpe-me se eu o incomodei... – Trowa já estava de pé, preparando-se para se retirar quando sentiu a mão de Quatre agarrando o seu pulso.

— Não – sorriu levemente para o moreno -, pode me chamar assim quando quiser...

— Claro! – o moreno deu um leve sorriso em retribuição.

— O clima entre vocês tá muito bom – Duo falou alto o que fez com que Quatre corasse logo -, mas é hora de dormir! Trowa pode ir pro seu quarto, que eu cuido do loirinho, tá?

— Boa noite... – Trowa não sentia mais a mão do árabe quando falou isso – Quatre.

— Ei! E eu? – reclamou Duo quando Trowa já se aproximava da porta.

— Você o quê? – perguntou o latino ainda de costas para o americano.

— Não recebo um "boa noite" também não? – reclamou Duo.

— Hmm... Boa noite, Duo – o latino falou e se retirou do quarto fechando a porta.

Duo mostrou a língua para a porta com irritação por causa da atitude de Trowa. O americano pensou: "Ora, por que o meu 'boa noite' tinha sido tão frio, enquanto que o de Quatre parecia ser tão caloroso?". Foi então que se deu conta, "Talvez as lembranças de Trowa estivessem voltando...", seria bom para o loirinho. "Mas peraí!" O loirinho! Ele estava lá em seu quarto agora, pedindo conselhos e desabafando as suas angústias, "Como será que ele está neste momento?".

— Quatre? – Duo perguntou a ver Quatre esboçando um sorriso.

— Você ouviu Duo, não ouviu? – o loiro perguntava com um sorriso nos lábios e os olhos brilhando.

— Sim... – Duo sorriu para o amigo.

— Será que...? – Quatre animou-se com aquela ponta de esperança que havia surgido.

— Quatre, meu amigo, você também deve ter percebido, Trowa está confuso, é evidente que ele ainda não se lembra...

— Mas Duo... – os olhos de Quatre já lacrimejavam diante daquelas palavras.

— Acalme-se, Quatre! – o americano abraçou o amigo – Tudo vai ficar bem! Você precisa dormir, é melhor passar a noite aqui comigo, tudo bem?

Quatre apenas consentiu com a cabeça e deixou-se ser guiado por Duo. O americano o deitou sobre a cama, que apesar de pequena poderia caber os dois pilotos. Deitou-se ao seu lado e trouxe o corpo do loiro para junto do seu, abraçando-o. Puxou o lençol e a colcha da cama para se cobrirem, pois de repente, havia esfriado.

Duo pensou que era engraçado como o tempo estava refletindo as ações que haviam ocorrido naquele final de noite. Enquanto Trowa estivera em seu quarto, o clima havia ficado caloroso e acolhedor, mas agora parecia frio e intimista. Mas era melhor dormir, não sem antes se perguntar mentalmente: "No que Trowa está pensando agora?".

Continua...

p.s: E aí, gostaram? Parece que dessa vez quem vai sofrer mais vai ser o Kwat (como na maioria das fics que eu leio...), mas o Trowa não vai se ver livre dos meus dedos hábeis! (risada sinistra). Será que existe algum movimento, "Vamos fazer o Trowa sofrer!"? Se tiver me avisem pra euzita me alistar nele, tá? Quero coments, podem dizer que está horrível, que eu não sei escrever, que não entenderam alguma parte ou está simplesmente FANTÁSTICO! (bem que eu prefiro esta opção...). Bjuxxxxxxxxxxx!