N.A.: ~*Yoooo, Minna!
Kami! Vim trazer essa surpresinha para os melhores leitores do mundo! Uma song-fic com a música Earned It do The Weeknd que achei perfeita para o enredo e universo que criei aqui!
Bom, por que diabos escrevi essa one se estou devendo capítulos novos de todas as minhas fanfics? Kkkkkkkkkk
Eu explico, para agradecer a vocês por acompanharem meus trabalhos e mesmo depois de eu ter sido obrigada a me afastar um pouco de vocês e das minhas fanfics não me abandonarem, sempre comentando e me mandando mensagens maravilhosas para me manter motivada! Quero agradecer principalmente aos meus fiéis leitores de "Por trás da vida virtual" que mais sofreram durante esses meses que fiquei ausente! Eu gostaria muito de citar nomes para mostrar o quanto lembro de vocês e o quanto são especiais para mim, mas passaria a vida toda aqui digitando e a vocês que leem minhas notas lendo. Kkkkkkkk
É isso! Espero que se divirtam e mergulhem nesse enredo! Tem drama, hentai e romance! Então pessoal, sejam bem vindos! '-'
Boa leitura!*~
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Capítulo 1 - Earned It / The Weeknd
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Vou cuidar de você
Vou cuidar de você, você, você, você…
Ouvi o som dos saltos ecoarem pelo corredor que a trará até mim. Desabotoei os botões, primeiro de uma manga da minha camisa comprida azul-marinho, depois da outra e dobrei-as até a altura do antebraço, ela diz que gosta quando faço isso.
— Sexy como sempre, querido. — ouvi sua voz aveludada num ritmo preguiçoso logo depois da porta ser fechada.
Você faz parecer que é mágica
Porque eu não vejo mais ninguém, ninguém além de você, você, você…
Nunca fico confuso,
E eu estou tão acostumado a ser usado
Virei-me e meus lábios desenharam um sorriso de canto ao vê-la com um vestido justo vermelho até a altura dos joelhos, vestido que ela sempre soube que me enlouquecia, sobre sapatos pretos de bico fino e salto alto prateado. Os lábios delineados no batom vermelho, atraindo-me para eles. Os olhos felinos esverdeados contornados com traços pretos, deixando seu olhar ainda mais perigoso do que já era naturalmente. E o grand finale: a postura atrevida, segura de si e completamente dominadora. Características que apenas ela possuía e para meu grande azar que se tornaram meu maior vício.
Então eu amo quando você liga sem avisar
Porque eu odeio quando o momento é previsível
Então vou cuidar de você, você, você
Vou cuidar de você, você, você, você, sim.
— Não perderia a chance de te agradar. — disse, jogando todo o peso do meu corpo na perna esquerda e observando-a se aproximar lentamente, sensualmente, como uma bela leoa preparada para dar o bote em sua presa.
Enroscou-se em meu pescoço, arranhando-me a nuca com suas unhas pintadas de preto compridas o suficiente para me levar a loucura com essa mania — Você sempre me agrada e isso quase me fez prensá-lo contra aquele telão no meio da reunião enquanto te beijava e abria sua calça para chupá-lo como nunca o chupei antes. — sussurrou em meu ouvido, me deixando prontamente duro.
Sakura sempre foi assim. Ousada, decidida e insolente, desde a primeira vez que a vi.
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"Entrava na sala de reuniões com mais de treze diretores de departamentos extremamente importantes da Uchiha´s INC. presentes. Não vacilou com os olhares intimidantes que recebera, muito pelo contrário, encarou-os com veemência, fazendo um desafio explícito aos que ousavam não desviar ou ceder ao seu olhar.
— Boa tarde. — a atual e recém-contratada diretora executiva de contas internacionais da Uchiha´s INC. lançou com imponência em peso em sua voz calma, porém incisiva.
Observava-a em silêncio, assim como observava todos os treze diretores caírem a seus pés apenas com aquele cumprimento, retribuindo-lhe e enchendo-lhe com saudações, felicitações e elogios por ter assumido o cargo, tendo em resposta seu olhar esmeraldino rígido e um sorriso discreto nos lábios.
— Bom, como todos sabem quem sou e o que vim fazer, vamos para o que realmente interessa. Comecem a apresentar o balanço trimestral de cada departamento de forma objetiva para que não percamos tempo. Há muito o que ser feito se almejamos que esta empresa se torne inigualável em apenas um ano.
Vi os olhares incrédulos que foram direcionados a ela com o atrevimento e arrogância que pesou nas palavras um tanto quanto sonhadoras ou prepotentes "inigualável em apenas um ano", mas entendia-os. Estávamos em quarto lugar das cinco potências do mercado, era impossível alcançar o primeiro lugar em um ano, talvez em quatro ou cinco anos, mas um era ostensivo demais.
Da mesma forma como iniciou a reunião ela finalizou-a cerca de cinco horas depois sem pausas, provando que a rigidez não estava apenas em seu olhar como também em tudo que a envolvia. Três meses depois a empresa faturava quase o triplo do que costumava faturar em seu auge. Um ano depois, como havia anunciado em seu primeiro dia como diretora executiva, a Uchiha´s INC. se tornou líder de mercado e com isso ela anunciou que planejava deixar o cargo, pois havia cumprido sua missão. Tão sorrateiramente como chegou pensou em sair, mas eu tinha planos e não pretendia deixá-los morrerem no limbo. Não a deixaria sair daquela empresa que era a única coisa que me ligava a ela. Aquela mulher arrancou de mim tudo que eu tinha sem ao menos ter a intenção. Os olhares, os gestos e sua presença se tornaram meu vício, ainda que tivéssemos tido apenas uma relação profissional. Ela era extremamente fria e calculista, isolada, criando uma barreira invisível porém onipresente a sua volta, impossível de se penetrar e por esse motivo em todo esse tempo eu só havia conseguido interagir com ela três vezes. Uma para perguntar se queria carona, pois seu carro havia batido e ela estava pedindo táxi, que obviamente ela recusou; outra para oferecer-lhe meu celular, pois havia esquecido o dela na sala de reuniões e precisava contatar nosso RH, que novamente ela recusou e a última para adverti-la de que havia esquecido seus documentos com sua secretária quando estávamos prestes a voar para o exterior em busca de um novo investidor em nossas ações.
Claramente ela se mantinha inacessível para todos inclusive para mim, me fazendo enlouquecer, mas a vida tem uma forma engraçada de lidar com as coisas e quando havia desistido de alcançá-la sofremos um acidente na volta daquela mesma viagem que havia servido como minha última investida. Nosso avião estava com dificuldades em manter o voo devido ao mal tempo e então fizeram um desvio. Durante o pouso algo deu errado e quando percebemos estávamos a deriva no mar em meio a inúmeros problemas que sinceramente estava me lixando. Sakura estava paralisada na praia, há alguns metros de mim que ainda estava no mar, em pânico, desarmada, vulnerável e por mais que fosse covarde ver uma chance aí o vi e o usei para me aproximar.
— Você está bem? — perguntei ao me aproximar, sendo ignorado. Ela parecia perdida em seu interior, enfrentando seus próprios medos. Estava sentada sobre os calcanhares, as mãos plantadas no chão, afundando-se na areia conforme a maré a atingia. Tremia fortemente, incluindo seus lábios entreabertos, sem seu habitual batom avermelhado. Os olhos estavam perdidos e cravados num ponto imaginário a sua frente. Comecei a me preocupar quando percebi a gravidade da situação, ela não estava paralisada pelo pânico, estava em estado de choque. Me aproximei um pouco mais e peguei suas mãos, procurando alguma reação diante da aproximação que ela nunca havia permitido existir, mas não havia nenhuma, nenhuma. E para meu pânico total suas mãos estavam frias e se recusavam a relaxar — Sakura. — chamei-a, pousando uma das minhas mãos em seu rosto pálido para fazê-la virar para mim — Olhe para mim! — exigi, frustrado pela falta de resposta e quando achei que as coisas não poderiam ser piores ela me fitou com aqueles grandes olhos verdes marejados e arregalados e gritou, gritou como se tivesse se libertado daquele transe, expulsando todos os seus medos, no entanto aquilo havia sido apenas o começo.
Ela correu desesperadamente para dentro da mata fechada. Demorei para reagir e ir atrás dela, mas fui. Nada a parava, minha voz, minha mão quando a alcançou por um nanossegundo, seu cansaço, apenas uma queda violenta parou suas pernas e mesmo assim a vi se rastejar pelo chão gritando com todas as suas forças coisas desconexas mas repetitivas como "Eu não vou voltar." ou "Eu não quis aquilo.". Foi indescritivelmente terrível vê-la naquele estado, principalmente para mim que jamais havia conseguido ver além do que a grande e imponente diretora executiva de contas da Uchiha's INC. Haruno Sakura gostaria que eu visse e evidentemente era o oposto da mulher frágil, vulnerável, machucada e perdida numa lembrança ruim que via naquele momento. Passou-se algum tempo com ela encolhida contra uma árvore como se se escondesse, abraçada as pernas enquanto se balançava para frente e para trás repetindo aquelas coisas. Apenas observei-a de longe, como sempre observava, até que se acalmasse. Me aproximei quando vi sinais de cansaço: braços soltando-se das pernas que acabaram se esticando involuntariamente, costas e cabeça encostando-se no tronco da árvore, olhos fechados com lágrimas fugindo deles em excesso, a voz falha e rouca perdendo a força, a boca que apenas mexia mecanicamente.
— Sakura? — perguntei, me aproximando cautelosamente. Seus olhos encontraram os meus e aqueles sinais de cansaço ficaram ainda mais evidentes. Ela não se moveu para fugir de mim como fizera antes, assim como não fez nada que demonstrasse que minha presença faria alguma diferença como parar de repetir aquelas coisas. Avancei mais alguns passos até conseguir me sentar ao seu lado. Não havia palavras para dizer, não vendo-a naquele estado. Não havia nada que eu pudesse fazer para trazê-la ao agora ou para confortá-la porque estávamos na pior e eu não era cretino suficiente para mentir sobre aquilo. Procurei por seu corpo ferimentos e por sorte não havia. Sua saia justa cós alto e sua camisa branca estavam rasgadas, haviam alguns arranhões, mas nada que não fosse superficial. Seus pés estavam feridos pela corrida até aqui, mas nada grave também. — Temos que voltar. — disse distraidamente, olhando a nossa volta e me assustei ao sentir sua mão fria agarrar minha camisa. Me virei para fitá-la, encontrando suas lindas esmeraldas, e fui nocauteado com seu pânico e medo. Mal conseguia me mover. Era de uma intensidade intimidante, tão clara e tangível que podia sentir perfeitamente o que ela sentia. Levei tempo para reagir e dizer alguma coisa coerente — Está escurecendo, precisamos voltar para lá. — tentei acalmá-la, mas havia causado o efeito contrário. Tremia ainda mais, agarrava-se ainda mais a minha camisa. Não consegui evitar abraçá-la como se aquilo pudesse salvá-la do que quer que a estivesse deixando daquele jeito. Ela paralisou, até parou de repetir aquelas coisas, demorou a retribuir o abraço, mas o que me surpreendeu mesmo foi senti-la se afundar em meus braços, se entregando abertamente ao que eu estava oferecendo.
Algum tempo depois ela havia se acalmado, cansada, dormiu em meu colo enquanto nos levávamos de volta. Horas depois fomos resgatados e levados para a cidade mais próxima que pudesse nos hospedar até que tudo fosse resolvido. Recebemos do resgate algumas roupas e sapatos e como a cidade e o hotel eram pequenos, precisamos dividir quartos e claro que fiz o que fosse preciso para ser com ela, principalmente quando vi que ela não estava disposta a soltar minha mão que mesmo durante todos os acontecimentos não soltou e nem me deixou soltar por nenhum instante.
Entrei no quarto depois de dispensar o atendimento médico que queriam prestar para nós quando percebi que Sakura voltara a ficar agitada com a aproximação de outras pessoas, acendi a luz com o cotovelo e só após ter certeza de que estava vazio abri a porta para que entrasse. Ela hesitou, procurou em meus olhos confiança e segurança para dar o primeiro passo ainda agarrada a minha mão, mas entrou. Deixei a pequena mochila que nos deram com roupas e caixa de primeiro socorros no chão e fechei a porta. Não sabia por onde começar. Claro que precisaríamos tomar banho, limpar os ferimentos e trocar aquelas roupas sujas e rasgadas, mas como fazer isso se ela não parecia querer soltar minha mão? Não queria parecer pervertido ou algo assim tocando no assunto.
— Sakura. — comecei, depois de minutos se passarem enquanto estávamos em pé do mesmo jeito que chegamos — Preciso me limpar. — disse cautelosamente, observando suas reações. Ela abaixou a cabeça com o olhar perdido, parecia pesar minhas palavras, e depois levantou-a e me encarou, assentindo — Certo. Tomarei banho e depo-… — engoli metade da minha frase vendo-a negar nervosamente e segurar minha mão com as suas, entrelaçando a que estava em minha posse — Tudo bem, tudo bem. — acariciei seu rosto com minha outra mão, tentando acalmá-la.
Foi complicado e trabalhoso convencê-la a soltar minha mão. Só consegui quando dei a ideia de ficarmos juntos dentro do banheiro com a porta trancada. Ela me esperava do lado de fora do box, de costas para mim enquanto eu me lavava e eu fazia o mesmo enquanto ela se lavava. Era a teoria, mas como sempre a teoria não se aplica inteiramente a prática. Sakura estava em choque apesar de ter expressado anteriormente preocupação em me mostrar que não queria ficar sozinha, então tive que banhá-la e não foi fácil fazer isso com os olhos vendados e com as mãos enroladas numa toalha para que eu não a tocasse diretamente e parecesse algo além do que poderíamos lidar naquele momento.
Sakura parecia extremamente cansada visto que depois do banho e de eu cuidar de seus ferimentos dormiu pesado. Tentei ficar acordado o máximo que pude para ter certeza de que ela não teria pesadelos, acordaria em pânico por não lembrar onde estava ou confusa sobre o motivo de estar sozinha comigo num quarto de hotel, mas eu também estava cansado. Quando acordei estava sozinho no quarto, ainda na poltrona porém com uma diferença: estava coberto com o cobertor que havia deixado sobre ela antes de dormir.
Me ajeitei sobre a poltrona alarmado e preocupado, me perguntando se ela estava bem e onde estava e quase engasguei quando a vi sair do banheiro com os cabelos molhados, provando que havia tomado outro banho.
— Oi. — me cumprimentou com timidez. Corou gradualmente e desviou de meu olhar, que provavelmente estava deixando explícito minha surpresa. — Não deveria ter dormido nessa poltrona, terá dores nas costas por isso. — voltou a secar os fios curtos róseos, andando pelo quarto como a diretora executiva andaria enquanto se arrumava.
— Eu… — pensei em justificar, mas me perdi na frase. Meneei a cabeça negativamente, me convencendo de que aquilo não era um sonho e encarei-a novamente — Como você está? — me levantei, deixando o cobertor sobre a poltrona.
— Bem. — respondeu evasivamente sem me olhar — Temos que descer para o café da manhã e sair daqui antes que a mídia chegue para nos perturbar. — completou, controlando o tom de voz e cada palavra que saía por sua boca, apenas confirmando que a diretora executiva realmente estava de volta — Se quiser tome um banho, há outra troca de roupa para você também. — deixou a toalha sobre a cama e começou a calçar os sapatos que havíamos ganhado do resgate — Já conversei com minha secretária e com a sua e elas estão providenciando tudo para que possamos voltar sem nos preocupar com a repercussão desse acidente. — andou até a porta e antes de sair me encarou por cima do ombro. Claramente estava tentando controlar a confusão e provavelmente tudo que estava sentindo antes de me prestigiar com um pequeno mas sincero sorriso. — Obrigada por cuidar de mim.
Engoli a seco vendo-a deixar o quarto e sentei sobre a poltrona atônito com o tornado que Haruno Sakura se provou ser. Era devastadora, feroz, roaz, assim como também era sutil, delicada e frágil. Me causava inúmeros calafrios, frio na barriga e reviravoltas na boca do estômago.
— O que essa mulher está fazendo comigo? — murmurei, com a intensidade daquelas controvérsias sobre mim. Nunca havia sido tão atingido e confundido por uma mulher até ela entrar por aquela porta na minha empresa e virar meu mundo de cabeça para baixo sem nem mesmo saber.
Precisava de um banho para colocar as ideias em ordem e foi o que fiz, minutos depois estava pronto e descendo. Como sempre a primeira coisa que fiz foi procurá-la e encontrei-a afastada de tudo e todos, tomando café da manhã como se nada tivesse acontecido. Estava impecável em sua imponência de dama de ferro, novamente inalcançável, inacessível. Restava-me apenas voltar ao meu posto de espectador e planejar uma forma de me aproximar novamente porque depois do que passamos seria impossível eu conviver comigo mesmo sem ela. Eu sabia que ela possuía outros lados, havia conhecido um deles e necessitava descobrir os outros. Tornou-se minha obsessão por três longos meses onde não conseguia fazer nenhum avanço em nossa aproximação, até que por iniciativa dela nos encontramos para jantarmos somente nós dois.
— Não pude agradecê-lo adequadamente pelo que fez por mim naquela tragédia aérea. — ela começou. Os dedos rodeavam a borda da taça preenchida parcialmente por vinho. — Espero não ser tarde para fazer isso ainda. — me fitou e eu só podia pensar no quão sedutora sua voz e seus lábios naquele vermelho do batom eram — Obrigada, Senhor Uchiha.
— Sasuke. — retruquei, ainda mirando aqueles lábios que esboçaram um lindo meio sorriso. Levantei meu olhar ao dela, me perdendo naqueles felinos olhos verdes imponentes. — Chame-me apenas de Sasuke. — engoli a seco e umedeci o lábio inferior, de repente havia ficado com a boca seca, seca por ela e talvez eu não tenha sido discreto sobre isso porque ela vacilou em sua postura confiante e se encolheu, mesmo que minimamente, lindamente enrubescida enquanto timidamente desviava do meu olhar.
Havia decidido que daquela noite não passava. Sonhei durante os três meses que a possuía e eu não deixaria aquela noite passar sem fazer aquilo, assim como não deixei.
Pois, garota, você é perfeita
Você sempre vale a pena
E você merece
A maneira como você lida com isso…
Estávamos entrando no elevador daquele prédio que descobri que pertencia ao hotel em que ela estava hospedada desde que assumira o cargo em minha empresa. Nos beijávamos ferozmente, como se aquele desejo insano estivesse há muito aprisionado em nós. Depois de senti-la rodear as pernas em minha cintura, a prendi entre a parede do elevador e eu. Deveria ter tentado me controlar ao menos até chegarmos em seu quarto, mas que se dane, estava possuindo a mulher que desde que conheci havia decidido que seria minha.
— Qual o andar? — perguntei entre beijos e ofego. Estávamos insanamente necessitados um do outro e essa constatação me deixou confiante de que não queria aquilo sozinho.
— Trigésimo quinto. — respondeu, tirando meu paletó e desabotoando apressadamente minha camisa.
Deixei seu pescoço só para programar o elevador sem desvios até o andar informado. Voltei ao que estava fazendo sentindo suas unhas cravarem em meu peito e me arranharem até o abdômen. Com certeza ela era uma mulher intensa. Grunhi em resposta ao toque feroz e coloquei os braços para trás para ajudá-la a tirar minha camisa também. Minha mão foi ao seu pescoço e com o polegar rocei seu lábio inferior mantendo nossas testas uma contra a outra e seu olhar preso ao meu. Engoli a seco novamente vendo-a tão vulnerável e exposta para mim, mas dessa vez com sua permissão. Ela queria me mostrar a mulher que ela realmente era, os desejos, desativando toda sua autodefesa. Estava sem fôlego perdido no que ela me mostrava apenas com aquelas esmeraldas. Tão felina e inocente ao mesmo tempo, cruel e benevolente, evasiva e objetiva. Sinônimos e antônimos nunca haviam se tornado um só como se tornaram com ela.
Beijei-a expressivamente e ela retribuiu a altura. Arranquei o colete de couro que usava sobre o vestido justo. Nossas roupas aos poucos estavam sobre o chão e nossos corpos cada vez menos escondidos de nossas mãos. Ouvi o elevador sinalizar que havíamos chegado e grudei em sua bunda com as duas mãos, uma em cada lado. Senti ela firmar as pernas em minha cintura e saí dali. Havia um casal horrorizado na porta que pretendia entrar no elevador, mas não nos importamos, nem com eles e nem com nossas roupas no chão daquele elevador e do corredor por onde passávamos. Havia apenas ela e eu, seu corpo enroscado ao meu, suas mãos se agarrando a mim e as minhas mantendo-a tão perto quanto a física permitia. Beijos já não correspondiam mais as nossas necessidades e nem a nossa urgência mas eram primordiais para mostrar o que as bocas não falavam: que precisávamos daquilo; daquela noite e daquele contato íntimo.
— Ali. — ela interrompeu nosso beijo e disse, apontando para uma das três únicas portas daquele andar. Depois de se certificar que vi desceu do meu colo e pegou no bolso da minha calça o cartão magnético que abria o quarto, que havia me dado um pouco antes de nos perdermos um no outro. Me arrastou para dentro e depois da porta fechar recomeçamos de onde paramos aquela pegação inconsequente.
Pois, garota, você mereceu (sim)
Garota, você mereceu, (sim…)
Abria o zíper do vestido que cobria aquele corpo moldado excepcionalmente à perfeição. Quadris largos, nádegas suficientemente atraentes, cintura fina, busto à medida dos meus desejos, havia sido exclusivamente moldado para mim, minhas mãos roçando por seu corpo enquanto estava aos pés daquele pecado sentiam isso depois de conhecer cada curva dele.
Meus lábios roçaram a pele eriçada traçando um longo e prazeroso caminho até encontrar a boca avermelhada e inchada por meus beijos. Ela correspondia tão prontamente aos meus avanços que mostrava que estava a minha mercê, enganava, porque se havia alguém ali a mercê de alguém esse alguém era eu, completamente a mercê dela, meu corpo obedecia prontamente aos seus desejos camuflados em gemidos.
Não havia trégua naquela guerra, assim como nunca houve realmente uma chance de eu ganhá-la. Não se tratava da oportunidade de tomá-la, se tratava apenas de eu esperar sua vontade despertar para que me quisesse e me tomasse. Havia perdido o controle de mim mesmo e daquela relação quando meus olhos encontraram os seus pela primeira vez, já estava fadado a perder, condenado a ser o que ela quisesse que eu fosse e a fazer o que ela quisesse que eu fizesse e naquele quarto de hotel em que estava hospedada desde que viera para esta cidade ela queria que eu lhe desse prazer e que a levasse ao céu e assim o fiz. Gemia meu nome enquanto me afundava cada vez mais em seu centro de perdição e em seu gosto, afogando-me no ritual de posse que ela havia me submetido."
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— Seria uma reunião e tanto se realmente tivesse feito isso. — sussurrei em seu ouvido, apalpando sua bunda para incentivá-la a se enroscar totalmente a mim e compreendendo-me ela tomou impulso e me abraçou com as pernas.
— Quem sabe numa próxima, querido. — correspondeu ao meu sussurro igualmente e lambeu o lóbulo da minha orelha, chupando-o em seguida.
Fechei os olhos com força, me controlando para não deixar o animal em mim me dominar e revirá-la do avesso com meus desejos insanos e ouvi-la rir guturalmente contra meu pescoço piorou minha situação. Se já era difícil me controlar com aquilo perdi a cabeça. Nos joguei contra a parede prensando-a com meu membro e torso conforme minha boca marcava-a no pescoço, chupando-a com gosto e dando-lhe leves mordidas que faziam-na ronronar como uma felina manhosa.
— Você gosta de me torturar, não é? — sussurrei em seu ouvido fazendo o mesmo que fez comigo, deixando minha língua brincar com sua orelha.
— Gosto… — admitiu, fazendo meu membro pulsar ainda mais com aquela revelação. — Me foda, Sasuke, não aguento mais.
Virei-me com ela em meus braços e joguei-a contra a cama daquele quarto que se tornou testemunha das nossas loucuras sexuais. Abri o cinto e a braguilha da calça e andei em sua direção deixando meus instintos decidirem o que fazer com aquela felina intrépida e audaciosa. — De joelhos. — ordenei, vendo-a franzir o cenho. Sua dominância não permitia ser obediente em primeira instância, mas surpreendentemente ela estava disposta a adormecê-la e se mostrar obediente a mim. Sorri de canto vendo-a se ajoelhar na cama tão sexy quanto é fazendo qualquer coisa e girei o indicador para que se virasse, vendo-a obedecer. Umedeci o lábio inferior enquanto me aproximava e quando estava há uma distância satisfatória toquei sua nuca nua e agarrei seus fios presos em um coque, puxando-os para baixo para fazê-la erguer a cabeça. — Eu vou fodê-la, Sakura, mas como eu quiser. — disse, num tom rouco e grave, deixando claro a dimensão da minha luxúria.
Ela gemeu quando puxei um pouco mais e capturei seu pescoço com os dentes, acariciando sua pele com minha língua. Com a outra mão abri o zíper do seu vestido, expondo as belas curvas que tanto apreciei e ainda aprecio como se nunca as tivesse tido. Soltei seus fios apenas para tocá-la com as duas mãos, passeando-as pelas costas nuas até os ombros, uma de cada lado simultaneamente, fazendo o vestido descer por seu corpo e cair. Depois de tirá-la do amontoado vermelho a fiz se debruçar, ficando de quatro. Curiosamente ela me olhava por cima do ombro com um pequeno sorriso malicioso e desafiador, mas ela não fazia ideia do quanto estava me deixando louco com essa segurança até sob minha dominância. Encorajado pelo tesão acariciei sua linda e macia bunda. Não resisti a lhe dar um tapa de cada lado, deixando-o avermelhado com a marca da minha palma e quando a senti ficar rígida sob meu toque, mas ronronando ainda mais com a luxúria crescendo arranquei sua calcinha, assustando-a com a brusquidão com sua peça íntima que acabou sendo jogada no chão.
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Você sabe que nosso amor seria trágico (oh, sim)
Então você nem dá, nem dá atenção, atenção, atenção
Nós vivemos sem mentiras
Você é o meu tipo de noite preferida
"Vi Sakura se levantar e andar nua até a janela. Sem pudores ela abriu as cortinas expondo a cidade, o céu e as estrelas aos nossos pés, porque estávamos no topo: do prédio e do que desejávamos. Isso me fez rir. Rir por perceber que durante os três meses que ficamos afastados ela se preparava para essa noite, talvez para aceitar seus sentimentos ou a aproximação que ela sabia que eu queria que acontecesse; rir por constatar que ela me quis tanto quanto a queria; rir por finalmente tê-la tomado e por fazê-la minha e rir porque estava extremamente satisfeito e feliz, como há muito não me sentia.
— Do que está rindo? — ouvi-a questionar e depois de alguns minutos, quando consegui parar aquele ataque de riso, fitei-a. Estava com os braços cruzados apoiada contra o parapeito da janela, me impressionando por não se envergonhar por sua nudez como as mulheres com quem já deitei se envergonhavam.
"Fracas", pensei comigo. Elas eram fracas e Sakura forte, dominadora de si e de seus pudores. Apoiei-me sobre os cotovelos ainda na cama e sorri abobado com tamanha felicidade. — Você finalmente me deixou entrar. Achei que não estaria vivo para vê-la assim tão desarmada. — sentei-me na borda da cama e estendi minha mão espalmada para que viesse a mim. Ela hesitou, mas veio em minha direção alcançando minha mão e sentando sobre uma das minhas pernas. Beijei-a e acariciando seu belo rosto me afastei. Me perdi por incontáveis minutos até vê-la suspirar, mas não como alguém satisfeito suspiraria, parecia como se estivesse tomando uma difícil decisão e isso me deixou alarmado. — O que foi?
Se afastou de mim e se levantou. Voltou para a janela sem me olhar e ficou lá, parada, em silêncio por um bom tempo. — Você tem planos e espera de mim algo que não posso te dar. — disse, as palavras revestidas de dureza, apesar da melancolia altamente carregada na voz. Meu olhar caiu ao chão, procurando alguma compreensão diante daquelas palavras. Ouvi outro suspiro e a olhei, ainda de costas para mim, fitando a paisagem fora daquela maldita janela que agora tinha totalmente a sua atenção e honestidade presas no olhar que não estava exposto ao meu. — Eu não sou uma mulher capaz de suprir um relacionamento, muito menos laços afetivos, então antes que confunda as coisas acho melhor se retirar e entender de que não passará de uma noite.
— Minha melhor noite. — disse, fazendo-a olhar para mim por cima do ombro. — Não pode fazer isso comigo. — afirmei rapidamente antes que pudesse controlar aquelas palavras verdadeiras. — Com a gente. Olha…
Virou-se abruptamente — Vê o que eu disse? Já está con-…
— Estou? — interrompi, secamente — Você não entende, não é mesmo?
— Cale-se. — ordenou. A face desprovida de expressão e mesmo que não carregasse uma expressão digna da diretora executiva eu sentia que voltara a sua rigidez habitual e distanciamento, quase inalcançável novamente, mas não dessa vez.
— Não. — retruquei e me aproximei, segurando-a pelos braços — Não vou me calar. — eu quis realmente corresponder ao seu olhar desafiador e frio igualmente, mas só fui capaz de corresponder de forma diferente, com a minha verdade, aquela que demorei para admitir para mim mesmo desde o acidente aéreo. — Estou apaixonado por você desde que te vi entrar naquela sala de reunião e eu te amo desde que conheci o lado que você esconde de todos. Eu não posso controlar mais isso, Sakura, eu não posso mais viver sem você. — expus a minha verdade em palavras e estava disposto a expor o que fosse preciso para não perdê-la. Peguei sua mão e a coloquei sobre meu peito — Sinta. — meu coração estava tão acelerado que seria impossível ela não sentir suas batidas frenéticas e percebi que ela sentia quando abaixou a cabeça, fugindo do meu olhar, mas eu não havia acabado ainda. Desesperado com a possibilidade de perdê-la, mas ainda decidido a provar minha dependência nela, capturei seu queixo com meu polegar e indicador, obrigando-a a olhar para mim — Veja. — acrescentei, vendo-a arregalar ainda mais os olhos, ciente de que lágrimas escorriam por meu rosto porque doía amá-la, como doía imaginar como seria se não a amasse. Sakura era a melhor coisa que eu poderia ter em meu coração e me tornou a melhor pessoa que eu sequer imaginei um dia que podia me tornar.
Pois, garota, você é perfeita
(garota, você é perfeita)
Você sempre vale a pena
(você sempre vale a pena)
E você merece
(e você merece)
A maneira como você lida com isso…
(a maneira como você lida com isso…)
Suas esmeraldas mergulhavam em lágrimas que se formavam em seus olhos arregalados. Eu havia atingido-a, finalmente ela havia percebido a dimensão da minha entrega e talvez o quanto ela havia se entregado a mim.
— Mesmo que você não queira eu vou te amar. — disse, causando a gota d'água que expulsou as lágrimas daqueles olhos, jorrando em uma cascata silenciosa pelo rosto alvo e delicado. — Mesmo que você não queira, eu vou me despedaçar todas as vezes que você me quebrar e vou me reconstruir e te procurar de novo até que você me queira.
— Não… — sussurrou e com suas pequenas mãos empurrou-me pelo peito, mas não me movi um centímetro sequer, porque não ia deixar essa chance escapar por minhas mãos.
— Vou sofrer e querer morrer por isso mas nunca vou deixar de te amar porque você é a melhor coisa que apareceu em minha vida.
— Não. — negou inúmeras vezes com a cabeça e o choro silencioso ganhou som. Som de gemidos dolorosos e da entrega a sua fraqueza.
Ela perdeu as forças nas pernas e para que não caísse a segurei pelos braços que ainda estavam em minha posse e ajoelhei-me, manipulando-a fisicamente com cuidado para que também se ajoelhasse. Abracei-a, apertando-a em meus braços. Eu sabia que ela estava sofrendo também, mesmo sem ainda saber o motivo, e eu queria tirar dela aquele sofrimento para que pudesse ser feliz comigo, mas querer não era suficiente e entendi isso quando ela começou a gritar, expondo-me o quanto estava desesperada, como há três meses, naquele acidente, naquela mata, escondida encolhida contra uma árvore, abraçada as pernas enquanto se balançava para frente e para trás. Eu havia despertado aquele desespero e queria me matar por isso, mas como sempre ela me surpreendeu. Um tempo depois estava de volta, não completamente recuperada mas o suficiente para manter-se sã.
Cuidadosamente afastou-me e encarou-me. Perdi-me novamente na imensidão daquelas esmeraldas e nos seus sentimentos. Medo, desespero, dor, solidão. Eram assustadoramente pulsantes em seu interior, presa a cada uma das suas atitudes frias, das suas palavras duras, dos gestos defensivos e de tudo que Haruno Sakura fazia e que agora me fazia sentido, mesmo que não completamente, porque ela estava me mostrando pelo olhar o que a fazia uma mulher que não poderia corresponder aos meus planos e minhas expectativas. Não houve palavras, como nunca houve. Sakura sempre foi uma mulher de atos e não palavras e eu não precisei saber o que exatamente havia acontecido para transformá-la num resumo daqueles sentimentos obscuros.
Naquela noite solitária (noite solitária)
Nós dissemos que isso não seria amor
Mas nós sentimos a emoção
E ela nos fez acreditar que foi só nós dois (só nós dois)
Convencidos de que estávamos quebrados por dentro (sim)
Por dentro (sim)
Ela estava quebrada e eu também, porque me quebrei ao vê-la tão profundamente e ao lê-la tão claramente. No entanto estava disposto a me reconstruir e a ela também, mesmo sabendo de que sua intenção em me deixar entrar em seu coração era a oposta ao que eu havia decidido. Tão previsível quanto imprevisível para mim, ainda que essa tenha sido a primeira e certamente a última vez que a tivesse decifrado completamente.
— Posso conviver com seu silêncio. — afirmei, referindo-me ao que a quebrou daquela forma — E com suas recusas aos meus sentimentos. — acrescentei, acariciando sua tez delicada e úmida pelas lágrimas. — Mas não com você fora da minha vida. Me aceite, Sakura, me aceite e prometo não exigir nada em troca. Aceitarei todas as suas condições e exigências. Acompanharei seu ritmo, mas me aceite.
Eu estava mesmo disposto a viver incompleto e aceitar que seria terrivelmente infeliz e insatisfeito por não tê-la completamente porque ela valia a pena. Porque mesmo daquela forma ainda a teria em minha vida e ainda a veria todos os dias, o que era o bastante para que eu mantivesse minha esperança de que aquela seria apenas uma fase.
Pois, garota, você mereceu (garota, você mereceu)
Garota, você mereceu (você mereceu)
Beijei-a com ternura e todo o amor que meu pobre coração podia sentir porque não havia nenhuma possibilidade de eu viver uma vida sem ela e eu queria que ela soubesse disso e mais, sentisse, para quem sabe ela pudesse me deixar cuidar dela como eu realmente queria. Sabia que eu poderia amar por nós dois, que seria capaz de mesmo quebrado como ela me reconstruir e reconstruí-la, que poderia nos fazer feliz, mesmo que ela tivesse deixado claro que não.
Nos amamos novamente. Fora uma noite intensa sexualmente e preenchida de sentimentos verdadeiros que transbordavam não só de mim como dela, pois ela me permitiu alcançá-los. Estávamos deitados no chão sobre um tapete macio, enrolados ao lençol, com ela deitada sobre meu peito.
— Isso não vai ser um relacionamento.
Ouvi ela dizer e meu coração acelerou. Não que eu não tivesse entendido de que era uma clara advertência de que não nos envolveríamos da forma como eu esperava, eu havia entendido perfeitamente, mas via além disso, porque além da advertência, havia o fato de que continuaríamos o que quer que tivéssemos começado e de que eu não a perderia completamente. Embora houvesse sua dureza, havia minha dedicação e minha decisão para contorná-la e eu realmente não me sentia intimidado pelo tempo que aquilo levaria para acontecer porque valeria a pena."
Pois, garota, você é perfeita
(garota, você é perfeita)
Você sempre vale a pena
(você sempre vale a pena)
E você merece
(e você merece)
A maneira como você lida com isso
(a maneira como você lida com isso)
oOo
A possuí como sempre desejei possuí-la: no total controle da situação. Por mais que Sakura permitisse que eu assumisse algumas vezes nunca era completamente, sempre havia sua dominância manipulando a minha e estava surpreso, porém extremamente satisfeito e feliz, por tê-la totalmente entregue a mim. Ela não tentou interferir, nem me contornar, apenas aceitou o que eu lhe oferecia e apreciou. A estocava selvagemente como sabia que a deixava louca, segurando seus fios num curto rabo de cavalo vendo-a de quatro, gemendo meu nome a cada investida minha. Nós finalmente estávamos igualmente entregues de corpo e alma e eu mal podia conter a felicidade por isso, nem o prazer.
Porque, garota, você mereceu
(garota, você mereceu) (sim)
Garota, você mereceu
(garota, você mereceu)
Gozei ao senti-la gozar, inevitável depois de tanta tortura sexual. Abri os olhos e a vi me fitar por cima do ombro suado, sorrindo verdadeira e lindamente para mim antes de voltar a cabeça para frente e me tirar de dentro de si para deitar. Deitei-me ao seu lado e como sempre, ela se deitou sobre mim enroscando nossas pernas e me abraçando enquanto deixava um beijo em meu peito.
Presos ao silêncio confortável que sempre nos dizia mais do que nossas próprias palavras lembrei dos seis anos que estávamos juntos. Conheci ela verdadeiramente, não como eu realmente queria, com ela me contando coisas, mas observando e decifrando seus trejeitos, decorando suas manias, preferências, escolhas e dando espaço e tempo para fazer tudo ao seu tempo. Também nunca soube do seu passado, da sua família ou história, mas algo me dizia que eu já tinha o suficiente para sermos plenamente felizes.
— Querido? — ela me chamou, ronronando preguiçosamente como sempre fazia quando queria algo.
— Sim? — respondi, acariciando seus macios e cheirosos fios róseos, me preparando para receber um pedido de buscar algo para comermos ou bebermos ou de ligar o ar-condicionado, ou de levá-la para alguma doceria para que pudesse comer bolos extremamente e exageradamente doces para se acalmar do que quer que a tivesse irritado ou frustrado durante o dia.
— Gostaria de ouvir uma pequena história? — me perguntou e involuntariamente minha mão parou com as carícias. Meu coração começou a bater freneticamente porque ao contrário do que eu esperava ela não queria me fazer um pedido e sim atender a um velho pedido meu, aquele que fiz ao encará-la na nossa primeira noite juntos. De repente eu soube sobre o que retratava a história e nunca imaginei que ouviria de sua boca. — Não é uma história bonita, mas acho que você gostaria e tenho o prazer de dizer que você merece ouvi-la.
Pois, garota, você é perfeita
A maneira como você lida com isso
Eu mereço…
Levantei a cabeça ao mesmo tempo que ela e nossos olhares se encontraram e naquela imensidão esverdeada encontrei a chave para o seu coração. Ela estava abrindo-o e me deixando entrar verdadeiramente dessa vez. Assenti, emocionado com tamanha entrega por parte dela e sorri ao vê-la sorrir corajosamente, antes de deitar a cabeça em meu peito novamente e dedilhar meu abdômen num tique nervoso e ansioso que ela sempre teve.
— Quando eu era mais nova algumas coisas aconteceram comigo e fizeram-me me perder de mim mesma…
Antes mesmo de ela continuar aquela história haviam lágrimas escorrendo por meu rosto. Era indescritível o que eu sentia. Era a imensidão do meu amor sendo correspondido pela vastidão do amor dela. Era a esperança ganhando forma, uma forma de uma vida perfeita ao lado dela e o início de uma história em que estávamos completos e bem a ponto de nos transformarmos no que sonhei para nós quando fizemos amor a primeira vez, antes de ela me dizer que eu deveria ir embora. Nos casaríamos, moraríamos juntos, construiríamos uma família, teríamos filhos, ficaríamos velhos vendo nossos netos brincarem e morreríamos dormindo abraçados e o mais importante, juntos, e como eu pensei no começo de nossa história valeu a pena.
oOo
N.A.: ~*Ahhhh quem diria que o Sasuke conseguiria domar a fera, hein? Kkkkkkkkkkkkk
Aposto que vocês não imaginavam que ele conseguiria '-'
Bom, eu quis realmente trazer algo bem amorzinho para vocês, porque sei que muitas das pessoas que quis dedicar essa fanfic gostam disso, mas também não podia deixar de trazer momentos HOT! Porque sei que também gostam! Kkkkkkk
Estou perdoada por ter demorado tanto para responder aos comentários de vocês em minhas fanfics e postar novos capítulos? rsrsrs
Como sou curiosa e sempre tenho que deixar um suspense no ar, não podia sair sem deixar alguma pergunta que faça vocês pensarem! Então quero saber, imaginam o que possa ter acontecido com a Sakura no passado para deixá-la naquele estado?
Aguardo as teorias de vocês! Rsrsrs
Ahh e eu tenho em mente uma continuação... "Como assim continuação se é uma one, Senpai?!", pois é... Eu tentei deixar essa one o mais completa possível e até fiz um "final feliz", mas imagino uma pequena continuação contando o que houve com a Sakura e mostrando como eles ficaram depois dela ter revelado o grande segredo dela para o Sasuke, mas não sei se será algo bom, se estragaria essa one ou só completaria ela deixando ainda melhor... Bom, depende de vocês! Não prometo nada, mas se eu conseguir despertar a curiosidade de vocês e o desejo para quererem mais, posso pensar nisso!
Já sabem! Amo comentários e espero que os ganhe aqui também '-'
Até a próxima!*~
