Quem acompanha as minhas outras fics deve saber que eu tô atrasada, mas vou entrar em dia...(espero)
Estou com duas fics em andamento, mas tenho mais uma para ser postada em breve*
Tirei essa ideia de um livro, mas essa fic não tem nada a ver com o livro!
Só a ideia principal, algumas(muitas) coisas eu mudei
Espero de gostem :D
BOA LEITURA!
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Era sábado de manhã, passava um pouco das 8 horas quando a campainha soou. Sesshoumaru estava de saída, ele usava um terno cinza perfeitamente alinhado, ele então aproveitou para abrir a porta para o visitante. O rosto que antes estava sereno, ao ver a inesperada visita inclinou um sorriso de desaprovação
– o que faz aqui tão cedo? – disse a mulher na porta de casa
– se fosse um pai melhor saberia.
– eu não tenho que ficar escutando seus insultos na minha própria casa – reclamou Sesshoumaru – agora... o que faz aqui? – disse furioso
– como eu disse, pai ausente... – disse em tom de deboche passando por Sesshoumaru – Rin vai levar Koji ao pediatra e como você é muito ocupado, eu me ofereci para levar Hinna ao balé, claro você sabe que ela faz balé! – disse com raiva
– eu tenho a obrigação de sustentar a minha família e para fazer isso eu preciso ganhar dinheiro e faço isso trabalhando
– não venha com desculpas para mim, eu também trabalho, mesmo assim estou aqui para levar a sua filha ao balé
– oh claro, necessitamos tanto de sua ajuda – disse com ironia
– ora seu...
– tia Kagome – Hinna já com o colan rosa corria de dentro da cozinha para abraçar a tia.
– oi meu amor. Pronta para a aula? – a raiva que estava nos olhos de Kagome sumiu ao ver a menina de 7 anos com os olhos dourados como os do pai, mas a personalidade doce da mãe.
– estou super ansiosa
– Ah Kagome, ainda bem que você pôde vir – surgiu Rin com o pequeno Koji de apenas 5 anos nos braços
Aquilo estava ficando demais para Sesshoumaru. O Koji começou a chamar Kagome para pegá-lo, com um simples gesto de mão. Ela pôs o menino nos braços, Kagome amava muito os filhos da irmã.
–Pra mim já deu – Sesshoumaru disse – Rin, eu volto às 11, temos que ter uma conversa seria – disse ríspido
Sesshoumaru não disse mais nada, foi em direção da porta. Rin então o acompanhou enquanto Kagome fazia caretas engraçadas para o sobrinho
–não ganho um beijo?
Sesshoumaru se virou e deu um leve selinho nos lábios da esposa. Nos últimos meses o marido não era mais o mesmo, estava distante e ela sabia que ele tinha uma amante. Kagome viu o olhar triste da irmã quando ela se virou depois de fechar a porta.
–Hinna, porque não leva o seu irmão para terminar o café da manhã?
–nós já tomamos
–então vão terminar de se arrumar, quero sair daqui a pouco
Hinna pegou na mão do irmão e eles subirão para o quarto. Kagome queria conversar com Rin. As duas irmãs eram bem parecidas fisicamente, ambas tinham o cabelo castanho, a mesma altura e olhos azuis, Kagome era um ano mais velha, tinha os olhos mais expressivos e cheia de vontade, seu corpo também tinha mais curvas. Rin era gentil, doce e a maior alegria era cuidar da familia
–certo, chega disso e me fale o que está acontecendo
Rin que tinha o olhar perdido, levantou depressa a cabeça, ela não queria que Kagome se preocupasse
–nada, está tudo...
–bem? Eu não acredito, o que foi dessa vez?
Kagome se senta no sofá e dá leves tapinhas no acento ao lado do seu chamando a irmã
–Ontem... eu atendi o celular dele e... era de novo aquela mulher
A irmã já confidenciara à Kagome as desconfianças sobre a traição de Sesshoumaru, tanto Kagome como a própria Rin sabia do caso dele, mesmo assim Rin não suportava a idéia de deixá-lo
–quantas vezes disse a você para deixá-lo, você já me contou sobre esses telefonemas, sobre marcas de batom que encontrava no colarinho dele, mesmo assim você insiste numa relação que está há muito acabada. – o tom de Kagome era de indignação, ela não suportava ver a irmã daquele jeito – Rin, me corta o coração vê-la nesse estado, por favor, pegue as crianças e venha morar comigo, eu a ajudarei no que for preciso
–eu não posso deixá-lo. Ele vai mudar assim que perder o interesse nessa vagabunda... ele vai voltar a ser o meu Sesshoumaru – ela dizia com esperança
–só quero que seja feliz
–serei
Kagome queria, mas não acreditava nas palavras da irmã. Aquela era a verdadeira personalidade de Sesshoumaru. Ambas haviam se enganado, mas Rin não pôde fugir.
–vamos logo, darei carona a você e depois levarei Hinna ao balé
–obrigada, Sesshoumaru tinha uma reunião muito importante
Rin se levantou para pegar o casaco
–oh sim, claro, importantíssima – disse com sarcasmo
Kagome cumpriu o que prometeu a irmã e logo em seguida trouxe Hinna para casa, onde Rin e Koji esperavam. Kagome deu graças por Sesshoumaru não estar em casa
–agradeço pela ajuda, Kagome. Hinna estava louca por essa aula de balé, nem eu como Sesshoumaru podíamos deixá-la na aula
–você sabe que não faço por obrigação, amo os seus filhos como se fossem meus
–se eu chagasse a faltar tenho certeza que ninguém poderia criá-los como você. Eles a adoram
–nunca mais diga uma besteira dessas, sei que eles gostam de mim, mas ninguém os criaria melhor que você
Kagome abraçou a irmã e saiu, as crianças estavam cansadas e já dormiam.
Quase duas da tarde Sesshoumaru chegou em casa.
–você demorou, disse que vinha às 11
–imprevistos acontecem – disse passando pela esposa sem dar muita importância ao que ela dizia.
–vai almoçar?
–não eu... – ele olhou para a esposa – eu estou indo
–indo? Vai viajar?
–não Rin... – apesar de tudo, ele não queria ferir Rin – é que este casamento não dá mais. Eu quero outra coisa para mim e... vai ser melhor nos separarmos agora – disse indo ao quarto pegar uma mala e umas roupas
–o que está dizendo? Eu amo você, cuido de você, das crianças, da casa, eu sou uma esposa perfeita – de repente a ficha caiu e o desespero tomou conta da morena – o que eu fiz, achei que tudo estava a seu gosto
Rin o seguia querendo uma explicação, ela o amava, como poderia permitir que ele partisse
–Sesshoumaru eu te amo – ela falava tentando impedi-lo de levar as roupas – por favor não me deixe
–será que não entende? Isso não faz bem a você, eu não te amo mais e não suporto mais este casamento. Para mim está tudo acabado
–não eu não posso permitir que vá – disse impedindo-o de deixar o quarto com a mala
–pára de se humilhar – ele puxa a mala de uma vez derrubando Rin – segunda eu ligo para saber das crianças
–não, por favor
Rin foi até a porta e o seguia, até mesmo quando ele pôs a mala no carro. Rin o segurava pelo braço
–não você não pode fazer isso comigo, por favor, me diga o que foi que eu fiz?
–não é com você, eu apenas não te amo mais. Pagarei pensão para as crianças e cuidarei de tudo, mas entenda, não dá mais!
As palavras dele era duras, ela o amava, tinha sido a esposa perfeita, por todos esses nos, por tudo que ela fez para conseguir o amor dele. O modo como ela se sacrificava pela família.
–é por causa da Kagome? Eu posso falar com ela, sei que não a suporta, mas eu posso falar com...
Sesshoumaru já dentro do carro se virou com cara de ódio e disse
–não ligo para o que sua irmã faça da vida, não é por ela que faço isso, não dou importância nenhuma a ela ou o que ela pensa de mim, ao contrario de você não preciso dela para viver. – disse com extremo ódio em cada palavra
–farei com que você não precise vê-la, eu pedirei para que ela não o aborreça, mas por favor... por favor, não me deixe
Sesshoumaru olhava para a mulher aos prantos, se inclinou pela janela do carro depositando um beijo na testa de Rin
–cuide-se
Deu a partida no carro e saiu
Meia hora depois Rin ainda não entendia, as lagrimas haviam secado, foi então que uma idéia veio à sua mente
–ele só precisa de tempo, é isso... ele quer tempo para pensar, ele deve querer um pouco de espaço... à noite ele deve voltar
Ele não a abandonaria, ele só precisava de tempo para refletir e ver que ela era a mulher certa para ele. Foi quando Hinna chegou à sala onde a mãe estava
–tá tubo bem?
–claro querida. Está com fome? A mamãe vai fazer um lanchinho, quer ajudar?
A menina balançou a cabeça em sinal de "sim" e foram em direção da cozinha. Passaram a tarde fazendo petiscos, ate que Koji acordou e se juntou a elas. Passava das 6 horas e nenhum sinal de Sesshoumaru
–"ele vai voltar" – Rin mantinha o pensamento enquanto alimentava o pequeno Koji
Mais duas horas se passaram e nada de Sesshoumaru, Rin já havia posto as crianças na cama, havia preparado um delicioso jantar, mas o passar das horas a deixavam cada vez mais apreensiva. O pensamento de que ele estivesse falando serio percorreu sua mente
E se ele não voltasse? E se ele realmente a deixou para ficar com a amante?
A angústia tomava conta dela. Ela tinha que sair. Ela pegou a chave de casa, a trancou e começou a andar pela rua. O luar estava lindo, Sesshoumaru adorava admirar a lua e se ele estivesse com a outra? Ele a abandonara por outra! Não era justo, ela merecia ficar com Sesshoumaru, ele pertencia a ela. Lutou por ele, enxugou suas lágrimas no passado, o fez superar as feridas e depois de 9 anos de casamento ela a deixaria? Não permitiria
Rin começou a correr, lágrimas escorriam e embaçavam a vista, não permitiria que seu casamento acabasse, não perderia Sesshoumaru, ela lutou por ele, o apoio no passado, deu forças para curar o caração. Se cometeu algum erro, foi por amá-lo.
Na confusão de sentimentos ela não percebeu que atravessava a pista, uma luz branca muito forte veio em sua direção, não havia como escapar...
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