– L está morto.
A frase fez o loiro congelar e ficar quieto. Roger entendeu a reação, uma notícia como essa faria ate Mello se calar. O garoto loiro de apenas 15 anos, quase dezesseis, começou a balançar a cabeça levemente como se estivesse tentando processar a noticia.
Roger decidiu observar a reação dos outros dois habitantes do quarto. Near, o pequeno albino, um ano mais novo que Mello, estava sem reação nenhuma. Não estava congelado como o loiro, estava simplesmente calmo e continuou a montar seu quebra cabeça, sem sequer mechar sua posição do chão.
Então Roger moveu seu olhar até a terceira pessoa no quarto, que também tinha a mesma reação de Near. Ways montava o quebra cabeça ao lado de Near, deixando sua cadeira de rodas vazia a seu lado. A garota de dezenove anos tinha cabelos loiros, mas claros que os de Mello, pálida por sair pouco de seu quarto escuro e possuía olhos de um tom azulado de violeta.
– Como é que é, Roger? O que você disse? – Então Mello realmente estava no estado de negação. O velho diretor do orfanato suspirou antes de responder.
– É o L, ele está morto.
– Ele está morto? Ma-mas como? – Roger conseguia admitir que a reação de Mello era esperada. Confusão. – Foi o Kira? O Kira o matou? Anda logo, Roger, me responde?
– Provavelmente. – Roger sabia que a falta de informação irritaria o adolescente, mas era tudo o que tinha para falar, ele mesmo só sabia disso.
– Mas ele prometeu que encontraria o Kira e mataria ele. Agora esta me dizendo que ele foi morto? – Mello gritou em sua cara, segurando o colar de sua blusa. Já estava no estagio da raiva, então.
– M-mello! – Roger exclamou, mas o que realmente fez Mello parar foi o som de peças de quebra cabeça sendo jogadas ao chão. Parece que com a ajuda de Ways, Near terminou seu quebra cabeça duas vezes mais rápido.
– Se não pode vencer o jogo, se não conclui o quebra cabeça– o albino falou recomeçando o quebra cabeça, Ways copiando a ação. – Você não é nada além de um perdedor.
Roger sabia que se Mello não estivesse com a cabeça embaralhada pela morte de L, o loiro estaria gritando com o albino sobre nunca chamar L de fracassado. Mello se virou para Roger e fez a pergunta que o diretor do orfanato sabia que o garoto faria mais cedo ou mais tarde.
–E aí, qual de nós o L escolheu? Eu ou o Near?
A pergunta deixou o quarto tenso, pelo menos para Roger, Ways e Near não pareciam ter sido afetados. O velho senhor engoliu o seco, hesitando dar as noticias e muito menos sua opinião sobre a situação em que se encontravam.
– Ele não tinha escolhido ainda e, agora que morreu, não poderá mais escolher. – Mas essa não foi a pior parte para Roger, ele se preparou para falar sua opinião sobre a situação. – Escutem, Mello, Near e você também Ways. Os três não podem trabalhar juntos?
–Ta, eu acho bom. – Near falou, ganhando um aceno de cabeça da garota loira, mais o outro loiro não estava tão feliz com a ideia. A cara de Mello se contorceu em uma careta ao observar o albino, mas suavizou a olhar a garota mais velha. Ele não a odiava, não importa se ela estava empatada com Near.
–Nunca vai dar certo, Roger. Não podemos fazer isso juntos, sabe que não me entendo com o Near, nada contra você e Near sempre competimos, sempre.
O velho senhor já esperava isso, ele suspirou. O quarto ficou calado depois disso, o humor um pouco tenso. Roger sabia que Ways teria gritado com Mello sobre o comentário do loiro sobre Near também ser competitivo, mas no humor que estava hoje, ele sabia que a loira não iria se manifestar.
– Quer saber? Foda-se! – A voz de Mello tirou o velho senhor de seus devaneios, ele já ia criticar o garoto sobre sua escolha de palavras, mas ele continuou. – É melhor Near ou Ways suceder L. Ambos são profissionais em não usar suas emoções. Os dois apenas usam a cabeça e tratam os casos que lhes darão como jogos. Mas eu irei deixar essa instituição.
– Mello! – Roger se levantou chocado. O loiro nunca desistira fácil de nada. E ele iria partir? Como? Onde viveria? Por mais que Roger custasse a admitir, ele se importava com Mello.
– Não perca seu tempo. Eu tenho quase dezesseis anos, é hora de começar a viver minha própria vida. – O loiro disse abrindo a porta. Mas dando de cara com outras três pessoas.
Um garoto de cabelos escarlate, pele pálida e olhos azuis escuro. Sua blusa de mangas compridas, passando de suas mãos, se não fosse por ele ter rolado as mangas para ter melhor controle de suas mãos para jogar vídeo games, calça jeans e óculos amarelos em seus olhos. Matt, melhor amigo de Mello.
Cabelos castanhos escuros, curtos, olhos verdes brilhantes, blusa de manga comprida, as mangas azuis e o resto branco, jeans como os de Matt também. Seu nome era Garden, o garoto que passa a maior parte do tempo seguindo Near.
Cabelos cor caramelo em Maria Chiquinha, olhos de um tom castanho claro, pele com um pouca mais de vida do que os outros ocupantes do quarto, bochechas vermelhas por ter sido flagrada. Ela usava um vestido rosa claro de mangas compridas e sapatilhas da mesma cor. Linda, a melhor amiga de Ways.
– Vamos, Matt. – Mello falou, ignorando os outros dois. Matt seguiu o amigo em direção ao quarto que os dois dividiam sem tirar seus olhos de seu jogo.
Garden e Linda ignoraram a rudeza de Mello e foram em direção a seus respectivos amigos. Garden se sentou ao lado de Near, pronto para fazer qualquer coisa ou trazer algo que seu amigo pedisse. Afinal, o garoto admirava muito Near, então mostrava isso seguindo as ordens do inteligente garoto, mesmo sendo o mais velho.
Linda tinha o mesmo raciocínio que Garden, mas sua admiração era por Ways. Não havia muitas garotas no orfanato, no Maximo vinte à vinte e dois ao todo, e nenhuma delas havia um posição honrável o bastante como a lista dos cinco mais, a lista de quem podia conhecer L. Linda também, estava em sétima colocação no nível de inteligência, mas Ways-senpai estava em primeira colocação, vencendo de Near com 25% a mais de inteligência. A garota foi até a loira e a ajudou a se sentar em sua cadeira de rodas.
– Linda. – A loira chamou a atenção da morena– Prepare suas malas, partiremos em dois dias. – A afirmação deixou Roger, Linda e Garden chocados.
– C-como? – Linda perguntou espantada. Não que não possuíssem os recursos, Linda era uma artista anônima e Ways possuía recursos dos quais não muitas pessoas sabiam. O que surpreendeu a artista foi a decisão repentina da garota. – Por quê?
– L está morto. – Essas palavras fizeram Garden e Linda endireitarem suas costas, a artista imediatamente entrou no modo assistente.
– Para onde desejas ir, Ways-sama? – A morena perguntou profissionalmente.
– Isso será discutido em particular. – Ela falou ganhando um "Hai, Ways-sama." – Até mais, Roger.
Antes de sair, Ways encontrou seus olhos com os de Near em uma promessa silenciosa.
– Até breve, Near.
– Até breve, Ways.
As duas garotas saíram de lá, como Linda insistindo a guiar a cadeira de rodas da loira. Quando finalmente estavam longe da sala de Roger, Linda decidiu falar.
– Então, para onde iremos? – Ways sorriu, podia ouvir o nervosismo na voz da artista.
– No momento, para o quarto de Matt e Mello, por favor.
– Linda– A loira chamou de repente. – Onde estão Sweet, Law e Alright? – Linda ficou pálida, sabia que havia esquecido algo.
– Bem, eles estão no quarto, dormindo.
– Sozinhos?
–Bem...
– Linda!
– Eu sinto muito, tá?
– Claro, tudo bem.
Quando chegaram ao quarto dos dois garotos, pela rampa, claro, Linda bateu na porta, que foi aberta por Matt, parecendo levemente frustrado com algo.
– Olá Matt, podemos entrar? – A loira perguntou calmamente, o ruivo apenas fez um sinal de sim com a cabeça e as duas entraram.
O quarto estava bagunçado, fazendo sentido quando se considera seus donos e Mello pegava roupas de seu pequeno guarda-roupa aos montes e as colocava em sua mala. Parou um pouco ao ver as duas garotas paradas ao meio de seu quarto.
– O que vocês querem? Roger mandou vocês para tentar me convencer a ficar? – O loiro falou rudemente e Linda estava a ponto de gritar com Mello, mas Ways interrompeu antes que uma briga pudesse começar.
– Não, só vim lhe dizer adeus, Mello. Vopu ir embora do orfanato. – Essas palavras fizeram Mello congelar pela segunda vez no dia.
– Como? Mas você é a melhor candidata a L! Não pode ir! – Mello praticamente gritou para a loira.
– Mello, você devia saber. Nenhum de nós vai ser bom o bastante para ser L se não vencermos o ultimo desafia: Kira. – Ways falou seriamente. – Então vim lhe dizer que o verei em breve, Mello.
– Até mais, Ways.– O chocólatra falou, correspondendo o sorriso da garota.
As duas garotas saíram do quarto em direção a seu próprio, sorrindo pelo caminho. Veriam Mello e Near em breve. Seu quarto, ao contrario do de Matt e Mello, era bem arrumado, chega daria gosto a Watari. Ways rapidamente em direção a sua escrivaninha, onde guardava seus projetos da maquinas que construía. A loira era uma inventora e mecânica, achando beleza em maquinas e tecnologia, fazendo contraste com Linda, a artista que achava beleza na natureza. As suas amigas eram opostas.
– Então, para onde vamos, Ways-sama? – Linda perguntou a garota que olhava seu novo projeto enquanto a mesma olhava os três pequenos dormirem feito anjos.
– Vamos para Tailândia. – A loira disse claramente. – Dawn disse que tem um corpo que eu gostaria de ver.
– Um corpo? De quem?
– O corpo da ex-agente do FBI, Misora Naomi.
