Sinopse:
O que você sentiria se pudesse mudar o destino de Harry Potter, ou melhor, se tivesse o poder de mudar toda a história com apenas um vira-tempo... péssima em resumos. * Fic começa entre o 3º e 4º livro*
N/A: Eu quero avisar a todos que essa fic é meio... diferente. Deixa eu explicar melhor. Para essa fic eu criei novos personagens, mais um desses, se tornou um dos personagens principais (depois do trio de ouro é claro), por isso essa fic começa explicando um pouco a história dela e de seus amigos. E também pelo fato de que nessa fic eu coloquei o nosso mundo, não como o mundo dos trouxas (que também vai está lá), mais o nosso mundo mesmo, ou seja, ficção, Harry Potter, fãs de Harry Potter, e o fato de que no nosso mundo, Harry Potter é ficção, eu sei, eu sei que é loucura, mais vamos dizer que eu quero mudar algumas coisas no final. Eu sei que no começo a fic é chata, mais vai melhorando no final, e não me culpem ser ficar uma merda, é a minha primeira fic. Mais por favor, deixem reviews. Há... quase esqueço, quem gosta de HP/GW não me matem, eu adoro a Gina, mais não com o Harry. Espero que gostem...REVIEWS.
Os personagens e lugares pertencem a J.K. Rowling e não a mim, caso contrario, estaria rica e não estaria escrevendo esse bilhete.
CAPITÚLO I
Uma Nova Descoberta
Ainda era cedo em Jersey City, no estado de Nova Jersey , estava uma manhã linda de segunda-feira, e o dia começou nublado (como sempre), por isso deve chover até o final do dia, já que eu moro em um dos lugares mais chuvosos do país, mais deixa eu me apresentar: meu nome é Samantha Potter, tenho treze anos e estudo em Sta. Marylle, uma escola particular do norte da cidade, não muito longe da minha casa, dá até para ir a pé.
Há alguns anos eu fiquei fã de um filme chamado Harry Potter, eu assisti pela primeira vez, e me apaixonei pelo filme, que depois descobri ser uma serie, baseada nos livros de mesmo nome, só que com os subtítulos diferentes: o primeiro A Pedra Filosofal, o segundo a Câmara Secreta entre outros, eu adoro todos os filmes, e já li todos os livros, sei praticamente tudo sobre as histórias de Harry Potter.
Eu posso dizer que tenho uma vida legal, moro com minha tia Sally Miller, meu tio Robert Miller, e a filha deles Carly Miller minha prima que considero como minha irmã, eles não são meus tios de verdade, eles eram amigos dos meus pais, que morrerão quando eu ainda era um bebê inocente, meus tios nunca falaram como aconteceu, mais deixaram meu nome como está para homenagear meus pais, mais uma vez, minha tia disse que o sobrenome deles era Potter, eu levei um susto com esse sobrenome, ela também disse que quem me entregou para eles em certa noite, foi uma pessoa desconhecida, só disse que também era amigo da minha mãe, me entregou e disse que deviam me proteger e foi embora, eu nunca liguei pra isso, mais quando eu tinha mais ou menos sete anos, coisas estranhas começaram a acontecer, eu fazia as coisas flutuarem do nada, ou simplesmente se moveram sem ao menos tocar neles. Isso me assustava muito no começo, mais depois eu acostumei, demorei um pouco para contar aos meus tios, pois eu pensei que eles iam me chamar de maluca, mais quando eu contei me assustei com a reação deles, minha tia simplesmente disse:
― Nós sabíamos que isso iria acontecer um dia... ― alguém deve ter imaginado a minha reação não é, por que eu pensei: "O quê? Como assim já imaginavam isso." Eles devem ter percebido isso por que meu tio Rob disse:
― Bom Sam, tem algo que você precisa saber... ― "Há...serio...não me diga que tem algo que vocês não contaram..." pensou Sam.
― Seus pais eram bruxos ― eu estava no meu quarto, então sentei na cama ao ouvir isso. "E...estão pirando de vez, como eles podem ser bruxos, e se forem, rituais coisa e tal, o que isso tem haver com comigo" pensou Sam.
― Eles eram bruxos de verdade, com varinha e poções e tudo o que tem direito, Sam...estilo Harry Potter... ― Sam entrou em desespero:
― Como assim Harry Potter? Tipo varinhas, animagos, vassouras voadoras, e...Hogwarts?
― Sam... ― disse o tio ― sei que é difícil de acreditar, e que vindo de nós, pra você é loucura, por isso, nós chamamos uma pessoa para te ajudar a entender isso, sabemos que nele você vai acreditar... ― ele se virou para a minha tia ― querida, acho que já está na hora, chame-o, por favor.
A tia Sally sai para buscar alguém no andar de baixo, não demorou muito e ouvi passos novamente, Sally apareceu novamente à porta do meu quarto, meu tio saiu da minha frente e sentou do meu lado, minha tia disse:
― Bom querida...tem alguém que você precisa conhecer. ― disse isso e deu sinal para alguém entrar, quando eu vi quem ela chamou, eu quase tive um ataque cardíaco.
― Esse é... ― tentou dizer sua tia Sally, mais Sam interrompeu:
― Alvo Dumbledore ― eu arquejei, queria gritar, e dizer que eu estava sonhando, que aquilo não era real, que eu estava imaginando coisas:
― Pelo visto você já me conhece não é mesmo ― disse Dumbledore entrando no quarto.
― Quem não conhece, vá a qualquer lugar que tenha adolescentes e até mesmo crianças dentro e não conseguira sair mais ― disse Samantha ainda espantada por estar vendo Dumbledore pessoalmente.
― Nesse mundo que vocês chamam de "real" realmente acontecerá isso, porém, ninguém me conhece pessoalmente como você. ― disse o diretor com um sorriso e uma piscadela tradicional.
― E nem poderiam, porque o senhor é apenas um personagem que até já morreu, e eu ainda não acredito que estou vendo pessoalmente Alvo Dumbledore... Eu só posso está sonhando. ― disse Samantha passando a mão na cabeça tentando "acordar".
― Samantha, você não está sonhando, eu estou aqui pessoalmente para lhe avisar sobre muitas coisas. ― disse Dumbledore se aproximando e sentando na poltrona perto da cama.
― Mais como isso pode estar acontecendo? Isso é apenas uma história, Harry Potter não existe, é apenas ficção. ― eu disse desesperada: "Como isso pode acontecer" pensei.
― É sobre isso que eu quero falar com você Samantha. ― disse Dumbledore agora sério. ― Sr. e Sra. Miller podem me deixar falar com a Samantha em particular, por favor. ― pediu Dumbledore, meus tios concordaram e saíram fechando a porta.
― Bom... Samantha eu vim conversar com você sobre muitos assuntos, vamos começar falando sobre seus pais. ― começou o diretor, eu gelei, não era muito fácil falar sobre meus pais, eu nem sabia como eles eram. ― Antes eu preciso explicar outra coisa com você, bem eu quero que acredite e você precisa acreditar que o mundo bruxo realmente existe ― Como você quer que eu acredite nisso? ― Samantha, no fundo você sabe que isso é verdade, você pode negar isso para mim, mais não pode negar isso para você ― "Ele tem razão" pensou Samantha. ― E antes que você pergunte como isso é possível, vou responder logo... ― disse Dumbledore se ajeitando na cadeira e eu me encostei-me à parede ainda sentada na cama e pensei "Isso vai demorar". Dumbledore começou a explicar:
― Bom... Na verdade existem três mundos... ― "Três? Com assim três? pensei, mais não queria interromper. ― Um é o mundo que é chamado de "Mundo Real", é onde você mora, onde estamos agora, chamam de mundo real porque é o que as pessoas pensam que ele é, onde tudo é "ficção"; o outro é o Mundo Bruxo, sim ele realmente existe e Harry Potter também ― disse Dumbledore ao ver a minha cara de duvida ― e o outro é o Mundo Trouxa que todos conhecem. ― quando ele terminou pôde ver a minha cara de: "Só acredito vendo". Ele continuou:
― Samantha, você acreditaria em mim se eu provasse que a magia realmente existe? Por que não há como eu lhe mostrar três mundos nesse momento. ― eu pensei por um minuto e respondi ― Bem... Se o senhor mostrar que realmente existe magia, então conseqüentemente o Mundo Bruxo também existirá e assim, irei ter certeza que história é verdade.
― Samantha, eu admiro o seu jeito de pensar.
Ele nem se deu o trabalho de levantar da poltrona, pegou sua varinha e com um aceno, fez meu livro, que estava em cima de uma mesinha, pegar fogo literalmente, eu me encolhi com o susto ― Uow ― exclamei, ele ficou me olhando vitorioso, de repente me dei conta do que ele estava queimando ― Hei você está queimando o meu livro do Harry Potter, para com isso ― ele parou imediatamente, eu peguei o livro e sentei novamente na cama ― Eu não gosto muito da história, mais é o livro mais importante, agradeça por ele ter sido queimado com magia e que você é Alvo Dumbledore, por que se não fosse tudo isso, não estaria mais aqui. ―
― É o ultimo? Sobre as Relíquias da Morte? ― Samantha concordou ― Como você disse, é o mais importante, mais por que não gosta da história? ― perguntou o diretor.
― Não é que eu não goste da história, eu até gosto de algumas partes, principalmente aquelas que revelam segredos, mais... Na batalha final, são muitas mortes, na maioria do tempo eu só consigo imaginar o desespero de todos, é claro que deve ter algumas mortes, para da algum sentindo ao livro, mais são muitas vidas inocentes, e claro que todo fã quer sempre mudar algo no livro. ― disse Sam, ainda agarrada ao livro.
― E se você Samantha, tivesse o poder de mudar o destino de muitos? ― perguntou Dumbledore.
Sam ficou pensando, como seria ter o poder de mudar tudo? Mudar o destino de muitos? Como eu poderia fazer tal coisa? Como seria...
Porém o professor Dumbledore não deixou os meus pensamentos se completarem porque disse ― Mais falaremos disso depois, agora que conversar sobre os seus pais, o que sabe sobre ele?
― Bem... Tudo o que sei sobre eles é que têm o sobrenome Potter... Hei espera um pouco, podem existir dois sobrenomes iguais em famílias diferentes certo? ― Dumbledore ficou pensando um pouco e Sam repetiu ― Certo? ― dessa vez ele respondeu ― Certo, é claro que pode existir. ― e Sam respondeu aliviada ― Há que bom, eu já ia pensar que... ― Bem voltando aos seus pais, acho que tenho que explicar uma coisa. ― Dumbledore me interrompeu, eu achei estranho mais depois esqueci, queria ouvir o que tinha para ouvir sobre os meus pais:
― Bem Samantha, devo lhe informar que eles também eram bruxos, sua mãe era nascida trouxa, porém seu pai tinha sangue puro, o que não muda o que você realmente é, você é uma bruxa também, uma bruxa mestiça, mais eu acho que você já sabia não é? ― Sam concordou, se lembrando dos pequenos incidentes que aconteceu há alguns anos ― Bem... Existe o Conselho Supremo dos Bruxos, é esse Conselho que manda nos três mundos, ele é composto por uma Alta Sacerdotisa, é ela que manda em todo o Conselho, tudo tem que passar por ela, ela é quem toma as decisões finais, se p caso for muito grave, ela leva o problema para os três senhores: que são três bruxos poderosos e imortais que mandam em tudo, mais geralmente estão muito ocupados com magias fora de controle que podem revelar o Mundo Mágico a todos os outros mundos...
― Nossa que complicado... Espera um pouco, pensei que o senhor estivesse falando sobre os meus pais, o que isso tem haver? ― interrompeu Sam, já estava ficando confusa. (Por que ele muda tanto de assunto?)
― Bom, eu não posso falar dos seus pais sem antes explicar sobre o Conselho, ou você não irá entender nada do que eu irei falar. ― respondeu Dumbledore.
― Está bem, desculpe, pode continuar. ― disse Sam.
― Continuando... Também existem quatro sacerdotisas conselheiras, são elas que decidem ajudam a Alta Sacerdotisa a tomar as decisões finais de praticamente todos os casos, mais não irei falar tudo, ou passaremos o dia todo aqui. ― disse Dumbledore olhando para a janela, devia ser mais ou menos 11h30min (onze e meia) da manha, e com certeza não irei à escola hoje. ― E por último, mais não menos importante temos sete sacerdotes e sacerdotisas que sempre ajudam a tomar decisões, ou em proteger os mundos, sem contar que eles são cruciais na escolha da nova Alta Sacerdotisa, o que ela só deixa de ser se morrer, ou for banida.
― O Conselho é o responsável por tudo o que acontece nos mundos, eles é que decidem se a pessoa pode ir para o outro mundo ou não, eu, por exemplo, tive que ir pessoalmente falar com a Alta Sacerdotisa Aleny Collins, tive que falar o motivo palavra por palavra, é claro, ela aceitou imediatamente, porém ela colocou algumas restrições sobre os seus pais, a Srta. Collins, não deu autorização para que eu possa falar o nome de seus pais, ou mostrar suas fotos, resumindo, você não irá saber quem são os seus pais, nome, aparência, cidade... Nada, nada além do sobrenome Potter... ― disse Dumbledore sério. Samantha ficou desesperada:
― O quê? Como assim eu não vou saber nada? Eu tenho o direito de saber que são os meus próprios pais? ― disse quase gritando e se levantando do seu lugar.
― Samantha se acalma, por favor, você precisa escutar toda a história para entender, saiba que na hora certa você irá saber tudo sobre os seus pais, eu prometo. ― disse Dumbledore calmo.
― Está bem professor Dumbledore, confio no senhor, sei que sempre faz a coisa certa. ― disse Sam se acalmando e sentando novamente.
― Pela sua confiança, direi o motivo pelo qual não pode saber nada sobre eles... Eu simplesmente não sei quem são Samantha ― disse Dumbledore um pouco triste.
― Como assim não sabe? ― perguntou Samantha desconfiada.
― Desde do dia que eu descobri sobre você através da Srta. Collins, eu tentei de tudo para descobrir mais sobre você, mais eu não encontrei nada sobre seus pais, nem uma pista, é como se você tivesse usando um disfarce, eu descobri muito pouco sem você, mais agora que tenho você Samantha, pessoalmente, creio que será mais fácil descobrir quem são seus pais, por que eu terei a sua ajuda. ― disse Dumbledore esperançoso.
― Sério professor? Tem como o senhor conseguir isso com a minha ajuda? Como eu posso ajudar? ― perguntou Samantha também esperançosa, descobrir quem eram seus pais é o seu maior sonho.
― Há alguns anos foi criado o inventum sanguines que é um tipo de exame de DNA mágico, uma poção que há pelo menos dez anos, ninguém pensaria que poderia existir, ele descobri foi feito para descobrir, principalmente, os pais de uma pessoa, usando apenas o sangue dela mesma, ela é muito complicado, mais é eficiente, ela usa o sangue da pessoa como um mapa, ela entrega a resposta primeiramente como lembrança na mente da pessoa e de quem a estiver ajudando, se ela quiser, depois ela cria um documento oficial com a resposta, que é entregue depois de dois dias no máximo, as lembranças não ajudam muito, já que são em fragmentos. ― disse Dumbledore.
― Por que eu sinto que tem um problema no meio? ― perguntou Sam.
― Por que temos um problema, é que a pessoa que fazer esse tipo de magia, tem que ter pleno controle de seus poderes, você vai para Hogwarts aprender a controlar sua magia... ― respondeu Dumbledore.
― Mas... ― incentivou Sam.
― Mas uma criança que ainda está começando, não consegue aprender a controlar seus poderes muito rápido. ― completou Dumbledore.
― Quanto tempo professor? ― perguntou Sam um pouco triste.
― Isso não há como saber, o tempo que leva para aprender a se controlar depende muito da pessoa, dos seus poderes e de sua evolução nos estudos ― respondeu o professor. ― Quanto mais rápido você aprende na escola, mais rápido você irá aprender a se controlar, e também, se a criança é predestinada a ter grandes poderes e sabe controlar melhor que os outros, já ajuda muito Samantha, mais saiba que não irá conseguir nada sem paciência, tem muito pela frente Srta. Potter.
― Me deixa ver se entendi? ― disse Sam. ― Eu tenho que ir para Hogwarts, me esforça bastante para aprender melhor sobre magia, e aprender a me controlar aos poucos, por que se eu não tiver paciência, serei precipitada demais?
― Exatamente ― respondeu Dumbledore. ― Mais eu sei que você ira se sair muito bem, você é diferente das outras crianças...
― Por que eu sou diferente das outras? ― disse Sam assustada com que o diretor disse.
― Você, Samantha, é a única, em todo o mundo "real", que conseguiu ir para o mundo bruxo e lembrar-se de tudo aqui, que Harry Potter é ficção, e que aqui ele não existi como no mundo bruxo. ― disse Dumbledore sorrindo.
― Como assim a única? ― pergunta Sam.
― Já se foi testado que se uma criança desse mundo, em exceção de você, for levada para o mundo bruxo ou até mesmo para o mundo trouxa, ela não se lembrará de nada sobre esse mundo, nem saberá da existência desse mundo. ― respondeu Dumbledore.
― Como pode ter certeza que eu irei lembrar? ― perguntou Sam olhando desconfiada para o professor.
― Por que já foi testado, há alguns dias eles te levaram para o mundo bruxo e chegando lá, você lembrava perfeitamente do mundo "real" e sobre Harry Potter ser ficção, depois, quando voltaram, sua memória foi alterada e você nem lembrou se sonhou ou não. ― disse Dumbledore em tom divertido.
― Como assim? Deixa-me ver se escutei direito, me levaram para o mundo bruxo, me testaram e depois alteraram minha memória? ― Dumbledore concordou e disse. ― Nós queríamos ter certeza de que você se lembraria, para você fazer o que tem para fazer.
― O quê eu tenho que fazer profº. Dumbledore? ― disse Sam ao escutar que precisa fazer algo, mais ela mesma não sabia o quê. O profº. Dumbledore não respondeu, estava pensando em como dizer isso do modo mais fácil, então Sam continuou. ― O que o senhor quis dizer quando me disse que eu poderia mudar o destino de muitos? ― perguntou sem entender.
― Você sabe que a guerra já acabou... Que Voldemort morreu, que Harry já até saiu de Hogwarts, a minha morte, do profº Snape, de muitos inocentes, porém o Conselho concorda comigo quando digo que todos merecem uma segunda chance para serem felizes, principalmente Harry, o Sr. Weasley e a Srta. Granger, nós sabemos que você gostaria de mudar algumas coisas, principalmente quando se fala de casais. ― disse Dumbledore mudando o seu humor de sério para divertido no final.
― O quê o senhor quer dizer com tudo isso? ― perguntou Sam.
― Eu me reuni com todo o Conselho e decidimos que está na hora de mudar a história. ― respondeu Dumbledore.
― Como?
― Você Samantha, você tem o poder de mudar a história, de mudar o destino de todo o mundo bruxo, você é a única que pode ir ao mundo bruxo e lembrar o que deve ser mudado. ― respondeu Dumbledore.
― Como eu vou fazer isso? ― perguntou Sam se levantando. ― Como o senhor acabou de dizer, a guerra já acabou, eles nem estão mais em Hogwarts, como vou mudar algo que já acabou?
― Com isso... ― disse o profº Dumbledore, e tirou do bolso um tipo de corrente maior que o normal e como pingente havia um tipo de ampulheta, Sam sabia o que era aquilo... ― Eu acho que sabe o que é isso, estou certo Samantha?
― Sim, eu sei o que é isso, é o vira-tempo que a Hermione usou no terceiro ano ― disse Sam pegando o vira-tempo como se fosse algo de vidro frágil.
― Isso mesmo, é o vira-tempo, e vamos usá-lo para mudar a história ― disse Dumbledore olhando para Samantha por debaixo daqueles óculos de meia lua.
― Mais professor ― disse Sam ― eu não sabia que o vira-tempo podia voltar tanto assim no tempo, são muitos anos. Dumbledore respondeu:
― Ele é capaz, porém necessita de um grande poder para tal coisa, e tamanho poder não se encontra em um só bruxo.
― Me deixa ver se adivinho. O senhor quer a minha ajuda para voltar no tempo ― Dumbledore concordou e disse ― O mais rápido possível, precisamos começar isso logo. ― Sam ficou confusa e disse ― Mais profº Dumbledore, o senhor mesmo disse que é preciso ter controle sobre seus poderes para usar o vira-tempo.
― Isso é o adequado à se fazer Samantha, mais não é preciso, você só deve direcionar seus poderes para o vira-tempo, você consegue fazer isso? ― perguntou Dumbledore, Sam respondeu ― Eu acho que sim, nunca tentei algo parecido. Mais por que o adequado é você ter controle dos poderes para usar o vira-tempo?
― Você pode usar o vira-tempo, mais não poderá mudar nada na história, terá que deixar tudo como está, pelo menos até poder usar sua magia conscientemente ― respondeu Dumbledore ― Ou seja, você vai voltar no tempo, mais não mudara nada até aprender a se controlar.
Sam concordou e Dumbledore continuou:
― Porém você deve se comprometer antes de aceitar usar o vira-tempo ― disse triste.
― Pela expressão do senhor, eu acho que não é uma coisa muito boa.
― É claro que as horcruxes ainda existirão e precisarão ser destruídas ― respondeu o diretor ― Porém você deve prometer perante todo o Conselho, que você fará de tudo para que as coisas sejam diferentes para todos, e que fará o máximo para que todos, principalmente os que estão em Hogwarts, fiquem vivos...
― Sempre tem um mais ― disse Sam e pensou: "Já estou ficando cansada de sempre haver um mais, até agora eles não me ajudaram muito."
― Mais talvez você acabe sofrendo por isso ― disse Dumbledore em m tom triste.
― Por quê?
― Por que você terá feito uma promessa, terá que fazer de tudo para cumpri – lá, mais saiba que você não pode mudar completamente a história, uma de muitas coisas que não pode mudar é que você não poderá contar a Harry como matar Voldemort antes que ele faça dezessete anos, e antes de aprender a controlar sua magia, não poderá mudar a história ou contar a alguém o futuro, por que isso conseqüentemente poderá mudar a história mesmo que por acidente ― disse Dumbledore em tom de aviso.
― E se eu mudar, mesmo que por acidente? ― perguntou Sam virando-se de costas para o diretor e andando em direção à janela.
― Então o Conselho irá para cima de você, e poderá até levar punições por isso ― respondeu Dumbledore.
― Que tipo de punições?
― Isso dependerá do que você fez, devo avisar que eles podem ser bem agressivos quando querem ― Dumbledore completou ― Mais se você aceitar, eu te levarei essa semana mesmo para o Conselho para que a promessa seja feita, mais saiba que eu não irei te forçar a fazer nada, a decisão é sua, só o que me resta saber é: Você quer colocar a felicidade de Harry Potter acima da sua própria felicidade quando necessário? ― perguntou Dumbledore encarando Sam.
― Eu quero.
― Tem certeza Samantha?
― Tenho sim professor.
― E você aceita a missão de mudar a história e o de muitos com o seu poder? É muita responsabilidade. ― explicou Dumbledore.
― Eu aceito, e vou fazer o meu máximo para que isso aconteça. ― disse Sam também olhando para o professor. O uma tempestade soou lá fora, Sam perguntou como ela apareceu de repente, o professor continuou:
― Então você entendeu não é Samantha?
― Sim. Sem controle da magia, sem mudança. ― respondeu Sam.
― Isso mesmo ― disse Dumbledore se levantando ― eu virei te buscar junto com os outros ainda essa semana, eu mando uma coruja para avisar o dia exato...
Sam se colocou na frente do professor, impedindo-o de sair e perguntou:
― Como assim "junto com os outros"?
― Há sim... Peço desculpas por não avisar antes, nós descobrimos mais três bruxos nessa cidade, e mesmo que não há muita chance de se lembrarem desse lugar, os levaremos para Hogwarts junto com você, se quiser, podemos fazer alguma coisa para que se lembrem de algumas coisas desse mundo. ― respondeu Dumbledore.
― Professor, será que posso saber os nomes deles? Talvez eu conheça algum. ― explicou Samantha ao ver a expressão de duvida que se formou no professor, mais ele responde:
― Eu não deveria, mais confio na senhorita e creio que conhece um ― e tirou um pedaço de pergaminho enrolado da sua capa. ― Bom... Temos a Srta. Elysabeth Hathway, o Sr. Jonathan e Jennifer MCalister ― ele terminou e guardou o pergaminho novamente e olhou para Sam, ela estava pasma e com os olhos arregalados e ele perguntou:
― Então? Conhece algum dos três?
― Sim.
― Quem?
― Todos eles.
― Todos eles? ― perguntou Dumbledore assustado ― Como?
― A Elysabeth e o Jonathan são os meus melhores amigos e a Jennifer é a irmão do Jonathan, sempre falo com ela ― respondeu Sam.
― E você nunca percebeu nada de diferente neles? ― perguntou Dumbledore.
― Bem... Na verdade sim, mais eu pensei que eu estivesse imaginando coisas, até quando acontecia comigo mesma, por que há algumas horas atrás eu não achava que isso era possível. ― respondeu Sam.
― Entendo ― respondeu Dumbledore calmo ― Eles já foram avisados que são bruxos, a Srta. MCalister acreditou sem problemas já que a mãe dela é uma, mais o irmão dela levou um susto e tanto, ele achava que não tinha chance de ser um bruxo e a Srta. Hathway demorou muito para acreditar, devo dizer que são muito parecidas por dentro.
Samantha riu e escutaram passos, segundos depois sua tia Sally apareceu na porta:
― Desculpe interromper, mas querida, o Jonathan está lá embaixo te esperando para ir à escola, eu devo avisá-lo que você não vai?
― Não tia, mesmo se falasse isso ele iria querer me ver ― respondeu Samantha ― deixa que eu vou lá embaixo conversar com ele.
― Mais Sam, se ele vir o Sr. Dumbledore?
― Tudo bem tia, ele sabe sobre o profº Dumbledore.
Tia Sally concordou e saiu, Sam foi em direção à porta e olhou para o corredor, para se certificar que Jon não estava subindo e encarou o professor outra vez e disse:
― Bom profº Dumbledore, eu vou descer primeiro e o senhor vai logos atrás, se não o Jon irá me enlouquecer fazendo perguntas.
― Por mim tudo bem. ― disse Dumbledore saindo logo depois que Samantha. ― E Samantha, eu contei a Srta. Hathway e ao Sr. MCalister sobre quase tudo que contei à você hoje. ― completou fazendo Samantha parar e olhar para ele e dizer: ― O senhor contou? Por quê? ― Você precisará da ajuda e conforto dos seus amigos.
Quando Samantha finalmente desceu as escadas e chegou à sala, viu um garoto sentando no sofá, ele tinha pele clara, cabelos castanho escuro que não estavam tão bagunçados hoje, olhos quase pretos, um pouco mais alto que Sam, Jon usava o uniforme da escola e uma bolsa que aparentemente estava leve demais, tia Sally lhe servia um copo d'água tradicional, já que ele ia a sua casa todos os dias, logo que ele avistou Sam abriu um sorriso que se foi fechando lentamente ao ver que não estava com o uniforme:
― Sam... Você ainda está assim, já são meio-dia e meia, eu sei que a escola é perto mais não precisa abusar do tempo.
― Jon, eu não para a escola hoje... ― disse Sam deixando Jon confuso e continuou ― E acho que você também não vai...
― Por quê? Olha Sam... ― dizia Jon, mais ele se interrompeu ao ver um homem de barba e cabelos logos e brancos, e que usava roupas muito parecidas com vestidos, uma capa, um óculos meia lua e tinha olhos azuis por trás das lentes, ele viu o profº Dumbledore descendo a escada.
― Jon... Precisamos conversar... ― disse Sam enquanto ele continuava paralisado ao ver o profº Dumbledore.
O profº Dumbledore se aproximou se Sam, e falou alto o suficiente para que só ela ouvisse: ― Conte a ele somente o necessário, não comente nada sobre as possíveis punições, eu farei o possível para que lembre pelo menos o mais importante.
Foram para o quarto de Sam, ela sabia que a cabeça dele estava lotada, e quando ela fechou a porta ele começou quase gritando:
― Por que você não me contou que era uma bruxa?
― Por que você não me contou que era um bruxo? ― perguntou Sam no mesmo tom que o dele.
Ele pareceu surpreso com essa pergunta, por que ficou em silencio mais depois perguntou: ― Como sabe disso?
― Dumbledore me contou... Sua irmã também é uma bruxa não é? ― disse Sam. Jon aparentemente ficou com mais raiva e depois deu um passo à frente pensando está vitorioso e disse:
― Eu soube ontem, não tinha como falar com você e nem vi você Samantha.
― E daí, eu soube essa manha, e nem comece a explicar nada, foi você quem começou a brigar por uma besteira. ― disse Sam se sentando na poltrona lilás perto de sua cama, e apoiando a cabeça em uma das mãos e olhando para a janela, pensativa.
― Crianças ― tia Sally bateu na porta chamando a atenção ― Não briguem, por favor, e sem gritos. ― e depois o silencio caiu sobre eles.
Jon analisou o quarto da Sam, sabia que a amiga gostava da cor lilás, e ela usou isso no seu quarto, apesar de não ter exagerado: três das quatros paredes eram lilás, e uma era roxa, nela havia dois gatos colados, e um preto e o outro branco, sentados um do lado do outro, e nos resto da parede haviam estrelas espalhadas, tinha que admitir que era um quarto bonito, e também havia uma estantes e uma mesa ao lado, ambos estavam cheios de livros, principalmente sobre bruxos e vampiros, seus assuntos preferidos, e depois Jon se sentiu culpado por brigar com sua melhor amiga por besteira, como ela mesma disse, eles conheciam um ao outro mais do que ninguém, e até mesmo Elysabeth admitia isso. Jon se aproximou de Sam bem devagar: "Se ela estiver com raiva, vai voar no meu pescoço" pensou, sentou na cama bem na frente de Sam e disse:
― Sam, eu sinto muito por ter brigado com você, eu sei que está com raiva de mim, eu queria te contar... Mais eu não consegui e...
― Jon pare ― Sam interrompeu ― Eu não estou com raiva de você, se estivesse você não estaria mais aqui, e depois, eu te entendo, sei o motivo de você não contar logo, nós estamos na mesma situação lembra, eu acho até que eu estou numa situação pior... ― sua voz foi sumindo aos poucos.
― Está se referindo ao Conselho não é? ― perguntou Jon, Sam só concordou e disse ― O que sabe sobre o Conselho?
― Só algumas coisas, toda vez que Dumbledore tocava no assunto ele sempre falava "Lembre-se, saiba somente o necessário" ― disse Jon.
― É melhor do que saber sobre tudo, acredite, é muita coisa e muito complicado ― disse Sam abaixando a cabeça pensativa.
Jon percebeu isso e disse:
― Eu sei que você está pensando no Conselho, e sobre o vira-tempo, mais eles não iram fazer nada a você, e se fazer a promessa na frente no Conselho não terá nenhuma obrigação, eu nem sei o porquê de fazer uma promessa ― Sam levantou a cabeça e olhou para Jon que continuou ― E, eu não terei de fazer você desistir de uma coisa que colocaria sua vida em risco. Além do mais você não faria isso, a não ser que seja por bom motivo ― "Jon é super protetor, se soubesse das punições nunca me deixaria fazer essa promessa." ― Quando iremos para Hogwarts?
― O profº Dumbledore mandará uma coruja com a data, ele mesmo virá nos buscar. ― disse Sam de endireitando na poltrona.
― Sério? Como somos sortudos, nem entramos em Hogwarts e já somos os queridinhos do Diretor, que por sinal é um dos maiores bruxos do mundo Mágico. ― disse Jon, fazendo Sam rir e depois dizer:
― Jon vai ligar para os seus pais.
― Por quê?
― Precisa avisar que está aqui.
― Há Sam, qual é... Algum dia eles iram me encontrar.
― Vai logo ― disse Sam dando um leve tapa no ombro do amigo ― Lembre-se que passaremos um ano fora.
― É Hogwarts, quem poderia esquecer ― disse Jon saindo do quarto.
Samantha saiu logo atrás dele.
― Sam, querida vem almoçar ― disse tia Sally logo após avistar Sam ao pé da escada.
― Você ainda não almoçou? ― reclamou Jon com o telefone na mão.
― Eu já ia almoçar quando Dumbledore chegou, não tive culpa ― se defendeu Sam ― Você já ligou para os seus pais? ― perguntou ao ver Jon largando o telefone.
― Claro. Você acha que eu esqueço as coisas tão rápido assim? ― perguntou Jon indignado.
― É ― respondeu Sam rindo da cara que o amigo fez.
Passaram a maior parte da tarde assistindo televisão e conversando sobre como eles pensavam que seria em Hogwarts e já era quase cinco horas da tarde quando Sam se levantou do sofá e disse:
― Olha, eu vou tomar um banho e depois iremos até a casa da Lysa para conversarmos sobre Hogwarts e companhia.
― Está bem, iremos conversar sobre o assunto de sempre. ― reclamou Jon.
― Hei, não reclama ― disse Sam agora com as mãos na cintura ― saiba que temos coisas muito importantes para discutir, é basicamente o nosso futuro.
― Ta bom, ta bom, vá tomar banho logo e não demore, eu vou te esperar aqui embaixo junto com os seus tios, e não estou afim de criar raízes. ― disse Jon voltando a olhar para a televisão.
Sam subiu e tomou um banho não muito demorado ou receberia reclamações depois, se arrumou no banheiro mesmo, mais por azar teve que ir ao seu quarto mesmo assim, para arrumar seu cabelo e pegar algumas coisas, começou pelo mais difícil: arrumar seu cabelo. Sua cabeça já estava ficando dolorida, e não sabia se era de tanto pentear ou se era assunto demais para um dia, depois pegou alguns livros, Jon iria ficar furioso, mais ela estava muito a fim de ler, mesmo que sua cabeça estivesse doendo cada vez mais, por isso pensou duas vezes, mais decidiu pegar um livro qualquer só para se distrair.
Mais ao pegar o livro, ele quase que imediatamente caiu no chão, sua cabeça estava doendo ainda mais, era como se estivessem queimando o lado direito da sua testa, então tudo começou a girar ao seu redor, totalmente desorientada, Sam tenta se segurar em alguma coisa, mais não consegue se segurar em nada, sua cabeça doía cada vez mais, quando fechou os olhos outra vez não via apenas a escuridão comum, e sim flashes verdes muito fortes, ela tentava abrir os olhos mais a dor era imensa, obrigando-a a fechá-los novamente, agora ouvia uma mulher gritando e um homem rindo, Sam tentou se segurar em mais alguma coisa, mais derrubou os livros da sua mesa e caiu no chão, quando percebeu, já estava gritando com tamanha dor, e aquelas luzes verdes não saiam da sua mente, viu três pessoas entrarem no quarto, mais não percebeu quem era, conseguiu deixar seus olhos abertos por meros segundos, porém, só podiam ser seus tios e o Jon, eram os únicos na casa, já que Carly estava na escola, Sam apertou sua mão contra a sua testa e gritou novamente, alguém perguntava o que estava acontecendo, mais as palavras não saiam da sua boca e sim mais um grito, quando conseguiu abrir seus olhos depois de muito lutar com a dor, sua visão escureceu e depois não viu mais nada.
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N/A: Um aviso para os leitores, essa fic se passa em 2011 e em Hogwarts irá se passar entre os anos de 1993 e 1994 (no começo), ou seja, entre o terceiro e quarto ano de Harry, que já que em 2011, é uns 18 anos atrás...eu acho. (ruim em matemática).
Capitulo 2
Lembranças
Quando Samantha acordou sua cabeça já havia parado de doer, e quase que imediatamente percebeu que estava em sua cama e na poltrona ao lado estava Jon, olhando para o nada:
― Jon, o que está fazendo aqui? ― sua voz saiu fraca, quase sumindo.
Jon virou o rosto bruscamente em direção a Samantha:
― Sam! Finalmente você acordou, nos deixou preocupados sabia...
― O que aconteceu?
― Você desmaiou e ficou desacordada por um tempo ― disse Jon ficando de frente para ela.
― Quanto tempo? ― perguntou Sam se sentando devagar.
― Er... Uns dois dias.
― Dois dias? ―perguntou ela olhando para Jon surpresa ― Sério? Minha nossa, eu tenho que levantar, Lysa deve estar preocupada e o profº Dumbledore já mandou a carta? ― perguntou Samantha se levantando rápido demais, sua tontura voltou de repente e ela iria cair no chão novamente se duas pessoas não tivessem segurando-a primeiro, uma era Jon e outra era uma menina de olhos azuis, com cabelos negros um pouco abaixo do ombro com um olhar preocupado que ela conhecia muito bem:
― Elysabeth?
― Sim sou eu, isso é um sinal que ela não tem amnésia não é Jon? ― disse Lysa fazendo Jon rir ajudando-a colocar Samantha de volta a cama.
Samantha lançou um olhar de duvida a Jon que entendeu o sinal e logo explicou:
― Depois que você desmaiou, eu liguei para ela e pedi para que viesse na sua casa e disse que era urgente, portanto ela chegou aqui cinco minutos depois, então eu contei tudo a ela, e não saímos daqui deste então. ― Sam pensou por um momento e perguntou olhando para os dois:
― Por que vocês ficaram tão preocupados?
― Por que não é normal isso acontecer ― respondeu Lysa.
― Como assim não é normal? Acontece com praticamente todas as pessoas.
― Sério? Vou te dizer o que não é normal ― disse Jon cruzando os braços ― Quando eu entrei no quarto com os seus tios, você estava no chão com os olhos fechados, e quando abriu, vimos que a Iris dos seus olhos estavam azuis, e segundos antes de você desmaiar vimos um brilho verde, foi tudo muito rápido, mais eu tenho certeza do que vi. ― "Dessa vez ela não ganha" pensou Jon.
― Azul? Verde? ― perguntou Samantha pensando ter escutado errado.
― Sim e o mais estranho é que Dumbledore não deixou seu tio levá-la a um hospital, o Sr. Miller teve que se contentar em só chamar um médico ― respondeu Lysa.
― Dumbledore veio aqui? Espera, você disse que ele não deixou o meu tio me levar ao hospital, por quê?
Lysa respondeu novamente:
― Não sabemos. Tudo o que ouvimos é que Rob devia chamar um médico de confiança, bom, o médico veio, mais não encontrou nada de estranho em você, exceto essa...
― Essa o quê?
― Essa mancha vermelha em sua testa, como se você tivesse batido sua testa em alguma coisa ― respondeu Jon em tom preocupado.
Com um espelho em mãos entregue por Lysa, Sam arregalou os olhos ao se olhar no espelho: no lado direito da sua testa havia uma mancha vermelha em sua testa, e nessa mancha algo se destacava, era muito parecido com uma ferida, e o mais estranho é que ela tinha a forma de um raio e podia ser comparada a uma queimadura. Sam se sentou e olhou para os amigos, que por sinal, estavam com o olhar estranho e assustado, ela sabia o que eles estavam pensando e decidiu ser mais rápida:
― Não...
― Sim... ― responderam em conjunto.
― Eu sei o que estão pensando. E a resposta é não. ― disse Sam encarando os amigos, Lysa não pensava da mesma forma:
― Como pode ter certeza?
― Sam... Pensa bem, seus pais também morreram, o seu sobrenome é o mesmo, o seu segundo nome diz muita coisa, e agora a cicatriz... ― Jon disse apoiando Lysa ― Há chances sim de você ser irmã de Harry Potter.
― Não! ― disse Sam ficando assustada. "O que eles estão pensando, isso é impossível, não há chances alguma."
― Por quê? ― dessa vez Lysa se manifestou ― Nos dê um bom motivo para não acreditar que você não é a irmã do Potter.
― Tudo bem, eu vou dar um motivo ― disse Sam. "Há não ser que aconteça um milagre, eu só tenho um motivo" ― Não existe, nenhum registro, ou documento, ou mesmo um simples bilhete que possa provar o que vocês estão dizendo. ― "Pega! Essa eu vou ganhar."
― Tudo bem, você ganhou ― disse Jon ― Mas...
― Droga! Por que sempre tem que ter um mas...
― Você não pode negar uma coisa ― continuou Jon ignorando a amiga ― O que aconteceu quando o Potter era pequeno, também pode ter acontecido com você.
Sam pensou por um momento: "Isso pode ser verdade, ou impossível, o que é mais provável, mas se Voldemort matou os meus pais, e tentou mesmo me matar e eu ainda estou viva, isso quer dizer..." Samantha arregalou os olhos e depois lançou um olhar raivoso aos amigos, Jon deu um passo para trás enquanto Sam disse:
― Para o bem de vocês e de toda a humanidade, eu espero que vocês estejam completamente errados.
― E posso saber o porquê? ― perguntou Lysa tentando não mostrar a preocupação, sem ter muito sucesso.
― Vocês... Ai meu Deus, pensem bem, se aconteceu mesmo comigo, o mesmo que aconteceu a Harry Potter, ou seja, se Voldemort matou os meus pais e tentou me matar, e eu ainda estou viva, eu estou ferrada ― disse Sam em tom de medo, e raiva ao mesmo tempo.
― Por quê? ― perguntaram eles em conjunto e Sam pensou: "Meu Deus, eles não lembram ou não pensam?"
― Raciocinem ― respondeu Sam ― O que aconteceu com Harry quando ele era apenas um bebê? O que deixou ele famoso em todo o Mundo Bruxo?
― Ele derrotou Voldemort ― respondeu Jon. "O que está acontecendo com vocês hoje? Por acaso o processador mental de vocês está com vírus?" pensou Sam.
― Sim, mais não é isso que eu quero que vocês entendam ― disse Sam e continuou ― Agora, lembrem-se do que aconteceu, exatamente, na noite em que Lilian e Tiago Potter morreram.
Lysa respondeu:
― Voldemort invadiu a casa dos Potter, matou primeiro o pai, Tiago, e ia matar Harry quando Lilian se colocou entre eles e acabou sacrificando sua vida pela do seu filho, o que não deu resultado já que Voldemort tentou matá-lo da mesma forma, mais Harry ainda sim sobreviveu e se tornou famoso, principalmente por que, tentando matar o Harry, Voldemort ficou muito fraco e perdeu os poderes por que... ― Ela então se deu conta do que acabou de dizer e o que ainda iria dizer.
― Por que... ― incentivou Sam
― Por que segundo as lembranças de Snape ― continuou Lysa ― No momento em que Voldemort lançou uma maldição da morte matando Lilian Potter, o feitiço ricocheteou nele mesmo, desfragmentando sua alma, e um fragmento dessa alma se juntou a única alma viva no lugar, a alma de Harry Potter, transformando-o em uma Horcruxes... Minha Nossa.
― E Voldemort só pode ser morto quando todas as horcruxes forem destruídas ― continuou Sam.
― Mais Sam ― disse Jon ― Se você fosse uma horcruxes, Voldemort não estaria morto.
― É isso que eu estou tentando dizer para vocês ― disse Samantha rolando os olhos ― Não há chances de nada disso acontecer. Agora vocês vão me dar um bom motivo para que eu acredite na história de que eu sou a irmã dele.
Um silêncio tomou conta do quarto, Lysa e Jon pensavam: "Dessa vez ela ganhou" e Sam sorriu vitoriosa, sabia que está discussão estava encerrada de vez e ela pensou: "Finalmente não tem nenhum: mas isso ou, mas aquilo." e ainda estavam em total silêncio quando alguém bateu na porta fazendo os três darem um pequeno pulo com o susto e uma voz masculina, porém calma vir do outro lado da porta dizendo:
― Com licença. Srta. Potter posso entrar em seus aposentos?
― Claro que pode profº Dumbledore ― disse Sam com a voz mais suave.
― Hum, estou vendo que estavam conversando, eu atrapalho?
― Claro que não professor, além do mais, o senhor nunca atrapalha nada ― disse Lysa rindo de seu último comentário.
― Ainda bem, mais vim aqui para ver como você está se sentindo hoje Samantha ― disse Dumbledore chegando mais perto da cama de Sam.
― Estou bem melhor professor, obrigada, eu só fico um pouco tonta quando levanto muito rápido ― disse Samantha fazendo Lysa e Jon darem um leve sorriso.
― É bom ouvir isso. Eu soube sobre você e vim o mais rápido possível, cheguei logo depois do incidente, a Srta. Hathway já havia chegado e estava junto com o Sr. MCalister ― disse Dumbledore olhando para os dois e depois voltou o seu olhar novamente para Sam ― Fui conversar com o Conselho, para definir a data da partida de vocês para Hogwarts.
― E quando iremos? ― perguntou Sam ansiosa.
― Amanhã.
― Por mim tudo bem, o mais rápido. ― disse Sam alegrando-se.
― Por mim quanto mais rápido melhor ― disse Lysa dando um sinal positivo com as mãos e depois olhou para Jon esperando uma resposta.
― Por mim eu já estaria lá.
Sam estava tão feliz que seria capaz de ir para Hogwarts agora mesmo, sua mente estava a mil, pensava sobre varias coisas, tudo ao mesmo tempo, e tudo relacionado à Hogwarts, mais o profº Dumbledore continuou, parando sua corrida mental:
― E Samantha?
― Sim professor? ― perguntou Sam ainda rindo com os amigos e se virando para olhar Dumbledore melhor.
― Eu preciso dar uma olhada na mancha. Posso?
― Claro.
Dumbledore se aproximou de Samantha, olhou para a sua testa e logo depois tocou a mancha, passou o dedo formando um raio sobre ela, que percebeu que o rosto e principalmente o olhar de Dumbledore se tornaram misteriosos e pensativos, Sam sabia que ele tinha um palpite sobre o assunto.
― Hum... Interessante. ― disse Dumbledore mais para si mesmo do que para os outros, mais Sam não deixou passar e ainda olhando para Dumbledore perguntou:
― O que é... interessante professor?
― Existe algo embaixo dessa mancha, algo que está protegido e escondido por uma magia poderosa, a mancha só um efeito dessa magia.
Jon e Lysa e principalmente Sam pararam de rir imediatamente e passaram a ficar assustados com que Dumbledore tinha acabado de dizer.
― Escondendo o quê? ― perguntou Lysa em tom preocupado.
― Isso eu não sei, mais logo irei descobrir ― Dumbledore logo mudou de assunto ― Bom, eu virei buscar vocês amanhã de manhã, quero todos prontos às oito horas, e estarei aqui nesse mesmo horário.
― Está bem ― responderam os três.
― E Samantha, você está bem mesmo?
― Claro. ― Que droga, será que ele não pode nem ao menos dá um palpite.
Samantha queria fazer muitas perguntas naquele momento, mais Dumbledore saiu e deixou os três assustados com uma simples frase e muitas dúvidas.
Na manhã seguinte ela já estava com as malas prontas. Na cozinha seus tios já estavam tomando o café-da-manhã e na frente deles estava Carly, uma menina de cabelos e olhos escuros e cerca de um ano mais nova que Sam, Carly era muito parecida com os pais, tanto na aparência quanto nas qualidades, qualidades essas que Sam admirava, ela já sabia que Sam era uma bruxa, contudo não a tratava com indiferença, para a felicidade de Sam.
― Bom dia ― cumprimentou Sam.
― Bom dia ― respondeu a família em conjunto.
Sam sentou no lado da prima, e sua tia começou a falar em tom triste:
― Sam... Eu sinto muito por não ficarmos até sua partida, mais precisamos ir trabalhar mesmo, já faltamos ontem...
― Tudo bem tia Sally ― completou Sam ― Eu entendo perfeitamente.
― Prometa que vai mandar cartas toda semana ― disse Carly virando-se para olhar Sam melhor.
― Toda semana? ― protestou Sam sorrindo ― Eu nunca vou ter nada pra contar a vocês.
― Tudo bem ― concordou Carly forçada ― Todo mês... Mais prometa.
― Mas...
― Mas nada Samantha, prometa agora ― exigiu Carly tentando ficar séria, sem muito sucesso.
― Certo, eu prometo ― concordou Sam sem muita confiança nessa promessa ― Mas eu acho que eu não vou ter muita coisa para contar, não vou chamar muita atenção.
Carly quase engasgou com o biscoito e disse meio sem ar:
― Você não pode está falando sério.
― Por que não estaria?
― O meu Deus Sam ― disse Carly indignada ― Você chamará atenção de todos só com o seu sobrenome Potter. Quando descobrirem sobre seus pais, vão pensar que Voldemort também tentou matar você, e seu segundo nome vai...
― Não termine essa frase Carly ― disse Sam levantando a mão em um sinal para que a prima se calasse e continuou ― Já ouvi isso da Lysa e do Jon e além do mais, eu irei conversar com Dumbledore para que esse pequeno problema seja resolvido.
― Você que sabe ― disse Carly e voltou a comer.
― Falando em segundo nome ― continuou Sam ― Você acredita que o Jon e a Lysa disseram que têm granes chances de eu ser irmã do Harry Potter ― agora Carly engasgou com sua comida, demorou um pouco para se recompor, Sam não percebeu, mais seus tios se entreolharam e estavam mais pálidos que o normal, e Sam estava mais preocupada com sua prima.
― Carly, você está bem?
― Isso seria incrível! Ser irmã de Harry Potter ― respondeu Carly ainda com pouco ar.
― Vou considerar isso como um sim ― disse Sam rindo da reação de Carly.
― Se estivéssemos a mais ou menos vinte anos atrás, eu diria que existem muitas chances de isso ser possível ― comentou tia Sally olhando para a Sam ― Samantha, prometa que irá se cuidar e não se meter em confusão ― Sam parou rir imediatamente, pois quando chamavam-na de Samantha, o assunto é sério, respondeu ― Eu prometo.
― Agora eu me sinto melhor ― declarou tio Robert.
― Não se preocupem, eu vou ficar bem.
― Eu espero, ou eu vou ter que agüentar eles andando de uma lado pro outro até ter um buraco no chão ― disse Carly.
― Carly! ― avisou tia Sally.
― O que foi? É verdade.
― A conversa está ótima, mas temos que ir ― disse tio Rob levantando da mesa, acompanhado pela esposa ― Sam vem cá ― chamou tio Rob já perto da perto da porta, ela se aproximou dele, que colocou a mão em seu ombro e depois deu um abraço, seguido pela tia Sally ― Quero que tome cuidado está bem?
― Eu vou tomar cuidado tio, não se preocupe.
― Sam, qualquer problema nos mande uma carta ou comunique o senhor Dumbledore, certo? ― avisou tia Sally quase chorando, Sam não pôde fazer nada se não concordar, mais Sam não ia perturbar Alvo Dumbledore por qualquer problema.
Depois que os tios foram embora, Sam começou a conversar com Carly:
― Você vai ficar até eu ir embora não é?
― Claro, porque eu não ficaria, minha aula é só à tarde e eu não perderia a chance de ver Alvo Dumbledore pessoalmente ― respondeu Carly com um grande sorriso e Sam perguntou:
― Você vai ficar bem sozinha?
― Hei, eu só tenho doze anos, mais minha mente tem quatorze, e além do mais, Dayse vem aqui todos os dias ― disse Carly se referindo a irmã de sangue mais nova de Jon.
― Sua mente tem quatorze? Isso me preocupa ― disse Sam, fazendo Carly fingir estar indignada.
Quando o relógio marcou sete e meia da manhã, as visitas começaram a chegar: primeiro Lysa que estava muito nervosa, e reclamou que ainda era muito cedo, e depois Jon que estava acompanhado por Jenni e Dayse, Jenni quase jogou Sam no chão, dizendo que estava muito feliz que também seja uma bruxa, alegando que seria uma chatice agüentar o irmão, sozinha, mais quando ela viu Lysa ao lado:
― Você também é uma bruxa! ― Jenni gritou se jogando em cima da Lysa.
― Já te falaram que você é maluca? ― perguntou Sam ajudando Jenni a sair de cima da Lysa que já estava ficando sem ar, Jenni respondeu:
― Já. Na verdade me falam isso todos os dias, mais eu nem ligo, eu sou doida mesmo ― e olhou divertida para Sam com aqueles olhos quase verdes que lembra confusão.
― Como foi o caminho pra cá Jon? ― perguntou Lysa em tom divertido.
― Em uma palavra: insuportável. ― disse Jon tentando ficar sério ― Acredite, se Jenni fosse minha irmã de verdade, de sangue mesmo, como a Dayse, eu iria à justiça e diria que deram o sangue errado pra ela, mais para minha sorte, isso não é necessário.
― Hei, não começa a reclamar. Eu te ajudo muito, eu sou a única que tiro o tédio do lugar ― defendeu-se Jenni.
― Certo. Eu retiro o que disse ― Jon se rendeu ― Além do mais, mesmo você não ser minha irmã de verdade, eu te considero como uma.
― Que lindo. Uma reconciliação entre irmãos ― falou Carly com um ar sonhador fingido.
― Para com isso Carly ― Jenni e Jon falaram em conjunto, fazendo todos rirem.
Todos deram suas opiniões de como queriam se sair em Hogwarts: Sam quer ser boa em feitiços; Jon em quadribol; Jenni em duelos (Será?); e Lysa em poções (ta difícil). E para provar como Dumbledore é pontual, ele chegou no momento exato em que o relógio marcava oito horas. Pois nesse exato momento ele apareceu de repente no meio da sala, assustando todos que estavam sentados no sofá.
― Professor Dumbledore! O senhor por acaso quer nos matar antes de irmos para Hogwarts? ― perguntou Jenni fazendo Dumbledore rir.
― É sério, quase eu tive um infarto com treze anos ― disse Sam rindo.
― Da próxima vez avise, não quero morrer sem antes ver Jon se dando mal em Hogwarts ― disse Dayse que até então estava calada.
― Bom vê-los alegres hoje. Vejo que já estão com as malas prontas ― disse Dumbledore olhando todas as malas na sala.
― Eles vão para Hogwarts! Arrumaram as malas logo depois de saber a data da partida professor. ― disse Carly saindo do transe de ver Dumbledore pela primeira vez e chamando sua atenção.
― Há sim, Srta. Carly Miller é um prazer conhece - lá ― disse se aproximando de Carly.
― O prazer é todo meu profº Dumbledore ― cumprimentou Carly.
― Então, que horas vamos? ― perguntou Jenni.
― Certamente, eu e a Srta. Potter iremos primeiro, depois será a vez de vocês.
― Por quê?
― Por que eu e a Samantha iremos realizar o feitiço para voltar no tempo ― explicou Dumbledore ― E se vocês forem... Como eu posso dizer...
― Se forem iram sumir ― completou Sam ― Já que iremos voltar para o ano de 1993, há 18 anos, quando Harry estava no segundo ano. E pelo o que e saiba, nenhum de nós tem mais do que treze anos.
― Mas você não vai deixar de existir porque é você que vai fazer o feitiço ― disse Jon mais para si mesmo do que para os outros.
― Com a ajuda do profº Dumbledore ― completou Sam.
― Exatamente ― disse Dumbledore ― E como eu quero que a casa esteja inteira quando eu voltar, eu vou deixá-los acompanhados por uma pessoa.
― Há professor. Nos já ficamos sozinhos uma vez, e a casa ficou inteira, além do mais, não precisamos de uma babá, temos treze anos mais nossas mentes têm dezesseis. ― disse Lysa fazendo Sam e Carly rirem.
― E é exatamente isso que me preocupa ― disse Dumbledore ― Nenhum adulto em sã consciência deixaria quatro jovens de dezesseis anos em casa, sozinhos.
― Temos treze...
― Mas suas mentes têm dezesseis lembra? ― disse Dumbledore fazendo todos resmungarem ― Portanto eu vou deixá-los acompanhados, não por uma babá e sim por um professor.
― Um professor? ― perguntaram em conjunto.
― Por favor, diga que esse professor é por acaso o senhor.
Vendo que não obtiveram respostas, Sam se aproximou séria do professor e perguntou:
― Quem é esse professor?
Nesse instante, uma pessoa de preto, aparentemente atrasada, chegou pela porta dos fundos, o homem tinha cabelos negros quase chegando aos ombros,e podia ser comparado a um morcego, Sam sabia exatamente quem era.
― Professor Snape.
― Creio que já conhecem o professor Severo Snape ― comentou Dumbledore ao ver a cara dos outros.
Samantha observou o professor se aproximar do pequeno grupo devagar, e ela assim como os outros, estava assustada com a aparição um tanto sombria e inesperada de Snape que disse:
― Bom dia a todos, eu ficarei aqui para garantir que não destruam a casa ― disse sem preocupação e em tom de ironia, ele olhou cada um tranquilamente.
Contudo, quando seus olhos caíram sobre Samantha, ele quase que imediatamente deu um passo para trás, e todos reparam nesse ato, pois passaram a olhar em direção a ela, e no momento em que ela olhou nos profundos olhos negros de Snape, não reagiu bem. Sua visão ficou embaçada, e tudo ao seu redor começou a rodar, suas pernas perderam a força, fazendo-a cair no chão, seus olhos continuaram abertos, pois dessa vez sua cabeça não doía, mas a cena era quase a mesma.
"Dessa vez a cena estava um pouco fora de foco, não se podia distinguir rostos, para Sam tudo não passava de um borrão na maioria das vezes. Sam viu uma mulher, não podia ver seu rosto mais percebeu que era ruiva, ela estava de frente para o berço, falando alguma coisa muito séria, logo depois houve uma luz azul e ela voltou a sorrir." "A cena mudou e dessa vez, Sam viu um homem coberto por uma capa preta entrando no jardim, com a ajuda da varinha, entrou na casa sem muito esforço, Sam só pôde ver um casal, a mesma mulher com um bebê no colo, a mulher saiu correndo escada acima, enquanto o homem tentou lutar, mas acabou morto" Sam então se deu conta de que conhecia aquela cena, era a noite da morte dos pais de Harry, Lilian e Tiago Potter, e a derrota de Voldemort, ela ouviu chamarem seu nome, mas antes de responder as cenas voltaram "Dessa vez, a mulher que era Lilian, estava no quarto, desesperada ela coloca Harry no berço e tranca a porta, o que não adiantou muito, já que Voldemort entrou no quarto lançando uma forte luz contra a porta, o que só podia ser um feitiço, Lilian ficou perto do berço novamente, dessa vez ela olha pela janela mais próxima, ela abaixo os olhos já que o quarto era no segundo andar, Samantha não sabia muito bem pra quem era, quando Lilian disse sem que nenhum som saísse de sua boca:
― Salve-a, por favor... Por mim...
Ela então se coloca entre Voldemort e o berço, mas Voldemort a joga-a para o outro lado do quarto com um aceno de varinha, e caminha em direção ao berço e ele vê algo que de inicio foi um susto, mas depois ele esboçou um longo sorriso, Sam só depois entende o que aconteceu, ela também se assustou ao ver não só um, mas dois bebês no berço, um ela sabia que era o Harry, o outro não conhecia, era uma menina de no máximo cinco meses, ela não podia acreditar no que estava vendo, então Voldemort se aproximou de Lilian e disse:
― Mais um bebê, humm... Eu não fui avisado disso, contudo, essa criança não irá escapar, seja ela quem for...
Ele se aproximou novamente do berço levantando a varinha, põem Lilian o empurrou com força o suficiente para que ele caísse no chão, olhou de novo para a janela e se voltou para Voldemort:
― Eu não vou deixar você fazer isso...
― Como ousa interromper Lord Voldemort... Você jamais ira interferir em meus planos... ― Voldemort aponta a varinha para Lilian e lança um avada kedrava, e depois tudo o que vê é o corpo inerte de Lilian Potter no chão e já sem pulso, sem que percebesse, lagrimas caíram sobre o rosto de Samantha e ela ouviu Voldemort dizer:
― Vou cuidar primeiro de você Harry Potter, depois eu cuido da sua amiguinha ― ele apontou a varinha para Harry e lhe lançou uma maldição da morte, a ultima coisa que Samantha viu foi uma luz muito verde."
