Ele...Ele era simplesmente perfeito. A maneira que ele gemia às suas investidas perante àquele corpo. Corpo perfeito. Não! Sasori não cogitaria a ideia de que ele, na sua perfeição em geral, acabaria um doloroso demais pensar que seu anjo dourado acabaria.

Deidara era seu oásis no meio do deserto, providenciava o prazer eterno em meio à guerra.

O rosto de expressão suave, tenra, corado, deliciosamente inocente ... O fim trágico que aguarda todo o ser humano o destruiria sem dó nem piedade?...

Não! O ruivo não permitiria tal atrocidade com o seu Anjo. Anjo perfeito.

Seria bom se ele ficasse assim para sempre...

Afinal, arte, sim, isso Deidara era, arte, a Verdadeira Arte, é eterna.

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Seus grandes olhos azuis, expressivos e misteriosos, olhos felinos, admiravam o ruivo.

Deidara sentia dor e felicidade, prazer interminável, interminável em cada instante que eles passavam juntos, nos momentos de ambição por loucura.

Admirava com espanto seu amante. Era perfeito. Perfeito. Não há palavras para descrever o perfeito. Mas há sentimentos. Sasori provava isso em seus atos.

Sim. Aquilo era arte. Aquele era arte. Não há mais para onde subir quando se chega ao topo.

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O abraço foi forte. Forte e marcante. Como se espera do último. Os olhos de ambos fecharam-se para a eternidade; o último suspiro marcou-lhes o rosto. Deidara enfim era arte; eterna. Interminável. Sasori já não era; ele arte.

Para a Morte não existe tempo; então a preciosa arte de Sasori permaneceu ali, com o doce corpo manchado pelos pingos sutis de sangue de seu artista, entregue ao Não-tempo.

A explosão misteriosamente não atingira a frágil e jovem marionete.

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