CAPÍTULO 1
A Arte das Vassouras
por Diana Prallon
Apesar das companhias de vassouras de corrida terem dominado o mercado e tirado a importância dos artesãos, podia-se contar com um número grande o suficiente de fanáticos e apaixonados por quadribol para manter os artesões ocupados com consertos e personalizações de suas vassouras.
Houvera um tempo onde os Weasley eram os mais respeitados entre os artesãos, se dando ao luxo de escolher quem atenderiam ou não. Agora eram apenas uma família tentando sobreviver sem grandes recursos, mas ainda orgulhosos de sua profissão. Nenhum dos filhos de Arthur sentia-se inclinado a continuar na profissão, apesar de amarem quadribol. Desde que continuassem a ser pessoas com o caráter que ele ensinara, não se importaria. Se todos estivessem felizes, seria o suficiente.
Na tarde do dia 30 de Agosto toda a casa já estava excitada com os preparativos para a partida na manhã seguinte. Ron estava nervoso, os gêmeos não paravam de implicar, Percy extasiado com seu novo cargo de monitor. E Ginny, bem, preferia ficar sentada no ateliê, engolindo a inveja de braços cruzados e com fazendo bico, em silêncio.
Foi neste estado das coisas que Lucius Malfoy chegou, com seu filho trotando atrás, para pedir alguns reparos em algumas vassouras de sua coleção. Ginny via pouco o garoto, Draco, e sabia que ele desprezava o tipo de casa onde viviam, as galinhas ciscando e a grama grande demais. Ao mesmo tempo, amava os instrumentos e as vassouras trabalhadas em exibição. E, tentando liberar sua frustração, ela foi implicar com ele.
"Então, Malfoy. Admirando nosso trabalho? Bom, certamente melhor do que os Wasps tem feito nesta temporada, não? Tentando envergonhar todos vocês com os jogos que fez."
"Olha quem fala, Weasley, uma torcedora do Chudley Cannon! Diga-me, como vocês podem torcer para um time que nunca consegue ganhar uma só partida?. Ou por que exatamente vocês torcem para eles quando passam uma geração após a outra repetindo o feito dos Wingtown Wanderers? É uma obsessão com a bandeira da cor dos seus cabelos?"
"Laranja é uma cor linda, melhor que esse branco azedo da sua cara. E, só para constar, eu torço pras Harpies."
"Ahh, uma mulher barbada. Bem, depois de tantos anos sem garotas, não me surpreende que tenha nascido uma tão... Macho."
"Ah, cale-se, Malfoy, você que é uma moça e mal sabe subir em uma vassoura."
"Eu vou ser escolhido para o time da minha casa, você vai ver. Eu vôo muito bem."
"Ahh, claro. Mas não esse ano, não é? Você não pode jogar esse ano."
"Meu pai vai dar um jeito nisso."
"Meu pai vai dar um jeito nisso" ela imitou, e riu. "E que posição o senhorzinho do mundo quer jogar?"
"Apanhador, é claro, é a melhor posição."
"Apanhador, rá! E diz que sabe jogar! Sabe, Malfoy, apanhador não tem graça nenhuma. Quando eu for pra Hogwarts eu quero jogar de artilheira. E aposto com você que te ganho mesmo com seus 150 pontos."
"Aposto. Adoro dinheiro fácil."
"5 galeões?"
"Feito."
E tudo começou.
