Harry Potter não me pertence, afinal não sou a JK, que é a dona dos personagens, mas os pego emprestado para brincar. Não ganho nada com isso. Aviso: Fanfic com trio (sexo gay também) e alguns toques de BDSM, se não gosta, não leia.
Hermione nunca tinha imaginado que seu marido tinha esse tipo de pensamentos sobre seu melhor amigo. Claro, ela sabia que ele gostava de jogar com homens também, os dois era muito teimosos e dominantes, de forma que era comum trazerem um amante bem comportado e obediente para sua cama, a maior parte deles foram casos duradouros. Três foram os homens que eles tiveram em sua cama regularmente ao longo de mais de vinte anos de casamento, todos já estavam fora de suas vidas, fazendo com que ela ansiasse por alguém permanente, que completasse os desejos dos dois e a ajudasse a fazer seu marido relaxar. Ele era o tipo de homem que gostava de poder, e gostava de fazer alguém se submeter e adorá-lo, ele era o Ministro da Magia por algum motivo pelo amor de Merlin, mas Harry nunca tinha dado a mínima para isso. Não, o Chefe dos Aurores era mais propenso a mandar o Ministro enfiar propostas em um lugar nada próprio em vez de se derreter e ceder aos jogos, ou ao charme do seu marido. Ela sempre tinha pensado que era aquela rivalidade infantil dos dois, aquele desejo insano que os dois sempre tiveram de se mostrar melhor que o outro… ela estava errada. Ali, naquela reunião em que Draco tentava fazer Harry endossar os cortes no Departamento de Aurores frente ao público, ela viu a fome nos olhos cinzentos dele, o desejo de fazer Harry se ajoelhar e dizer "sim, sr. Ministro" em vez de "De nenhuma maneira no inferno, Malfoy", e essa percepção a fez rir suavemente, coisa que cortou a discussão dos dois na raiz.
- Quer compartilhar o que te parece tão engraçado, amada esposa? – Draco perguntou, com sua voz arrastada e olhar afiado.
- Oh, não pode culpar uma mulher por se divertir ao ver seu marido e seu melhor amigo reduzidos a agir como dois meninos de escola. Só faltam se chamar de Doninha e Testa-Rachada. – Ela zombou, de bom humor, fazendo a assistente de Harry rir, o que lhe rendeu um olhar zangado do patrão. – Oh, Jane, você teria adorado vê-los na escola, trocavam socos e feitiços a cada dois minutos.
- A Primeira-Dama também socou o atual marido. – Harry contou a auror que era sua segunda em comando. – O Ministro sempre foi um desgraçado provocador, e deve continuar em sua cruzada para me tirar do sério, porque essa proposta só pode ser uma piada!
Hermione suspirou ao ver Draco crispar os dedos. Sem o endosso de Harry o Wizengamot nunca aprovaria os cortes que eles precisavam.
- Vamos ser realistas, Potter. – Draco disse, obviamente lutando contra o desejo de realmente enfeitiçar seu amigo. – O Ministério gasta mais do que arrecada, estamos até o pescoço com dívidas de empréstimos das famílias ricas do país, meu pai é um dos nossos maiores credores e isso dá a ele, e a um monte dos velhos mais astutos do país, um poder político bastante perigoso. Consegue me acompanhar até aqui ou estou sendo muito rápido?
Hermione pisou no pé do marido com força, Harry odiava ser taxado de lento ou burro, coisa que ele não era em absoluto.
- Continue, Malfoy, goste ou não, sou perfeitamente capaz de concatenar ideias. – Harry disse, acidamente.
- Então, por mais que eu goste da minha família tendo tanto poder, enquanto Ministro recém empossado, isso me soa terrivelmente errado. Se prestar atenção vai ver que cortei os gastos de todos os departamentos, mas o treinamentos dos aurores é um poço sem fundo para os galeões do Ministério!
- Não vou colocar aqueles garotos na rua para enfrentar sabe-se lá Merlin o quê sem o treinamento adequado. Isso colocaria suas vidas em risco e…
- Por isso propus modificar a planificação de aulas de Hogwarts no sexto e sétimo ano, todos aqueles que desejarem de juntar aos aurores vão começar as disciplinas na escola. Merlin, isso até vai facilitar o acesso dos coitados, pense com clareza pelo amor de Merlin!
Dessa vez, Hermione chutou o marido na canela com toda a força, fazendo-o dar um respingo nada elegante. Harry sorriu arrogantemente, como se soubesse exatamente o que ela tinha feito.
- Mione, acha que é viável? – O moreno perguntou-lhe, muito mais afavelmente do que tinha feito com Draco.
- Sim, como diretora de Hogwarts, a proposta me parece extremamente vantajosa. Tenho lutado para reestruturar o currículo dali, como você já sabe. Com o apoio do meu marido e o seu posso finalmente vencer as múmias do Conselho Escolar.
- Finalmente Bins vai se aposentar, hein? – Harry perguntou, sorrindo.
- Se Merlin quiser. – Ela respondeu, sorrindo.
- Muito bem, Malfoy. – Harry disse, seu sorriso morrendo e a velha carranca mal humorada voltando ao lugar. – Vou endossar isso, mas tem que colocar uma cláusula de tempo, se em três anos o nível de formação dos aurores diminuir, vai voltar atrás e retomar o investimento na Academia, exatamente do jeito que é hoje.
Draco ia retrucar, mas um olhar de Hermione o fez recuar. "Aceite as pequenas vitórias", o olhar dela dizia.
- Muito bem, Potter. Meu assistente vai providenciar os ajustes… temos que participar de uma coletiva para anunciar isso.
- Oh, pelo amor de Merlin! – Harry explodiu, indignado.
Hermione se compadeceu um pouco, a imprensa não tinha dado trégua ao Chefe dos Aurores desde seu divorcio com Ginny meses antes.
- É realmente necessário, Potter. – Draco disse, já se zangando.
- Vamos lá, Harry. Vou chamar Ron e George e deixá-los jogar qualquer pozinho que eles queiram em todos os jornalistas que perguntarem da sua vida pessoal.
Isso fez Harry gargalhar e Draco franziu o cenho.
- Promessa? – Harry perguntou.
- Claro. – Ela garantiu.
H D H
Depois que Harry e Jane saíram, Hermione ficou a sós com Draco, que a observava como um dos falcões que usavam de mensageiros na mansão.
- Lucius sabe que vai perder a influência dos empréstimos? – Ela perguntou, se servindo de um pouco de uísque de fogo.
- Ele achou bastante impressionante para meu primeiro movimento político no cargo. – Draco disse. – Além disso, ele está ocupado mimando nossos filhos até a perdição para querer jogar no Ministério.
- Verdade. – Ela riu ao se lembrar de como toda a imagem que ela tinha de Lucius ruiu ao vê-lo com o cabelo cheio de trancinhas porque Scorpius e Alya queriam brincar com as madeixas loiras e longas do vovô. – Acha que fazemos mal em deixá-los tanto tempo sozinhos na mansão com eles?
Draco meneou a cabeça. Hermione sempre se sentia culpada por trabalhar demais e deixar os filhos com Narcissa e Lucius quase o dia todo, para alegria de seus pais, que tinham ficado praticamente no anonimato para que sua carreira política pudesse decolar.
- Claro que não, além disso, eles me criaram, e sou perfeito.
Ela riu, andando até a mesa dele e lançando três feitiços na porta, fazendo-o arquear uma fina sobrancelha.
- E modesto. – Ela disse, ao subir sua saia justa até a cintura, revelando que as meias pretas que usava combinavam com um par de cinta-liga e calcinha de renda da mesma cor.
- Esse sou eu, cheio de virtudes. – Draco respondeu, bastante calmo ao puxar a esposa para seu colo. – Pensei que não gostasse de fazer sexo aqui no Ministério.
- Hum, isso foi antes de te ver cobiçando meu melhor amigo. – Ela respondeu, desabotoando sua blusa e revelando que não usava nada por baixo. – Se se der ao trabalho, vai ver que fiquei toda molhada imaginando como Harry ia ficar lindo de joelhos entre as suas pernas.
Draco acatou a sugestão da esposa e deslizou seus dedos sob a renda de sua calcinha, achando-a molhada e escorregadia.
- Eu não estava cobiçando Potter. – Draco disse, ainda que nem ele acreditasse naquilo, mas ainda assim estimulando Hermione ao mover os dedos no ritmo que ela gostava.
- Ah Draco, fantasiar sobre foder meu melhor amigo em cima da mesa é a definição de cobiçar. – Ela disse, movendo os quadris para acompanhar o ritmo dos dedos do marido. – E se for um bom menino, vou te conseguir isso para seu aniversário.
Ela terminou gritando o nome do marido com ele usando só os dedos, se era assim que Draco ia ficar só com a ideia de ter Harry na cama deles, seu amigo ia entrar nisso tão cedo quanto ela pudesse planejar.
H D H
Harry quase nunca recebia cartas de Hermione durante a semana, e quando viu o falcão que ela usava entrando em seu gabinete, já sabia que seu filho tinha arrumado problemas na escola. James era seu mais velho e tinha o temperamento estourado de Ginny aliado a uma teimosia gigantesca. Albus e Lily não deram esse trabalho, lidaram com o divórcio dos pais em casa, já James tinha que lidar com isso na escola, onde já chamava a atenção só por ser filho do Menino-que-venceu. Hermione tinha deixado o flú livre, de forma que ele saiu direto em seu escritório particular, aquele que não tinha os quadros dos diretores antigos, sua amiga tinha providenciado aquela pequena alcova para ser inserida ao lado do gabinete oficial quando tinha sido nomeada diretora dois anos atrás.
- Estou bastante segura de que McGonagall se aposentou quando se deu conta de que James estava vindo para o colégio. Duas vezes lidando com o sangue dos marotos é suficiente para qualquer um, azar o meu que fiquei com a terceira rodada, para ajudar, você foi e colocou os genes dos gêmeos Weasley na mistura.
Harry gemeu. Hermione estava literalmente jogada na poltrona, sapatos de salto altíssimo que ela costumava usar jogados no tapete, bem como o manto negro que ela usava sobre a saia reta e o terninho que eram sua marca registrada. Sua forma trouxa de vestir já tinha causado escândalo na sociedade, já que era raro que uma Malfoy andasse por ai mostrando as pernas, ainda que cobertas de meias de seda, que ela não usava nesse momento, mostrando a pele branca e as curvas bem torneadas que tinha. Hermione sempre tinha sido estonteante e parecia que a idade não iria alcançá-la tão cedo. Harry engoliu em seco, ele realmente devia sair mais, não ter ninguém desde de seu divórcio tinha parecido uma boa ideia até agora, mas a animação em suas partes baixas lhe dizia que era hora de seguir em frente. Pigarreando para se controlar, ele perguntou:
- O que ele fez agora? É só seu primeiro ano, pelo amor de Merlin! – Harry perguntou, se jogando na poltrona vazia ao lado da amiga.
- O que fez dele uma lenda ao mandar três sonserinos do quarto para a enfermaria hoje. Juro que ele tem uma combinação fatal do seu mau gênio e da Ginny. – A mulher desabafou.
- Três alunos do quarto ano? Por quê? Como? – Harry perguntou, fazendo-a revirar os olhos, sempre o auror.
- Bem, eles não me contaram o porque, mas eu tenho minhas fontes e descobri que os rapazes mais velho estavam provocando James sem parar por causa do divórcio… sabe que saiu aquela nota no jornal sobre Ginny e Krum, então, eles fizeram piadas pesadas sobre ela e os jogadores de quadribol.
Harry rangeu os dentes, Ginny e Krum nem estavam juntos, era só uma entrevista profissional.
- E quanto ao como… seu filho de onze anos tem a mente retorcida de Fred e George, pode acreditar. Ele aprendeu, não me pergunte como, ainda que eu suspeite que pediu ajuda dos tios, um feitiço que deixou os três delinquentes com uma coceira permanente em suas partes baixas… não se atreva a rir, Harry Potter! Ele tinha transfigurado as calças deles em mini-saias antes de lançar o feitiço, então todo os alunos puderam ver tudo, porque ele decidiu que a hora do almoço seria ótima para fazer esse tipo de coisa.
Harry reprimiu a diversão.
- Me desculpe, Mione. Ele vai ser suspenso?
- Não dessa vez porque acredito que houve atenuantes, mas Harry, James tem que aprender a lidar com esse tipo de coisa de outro jeito, e o castiguei pelos próximos seis meses, ele não vai ter os fins de semana livres com as detenções e trabalhos extras que vai fazer, e teria sido a metade se ele não fosse tão teimoso e tivesse me dito como fez aquilo.
- Lealdade gryffindor. – Harry disse, escondendo a ponta de orgulho que sentiu ao ouvir isso.
- Você está com uma cara péssima, não precisa se preocupar, já mandei uma carta pra Ginny na Alemanha avisando do que aconteceu e pedi que ela não mandasse um gritador para o rapaz, mas te chamei aqui porque alguém precisa falar com ele e James não aceitou muito bem minha intervenção.
Harry franziu o cenho profundamente.
- Ele foi insolente com você?
Ela sorriu.
- Sim, mas não é como se eu não pudesse lidar com rapazes insolentes. Não se preocupe, não lhe dei umas palmadas por mais que tivesse vontade.
Harry sentiu um arrepio de excitação culpado ao pensar em Hermione disciplinando um menino insolente, mas seu auto controle era excelente, por isso, ele voltou ao tema central.
- O que ele disse?
- Nada demais, ele não reagiu bem quando tentei abraçá-lo ou conversar sobre seu divórcio, ele não entende porque os pais se separaram e está com raiva.
Harry suspirou fortemente. James era extremamente ligado a mãe e tinha sido o mais afetado com o divórcio.
- Posso falar com ele agora?
- Claro, já mandei chamá-lo, podem usar o gabinete oficial… mas, Harry, vá com calma, você anda meio explosivo ultimamente.
O Chefe dos Aurores assentiu, todos tinham notado isso, mas creditavam ao divórcio recente, quando era mais ligado a sua frustração sexual.
- Vou me comportar… e descobrir quem ensinou aquele feitiço, minhas apostas estão no George.
- Ah não, Bill, com certeza. – Hermione disse, o quebrador de maldições era o tipo que ensinaria esse feitiço ao sobrinho para que o rapaz de vingasse.
H D H
Hermione esperou em seu escritório particular até que Harry terminasse de falar com James. Seu amigo realmente parecia muito cansado e um pouco atormentado, ela sentiu uma onda de remorso por planejar provocá-lo nesse estado, mas ela vivia cercada de serpentes e sufocou essa sensação pensando que se tudo desse certo Harry seria deles e muito mais feliz do que agora. Ela tinha visto como ele a tinha olhado, de forma que sim, podia seduzi-lo, e se tinha lido corretamente a postura dele, também gostaria de ser seu menino bonito e obediente. Ela ouviu quando ele hesitou na porta por alguns segundos, mas quando Harry entrou parecia um pouco pior.
- Acabei de fazer meu filho chorar. – Ele disse, parecendo miserável.
- Harry! Eu disse para ir com calma. – Ela reclamou, realmente se arrependendo de ter usado o caso de James como isca.
- Eu fui, mas ele estava tão arrasado que começou a chorar quando eu disse que estava decepcionado com esse tipo de comportamento, ele me perguntou se eu ia deixá-lo na escola de castigo.
- E você vai? – Ela perguntou, preocupada.
- Claro que não! E já disse isso pra ele também, então, minha bronca não foi muito bem, já que passei mais tempo consolando-o que qualquer coisa.
- Então não precisa se sentir tão mal, venha, vou te dar um uísque. – Ela disse, muito mais tranquila.
- Geralmente não bebo no meio do dia. – Harry apontou.
Ela olhou para o relógio em seu pulso.
- Harry, são quase seis, você e Draco precisam aprender a sair no horário.
- Você fica aqui até depois do jantar.
- Esse é o meu horário. – Ela disse, com ar prático.
Harry riu e voltou a se sentar na poltrona, muito confortável até que ela lhe entregou o copo e passou a massagear seus ombros tensos.
- Então, doeu muito se sentar ao lado do meu marido na coletiva semana passada?
- Sim, ele foi charmoso e flertou com todo mundo e me fez parecer um troll mal humorado. – Harry disse, amuado, fazendo um beicinho. – Ele fez de propósito.
- Ele é charmoso e flerta com todo mundo o tempo todo. – Ela disse, perto da orelha dele, vendo como o amigo estremeceu.
- Ele nunca foi charmoso comigo, mais como um pirralho mimado e cheio de vontades.
Ela riu suavemente, e usou o tom de voz baixo que sabia que provocava a maior parte dos homens, Harry não seria uma exceção.
- Ele seria charmoso com você se o deixasse, Harry.
Harry engasgou levemente com seu uísque e tentou se desviar dos dedos dela, que continuavam a desfazer nós de tensão em suas costas, mas Hermione o manteve no lugar.
- Não terminei, fique quieto. – Ela disse, com sua voz ditatorial.
Para sua surpresa, Harry aquietou.
- Me desculpe. – Ele disse. – Eu só... ninguém faz isso por mim há algum tempo.
E isso era bem antes de seu divórcio, ele e Ginny estavam em uma guerra fria por anos.
- Pobrezinho. – Hermione disse, realmente com pena. Harry era uma das pessoas mais táteis que ela conhecia, ele gostava de abraços e toques. – Você nunca me contou por que se divorciaram, tem estado muito tenso desde o divórcio e sei que não falou com Ron porque é o irmão dela.
- É… complicado. – Harry disse, dando graças a Merlin que ela estava a suas costas e não podia ver sua mortificação.
- Conte-me. – Ela pediu. – Vai ajudar.
- É… eu… foi minha culpa. Eu queria coisas que ela não podia me dar.
- Num casamento isso só pode ser sexo… o que não faz sentido, vocês tem três filhos. – Hermione disse, pressionando.
- Ela gosta das coisas tradicionais. – Harry disse, evasivo.
Essa era toda a confirmação de que ela precisava. Ginny era baunilha, azar o dela e sorte de Hermione, que já tinha um plano se formando em sua mente, Harry seria perfeito.
- É uma pena, pensei que vocês dois seriam para sempre.
- Ao contrário de você e Malfoy, que todos achamos que ia acabar tão rápido quanto o oitavo ano.
Ela sorriu e continuou a massagear as costas do amigo enquanto se lembrava do começo de seu relacionamento com Draco. Tinha sido o escândalo do ano, ou talvez da década. Heroína de guerra casada com ex-comensal, muitos acharam Draco a usou de plataforma política, mas a verdade é que a ideia de lançá-lo nos caminhos do Ministério tinha sido dela. A ideia surgiu depois que o viu organizar e dominar os alunos que voltaram para o oitavo ano em Slytherin, Draco era charmoso e persuasivo, só precisou tirar a máscara de idiota pomposo para que todos caíssem em suas garras, ela incluída. O homem era um manipulador de primeira, e ela amava isso, era bom ter alguém que pudesse ser um desafio intelectual o tempo todo, os dois se amavam e se entendiam, tanto que ambos desejavam a mesma coisa: Harry Potter em sua cama. Sorrindo perigosamente ela se abaixou para beijar o cabelo do amigo, coisa que o moreno não estranhou, ela sempre gostou de mimá-lo. O que o fez ficar mais tenso foi quando um puxão de magia abriu os primeiros botões de suas vestes, logo as mãos delicadas de Hermione seguiram por dentro de sua gola, tocando-lhe a pele nua.
- Mione, o que você está fazendo? – Ele perguntou em voz baixa, sentindo os dedos da amiga em seus ombros novamente.
- Te seduzindo. – Ela respondeu, diretamente, sentindo-o ficar mais tenso ainda. – Vamos lá, Harry, relaxe.
O moreno não podia relaxar, as unhas longas e bem manicuradas da amiga deslizaram dos ombros para seu peito, arranhando todo o caminho até chegarem em seus mamilos.
- Mas… por quê? Você não está feliz?
Hermione suspirou, ela tinha sido contaminada pela sua família de serpentes, mas Harry ainda era muito grifinório para saltar nisso sem esse tipo de pergunta. Sem parar de acariciar os mamilos do Chefe dos Aurores, ela explicou:
- Estou perfeitamente feliz, mas estou com vontade de te seduzir. Gosto de ver o desejo nos seus olhos quando me olha, ainda me lembro de como fazia a mesma coisa quando estávamos sozinhos naquela barraca durante a guerra…
Harry lambeu seus lábios, seu coração galopando no peito, ele tinha certeza que ela podia sentir seus batimentos na ponta dos dedos. Ou ele nunca tinha sido discreto ou ela era muito observadora.
- Mas… Malfoy, não podemos. – Ele negou, sacudindo a cabeça apesar de não se afastar dos toques da amiga.
- Claro que podemos, não seja tolo. – Hermione disse, finalmente tirando as mãos de dentro de sua túnica para dar a volta na poltrona e ficar de frente para ele. Ali, de pé ela parecia ainda mais misteriosa, sexy e intimidante.
- Mas...
Hermione o interrompeu, não com palavras como era seu forte, mas com um olhar firme e uma careta de desagrado, ele mordeu os lábios quando a viu cruzar os braços.
- Não estou gostando desse comportamento. Você confia em mim ou não?
- Claro.
- Então acredite quando eu digo que não tem problema nenhum, mas talvez eu tenha entendido errado. Não está interessado?
Harry teve a coragem de responder:
- Sim.
- E posso supor que gosta de ser dominado? – Ela perguntou, diretamente.
Ela viu como o rosto do amigo queimou e como seu pomo de adão se moveu, ele parecia muito desconfortável.
- Estou esperando uma resposta, Harry. – Ela pressionou.
Ele só teve coragem de assentir, não confiando em si mesmo para responder adequadamente. Hermione sorriu, tinha sido mais fácil do que ela imaginava.
- Bom. – Ela praticamente ronronou. – Gosto de meninos obedientes.
- Então não sei como está casada com Malfoy. – Ele soltou rapidamente, e se arrependeu em seguida, não devia dizer esse tipo de coisa.
- Ah, Draco com certeza não é obediente. – Ela disse, divertida, voltando a se aproximar do amigo, segurando-lhe pela lapela da túnica. – Nós dois gostamos de ter um gatinho ronronando na nossa cama… poderia lidar com dois mestres, Harry?
Harry cogitou a possibilidade de aparatar para longe de Hermione, já que acreditava estar lidando com um feitiço da amiga, só isso poderia explicar aquela situação.
- Eu adoraria isso. – Ele confessou. – Mas… eu não gostaria de ser a aventura de vocês.
Hermione sorriu, soltando-o. Harry era um romântico.
- Não seja tolo, se eu quisesse um amante ocasional arrumaria um. Te quero porque acredito que vai ser perfeito para nós.
Harry não respondeu, preocupado demais em acalmar seu coração palpitante. Ele não poderia ser tão sortudo ao ponto de ter suas mais secretas fantasias realizadas, certo? Tinha que haver um truque, uma armadilha…
- Pare de pensar. – Hermione ordenou, de pé, com suas meias de seda preta numa das mãos. – Venha aqui, Harry.
Harry obedeceu, e andou até ela. Hermione apontou para o tapete com o indicador.
- Me ajude a vestir minhas meias, e as prenda com a cinta-liga. – Ela disse, puxando sua saia até a cintura e revelando sua lingerie de renda negra que deixava muito pouco para a imaginação do auror.
Harry engoliu em seco ao colocar um joelho no chão e apoiar um pé delicado da amiga no outro joelho. Ele tremia levemente ao deslizar a meia pela perna e pela coxa branca e firme dela, tinha vontade de acariciá-la, mas não tinha certeza se poderia fazer isso. Hermione tinha um sorriso malicioso ao ver Harry tão empenhado nessa tarefa simples, ela gostou de como ele estava ofegante e concentrado ao terminar com isso e de como seus olhos não podiam fugir do seu corpo.
- Agora, coloque minha saia no lugar. – Ela pediu, mantendo o rosto impassível mesmo quando os dedos levemente calejados do amigo acariciaram seus quadris, puxando a saia justa para baixo com lentidão. – Agora, os sapatos.
Harry assentiu e a ajudou a colocar os sapatos de salto, ganhando uma carícia no cabelo que o fez ter vontade de gemer, ele adorava ser mimado assim.
- Que manhoso. – Hermione provocou. – E tão animado. – Ela disse olhando para a dureza pressionando as calças do auror.
Harry corou e mordeu os lábios, ele não sabia o que fazer, mas tinha idade o suficiente para não ficar tão excitado com uma troca de palavras e alguns toques.
- Me desculpe.
- Oh, mas isso é tão interessante. – Ela disse, se sentando na poltrona e fazendo um gesto para que ele se levantasse. – Abra suas calças.
Harry estava tão nervoso que cogitou sair correndo dali, mas se conhecia bem sua amiga, o escritório estava protegido por excelentes feitiços de selamento.
- Estou esperando, Harry. – Ela disse, passando as unhas distraidamente pelo braço da poltrona. – E deixe o botão principal no lugar, por favor.
Harry sentia um misto de vergonha e excitação, mas se colocou a frente dela e obedientemente desabotoou suas calças, sem saber se o fato de quase nunca usar roupa íntima era ou não bom nesse caso. Hermione parecia pensar que era ótimo, porque sorriu apreciativamente e esticou a mão para puxar sua ereção crescente fora da calça, Harry ofegou quando a sentiu acariciá-lo, como se o estivesse medindo. O auror gemeu audivelmente quando sentiu como ela arranhava toda sua extensão usando a unha do indicador.
- Você é tão bonito assim, meio desesperado. Ah, as coisas que posso fazer com você. – Hermione disse com fascinação, se inclinando para plantar um beijo na ponta palpitante e gotejante de sua ereção.
- Mione, por favor. – Ele gemeu, meio em reclamação, meio em pedido.
Ela sorriu e deu-lhe uma mordida de leve, coisa que o fez choramingar e sentir uma gota grossa de pré-sêmen escorrer de seu pênis cada vez mais duro.
- Quero que faça uma coisa por mim. – Ela disse, ainda segurando seu pênis, o polegar acariciando ritmicamente a pequena abertura, espalhando a umidade e deixando-o meio insano. – Vai ser um bom menino o resto dessa semana, não vai gozar nenhuma vez, nada de punhetas, muito menos de sair por ai procurando uma transa rápida. Vou te enviar notas com instruções e alguns presentes… pode fazer isso? Hein?
Harry pensou que poderia explodir ali mesmo só por ser tocado e acariciado por outra pessoa depois de tanto tempo, mas resistiu.
- Sim, posso fazer isso. – Ele disse, sua voz falhando pela excitação.
- Ótimo, mas se sentir desconfortável com alguma coisa nesse meio tempo é só me dizer, e claro, sinta-se livre para vir falar comigo se precisar. – Ela falou, se levantando e lambendo o polegar com um sorriso. – Caso contrário, quero que ative essa chave de portal no domingo pela manhã.
Harry segurou a moeda que ela lhe entregou.
- Vou te enviar as palavras de ativação pelas notas… e, sinta-se livre para continuar flertando com o meu marido.
- Eu não flerto com ele. – Harry se defendeu.
Hermione riu.
- Oh, Harry, sim, você faz. Fica sentadinho e praticamente o desafiando a te dar umas palmadas… e sempre usa aquela calça branca apertada quando vocês têm uma reunião porque sabe que ele mal pode tirar os olhos da sua bunda tempo suficiente para prestar atenção em nada.
Harry mordeu os lábios, envergonhado por alguém ter notado esse detalhe.
- Não se preocupe, Draco ainda não percebeu que você faz isso. Agora, fique aqui até se recompor, nos vemos logo.
Ela aparatou para fora da sala, deixando-o com uma ereção de campeonato que não poderia aliviar e um monte de caos emocional para lidar.
