Passei um longo tempo pensando sobre o nome da fic, e simplesmente me veio em mente o nome da personagem principal dessa história, é uma one curtinha mas acho que vale a pena ler, aproveitem e não esqueçam de comentar.

As personagens são totalmente criações da nossa querida J.K, e a história não tem qualquer fim lucrativo.

"Astoria" foi feita a base de várias músicas da Lana Del Rey, por que eu acho que não há trilha melhor para esse casal.


Astoria.

Draco nunca entenderia a devoção que ela tinha à ele, seu olhar era de transparência lealdade, amava os olhos; aqueles olhos que por vezes o intrigavam tanto, eram de um azul intenso, pareciam saber todas as coisas do mundo e nem por isso intimidavam-se.

Ele nunca entenderia o por quê ela arriscara tanto por ele, seu nome, sua honra e dignidade, algo que ele nunca teria feito por alguém. Dignidade é a palavra que define uma linha de honestidade e ações corretas baseadas na justiça e nos direitos de outros indivíduos, Draco nunca entendera isso também, não fora criado para respeitar, mas sim para impor respeito ao outros. E mesmo assim, ela havia passado por cima dos conselhos alheios para não se envolver com um ex-comensal, e quando ele a questionara o por quê, ela finalmente o beijara nos lábios, calando todas as suas dúvidas.

E quando em um acesso de fúria pelos olhares recriminadores que recebiam nas ruas, ele mostrara à ela a marca, a maldita marca. Quando a cravou no antebraço, um garoto na época, pensara que mijaria nas próprias calças pela dor excruciante, porém a serpente incomodava muito mais agora. Tentou fazer com que Astoria se afastasse, foi rude e frio, tentou expulsá-la de todo aquele inferno, mas ela não desistiu, nunca. Ela jamais fora embora, não queria que a olhassem com o mesmo desprezo que o fitavam, ou a julgassem por uma má decisão que nunca foi dela, apesar de tudo, ele soube naquele momento que amava mais do que qualquer coisa existente, pela primeira vez havia se preocupado com alguém, além de si mesmo. Ela era seu porto seguro em meio ao caos, podia confundi-la com uma estrela, tinha luz própria e ele orbitava ao seu redor.

Ele não se lembrava de Astoria em Hogwarts, e quando mencionara isso, ela lhe dera um breve sorriso e confessara lembrar-se dele mais do que de qualquer um.

-Eu me lembro de você, Pansy, Blaise...-murmurou tocando a marca negra, causando inconscientemente reações no corpo de Draco, fazendo os pelos de seus braço eriçarem-se. –Todos pareciam se divertir com tudo aquilo, exceto você.

-E o que eu parecia querer? –ele perguntou curioso, ela voltou a fita-lo incerta se deveria responder realmente, encarou a serpente, e, novamente as íris cinza de Draco.

-Você parecia querer fugir, parecia querer que tanto Harry Potter quanto Voldemort explodissem em meio a batalha. –Draco a fitou por um longo momento, tentando descobrir como uma garota qualquer do quinto ano em Hogwarts havia enxergado o que ninguém mais havia conseguido, nem seus amigos, muito menos sua família. –Você não é um deles, nunca foi, ninguém sabe ou entende isso, mas eu sim. –sussurrou quase inaudível.

Ele enroscou seus dedos nos cabelos escuros dela e a puxou para beijá-la, fizeram amor pela primeira vez naquela noite. Draco tinha pesadelos quase sempre, entre tantos sonhos, estavam envolvidos Voltdemort, Potter, Dumbledore e até mesmo seus pais. O rapaz acordava tremendo, arfante e envergonhado, Astoria, porém, não dizia nada, apenas o abraçava, aninhava-o sobre seu corpo e por vezes o beijava até Draco se esquecer.

Os sonhos nunca o deixaram, porém ela também não.


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