Disclaimer:

Naruto e seus personagens pertencem a Masashi Kishimoto.

O enredo é inspirado nos crimes cometidos por Jack, o Estripador na Londres vitoriana, bem como no filme From Hell (2001) dirigido pelos irmãos Hughes com base nos quadrinhos homônimos de Alan Moore, qualquer semelhança não é mera coincidência.

N/A:

Hello there!

Sou uma leitora assídua de fanfics há anos e devido ao meu grande interesse por serial killers, em especial por Jack, o Estripador e Zodíaco, sempre quis ver alguma fanfic dos fandoms que gosto relacionada ao tema, como nunca encontrei decidi escrever eu mesma uma fanfiction do tipo.

Tenho esse enredo na cabeça há um bom tempo, e inicialmente pensei em desenvolvê-lo no universo de Harry Potter, mas por fim optei por Naruto. É essencial que a história se passe na Inglaterra porque como sabemos, Jack (a.k.a. o maior SK de todos os tempos!), bem como todas as suas vítimas, residia em Londres, então vamos ignorar o pequeno detalhe de a terra da Rainha estar lotada de pessoas com nomes e sobrenomes japoneses.

É a minha primeira fic e seria legal receber algum retorno de vocês.

No mais, tenham uma boa leitura! :)


PRÓLOGO

Sexta-feira, 31 de agosto.

02:45 a.m.

Brady Street, Whitechapel, Londres, Inglaterra.

— Até amanhã, Polly!

—Até, Ino!

Após se despedir, Polly Brooks deu as costas ao prédio onde um letreiro em neon formava a palavra Fever na fachada. Apertou o sobretudo contra si e se pôs a caminhar. Os cabelos acaju balançavam conforme o ritmo dos passos.

Era o último dia de agosto, o que indicava que o verão estava chegando ao fim. Fazia frio e Polly tinha pressa para chegar em casa. Não por ser muito tarde, afinal não havia ninguém a esperando, mas sim porque nos últimos dias Brooks tinha a estranha e desagradável sensação de estar sendo observada.

Sua casa ficava a alguns quarteirões de seu trabalho. Polly trabalhava na Fever, uma boate situada no distrito de Whitechapel, onde a principal atração eram os shows de stripteasing, e seu cargo estava diretamente ligado a isso, Brooks era uma stripper que atendia pelo pseudônimo de Ginger.

Ginger além de dançar também saía com alguns clientes, não fazia isso porque gostava, mas porque era necessário. A vida nunca fora uma madrinha para a garota, ou para qualquer outra das meninas que trabalhavam na Fever. Aos quinze anos, cansada das discussões de seus pais, onde geralmente seu pai estava bêbado e sua mãe e às vezes até mesmo ela e sua irmã mais nova eram agredidas, resolveu sair de casa. Hoje aos vinte e dois anos nunca mais tivera contato ou notícias de seus parentes e essa fora a forma que encontrara para sobreviver. O salário de stripper na Fever não era lá grande coisa e para pagar o aluguel de onde morava e o restante de suas contas era preciso fazer alguns extras.

Nunca tivera problemas em morar sozinha, havia se adaptado a solidão. Porém de uns dias para cá, desejava que alguém estivesse a esperando, alguém que desse por sua falta. Não havia comentado com ninguém, mas estava com medo, tinha que admitir.

Há cerca de uma semana, sempre que largava e estava voltando para casa, sentia olhares queimando a sua nuca, seus passos eram avidamente acompanhados por uma pessoa, tinha certeza, mesmo que nunca tivesse de fato visto alguém. As ruas mal iluminadas e desertas naquele horário apenas aumentavam seu medo.

Já estava quase no final da avenida quando foi invadida pela sensação que tanto a atormentava ultimamente, sentia que cada movimento seu estava sendo observado. Olhou para trás, como sempre não viu ninguém. Passou a caminhar mais rápido.

Ao virar a esquina que levava à Durward Street, ouviu passos atrás de si, o que nunca tinha acontecido em outros momentos em que se sentiu observada, dessa vez tomada pelo pânico não ousou olhar para trás e começou a correr pela rua deserta, tão rápido quanto suas pernas permitiam. Respiração irregular, o coração batendo furiosamente em seu peito, pulsação mais do que acelerada. Quem a estava perseguindo corria também. Havia se afastado cerca de cem metros da esquina e então segundos depois tudo aconteceu muito rápido.

Polly foi bruscamente puxada para trás e arremessada contra a calçada. Gritou e fechou os olhos, sua cabeça latejava de dor devido ao impacto da queda, sentiu algo quente escorrendo entre os fios de seu cabelo. Estava em choque e quando pensou em fazer um esforço para se levantar sentiu um corpo contra o seu e uma mão lhe tampar a boca com força.

— Abra os olhos. – Ordenou uma voz rouca e fria. Brooks sentia-se zonza e cerrou os olhos com ainda mais força.

— Vadias como você me dão nojo! – disse a voz – Abra os olhos! – repetiu agora mais alto e Polly sentiu um doloroso tapa ser desferido contra seu rosto, sua face esquerda queimava.

As lágrimas vieram aos seus olhos e ela foi forçada a abri-los. Tudo o que seu desespero e visão embaçada a permitiram ver foi que seu agressor aparentava ser um homem, alto, forte, vestia algo que se assemelhava a uma capa preta, seu rosto escondido por um capuz, sendo o reflexo de seus olhos a única coisa de fato visível.

— Melhor agora... – o homem deu uma risada baixa, a mão que tampava a boca da garota, desceu para o pescoço apertando ali, a outra mão que estava livre foi até o bolso da calça e de lá retirou um punhal, colocando-o na altura dos olhos da vítima, que se possível arregalou-os ainda mais.

Retirou a mão do pescoço de Polly, que agora que não tinha mais nada lhe prendendo a respiração pensou em gritar como uma última tentativa de se salvar, porém antes que conseguisse emitir qualquer som sentiu a lâmina fria lhe rasgar a garganta.

O desespero de Brooks apenas aumentou quando passou a sufocar-se com seu próprio sangue.

O assassino sentiu um prazer descomunal em ver a garota abaixo de si debater-se até a vida deixar seus olhos, era por isso que fazia questão que eles estivessem abertos. Os orbes onde antes o brilho do desespero estava nítido agora estavam opacos e vidrados.

Estava feito. Polly Brooks estava morta. Porém ainda não era o suficiente, a melhor parte viria agora.

Saiu de cima do corpo e ajoelhou-se ao seu lado. Com um brilho sádico nos olhos, rasgou a blusa que a mulher usava e com um movimento preciso do punhal já sujo de sangue abriu-lhe o abdômen fazendo mais sangue jorrar, com bastante destreza e cuidado retirou-lhe o fígado e parte do intestino colocando-os sobre os ombros do corpo inerte. Golpeou o cadáver três vezes na região do baixo ventre e ergueu-se, limpou o punhal na barra da capa, guardou-o de volta no bolso da calça e observou o corpo envolto de sangue, não sentia remorso, culpa era algo que simplesmente não conseguia sentir. Deu as costas a cena e passou a andar calmamente em direção a esquina com a capa farfalhando atrás de si. Um sorriso desenhou-se em seus lábios.

Sua missão havia começado. Jack estava de volta à ativa.


Notas Finais:

Bom, esse foi o prólogo, no próximo capítulo que está quase pronto, a maior parte dos personagens principais serão apresentados.

Não pretendo levar muito tempo para atualizar, mas antes realmente gostaria de saber o que acharam.

Até logo,

Summer