Twilight Não me pertence! Embora, adore brincar com ele!

Nunca escrevi uma oneshot antes, então, deixem sua opinião!

A música é Disappear - Beyoncé

If I begged and if I cried

Would it change the sky tonight

Would it give me some light

Should I wait for you to call?

Is there any hope at all

Are you drifting by?

Se eu tivesse implorado ou chorado

Isso mudaria o céu essa noite?

Isso me traria alguma luz?

Devo esperar que você ligue?

Há alguma esperança no fim das contas?

que você vai passar por aqui?

Eu mal podia acreditar que estava vivenciando aquele momento. Eu sonhei com esse dia durante os últimos 18 meses da minha vida. Emmett dirigia o mais rápido que podia nas estradas molhadas de Chicago até o aeroporto onde meus sogros no carro da frente pareciam querer chegar voando. No fundo, não queria vir e deixar meu bebê em casa com Zafrina, ajudante de Esme e que durante meus horários de trabalho, cuidava do meu filho, mas hoje era um dia especial. Dia no qual Rosalie, cunhada do meu namorado, me obrigou a sair da cama.

Você nunca gostaria de ir contra a Rosalie. Nunca.

Edward tinha ido para guerra em 2001. Logo após o atentado, o mais novo Dr. Cullen contra a minha vontade se alistou e foi chamado dias depois. Eu pensei que fosse morrer. Achava lindo meu namorado querer ajudar o país, era motivo de orgulho, mas o meu medo de nunca mais vê-lo me tirou as noites de sono. Eu fui errada em não aparecer em sua despedida. Afundei no sofá do apartamento que dividíamos à pouco mais de um ano e me debulhei em lágrimas.

Eu não queria perdê-lo. Edward ir para guerra era o fim do mundo pra mim.

Ele foi. Dizendo que era para confiar que ele ia voltar para mim. Ele segurou meu rosto com força, cheio de lágrimas enfatizando cada silaba sobre o quanto ele me amava e iria voltar. Era o que ele achava certo fazer e precisava de mim apoiando. Eu apoiei.

E eu quase morri. Em quatro anos de relacionamento com Edward. Foi a primeira vez que simplesmente perdi minhas forças.

Um mês depois descobri estar grávida. Foi um motivo de festa para Emmett, irmão mais velho de Edward e advogado da empresa que era de Esme. Ele e Rosalie estavam tentando ter filho e pouco tempo antes eles anunciaram que iriam ter um bebê. Carlisle e Esme entraram em êxtase. Até mesmo Alice, irmã caçula de Edward veio de Paris com o marido para comemorar. Ela estava adorando ter sobrinhos e na época cogitou a possibilidade de voltar para casa. Jasper não aguentava mais os franceses.

Meus pais vieram e todos comemoram. Exceto Edward. Ele não sabia. Foi como ser mãe solteira ou viúva. Ele não estava ali compartilhando comigo. E filho foi algo que nós dizíamos que seria a primeira coisa que faríamos na lua-de-mel.

Proibi que contassem a Edward. Ninguém tinha autorização de dizer qualquer mínima palavra sobre meu filho a Edward através de cartas que ele enviava a cada dois meses. Demorava horrores para chegar e por vezes duvidava se ele continuava recebendo. Raramente respondia. Esme me repreendia veemente toda vez que isso acontecia. Eu não queria ter que mentir... Apesar de não querer contar sobre David.

Edward perguntava por mim e Esme dizia o que estava fazendo. Ele fazia as mesmas perguntas sempre... Se estava comendo bem, se ainda estava magoada e se ainda o amava. Esme dizia sim para todas. Não era mentira.

Eu tive uma gravidez difícil. Não foi pior porque Carlisle e Esme estavam a postos sempre que eu precisava e todas as vezes que não precisava. Foram nove meses intensos. Eu chorava muito e sentia falta dele em todo tempo. Rosalie me questionou várias vezes porque eu não contava e fazia Edward voltar para casa. Não era justo. Era o que ele queria fazer. Ele sentia orgulho em servir o país e eu não o tiraria disso. Ia aguentar. Ia sobreviver.

Aos sete meses de gravidez eu quase tive um parto prematuro, foi então que Carlisle me obrigou a ir morar com eles ou ele ia chamar Charlie. Acredite você não quer Charlie buzinando no seu ouvido o dia inteiro. Era capaz dele se mudar só para ficar comigo. E eu seria egoísta em aceitar isso. Charlie vive por Forks, pelo peixe aos sábados e por Sue, minha "mãedrastra".

Seth, meu irmão caçula, passou um tempo comigo, mas ele precisou voltar a tempo de começar a faculdade. Leah com dois filhos pequenos não pode ficar muito. Todos estavam a postos de vir ficar comigo, mas eu não queria nenhum deles. Queria Edward indo as minhas ultrassons e compras do bebê.

Graças a Deus David nasceu saudável e aos nove meses, mas eu não pude evitar a depressão pós-parto de fazer tudo sozinha. Com meu bebê eu estava bem. Mas era a falta de Edward. Insana, passei a usar suas roupas em momentos sozinhas e a contar para David todas as histórias engraçadas que eu e ele vivemos.

David era a miniatura perfeita dele. Os mesmos olhos, o queixo másculo, o cabelo impossível de domar e o sorriso. Por vezes ele dava o mesmo sorriso torto. Tudo que ele fazia ou aprendia era lindo e ao mesmo tempo doloroso. Eu queria compartilhar com Edward. A primeira vez que tomou suco, comeu papinha, engatinhou, dormiu a noite inteira, teve seu ursinho favorito e foi a um jogo de futebol com Emmett e Paul – filho de Emmett.

Toda vez que via meu filho eu via Edward e eu rezava desesperadamente que ele voltasse para casa. Então chegou o dia. Uma carta branca do exercito chegou junto com um oficial e eu pensei ser o anjo da morte. Minhas pernas tremularam e eu cai sentada no chão com Jasper desesperado vir me aparar. Tinha uma carta com uma frase

"Estou voltando para casa".

Eu desmaiei logo depois que leram em voz alta. Era tudo que mais queria e ao mesmo tempo, eu tinha que contar a Edward que escondi um filho dele. Eu queria sair correndo e proteger meu filho do que fosse acontecer. Cogitei a possibilidade de arrumar minhas coisas e sair da casa dos pais dele. Seria menos doloroso se ele não me quisesse mais... Afinal, depois de tanto tempo, ele poderia não me amar. Ter se apaixonado por outra mulher ou sei lá, apenas me rejeitar.

As semanas foram se passando rápido e eu decidi não ir na sua recepção. Ia me esconder e pensar no que fazer. Verdade seja dita, eu estava surtando com sua volta. Parecia surreal e um sonho. Era o maldito pedaço de esperança que sempre sussurrou no meu ouvido aquelas palavras que ele disse que ia voltar.

"Confie em mim"

"Eu vou voltar"

"Eu te amo, Bella. Eu vou voltar"

E chegou esta manhã que mal dormi e Rosalie me puxou da cama a força. Agora Emmett estava estacionando no aeroporto e meu coração faltava sair pela boca. Eu não sabia que estava soluçando alto até Carlisle abrir a porta e me abraçar muito apertado e murmurar palavras de conforto.

- Está quase na hora. – Alice sussurrou docemente e todos nós caminhamos juntos até o portão de desembarque.

Meu corpo tremia compulsivamente e tive medo do que fosse acontecer. Qual seria a reação dele ao me ver? Estrategicamente dei dois passos para trás de Emmett e ainda assim conseguia ver as pessoas saindo do avião. Quando alguns aplausos foram proferidos, eu sabia que era ele. E vestido daquela forma impressionante, Edward surgiu com uma mala do exercito em uma mão e sua quepe na outra. Os cabelos bagunçados, a expressão cansada e um sorriso tímido para quem o aplaudia.

Seu uniforme estava cheio de novas medalhas e eu realmente senti orgulho dele. Foi emocionante ver sua expressão quando viu sua mãe saltitar e acenar emocionada. Seu olhar passou por um a um ali. O sorriso ia abrindo, mas eu conhecia o suficiente para saber o momento que passou a procurar por alguém. Edward parou no lugar e o sorriso foi murchando e com uma respiração profunda, eu me fiz presente.

Edward era muito mais alto que eu. Tinha a postura perfeita. Ereta e de presença. O uniforme alinhado parecia que havia sido costurado e passado no corpo. Eu tinha a visão embaçada pelo choro que me dominava. Rosalie me empurrou bruscamente para frente e Alice terminou de fazer o feito e em poucos largos passos, Edward me puxou para seu corpo.

Eu fiquei em choque. Era seu cheiro. O calor do seu corpo. O seu corpo ali. Me segurando com força. Edward descruzou meus braços e me puxou apertado para si. Seu rosto estava enterrado em meu pescoço e meus dedos pareciam que iam quebrar de segurar com tanta força seu uniforme militar. Minha mente começou a gritar. Era Edward! Era Edward!

- Eu te amo, Bella. – Edward sussurrou no meu ouvido beijando meu ombro, pescoço, bochecha e boca.

Enterrei meus dedos nos fios dos seus cabelos que estavam curtos e puxei-o ainda mais pra mim. Eu gemi vergonhosamente quando sua língua tocou a minha de forma lenta e carinhosa. Meus pés estavam fora do chão e eu fui completamente entregue a aquele momento.

- Você... Voltou... Pra... Mim... Eu... Te... Amo... Tanto. – solucei e ele riu me apertando mais ainda em seus braços. – Ai meu Deus, é você. É você.

- Eu prometi, amor. Eu prometi que voltaria a você.

O pai do meu filho estava de volta.

Ai meu Deus, David.

Acabei me afastando bruscamente de Edward e ele me olhou confuso. Nesse momento, a família dele que antes havia nos dado privacidade, aproximou com regozijos de boas vindas e felicidades. Edward foi envolvido por eles e me afastei. Foi um longo momento e aproveitei para ir ao banheiro bem pertinho dali lavar o rosto e pensar. David estava em casa e Edward estava indo para casa.

Eu tinha que ganhar tempo.

- Você está se escondendo? – Rosalie abriu a porta do banheiro.

- O que eu vou fazer? Edward vai me odiar pelo resto da vida...

- Não pelo resto da vida e talvez odiar seja uma palavra muito forte. – Alice surgiu atrás de Rosalie. – Você não pode mais esconder David.

- Eu tenho quarenta minutos para contar a Edward que tem um bebê em casa esperando a mamãe voltar a tempo do café e não sei fazer isso!

As duas me envolveram em um abraço carinhoso, mas logo Esme veio nos dizer que era hora de ir. Os homens estavam nos esperando no saguão do aeroporto e Edward levantou assim que me viu. Estendeu a mão e me puxou para si.

- Você está tremendo, Bella. – sussurrou

- Nós temos muito que conversar, Edward. – respondi baixo fugindo do seu olhar confuso. Edward tinha um olhar penetrante, daqueles que lê a sua mente e alma.

- Eu sei. Muito. – Edward concordou baixinho – Você não precisa ficar nervosa. Seja o que for, eu vou entender.

Assenti aceitando seu abraço e assim fomos até o carro de Emmett. O caminho foi preenchido com um silencio e alguns afagos. Edward me fitava com atenção, beijando meus dedos, dobra do cotovelo, ombro, pescoço e até mesmo meus olhos fechados. Rosalie e Emmett saíram do carro primeiro e já tinha algumas pessoas pelo jardim esperando por Edward. Era sua festa de boas vindas.

- Edward, eu tenho algo a te mostrar. Só por favor, espere estarmos sozinhos para que exclame sua reação. Não faça escândalo na frente dos amigos dos seus pais.

- Do que você está falando, Bella?

- Apenas venha, ok? Eu não sei como fazer isso.

Edward saiu do carro sendo abraçado por Zafrina logo na entrada da cozinha. Ela chorou e ele contou o quanto sentia falta da comida dela. E da minha. Nós duas sorrimos emocionadas e eu meio que em silencio perguntei por David e ela inclinou a cabeça em direção a escada.

- Tem muita gente no jardim?

- Bastante. Só que vá tomar um banho no quarto de vocês. Preparei tudo e troquei as roupas de cama e banho.

- Quarto de vocês? Era apenas meu quarto antes. – Edward brincou me cutucando e eu congelei no lugar – O que eu falei demais?

- Eu moro aqui agora, Edward. Usei seu quarto nos últimos meses. – sussurrei envergonhada sentindo as lágrimas pinicar meus olhos novamente. – Vamos subir, por favor.

Edward me seguiu em silencio e parou na porta do quarto que era dele, agora, completamente diferente. Estava em um tom mais sério, tinha uma cama de casal e também várias coisas minhas espalhadas por todo ele. Tinha brinquedos de David e seu olhar prendeu nisso. Dando um passo à frente, pronto para pegar o dinossauro favorito de David da cômoda. Preferi interromper.

- Um mês depois que você foi embora, descobri estar grávida. – comecei já chorando e Edward congelou no lugar. Ele ficou branco feito mármore – Eu proibi todos de te contar... Quando eu quase perdi David aos sete meses de gravidez, seus pais me obrigaram a me mudar para cá e eu pedi para usar seu antigo quarto.

- David... – repetiu atordoado.

- Não me odeie, por favor. – pedi sentando-me na cama.

- Você escondeu um filho meu esse tempo todo, Bella? Essa é a desculpa mais insana que eu poderia ouvir. Eu nunca deixaria você sozinha...

- Eu sei. – miei – Mas você queria ir, Edward. Você disse que era a coisa certa a se fazer. E por que eu iria tirar isso? – acusei friamente.

- Sim, achava. Mas é de uma criança que estamos falando! – grunhiu frustrado – Você passou por tudo sozinha... Eu não vi meu filho nascer... Não vi você grávida...

- Pensasse nisso antes de inventar de ir para guerra!

Eu não sabia que tinha tanta magoa desse episodio da minha vida até gritar aquelas palavras para Edward. Eu passei por tudo sozinha e tinha sentido falta dele por causa de uma estúpida maldita guerra. Eu não era patriota a esse ponto. Eu não gostava mais da América por ter tirado meu homem de mim. No chão, enrolada feito um bola, comecei uma crise compulsiva de choro e Edward rapidamente me puxou para seu colo.

- Bella, por favor, me perdoa... – sussurrou – Foi por isso que você nunca me respondeu? Foi por isso que você nunca superou?

Sim. Tinha sido por David. Eu estava grávida e sozinha. Se fosse apenas eu, meses depois eu iria encarar a guerra e viver esperando por ele voltar. Eu ia sobreviver... Mas se Edward morresse e eu tivesse que criar David sozinha? E se ele morresse frustrado por nunca conhecer o filho?

- Foi... Eu não sabia o que fazer, Edward. Eu nunca fiz nada sem você. Eu paguei contas, fui a consultas médicas, fiz um parto natural segurando a mão de Seth e todos os lugares eu queria apenas você. E você não estava aqui!

- Oh meu Deus. – Edward me apertou nos seus braços. – Você nunca vai me perdoar, não vai?

Parei para analisar a situação em um todo. Edward não sabia que ia ser pai, por mais magoada que estivesse com tudo, ele não sabia. Ele como muitos homens foram lutar pela honra do nosso país. Eu fui muitas das esposas que ficaram de olho nos nomes do obituário que o site do exercito atualizava a cada fim de mês. Eu fui uma daquelas que toda vez que a campainha tocava, esperava o anjo da morte vir dizer que foi uma fatalidade e o país estava orgulhoso do esforço do meu homem.

- Eu preciso que você conheça alguém... – sussurrei levantando do seu colo e puxando Edward pela mão, indo para o quarto ao lado, onde tinha meu pequeno homem dormindo pacificamente no berço. – Esse é David.

Edward foi para o berço dele e cheirou o menino com adoração. Ele amava cheiro de bebê. Sua mão acariciou os cabelos como os seus e a mãozinha de David automaticamente voou para o rosto de Edward, abrindo os olhos assustados. David ficou olhando por um tempo que pareceu interminável e Edward chorava conhecendo cada mínimo detalhe do seu filho.

When I think about it

I know that I was never there or even cared

The more I think about it

The less that I was able to share with you

I try to reach for you I, can almost feel you

You're nearly here

And then you disappear

Quando eu penso nisso tudo,

Eu percebo que eu nunca estive lá,ou me importei

Quanto mais eu penso nisso,

Menos eu estava disposta a partilhar isso com você,

Eu tentei te alcançar,quase te sinto

Você está tão perto daqui

E então você desaparece

Era óbvio que eu ia perdoá-lo. Quer dizer, eu já tinha perdoado. Se ele nunca mais desaparecesse da minha vida.

- Mama? – David me chamou e voltou sorrindo para Edward. Ele estava reconhecendo de todas as fotos e vídeos que tanto mostrei a ele durante esse tempo.

- Oi amor... Papai chegou em casa. – sussurrei me aproximando e ele estivou os bracinhos novamente para Edward. David sentou no berço e ficou de pé chamando com os dedinhos gordinhos.

Edward não hesitou em pegá-lo e beijar sua barriga, cheirá-lo mais vez e dar mais um beijo estalado em sua bochecha. David era sorridente e simpático por natureza, por isso sorriu com dois dentes para o pai, como se o conhecesse a vida toda.

- Bella... – Edward chamou pelo meu nome baixo e me puxou para seu abraço – Eu te amo tanto, por favor, me perdoa... Me perdoa por não ter estado presente em um sonho nosso. Me perdoa por ficar desamparada, por favor, não me deixa, eu te amo.

Rapidamente eu o calei com um beijo apaixonado. Ele entendeu o que eu quis fazer. E eu sabia que ele ia insistir até que dissesse as palavras. Foi assim com o nosso 'eu te amo'.

- Nós precisamos descer agora. Você tem tempo para tomar um banho e trocar de roupa, mas existem pessoas lá embaixo esperando por você. – sussurrei sorrindo levemente e ele concordou, ainda segurando David – Nós temos a noite inteira, Edward.

- Vou esperar ansiosamente por isso.

Edward tomou um banho quente bem demorado e se David não estivesse comigo, brincando em cima da cama, ficaria tentada em vê-lo. Tinha sido muito tempo desde que tinha visto um homem nu. Na verdade, Edward foi o único homem nu que eu vi na vida. E ele era perfeito.

Quando ele estava pronto, eu também tinha David vestido com uma camiseta branca, calça jeans e tênis all star. O boné dele estava escrito 'garotão do papai'. Isso fez Edward abrir seu maior sorriso e pegar a criança de mim e entrelaçar nossas mãos. E foi assim que chegamos ao quintal lotado de gente querendo rever Edward e Esme chorou ao ver filho com o neto no colo pela primeira vez. Eu entendia o que ela sentia. Era uma emoção extracorpórea.

David ficou com Edward o tempo todo. Quis comer e brincar com ele e os dois literalmente rolaram na grama. Foi um dia intenso, cheio de pessoas nos cumprimentando e em cima de Edward e eu não via à hora de tudo acabar.

Por volta das 20h eu quis dar o jantar de David e subir para banhá-lo. Fiquei surpresa com Edward se despedindo de todos e vindo atrás de mim. Ele riu comigo suja no fim do jantar de David e me ajudou no banho, no qual ambos acabamos molhados e sorridentes. Era esse tipo de vida ao lado de Edward que sempre planejei e estava maravilhada com aquilo.

David demorou para dormir. Ele queria brincar com Edward. Não parava de conversar em sua língua de bebê com pai e aquilo estava me consumindo. Ele engatinhou até sua caixa de brinquedos e tirou todos para mostrar a Edward, que via tudo com atenção.

Deu onze horas da noite e eles estavam animados um com o outro e eu me vi sentada entre as pernas de Edward, brincando com David. Ele começou a bocejar e a pedir colo. Edward encostou a parede e me levou junto e assim ninei David, com Edward abraçando nós dois.

Edward viu a posição que ele gostava de dormir e sorriu para chupeta de carrinho que Alice havia comprado. E então chegou a hora de nós dois sozinhos no quarto. Um silencio pesado seguiu quando fui tomar banho e escolhi uma camisola bonita que Alice havia me dado.

Respirando fundo, voltei para quarto e encontrei Edward de costas, apenas com a calça do pijama. Não resisti e beijei suas costas. Ele tremeu um pouco, mas logo virou, perdendo o olhar sobre meu corpo e eu vi luxuria faiscar dos seus olhos. Edward sorriu torto e me puxou para cama.

- Edward, eu sei que eu errei em esconder David de você. Foi estupido e uma atitude imatura... Mas eu não queria que você voltasse porque eu estava grávida. Apesar de não querer sua ida, eu queria que você voltasse pra mim. Por mim.

- E voltar porque você estava esperando um filho não seria isso?

- Não exatamente. – respondi baixo – Seria voltar por uma responsabilidade e não por mim. Ou por ele.

- Bella, você acha que eu não largaria tudo e voltaria por amor a você?

- E então por que você foi?

Edward bufou e encostou a cama.

- Eu poderia salvar vidas lá. Adquirir experiência...

- Morrer... – completei friamente sentindo meu sangue ferver – Você sabe quantas noites eu pensei que você tivesse morrido? Sabe quanto tempo não assisto o noticiário?

- Amor... Eu ficava sempre nos hospitais improvisados. Eu vi sim, muita gente morrer, mas nunca estive em zona de risco.

- E isso importa? Uma bomba explode e ponto final. – gritei e logo olhei para o monitor do bebê com arrependimento.

Edward me segurou pela cintura e me puxou para seu colo.

- Eu disse que ia voltar para você... – sussurrou escovando os lábios no meu – Eu prometi e cumpri.

- Eu ia morrer sem você, Edward. – respondi chorando. – Antes de te perdoar, você me perdoa?

- Eu não tenho motivos para te perdoar, amor. Mesmo longe, ausente e sendo um merda no nosso relacionamento, você me deu um enorme presente e não desistiu de mim. Eu achei que você não fosse me buscar hoje. Que estaria casada com outra pessoa...

- Eu fiz essa promessa a você, Edward. Que você seria o único a ser meu marido... – sussurrei e estranhamente ele se moveu quando achei que ia ganhar um beijo, ele puxou algo de trás do travesseiro.

- Se você me perdoar e quiser casar comigo... Eu quero ser seu marido. Seu homem, como naquela promessa que fiz, quando te conheci naquela festa de Harvard. Você ainda me quer?

- Eu te perdôo Edward com a condição de você nunca mais desaparecer dos meus olhos. – respondi chorando e ele deslizou o belo anel no meu dedo, dando um beijo logo em seguida. – Quando você comprou?

- Eu fiz uma promessa pra mim mesmo que se você estivesse hoje lá, nós iríamos casar no dia seguinte. – respondeu-me baixo – Então quando você sumiu no aeroporto, eu fui até a Tiffanys e comprei essa aliança.

- Eu te amo, Edward. Foram meses horríveis, mas eu quero esquecer e construir tudo daqui pra frente...

- Nós vamos. Eu prometo.

Edward tinha pontos com suas promessas agora.

- Me ame, por favor. – sussurrei manhosa no seu ouvido, me esfregando nele como um gato – Você esteve com alguém? – perguntei abruptamente.

- Sim. A última mulher que eu transei era minha namorada, hoje é minha noiva, mãe do meu filho e amanhã vamos comemorar seis anos de relacionamento. E nesse momento, ela está em cima de mim, abrindo um sorrido idiota no rosto e com... – parou para olhar minha camisola de seda e puxou sobre minha cabeça – Roupa demais.

Foi à primeira noite em muito tempo que eu realmente me senti feliz e tive um prazer além de mim. Foi também a primeira noite em muito tempo que dormi enrolada com Edward para cedo acordar com o chorinho do meu filho pedindo atenção. Eu não me importei em trazê-lo para cama e coloca-lo no meio de nós dois. O sorriso dele quando viu o pai foi apaixonante e eu finalmente estava completa. Finalmente Edward estava no alcance das minhas mãos.

Tudo ficaria bem agora. Eu tinha certeza.

OsamaBinLaden... Sem mais ataques, por favor.