Chapter 1
Àquela hora, as ruas e calçadas perto da escola estavam tomadas por estudantes e professores, bem como de pais que levavam seus filhos embaraçados ao colégio, os ônibus parados na porta da escola, de onde saltavam diversos adolescentes... Era assim todo começo de setembro e nesse não seria diferente...
Era notório o receio dos calouros, recém saídos da Junior high e agora tendo que encarar o mundo 'quase-adulto', ter que se adaptar ali, naquele prédio onde passariam os próximos quatro anos de suas vidas... E notório tb a sensação de liberdade que brotava nos rostos dos seniors... Saber que em pouco tempo estariam livres da escola para sempre, sem precisar mais se preocupar com esse pequeno inferno chamado 'high school' e era pouco o tempo que os separavam da vida adulta...
'A idiotice da juventude.. Sempre achando que tem todo o tempo do mundo e com pressa de crescer, malditas bombas hormonais... ' o diretor Snyder pensou, seu verão tinha sido tão tranqüilo sem todos aqueles fedelhos por perto... Claro que tinha terminado mais cedo, ele era um excelente profissional e qnd fora avisado pelo School Board que nesse novo ano letivo teria uma aluna transferida e que por isso ele tinha demonstrado sua eficiência convocando todo o staff duas semanas antes das aulas começarem, teriam que preparar a escola para a chegada dela.. O que tb significava que os fundos para a escola aumentariam. Resumindo, problemas com orçamento, nunca mais!
Ok, não fora bom fazer todas essas mudanças, mas era necessário, provar ao prefeito Wilkins que a Sunnydale High School não ficava atrás para nenhuma outra escola do condado e que ele tinha sido a melhor escolha para o cargo. Que ele era capaz de manter uma direção firme no meio que era aquela insanidade que todos sabiam que viviam se tratando de uma cidade como Sunnydale, mas que ninguém tinha coragem de dizer nada.. Pelo menos em voz alta.
Ali, parado no topo da escadaria que dava acesso ao prédio da escola, Cecil Snyder esperava.. Ele era um homem diminuto, calvo e não era bonito. Mas sabia que o poder que tinha, e suas ligações com o gabinete do prefeito eram o suficiente para ser temido pelos alunos e respeitado pelos funcionários. Claro que haviam exceções, como aquele bibliotecário inglês metido a saber tudo ou Buffy Summers e a sua corja q ela chamava de amigos. Mas nem eles eram problema agora. Ele pessoalmente assinou a expulsão de Buffy e sem ela, o resto da turma ficara bem mais tranqüilo. 'Maldita agitadora...' como ele odiava indisciplina. E como ele odiava Buffy Summers mais ainda.
Qnd viu o Bonneville vermelho estacionar na frente da escola, ele sabia que sua nova aluna tinha chegado. Sabia que a presença ali era um marco. Claro que não para a escola, ou para os estudantes, sequer para os professores. Mas para a seu próprio beneficio diante do prefeito. Assistiu impaciente as ocupantes do carro saltarem e caminharem na sua direção com extrema lentidão, a mulher guiando a filha pela mão, enquanto falava algo que ele não conseguia escutar, ao ouvido dela.
"Principal Snyder? Claire Maclay, nós conversamos ao telefone" a mulher, por volta dos 40 anos estendeu a mão desocupada ao homem, assim que ela e a filha conseguiram subir os últimos degraus. Snyder a olhou rápido, checando as feições tranqüilas dela, os olhos azuis transmitiam uma serenidade que ele sabia não existir mais em qualquer outro residente de Sunnydale. Os cabelos loiros caiam como cascatas pelas costas dela, combinando com o vestido claro que ela usava. Devia ser uma dessas new-age moms, ele pensou, enquanto fixava o olhar na menina ao lado dela. A garota, uma versão de 17 anos da mulher a sua frente, mantinha a cabeça baixa, parecia envergonhada ou melhor, assustada com a sua presença.. Era bom para que essa aluna transferida já soubesse quem ele era e que enquanto ela estivesse ali, se não tomasse cuidado, ele faria da sua vida um inferno.
Após os cumprimentos, Snyder acompanhou Claire e a filha até seu escritório, no caminho, numa clara disposição de querer mostrar a mulher seu poder sobre os estudantes, ele gritava ordens a eles, que não corressem nos corredores, ou que fossem direto as salas de aula. Claire sorriu, a escola não era diferente das outras que visitara, mas era a única na região que aceitara sua filha, então não podia querer muito.. Parecia um lugar bom, um ambiente seguro para sua pequena Tara...
Claire sabia que era mt superprotetora, cuidava da filha desde que os médicos deram o diagnostico de cegueira total qnd Tara tinha apenas 6 meses de idade. Fora um golpe duro, saber que aquele bebe tão esperto nunca veria as lindas cores do mundo, mas Claire se manteve forte. Seu marido, por outro lado, não aceitara bem as noticias. Ele nunca quiseram um segundo filho, era um homem rude e sem paciência e achava que Donnie já causava problemas demais, criava o menino para ser mais um trabalhador na fazenda da família.
Antes do casamento, Donald era um homem bom. Era gentil e educado, mas depois que o pai morrera e o deixara responsável pelas terras, o obrigando a desistir de correr atrás de seus sonhos, tendo que largar a faculdade de Direito no meio para se tornar fazendeiro, ele se tornara um homem amargo e cheio de raiva. Saber que Tara era cega era só mais um motivo para detestar a garota, ela não tinha forças para ajudar nas tarefas como Donnie e não enxergar a tornava mais inútil ainda.
A mulher não era estúpida... Ela tinha cansado de anos vendo a menina sofrer nas mãos daquele homem insensível. Era hora de dar um basta nisso tudo. Matriculou a menina na Escola para Cegos da Carolina do Sul, o que aplacou a fúria do marido por algum tempo, Tara só voltava para casa nos fins de semanas, qnd voltava. O mais comum era Claire pegar seu carro e dirigir as duas horas que separavam ela de sua filha, ela queria evitar que Tara permanecesse naquela casa tão funesta, a menina tinha uma alma tão pura, era tão doce e gentil, era realmente difícil de acreditar que Donald tinha algo a ver com ela, que era o sangue dele que corria nas suas veias.
O que ela não contava era que Donald transferisse para a esposa a fúria que sentia... As surras eram freqüentes e toda vez que ia visitar a filha, por mais que tentasse esconder do mundo as marcas, Tara sempre sabia. E fora por insistência dela que Claire pedira o divórcio, por causa dela que estavam do outro lado do país, tentando refazer suas vidas numa pequena e desconhecida cidade como Sunnydale...
Tinha sido complexo a mudança, mas nada que um pouco de vontade de esquecer todo o passado e começar tudo de novo em Sunnydale não ajudasse... Ela tinha algumas economias e os pais ajudaram qnd ela anunciou que estava deixando Donald de vez. Fora bem complicado descobrir um lugar onde ela e Tara pudessem recomeçar, mas qnd uma das suas amigas, do msm grupo wiccanno que ela freqüentava qnd jovem, a informara que a Uncle Bob's Magic Cabinet estava à venda pela morte misteriosa de seu dono, Claire não pensara duas vezes e fizera uma oferta que, msm sendo baixa, não pode ser recusada. Sunnydale era conhecida pelas ocorrências estranhas e não existia lugar melhor para uma bruxa como Claire recompor sua vida despedaçada como dona de uma loja de magia.
Qnd chegaram à cidade, algumas semanas atrás, Claire logo sentira a energia do lugar e percebeu que não haveria lugar melhor para ela e Tara. A mulher tinha deixado de praticar qnd se casara, Donald nunca gostara dessas coisas sobrenaturais e 'antinaturais' como ele msm falava, mas depois que a filha nascera, Claire não podia deixar de passar à menina as tradições que eram passadas por gerações na sua família. E claro, não podia deixar de ficar satisfeita qnd percebera o potencial da garota. Tara podia não enxergar, mas ela tinha uma capacidade empática fora do normal. Talvez fosse a própria Natureza tentando compensar pelo fato dos olhos da menina não funcionarem.
E,enquanto Tara se preparava para iniciar o Senior Year na Sunnydale High School, a primeira vez que a jovem estava numa escola 'normal', as duas trabalhavam na remodelação da loja recém adquirida. A primeira coisa que fizeram foi mudar o nome, nenhuma das duas tinham nenhum 'Uncle Bob'.. A idéia do nome 'The Magic Box' caira como uma luva e depois de semanas de trabalho duro, a loja estava pronta para ser reaberta ao publico. Claire estudara com afinco os livros de contabilidade, as listas de fornecedores e de clientes e percebera que não seria difícil prosperar ali. Conseguiram uma casa não muito longe da escola e como era cidade pequena, ficava a poucos quarteirões da Maple Court, onde estava localizada a loja.
É... A vida estava começando para as garotas Maclay... Enquanto ouvia o Principal Snyder discorrer sobre os benefícios da escola, mais num elogio a própria capacidade como diretor, Claire encarou a filha, sorrindo.. Tara estava crescendo e caminhando a passos largos para se tornar uma mulher forte e independente e esperava que a experiência numa escola como aquela fosse válida. Ali, a menina poderia já experimentar o mundo real, os anos que passara na Escola para Cegos foram excelentes, mas por ser um semi-internato, sentia que a filha ficara um pouco afastada da realidade.. Era um mundo cruel, ela sabia disso... E queria que Tara entendesse isso logo.. A garota tinha uma incrível capacidade de adaptação e sendo inteligente, Claire sabia que esse obstáculo logo seria ultrapassado por ela com facilidade.
***
Willow Rosenberg nunca se viu como uma mulher forte... Ela nem se via como uma mulher ainda. ao longo dos seus curtos 17 anos de vida, ela sabia que ainda tinha um longo percurso a percorrer antes da vida adulta.. Willow sempre se vira como uma garota inadequada, muito tímida e um verdadeiro rato de biblioteca. Tirando Xander e Jesse, ela nunca tivera amigos próximos durante a infância. Até chegar à High School.
Ela sabia que era vista como uma nerd que usava as roupas escolhidas pela mãe e que tinha como diversão estudar. Claro que isso não importava muito, nunca fizera questão de ser popular, ou ter dúzias de rapazes aos seus pés. Ela só queria passar por essa fase e passar para outra, como nos jogos que jogava qnd era mais nova. Willow sempre achara que ficar no meio da multidão era melhor do que ficar debaixo dos holofotes. Ninguém prestara atenção nela, e ela estava bem assim.
Até a chegada de Buffy Summers... Buffy viu além do seu exterior inadequado e enxergou uma menina inteligente, com um senso de humor interessante, leal e confiável. E sendo sua amiga, Buffy ajudou Willow a superar certos traumas, a sair debaixo da sombra da mãe e ver a luz como a linda garota que ela era... Ao lado de Buffy, Willow se sentia mais confiante, sentia-se capaz de abraçar o mundo, tocar os céus se esforçasse um pouco mais...
E agora, que Buffy havia desaparecido pouco antes do começo do verão, Willow se via perdida... Ela ainda tinha Xander, seu fiel amigo desde o jardim de infância, ela ainda tinha Giles, que era mais do que um bibliotecário, era quase como um pai. Sem Buffy, cabia a eles a missão de proteger Sunnydale das ameaças sobrenaturais, das criaturas que assombravam os cantos escuros. Era arriscado, era complicado, mas era um dever que ela não reclamava em ter... Era uma boa luta e Willow se sentia bem fazendo parte dela. Finalmente, sentia que tinha um propósito na vida e mesmo longe, Buffy a mostrara isso.
Sentia enormes saudades da amiga.. Haviam coisas que ela não podia contar a Xander, mesmo amando o rapaz de paixão. Era coisas que ele não tinha como entender, 'coisas de menina' e sem a Slayer por perto, Willow se viu perdida novamente... Claro que Buffy tivera seus motivos para partir... O que acontecera com Angel não tinha sido fácil para ela, Willow conseguia entender isso... Mas a sensação de ter sido abandonada não saia do seu peito. Mesmo entendendo toda a situação, a ruiva não podia deixar de se sentir abandonada, deixada num mundo cruel de novo...
Mas agora, com o fim das férias de verão, era hora de dar um novo passo. Chegara ao último ano da escola e levando em conta o fato em que vivia numa cidade como Sunnydale, ela festejara o fato de estar viva. Depois da morte de Jesse, ela entrara numa espiral de depressão calada, agora ela sabia os motivos da cidade ter a mais alta taxa de desaparecimentos do país..
Talvez a ignorância fosse mesmo uma benção. Mas estava grata em saber da verdade.. sentia-se mais madura, quase uma adulta agora.. ficava feliz em saber que, se as pessoas podiam dormir seguras, era por causa do que ela fazia. E se sentia útil, como nunca se sentira antes na vida. Se antes ela era só uma estudante nota A, expert em computadores, agora ela era uma bruxa poderosa! Ok, 'poderosa' não era a palavra certa, mas ela estava aprendendo.. e aprender era o que Willow mais gostava de fazer.
Caminhou confiante para dentro do prédio escolar, talvez tivesse um tempo para ver Giles e Xander antes da primeira aula. Ter um update da situação e resolver o que fariam depois da escola. Quem sabe eles não tinham alguma noticia sobre Buffy?
***
Claire tinha insistido em ficar com Tara enquanto as aulas não começavam , mas a garota pediu que a mãe fosse para a loja, a reabertura seria hoje e o que ela não queria era a mãe chegando atrasada no primeiro dia de trabalho. Tara sabia que a mãe podia ser extremamente protetora, ainda mais num ambiente novo, onde Tara ainda não conseguia se localizar.
Mas logo se arrependeu por ter dito isso a ela. Ficar sozinha com o diretor Snyder não tinha sido uma boa idéia, o homem tinha uma aura ruim, negativa.. Tara decidira que não gostava dele e, embora soubesse que pela sua condição ele teria que cuidar dela, podia sentir que Snyder não gostava nem um pouco da responsabilidade. Ele fez dúzias de perguntas, quase pessoais a ela e sem graça, Tara tentou responder a todas. Ela sabia que as pessoas ficavam curiosas com ela e talvez a mãe tivesse razão. Tara precisava sair da bolha de proteção da outra escola, começar a entender o mundo real e aprender a viver nele.. a mãe não poderia protegê-la para sempre.
Ouviu a porta atrás dela se abrir e sentiu duas pessoas entrando e ficou grata pela interrupção. Se pudesse evitar, nunca mais ficaria a sós com aquele homem assustador.
"Oh, Mr. Giles." Snyder falou, no seu tom ríspido habitual, Não gostava do inglês, mas tinha que admitir, ele vinha fazendo um bom trabalho na biblioteca. Antes o lugar vivia vazio e desde que Giles assumira o posto, sempre haviam estudantes lá. "Já terminou a tarefa que eu passei?" o tom dele era de uma falsa preocupação, a verdade era que se sentia intimidado pelo outro homem e se tinha algo q não gostava era se sentir assim... "Sim, terminei a impressão ontem à noite, Ms. Lee me ajudou a trazer os livros." Giles respondeu, dando passagem a mulher asiática que vinha logo atrás dele.. Ela não devia nem ter 30 anos e era um pouco mais baixa que ele e, ao contrario dos homens na sala, ela se vestia de maneira um pouco mais despojada, podia ser até confundida com uma das alunas, com suas calças de jeans preto e a blusa vinho... Os olhos do inglês repousaram na menina sentada a frente dele, que o encarava com certa curiosidade. Tara pôde ver a gentileza que emanava do homem, sentia que podia confiar nele. Não o conhecia, mas sentia isso, sentia que o homem a sua frente era dotado de uma preocupação com os demais a sua volta, que era inteligente e sábio.
Sorriu para ele, desde pequena, ou pelo menos desde que conseguia se lembrar, ela conseguia enxergar as almas das pessoas... Podia sentir suas auras, sentir o que elas sentiam... Claro que não substituía seus olhos, mas era melhor que enfrentar o mundo completamente às escuras... Ela conhecera muita gente na escola que eram completamente dependentes devido a suas condições únicas e ser capaz de ver, pelo menos sobre as pessoas, a ajudava a encarar o mundo. Tara não sabia o real motivo de ser capaz de fazer isso, talvez fosse o sangue de sua mãe correndo nas suas veias.
"Mr. Giles é o nosso bibliotecário" Snyder explicou, encarando Lee. A mulher era a mais nova integrante do staff da escola, contratada exclusivamente para ajudar Tara nos estudos. Quando o School Board recebeu o pedido de Claire sobre a transferência da filha, eles procuraram saber o que podiam fazer para receber uma aluna tão especial e claro, abrir portas para todos os outros alunos que, como Tara, precisassem de uma certa atenção especial. E como Lee tinha trabalhado na Califórnia School for the Blind, ela era a escolha óbvia. Filha de pais cegos, Michelle Lee sempre quisera se sentir útil para a sociedade, ajudar os jovens com essa deficiência, dar a eles a chance de uma vida normal. Nascida e criada em Sunnydale, ela voltou à cidade após a morte da mãe para cuidar dos irmãos menores e antes de ser contatada pelo Board, vinha trabalhando na transcrição de livros escolares para o Braille. "Sendo responsável pelos nossos livros, coube a ele a missão de tornar seus estudos aqui mais fáceis" o homem sequer se levantou da sua cadeira atrás da mesa, ali era seu domínio, ali ele tinha todo o poder. Giles não gostou do tom do outro homem, ele parecia quase... cordial, o que era estranho vindo de Snyder. "Ms. Lee que fez quase todo o trabalho, eu só ajudei um pouco." Ele foi humilde, recebendo um olhar quase afetuoso da mulher ao seu lado. Tara se levantou, se apoiando na cadeira para se manter segura. Num lugar desconhecido como a sala do diretor, ela ainda se sentia um pouco perdida. " Se vcs não se importam, eu vou levar Tara para o meu escritório, ainda temos alguns minutos antes das aulas começarem e quero que ela conheça um pouco da escola antes do lugar ficar completamente lotado." A menina retirou a bengala de dentro da mochila, a desdobrando. Tateou o espaço a sua frente e sorriu na direção de Lee, estava pronta para irem. "Depois passe na biblioteca para pegar os livros" Snyder falou, percebendo que Giles tinha ficado e que na certa ele ia querer falar de Buffy...
***
"Ainda nenhuma noticia dela?"
Willow cruzou os braços e pouted, murmurando uma resposta quase incompreensível ao amigo que estava sentado na mesa de pedra que enfeitava o pátio da escola. "Isso significa que vamos ter que continuar patrulhando?" o rapaz falou quase assustado, ele tb sabia que era importante manter vigilância as atividades sobrenaturais da cidade, mas tinha que confessar, sem Buffy, a chance deles terminarem mortos, ou coisa pior era milhares de vezes maior. "Já tem 3 meses, Will... não devíamos começar a procurar por ela?"
A ruiva não parecia ouvi-lo. Ela estava com o olhar fixo no outro lado do pátio, onde uma garota loira cruzava o campo ao lado de uma mulher asiática. As duas pareciam conversar animadamente, embora Willow não conseguisse ouvir o que elas falavam. Só sabia que algo dentro dela parecia ferver, como se gritasse por atenção. Sem entender muito o que estava acontecendo, nunca tinha se sentido assim ante nenhuma outra pessoa, ainda mais uma que nunca tinha visto antes, ela perguntou ao amigo do seu lado, sem nem preocupar com o que ele estava falando.
"Quem é aquela garota?"
TBC...
