Secretária

Resumo: Rin consegue um emprego para poder ajudar no pagamento da sua faculdade. Mas não esperava ela que permanecer nesse emprego seria tão difícil, ainda mais com um chefe tão misterioso.

Atenção: Essa fic foi baseada no filme "Secretária", mas não é parecida com a história, apenas o título e o fato de Rin ser uma secretária...

Vocabulário desse cap.:

Onee-chan - Irmã mais velha

Otto-san – Pai

Sugoi – Legal! ; Demais!

Ja Mata – Tchau!

Arigatou - Obrigado

Domo – Olá

Nani? – O que?

Sumimasen: - Desculpe-me

Capitulo Um – Números "Três"

A garota olhava atentamente seu reflexo no espelho, ajeitando, com rapidez, o colarinho da blusa que usava. Já era a terceira roupa que experimentara naquela mesma manhã. Nenhuma das últimas fora do seu agrado, mas essa parecia que lhe caíra bem. Não que ela gostasse de usar aquele tipo de roupa: uma saia formal verde escuro, que batia nos joelhos com uma meia calça cor da pele e uma blusa de manga comprida branca, com um pequeno bolsinho no seu peito direito. Não, não gostava. Aquilo não era roupa para uma garota de dezessete anos! Mas fazer o quê?

Tinha que conseguir o emprego. Esse seria o terceiro que iria tentar, os outros dois foram uns fracassos. Diziam que ela era muito nova e inexperiente, mas que qualquer coisa ligavam... E claro, não ligaram. Definitivamente o três não era seu número de sorte.

Suspirou pesadamente, passando a mão no cabelo para ajeitar alguns fios rebeldes que teimavam em sair do belo rabo-de-cavalo. Pegou seu estojo de maquiagem, e passou uma leve sombra sobre seus belos olhos castanhos, passou também um gloss transparente nos lábios, deixando-os brilhantes. Guardou o estojo, pegou a bolsa na cabeceira da cama e saiu do quarto.

"Sugoi! onee-chan! Você está linda!" – disse um garoto de cabelos castanho –claro sentado no sofá, enquanto Rin descia as escadas.

"Arigatou, Shippou." disse ela sorrindo timidamente com o elogio.

"É sim..." – ele voltou sua atenção para a pequena televisão – "Perfeita para espantar as moscas do meu quarto.".

O sorriso da garota se desmanchou, e ela estreitou os olhos. Empinou o nariz e foi para a cozinha, mas antes deu um belo de um cascudo na cabeça do irmão mais novo.

"Otto-san!" – chamou seu pai ao entrar no cômodo. A bandeja com torradas que seu pai segurava caiu no chão tamanho fora o susto que ele levou.

"Desculpa!" – ela disse se apressando para ajudar o pai a pegar as torradas do chão.

"Não foi nada filha, a culpa foi minha... estava tão distraído..." – ele disse também se abaixando.

"Pois é... você só anda assim." – uma velha senhora entrou pela porta dos fundos chegando à cozinha – "E você menina aonde vai?".

"Vó Kaede... hoje é o dia da minha entrevista esqueceu?" – ela levantou, passando a mão na saia para ajeitá-la.

"Outra entrevista? Mas não teve uma na semana passada?" – Kaede indagou sentando-se numa cadeira.

"Pois é, naquela eu não passei" – disse meio tristonha, fazendo um leve biquinho.

"E espero que não passe nessa também!" - disse o senhor Yoshida – "Filha, você ainda não tem idade para trabalhar, já te disse isso.".

"Eu sei..." – disse rodando os olhos – "Mas isso é para ajudar ao senhor, não devia reclamar tanto".

"Continuo sem concordar Rin" – disse ele sério olhando para a filha.

"Otto-san, eu não sou mais criança, vou fazer dezoito anos, já está na hora de me virar... e ainda tenho que te ajudar a pagar a faculdade."

O homem não falou nada, apenas suspirou.

"Vocês vão ver... Hoje vou voltar aqui com um emprego!" – disse determinada e sorridente.

"É... vai..." – disse Shippou atrás dela encostado na porta da cozinha – "Isso se conseguir chegar a tempo..."

Rin olhou imediatamente para o relógio: 08h45min! Tinha apenas 15 minutos para chegar ao lugar e ele era praticamente do outro lado da cidade!

"Ah! Ja mataaaaaaa!" – disse a todos, e pegando uma torrada saiu correndo para fora da casa.

"Ela nem tomou o café direito..." – disse o senhor Yoshida olhando para a bandeja de torradas na mesa.

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Rin estava muito ofegante. Respirava com muita dificuldade, apoiando uma das mãos na parede da rua. Nunca havia corrido tanto na sua vida. Depois de quase ter perdido o metrô e de muita correria por três quarteirões da cidade, ela merecia um descanso, não?

Respirou fundo tentando se recompor, ajeitou a saia novamente e passou a mão no cabelo. Pegou um papelzinho dentro da bolsa e olhou o endereço. Sim... Era exatamente ali: Rua Mizu, número 56, perto da editora Kawaii de mangás. Olhou para frente e viu a editora. Então isso significava que...

Não conseguiu controlar o encantamento, abrindo um pouco a boca. O prédio não era tão grande, porém era lindo, todo de janelas de vidros fumê, daquelas que não dá para ver quem está dentro. Olhou para cima. Lá no topo tinha escrito Advocacia I&N. Sim, era exatamente ali.

Apressou o passo, atravessando a rua. Abriu a porta também de vidro e entrou no local. Ficou ainda mais encantada com o prédio por dentro. Era como se fosse o térreo de um hotel cinco estrelas, mas sem aqueles homens vestidos de vermelho com aquele chapeuzinho engraçado, que pegavam as malas (ela via muito isso naqueles filmes americanos que assistia com o Shippou). Ao invés disso tinha uns seguranças altos e alguns homens e mulheres vestidos formalmente andando de um lado para o outro. Havia várias pessoas sentadas nos bancos acolchoados no centro do salão. Tinha um enorme balcão no fundo, onde uma mulher de cabelos negros, presos num coque muito bem feito e de óculos, falava ao telefone.

Rin se aproximou do balcão. A mulher a olhou.

"Pode esperar só um minutinho senhorita?" – disse a mulher colocando o telefone um pouco para trás, para que a pessoa da outra linha não escutasse.

Rin acenou com a cabeça sorrindo timidamente. Voltou a olhar as pessoas ao redor. Observou um homem que carregava desastradamente um grande montinho de papelada, passar por outra mulher que andava apressada falando no celular e saindo do prédio. Os dois quase se chocaram, mas por sorte o homem desviou e murmurou um pedido de desculpas para a mulher. Rin riu baixinho, imaginando se aquela papelada toda caísse...

"Pois não, senhorita?" – a mulher do balcão a chamou.

"Ah! Bom-dia! Sou Yoshida Rin e vim aqui para a entrevista." – respondeu ela docemente.

"Entrevista?" – a mulher a observou dos pés á cabeça com uma cara confusa.

"Hai, para a entrevista" – Rin sabia o que ela estava pensando. Será que ela era tão nova assim?

"Oh! Hum... Er..." – a mulher endireitou os óculos ainda um pouco inserta - senhorita Yoshida, o senhor Inokuma está numa reunião muito importante, e não poderá atendê-la agora, será que pode esperar um pouco? É que só ele pode fazer a entrevista... Já que é para a secretária dele, não?"

"Ah... Claro... Eu espero." – disse meio tristonha.

Sentou-se numa das cadeiras acolchoadas, perto de uma velha senhora e pegou uma revista para passar o tempo. Odiava esperar, era muito ativa para esperar. Era muito insuportável esperar. Se tinha uma ação pior para ser praticada por Yoshida Rin, era com certeza... Esperar.

"Domo..." – a senhora ao lado dela lhe cumprimentou.

"Ah... olá..." – respondeu educadamente.

"Nossa, esse prédio é lindo, não?" – a mulher puxou conversa – "É a primeira vez que venho aqui...".

"Eu também..." – disse Rin com um suspiro cansado.

"E parece ser muito bom os serviços, são muitos os advogados reunidos nesse local. Soube que eram duas empresas de advocacia que se juntaram..." – a velha continuou falando.

"A-ham..." – Rin na verdade não estava dando muita importância para a mulher. Estava tão agoniada por estar esperando e tão nervosa com a entrevista que não conseguia prestar muita atenção.

"Qual é seu caso?" – a mulher lhe perguntou.

"Sumimasen... Nani?" – ela indagou sem entender.

"Seu caso... por que está aqui?"

"Ah... estou aqui para uma entrevista de secretária..." – lhe respondeu.

"Secretária?" – a senhora arregalou os olhos - "Nossa... você parece ser tão jovem...".

De novo... Não podia ser... Ela não era tão jovem assim... Ia fazer dezoito anos! Já ia ser maior de idade! Por que todos a achavam jovem?

Conversou mais um pouco com a mulher, temas que nem ela mesma fazia idéia do que era.

"Senhorita Yoshida?" – a recepcionista a chamou.

"Ah... Ja mata!" – Rin se despediu da senhora e se dirigiu ao balcão.

"O senhor Inokuma a aguarda. Último andar, primeira sala à esquerda. O elevador é por ali." – e apontou para duas portas cinza.

"Arigatou." – fez uma pequena reverência. E seguiu para o lugar indicado, onde havia dois elevadores.

Apertou o botão para chamar uma das Cabinas Móveis e esperou-o chegar. Entrou e apertou novamente um botão, agora o do ultimo andar. Uma música agradável começou a tocar. Ela suspirou e escutou a doce melodia, tentado se acalmar um pouco.

O elevador parou no segundo andar e um homem entrou, ela o reconheceu, era o homem dos papeis. Ele ainda segura aquele motinho, mas agora já estava bem menor.

"Er... pode apertar o botão para mim, por favor? É o sete".

"Claro." – ela respondeu apertando o botão.

"Hum... você é nova aqui, não? Nunca a vi... ou é uma cliente?" – ele falou arqueando um pouco as sobrancelhas, assim que o elevador voltou a se locomover.

"Na verdade, vim aqui fazer uma entrevista de secretária."

"Entrevista? É para secretária do Senhor Inokuma?" – ele indagou fazendo a mesma cara de confusão da balconista e da velha.

"Hai..." – ela respondeu cansada. Se perguntando a mais quantas pessoas teriam que repetir tal coisa.

"Nossa! Você é um pouco... er... jovem..." – ele falou meio sem graça – "Bom... Sou Yamamoto Miroku! Ajudante do senhor Nakamura, mas ajudo todos aqui na verdade...".

"Yoshida Rin..." – se apresentou. O elevador chegou ao sétimo andar e a porta se abriu.

"Então... Boa sorte, Rin!" – ele disse saindo. Ela sorriu para ele e a porta se fechou.

Ótimo, estava tudo indo perfeitamente péssimo. Primeiro, ela saiu que nem uma desesperada de casa achando que estava atrasada, quase perde o metrô, corre que nem uma louca três quarteirões inteiros, tem que esperar ouvindo uma senhora que nem conhecia e ainda por cima é secada com o olhar de três pessoas por ser muito jovem. Não... O três não era de hipótese nenhuma seu número de sorte.

O elevador se abriu, revelando um pequeno corredor com algumas portas. Abriu a primeira porta a esquerda como a recepcionista disse, revelando outra sala. Essa não era tão grande quanto o salão de entrada, mas era ainda mais bonita. Porém não havia ninguém... Será que entrara no local errado ou a recepcionista que errou?

Avistou outra porta do lado da mesa que havia no fundo da sala. Devia ser ali.

Andou em direção a porta. Se endireitando mais um pouco, ela respirou fundo e bateu três vezes na porta.

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

N/A: Ok... ok... Finalmente me arrisquei e resolvi escrever uma fic Rin/Sess! Depois que vi o filme "Secretária" achei que ficaria engraçado, como Rin e Sesshoumaru... mas essa fic não vai ser igual ao filme, como já disse no inicio...

Ahh! Sobre o Shippou nessa fic... eu amooo muitooo ele... e resolvi por... (eu imagino ele do tamanho de um menino normal e um pouco mais velho... tipo o Souta, sabe?).

Ah... exagerei um pouco com a empresa,ne? "! hehehehehe

Quero tb mandar um beijão pa minha nova Beta... Loliiii!

Bom... já to indo...mas naum se esqueçam dos reviews!

Kisus e ja ne! x