Naruto e seus personagens não me pertencem, mas, isso não me impede de sonhar.

Amável acordar

Raios riscaram o escuro céu, avisando a chegada de uma tempestade.

O homem se movimentou pela floresta sombria, seus pés mal tocando o chão devido a sua sobre humana velocidade.

A floresta estava silenciosa, os animais que ali habitavam haviam se recolhido um pouco mais cedo do que o habitual, como se pressentissem o perigo que correriam se permanecessem visíveis.

Gotas gélidas e finas caíram sobre sua cabeça e Sasuke aumentou a velocidade, fazendo assim o vento zunir em seus ouvidos e açoitar a pele de seu rosto.

As altas e opulentas arvores se transformaram em negros borrões, e as finas gotas de chuva passaram a ser como alfinetes ricocheteando em seu rosto.

Quando visualizou a algumas milhas, um pequeno, mas rico povoado bem no meio da floresta maldita, as íris que até então estavam ônix, se tornaram rubras e três negras vírgulas giraram furiosas em meio aos círculos escarlates.

Quando chegou ao seu destino, os lábios se curvaram em um cruel e quase imperceptível sorriso.

Levou a mão esquerda a bainha da espada, a excitação começando a correr por seu corpo assim que sentiu o cheiro doce e enjoativo de suas presas.

Desembainhou a espada, a lâmina afiada brilhou como se possuísse luz própria, a adrenalina tomou conta de todos os seus sentidos.

Sentiu um cheiro bom, a garganta queimou pedindo por alivio, se mexeu sobre a cama, logo sentiu pequenas e gentis mãos lhe acariciarem os longos cabelos róseos.

Apesar de ser noite ouviu a amável voz lhe chamar: "Sakura, querida, vamos está na hora de se levantar". Ela se enrolou mais no lençol branco que a cobria, tentando assim fazer com que a amada mulher que a acordava desistisse do intento. " Sabe que não deveria ficar perambulando durante o dia". Ela a ouviu dizer.

Abriu os inocentes e expressivos olhos verdes e fitou a escuridão, apesar de não enxergar um palmo diante de seu nariz não se incomodou, ainda podia sentir a presença de sua mãe ao seu lado. "O dia estava lindo". Ela disse enquanto sentia o cheiro atraente do liquido escarlate e morno que lhe chegava aos lábios.

"Posso imaginar". Sua mãe lhe respondeu. Enquanto lhe oferecia o pulso.

Suas pequenas presas cravaram se gentilmente no pulso que lhe foi oferecido, e Sakura soltou em pequeno gemido de satisfação quando sentiu o liquido lhe aquecer o corpo quase frio.

Logo as formas até então escondidas pela escuridão tornaram-se visíveis através de seus olhos, a ardência em sua garganta se findou e sakura pode visualizar no rosto bonito de sua mãe a tristeza estampada.

"Mamãe..." Ela chamou, enquanto parava o fluxo de sangue que escorria por seus lábios. "O que houve"?

"Ele está aqui, e todos estão mortos".

"Como"? Sakura, perguntou. Os olhos se arregalando quando sentiu o odor forte de sangue e carne queimada, chegando ao seu olfato. Agora apurado.

"Ele veio, assim como seu pai disse que ele viria".

" Mamãe..." Ela soluçou. As lagrimas rolando por seus olhos em desespero.

"Não chore minha querida, vai ficar tudo bem, eu sempre estarei aqui com você".

"Eu não quero ficar sozinha... por favor... mamãe..." Ela implorou.

" Shii... você sabia que isso iria acontecer, agora não chore como uma criança mimada, você já tem dezessete anos". Mesmo com as palavras rudes, o tom era amável e gentil.

Sakura se levantou, a camisola de um azul transparente revelando mais do que escondia fazia um contraste harmonioso com o tom creme de sua pele.

"Vamos fugir". Ela disse, pegando um punhal de prata. "Não precisamos de roupas, há uma caverna não muito longe daqui, nós podemos nos esconder lá, vamos mam..."

Cinco dedos marcaram sua face. Sakura olhou para sua mãe assustada. "Acha mesmo que deixarei seu pai"? Eu não posso viver sem ele...

"Papai... onde está... o papai"?

"Morto...Seu pai está morto".

Sakura engoliu em seco, a dor invadindo seu coração. "Papai..." - Suas pernas bambearam e ela caiu de joelhos no piso de madeira. As lagrimas rolaram por seu rosto molhando o chão.

Suaves braços a circularam, enquanto chorosos soluços sacudiam seu corpo. " Sakura querida, nós não temos muito tempo".

Sakura se afastou, rechaçando o abraço. "Não..." Ela disse. Os olhos esmeraldas se arregalando em desespero. "Não, não, não..."

"Sakura querida, você não me ama"?

"Mamãe..."

"Você não me ama"?

"Amo... Eu te amo, amo, eu te amo muito mamãe..."

"Então... Mate-me".

... .

"Sakura... Você é uma boa menina, a mamãe esta orgulhosa de você".

"Mamãe..."

...

"Mamãe..."


Primeira vez que posto uma fic neste site, não consigo formata-la decentemente,mas, se tiverem gostado, deixem -me saber.