Gente, essa é a minha primeira fic aqui, então sejam bonzinhos, por favor!
Carol e Ana, eu dedico esta aqui a vocês. Sem sua ajuda, isto nunca chegaria aqui.
Ah, tudo isso pertence a gloriosa J.K.


"Histórias de amor não devem ser esquecidas."

***

A mulher de vestido vermelho, um pouco abaixo do joelho, sorria de uma maneira diferente para ele.

Ela tinha as unhas pintadas de rosinha claro, ele se lembra. Um rosa puro e infantil, em contraste com o vestido curto e decotado, que fazia seus seios praticamente pularem para fora do vestido. Mas o contraste era bom, a deixava mais normal.

Astoria Greengrass era uma mulher normal, com pouco mais de vinte e dois anos, nascida em uma família de bruxos normais – isto é, se bruxos podem ser considerados normais. Ela usava um perfume de rosas normal, igual a todas as outras garotas, e vestia roupas de marcas normais. Seus esmaltes também eram de cores comuns, cores que todas as mulheres usam. Seus cabelos cor de bronze e seu rosto coberto de sardas também acompanhavam o padrão de normalidade.

Mas, para Draco Malfoy, a moça estava longe de ser normal.

Os dois se levantaram juntos da mesa de jantar, de mãos dadas, a caminho da varanda.

Lá, os dois conversaram sobre gostos que eles tinham em comum, lugares que os dois haviam visitado, seus desejos, seus sonhos, suas comidas preferidas, coisas de seu tempo em Hogwarts, trabalho... passaram a se conhecer melhor, logo tornando-se amigos.

O que é um amigo? O que é, ou melhor, quem é essa pessoa que classificamos como nosso 'amigo'? O que ela significa para nós? Talvez, alguém que estabeleceu boas relações com outrem, uma pessoa simpática, a quem se está ligado por uma afeição recíproca.

Para eles, isso era definição de 'namorados', algo que, não muito tempo depois, já era a sua definição.

Namorados.

O namoro, por muitos considerado meloso, ou então, doce demais, não durou muito tempo. Seis meses de namoro, Malfoy criou coragem e pediu a mão de Astoria em casamento, recebendo de imediato um sim, acompanhado de beijos, abraços, e festas de noivado.

Em certos momentos, Draco pensava que devia milhões de agradecimentos a uma pessoa, em especial, por mudar completamente sua vida, graças a um jantar não-planejado no fim de março de um ano que, talvez, o melhor de sua vida. E ele devia tudo isso a sua mãe, Narcissa, ou agora mais conhecida como 'vovó Cissy'.

O mais novo herdeiro dos Malfoy, Scorpius, dormia calmamente nos braços da mulher de cabelos bronze e olhos verde-oliva, quem o pequeno reconhecia como 'mama'.

Draco, que assistia a cena de longe, não podia pensar em mais nada, a não ser em como sua vida havia mudado bruscamente em um curto período de três anos.

Mas, apesar das noites insones, das fraldas sujas, dos choros, dos tapetes queimados, almofadas rasgada, cavalinhos de porcelana estraçalhados, apesar das inúmeras traquinagens de seu filho, Draco se sentia feliz com a sua família, como ele nunca havia se sentido antes.

E, sentado ali, observando seu filho e sua esposa adormecidos, ele percebeu que era o homem mais sortudo do mundo.

E não se arrependia de nada.


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