Nota: Naruto © pretence à Kishimoto Masashi. Eu só me divirto um pouquinho.


Capítulo I

Presente de Aniversário


— Então, era isto que queira me mostrar, Kurenai? — Falou a jovem Anko ao ver seu novo quimono. — Hunf!

— Ora, Anko, você está sempre reclamando. Eu comprei o mais bonito porque é seu aniversário, e também uma porção de doce que você gosta...

Anko sorriu. Kurenai sempre querendo agradá-la, de algum jeito. Eram amigas há muito tempo, desde antes daquilo... A aniversariante fechou os olhos por um momento, tocando um ponto em seu pescoço... "Depois de tudo, isto... ainda me... afeta?"

— E você despreza o que eu fui buscar em outra cidade... Hã? — ouviu alguém bater na porta. — Está esperando mais alguém além de mim, Anko? — um brilho divertido passou em seus olhos antes de fechá-los.

— Não diga tolices, Kurenai! — ergueu-se pra ir abrir a porta, seguida pelo olhar malicioso da outra. — Oras! — piscou um olho. — Mas algo especial até que seria bem-vindo!

Ao abri-la, deparou-se com o que nem suspeitara!

— Surpresa! Bandai!

Ali estavam alguns dos mais antigos, além da própria Godaime. Sorrindo pra ela. Até mesmo...

— Jiraya-sama!

— Anko, com esta cara você assustaria um ninja qualquer sem precisar usar sequer uma shuriken! — brincou Kakashi, entrando com algo nas mãos. O Sannin a abraçava... ¬¬ — Não se preocupe, você não vai engordar...Trouxe só alimento saudável!

Foi abraçada por todos. E lançou um olhar fulminante para a outra jovem sentada, ao lado de Kakashi.

— Você sabia!

— É claro que não! Se eu soubesse teria chegado agora também! — falou a moça de cabelos negros, sorrindo, tocando a mão do Jounnin delicadamente. Mas não tão discretamente, e Anko registrou aquilo.

"Kurenai... sua saidinha está 'pegando' Kakashi... Por que então, vive saindo com Asuma?... Oras, mas no que estou pensado... onde estão os copos?"

Já era bem tarde, quando a jovem examinadora finalmente fechara a porta do pequeno apartamento que vivia. Encostara-se a porta, a tempo de ouvir alguém se chocar contra ela.

— Itai!

Recuou, assustada, com o grito do outro lado. Abriu-a imediatamente.

— Desculpe-me pelo horário, Anko-san, eu me esqueci do compromisso e...

Viu que ela o olhava divertida, sorrindo, com a cabeça inclinada para o lado. O rapaz à sua frente era mesmo um parvo, mas era excelente professor. E uma ótima pessoa.

— Iruka! Você se lembrou do meu aniversário, não é?

Ele sorriu.

— Bem, você não precisa me receber se não quiser, sei que está tarde, eu trouxe... Eu trouxe um presente pra você.

E estendeu uma pequena caixa cor-de-rosa. Que ela abominou a princípio, mas, vendo a doce expressão no rosto dele, a pegou e agradeceu.

— Ora, e quem disse que um amigo vai ficar na porta, neste dia... Entre, vamos tomar... — pensou em saquê, mas este acabara. —...Um Chá?

— Não, Anko-san. Preciso ir, e... — viu o rosto dele afogueado.

"Este Iruka... sempre tão tímido..."

Puxou-o pela mão, trazendo-o pra dentro da casa, quase o derrubando.

— Não seja assim, você não é mais um garoto. Sente-se ali, enquanto eu vou preparar o chá, e ver se ainda tenho algo comestível. Não saia daí, entendeu?

— C-claro, Anko-san!

Fechou os olhos antes de olhá-lo novamente.

— E já lhe pedi pra não me chamar de –san...Nos conhecemos há tanto tempo que poderia jurar que nasci junto com você.

— Está bem...Anko. — respondeu o jovem professor, sorrindo, muito envergonhado. "Anko... porque tem que ser assim... tão... pra frente..."

Logo, estava sentada a seu lado, ouvindo a narração do dia do rapaz, sorrindo algumas vezes. Não era sempre que podiam conversar sobre coisas tão fúteis e sem importância, e ela estava precisando disto. Falava sobre os futuros ninjas de Konoha, e era agradável ouvi-lo falar animadamente...

Enquanto isso o fitava. Ele não era o homem mais bonito da vila, mas tinha... Tinha um jeitinho muito meigo, e era muito fácil gostar de Umino Iruka. Os cabelos castanhos estavam presos, ordenados no rabo-de-cavalo. Seu uniforme de chuunin, já meio gasto, estava cuidadosamente limpo e apresentável. E aquela sutil timidez, que algumas vezes a irritava... "É, realmente... Iruka é muito certinho..."

Suspirou, os belos olhinhos de bronze cerrando-se.

— Vejo que só estou te cansando, Anko. — levantou-se pra ir embora. — Até amanhã, então... Hã?

Surpreso, sentiu que ela segurara sua mão, a cabeça baixa. Ele se perguntou o que ela queria.

— Fique mais um pouco, Iruka. Eu preciso da companhia de alguém. Não estou muito bem... — queria mesmo que ele ficasse mais um pouco.

— Me pareceu muito bem até agora... — falou ele, desconfiado.

— Você ainda desconfia de mim, não é? — ela deu um meio-sorriso. — Não adianta negar...Iruka... — Ela ergueu pra ele os olhos claros. — Ainda acha...

— Eu não acho nada, Anko. Eu tenho certeza sobre você. Não se preocupe comigo. E, — segurou a mão dela entre as suas. — Ficarei mais um pouco, sim, se quiser.

— Você é muito gentil, Iruka-kun... — encostou-se no ombro dele, que a abraçou. — É por isto que ainda estou aqui. Por amigos como você...

Acomodou-se melhor, sentindo o calor dele. A jaqueta é claro, atrapalhava bastante. Mas estava bem assim.

Sua mente nada convencional trabalhava, enquanto ele continuava narrando outros fatos, e trocavam informações que seriam fúteis até para os mais novos. Atrevida que era entrelaçou os dedos nos dele, fazendo o corpo do rapaz contrair-se.

— Iruka.

— O que foi? — respondeu ele, parecia cansado. "E assustado...", sorriu a moça.

— Eu quero passar esta noite com você.

Ele arregalou os olhos, apavorado. "O que esta louca está dizendo...!"

Desprendeu os braço dos ombros dela, querendo levantar-se, mas Anko era... decidida. Segurou seu colete, trazendo-o pra baixo outra vez.

— Está...o quê... você está bêbada, não é?

Ela insinuou-se pra ele.

— E se eu estiver?... você é um homem, e eu uma mulher, não estamos em público... é natural que isto aconteça,Iruka ... — enlaçou o pescoço do jovem.

— Como você se oferece deste jeito? Com quem aprendeu estas coisas? — falou, magoado.

Ela soltou-o imediatamente, encarando-o nos olhos, e ele se arrependeu de ter mencionado aquilo.

— Desculpe-me.

— Está... tudo bem... está certo você me desprezar assim, não estou fazendo as coisas direito mais uma vez... Perdoe-me. — Agora era a voz dela que demonstrava cansaço.

No entanto, ele novamente se sentava a seu lado.

— Não tem problema, eu... não te desprezo... ficarei com você... assim... até que você durma, está bem? — sorriu, junto à face dela. — Perdoe-me, sim.

Acomodou-se ali. Sim, eu o perdôo, não é tão fácil assim, mas quem passou pelo que passei... Mas desta vez... Fazia tanto tempo que ninguém a abraçava assim, tão carinhosamente...Não podia abusar da confiança e amizade dele...

— Tem coisas que a gente não devia dizer...eu não quis dizer que era...hã... pra frente, e nem mencionar aquele homem...

Porém, era mais forte que ela. Voltou-se pra ele, sorrindo. Não era um sorriso forçado.

— Mas eu sou sim, 'pra frente', não sou? E você, deveria ter fugido enquanto era tempo... Não quero apenas ficar abraçada com você, Iruka. Eu sinto muito...

Desta vez ele não fugiu quando os lábios quentes de Anko cobriram os seus. Deixou escapar um gemido ao bater com a cabeça, quando Anko empurrou-o contra o piso de madeira.

Ela descolou os lábios, rindo, deitada sobre ele.

— Ai, ai... Até agora você é atrapalhado...

— Desculpe-me... — o rosto do moreno estava vermelho. Sentia as curvas femininas sobre si, e isto o estava deixando louco. Viu o sorriso malicioso dela. "Anko..." Não iria resistir por muito tempo, então, inverteu as posições, prendendo-a sob seu corpo. Ia levantar-se, mas ela enclavinhou os dedos em seus cabelos, forçando-o (literalmente) a beijá-la novamente. Ele esqueceu que queria sair, deixando-se cair sobre ela.

Quando finalmente libertou-se pra tomar ar, arfando, ficou de joelhos, e viu que Anko o olhava com um olhar...que era impossível ignorar. "Não faça isto..."

— Fique. — ela sabia que ele queria ficar. "Mas a consciência... hunf... quem se preocupa com amanhã..." tocou o peito dele, sob a blusa. — Eu sei que quer ficar... — beijou-o outra vez, disposta a quebrar-lhe a disciplina para sempre. Puxou o elástico que prendia os cabelos negros, soltando-os. "Tão macios... pra um homem..." desceu as mãos até o colete, retirando-o.

"Se não pará-la agora..." seus olhos fechados não ajudavam muito. "Vou cometer um ato insano... "

— Anko... — murmurou.

— Chega de conversa fiada, Iruka... E me leve pra cama! — falou, enquanto beijava-o ainda com mais desejo e necessidade que antes. — Agora...

E Iruka descobriu sua fragilidade em relação à ela. Não conseguia dizer-lhe não. Quando caiu em si, ambos estavam na cama fofa que pertencia a ela. Suas roupas foram praticamente atiradas ao chão.

E ela surpreendeu-se com o jovem. Jamais o imaginara assim.

ooooooXXXXXXoooooo

O céu da madrugada era sempre o mesmo, pensava Anko, ainda deitada no peito do jovem. "Só eu que mudei..." seus dedos entrelaçavam-se nos dele, que dormia profundamente. Ela apoiou o queixo na outra, observando-o dormir. "E homem em minha cama também..." Sorriu. Ele parecia um anjo, dormindo. "Pobre Iruka... eu quase o matei do coração... mas você beija muito bem... Valeu a pena..." Pensou, rindo por dentro. Deslizou o dedo pelos próprios lábios, antes de fazer o mesmo com os ele. "Tão bonitinho..." levantou-se um pouco, a fim de ver-lhe o rosto. Tocou na marquinha que ele tinha sobre o nariz. Estreitou os olhos. "Sinceramente, eu nunca imaginei passar a noite com você, Iruka-kun... Mas não me arrependo nem um pouco... espero que você também..." Deu um beijinho no rosto dele. E voltou a acomodar-se entre o pescoço e ombro dele. Que se mexeu um pouco.

— Será que o acordei...? — murmurou ela, erguendo novamente a cabeça e encontrando-se com os olhos negros a fitar-lhe, como se ainda estivessem sonhando.

Ao reconhecê-la, ele sorriu, acariciando a face preocupada dela. Que se inclinou pra apreciar melhor a carícia tímida do professor.

— Eu... já estava meio desperto, não fique assim... — falou sonolento.

Ela deu um risinho, beijando-o.

— Você precisa ver como dorme, parece um anjo, Iruka...

— Inda me faltam as asas, não? Aliás, você as cortou enquanto eu dormia, para que não fosse embora...

— Eu não seria tão cruel assim... — piscou, aconchegando-se novamente nos braços dele. — você as escondeu, eu sei.

— Humm... — Espreguiçou-se. — Então, acho que é hora de encontrá-las... Para voltar pro meu próprio céu, antes que os demônios me vejam saindo daqui... — sentiu o rosto pegar fogo.

— Você fica lindo também, quando está envergonhado... — falou a jovem, deitando-se sobre ele. — E não pense que vou deixá-lo ir tão fácil... Vai ter que me convencer...

Iruka riu. Ela era assim. Mas por trás daquela fachada extrovertida, ele sabia. Ele sempre soube.

— Não quer que eu me vá...Hein... Bem, vou lhe dar alguns motivos... — falou girando o corpo novamente. E beijando o colo dela. — Primeiro, dou aulas hoje a partir das sete da manhã... Isto quer dizer, daqui a três horas, exatamente. — ergue-se um pouco, ainda com os dedos entrelaçados no dela. — Segundo, aquele pervertido do Kakashi e o Asuma são praticamente seus vizinhos, e eu detestaria ter que me explicar para eles. — beijou as mãos dela antes de soltá-las e descer da cama, pegando suas roupas. — Terceiro.

Enquanto ele vestia-se, Ela sentou-se enrolada no lençol, prestando atenção às suas palavras, observando seus movimentos. Ele era tão meigo, e fofo... Fechou os olhos, rindo, e assustou-se ao ver que ele beijara-a rapidamente, antes de sair.

— Não faça isto outra vez. Posso não ter coragem de fugir... — sorriu, tristemente. — Eu posso gostar mais do que devia. Até logo, Anko.

De boca aberta, ela viu Iruka pular a janela e desaparecer, antes que pudesse dizer qualquer outra coisa. Digerindo ainda as últimas palavras que ele dissera.

Abaixou a cabeça, olhando pra o chão. "Faz tanto tempo... Será que o farei sofrer..." Segurou a mão próxima ao coração. "Iruka..."

Talvez, continue...


Aqui estou me arriscando a escrever sobre algo que não tenho certeza... Mas vamos lá...Inspirei-me em um episódio do anime, quando o Orochimaru ataca a vila de Konoha. E eu gamei neste personagem masculino (Iruka, não o filho do cão...)...Ele é fofo, apesar de me parecer meio sonso...E a Anko, porque é doidinha...Aff. E em parece "da pá virada..."

Eu tentei...

Comentários são bem vindos.

Até o próximo.

8