Sinto muito a quem veio ler aqui pela primeira vez, mas alguns planos meus me impedem de deixar essa história online. Todos vocês que leram, eu agradeceria o dia inteiro e não conseguiria atingir o que desejo expressar. Para os dois grupos, se quiserem saber do que se trata, bem... podem continuar seguindo essa história. Apenas gravem o título "Estilhaços de um sonho". Quem sabe?

Deixo aqui, sem alteração nenhuma, a mensagem que postei no final da fanfic em Dezembro de 2012, e acho que vocês vão poder me entender:

"Eu me apaixonei por Time to pretend como o fiz com poucas coisas em minha vida, e sinceramente já não sei até onde isso é normal e saudável, mas é apenas verdade. Então acho que, agora, ao final, eu me permita divagar um pouco. Uma análise pessoal de alguns pontos. Vocês muitas vezes foram muito sinceros comigo em suas reviews, pessoais e até confessionais, e isso é incrível. Porque percebi, não sem lágrimas de emoção, que consegui tocar fundo em algumas questões que perturbam alguns leitores. Tendo isso em vista, com o perdão se não for o caso, acho que vocês gostariam de saber o que eu acho dessa história toda. A quem não tiver o interesse, pode terminar por aqui, sem a necessidade de continuar lendo. Agradeço imensamente sua presença.

Primeiro: Não, eu não "gosto de sofrer", hahahaha. Faço às vezes, sim. Depende da dor que estamos falando. Colocar os infinitos tipos de sofrimento em um balaio e chamá-los de "sofrimento" é ser bastante limitado. No entanto, já disse uma vez que a alma de um ser humano é talhada a cinzel. E cada golpe significativo, que realmente nos molda, que nos faz quem somos, são aqueles de arrancar pedaço. Isso pode doer. Algumas vezes, podemos lascar em pedaços essenciais e desmoronar sem podermos ser encaixados de volta. Mas podemos nos tornar outra coisa. Podemos viver com alguns visíveis rejuntes, só pra nos lembrarmos de cuidar daquela peça, lembrarmos-nos de que ela pode, sim, voltar a quebrar. Sofrimentos não são todos os mesmos. Encontrar beleza na dor é uma das coisas mais magníficas que existem, mas acho que já existem posts de facebook falando o suficiente sobre isso, não vale a pena a digressão.

E se eu gosto de causar sofrimento? Bem... eu não ficava detrás do computador esfregando as mãos e rindo tipo "MUAHAHAHAHAHAHA THERE SHALL BE BLOOD EVERYWHERE" quando postava um capítulo, isso eu vos garanto. Mas preciso dizer que, sim, muito das descrições de lágrimas que vocês davam me agradava profundamente.

Porque acho que é fácil notar que não escrevo por fanservice. As outras minhas são obviamente fanfiction em sentido estrito, mas nas minhas longs é bem mais do que isso. Não é, nem de longe, que eu ache que as minhas histórias estão em um nível superior ou que possam tocar a sua alma, ou que eu pense que eu sou um monge carregando as palavras de sabedoria. Pfew, longe disso. A única questão é que o que eu escrevi aqui não se trata da história, não se trata de veracidade, da plausibilidade de um final feliz, ou de ambientação real, não se trata de slash ou de Padackles (apesar de ser perfeitamente visível certa correlação com os nossos garotos). Isso se trata de sentimentos. Tudo o que escrevi é sobre uma visão que podemos ter. Sobre sucesso, mídia, preconceito, informação, arte, música, sonhos, desilusão, frustração e amor. E mostrei os dois lados. O de Jensen e Matthew, o aborto da esperança, irreversível, frustrante, desesperançado, cruciado, exangue. E o de Jensen e Jared. Atribulado, errado, malformado, viciado, subjugado, testado... mas, afinal, lindo. Talvez vitorioso, sublimemente humano. São os dois lados, mas podem ser centenas, porque existem milhares de facetas.

É por causa dessa minha visão que há tempos não consigo mais me visualizar escrevendo nesse intuito, com as regras de um fandom. Tem picuinha demais, muita comparação estúpida e desnecessária entre ficwriters, mas também tem vocês. Vocês aí, que ficaram até o fim, eu sei de cada uma de vocês, uma por uma, com um carinho sem igual. É por isso que acabo por voltar, toda vez. Porque é o jeito de encontrar as pessoas – de encontrar vocês. De que me servem meus mundos, de que me servem as mensagens que tenho vontade de passar, se elas não atingirão as pessoas? Que universo é esse, se é solitário? Não imagino sequer que ele exista. Por isso sempre acabo voltando, de um jeito ou de outro, mesmo que veementemente eu imagine que não vá voltar a fazê-lo, como está acontecendo agora.

Já vi leitores dizendo que são meus fãs. Não. Eu sou sua fã. Eu sou fã de cada momento em que você se desdobrou pra me dizer que tinha se emocionado com a minha história, mesmo dizendo eu não conseguiria se expressar tanto quanto desejava. Você acha que eu não percebi suas emoções por elas? Percebi; Percebi e sou fã de todas vezes que você tentou me entender, sou fã de cada uma de suas lágrimas e de cada um dos seus sentimentos lindos. Sou fã da confiança que você me deu, do quanto sua cabeça está aberta para o entendimento e para se livrar de ideias preestabelecidas, do quanto você não tem medo de sentir, do quanto você não é só mais uma poça rasa. Obrigada por existir. O mundo precisa de estrelas como você."