Nova York, 1955
A noite estava sem lua, muito escura com alguns salpicos de branco no breu da noite. O vento assoviava alto que se podia cortar sua pele em um ar tão gélido como a alma dos mortos.
Estava frio do lado de fora da casa dos Williams em Nova York, já que o inverno estava quase às portas. Amelia, a mãe da pequena família de quatro pessoas, batia o pé no chão freneticamente, enquanto tentava não morder o lápis na sua mão enquanto encarava a folha em branco. Tinha conseguido uma vaga como jornalista no Gazeta do Brooklyn, mas só garantiria se conseguisse escrever uma reportagem excelente. Nenhuma boa ideia havia lhe ocorrido ainda.
-Mãe...-o menino franzino de olhos claros e cabelos escuros chamou por ela, claramente temeroso-estou com medo...
-Medo de que meu pequeno?-Amy olhou para seu caçula e largou o Lápis na mesa olhando para seu filho, ela tentava fazer tudo que não pode fazer com Melody, sua filha mais velha. Era como se o menino fosse sua segunda chance e ela estava disposta a fazer de tudo para ser o máximo presente que pode na vida dele e o ajudar em seus momentos difíceis.
-O vento está fazendo um barulho estranho na minha janela-explicou Anthony se aproximando da mãe e percebeu o que ela estava fazendo-desculpe ter atrapalhado.
-Não se desculpe, meu garoto e não se preocupa-Amy acariciou seus cabelos sorrindo-não precisa ter medo, esse barulho é apenas os silfos fazendo uma festa para comemorar essa estação fria que estamos passando. Eles são criaturas muito inteligentes e sagazes e quase não tem tempo de dormir, mas quando as folhas vão caindo e o inverno começa a se aproximar eles preparam uma festa com danças, músicas, e muita animação, e se pedimos com jeitinho eles podem nos ajudar em nossos momentos de aprendizado.
-É mesmo?-Anthony ficou maravilhado com a história-mas então não preciso ter medo. Ainda assim, é um pouco horripilante.
- Tudo bem meu amor-Amy sorriu para ele-vou colocar você na cama, minha reportagem pode esperar.
Amy pegou seu filho no colo e foi a caminho do quarto do pequeno, o deitou na cama
_Olha Tony, você consegue ouvir a música dos silfos?-a ruiva falou tentando imitar os barulhos do vento com a boca-Até parece o som de uma Nave pousando ou desaparecendo, sabia que sua irmã sabe pilotar um nave?
-Mas ela é só um bebê, mamãe-disse o garoto rindo.
Amy sorriu com aquilo, uns messes depois de tudo ela recebeu a visita de sua filha mais velha que era uma viajante do tempo, ela confidenciou a mãe as coordenadas de uma regeneração dela que tinha se regenerado como um bebê, e assim Amy a achou quando tinha acabado de se regenerar após levar um tiro de Amy jovem que não sabia o que estava fazendo, agora ela criava sua filha até ela ter que seguir o próprio caminho em outra regeneração, a regeneração da Mels.
Ao ver a mãe distraída, mas mesmo assim, presente, Anthony decidiu tentar dormir. Lentamente adormeceu e sua mãe sorriu para ele antes de deixar o quarto.
Então ela voltou à sua matéria. Talvez todo aquele mistério no ar daquela noite reservava algo. Fechou seu caderno e o guardou. Decidiu que encontraria o motivo do medo de Anthony. Sua vida com o Doutor havia a ensinado a não ignorar coisas simples. Talvez isso a levaria até sua grande matéria.
A/N: E aí pessoal? Tudo bem? Vocês curtem a minha história e da Litexully Segredos entre as Dimensões? Bem, esse é o primeiro arco do universo dessa fic, que explica como o Doctor é parente dos Winchester. Espero que gostem!
