Disclaimer: Não me pertencem.

Nota da autora: A culpa é do vídeo da VenusHalation e da Pandora Imperatrix.
Acabei de escrever e revisar, então...


Homem-palito

Sailor Mars estava quase bamboleando sobre os saltos dos seus scarpins enquanto se dirigia para a sala de descanso com todos aqueles papeis sobre os braços. Ela só queria que Venus desse uma olhada antes de arquivar, mas claro que Venus não estava na própria sala. Por que ela estaria lá, não é mesmo? Já que ela podia estar na maldita sala de descanso! Neo King Endymion tinha decidido que uma área em comum para os Shitennou e as Senshi seria maravilhoso. Um jeito fácil de unir todos eles. Na opinião de Mars, aquela sala era perfeita para unir bagunça e foi isto que ela achou quando chegou lá.

Ao contrário do que tinha pensando no começo, estavam apenas Venus, Nephrite e Jadeite. Depois de dois segundos Mars concluiu que Venus e Jadeite na mesma sala já era gente suficiente. Eles ocupavam o espaço de dez pessoas e o ego deles o de mais vinte. Ela jogou os papéis sobre uma das mesas que estava menos imunda.

— Preciso que você dê uma olhada nisso, Venus. – O tom era impaciente, mas a expressão dela não ficou azeda por muito tempo. Venus se levantou, solícita, para olhar os documentos em questão.

— Não! – Jadeite reclamou. – Ela é uma peça importante no esquema aqui!

— Claro, – Nephrite respondeu com displicência – Ela concorda com você. Muito importante.

— Não é bem assim. – Venus pegou a primeira pasta e começou a folhear. Mars olhou inexpressiva para os dois generais.

— Eu sou o homem mais forte do mundo. – Jadeite não conseguiu se controlar. Nephrite soltou um muxoxo enquanto Jadeite sorria radiante. – Eu ganhei dele em uma queda de braço.

— Você trapaceou. – Nephrite falou calmo. Venus soltou um sorrisinho antes de dar um visto em um dos documentos. De onde ela tirou a caneta, Mars não queria saber.

— Eu venço qualquer pessoa! – Jadeite argumentou. Venus levantou o olhar para falar algo e Mars decidiu fazer algo... bobo.

— Eu duvido!

— Ah, é? – Jadeite falou – Eu consigo te carregar.

— Não sei como. – Venus murmurou.

— Você é um bonequinho de palito. – Nephrite comentou – Não carrega nada, o vento te carrega.

— Vocês são invejosos! – Jadeite reclamou. – Venus, faz uma queda de braço comigo!

— Óbvio que não. – Ela nem levantou o olhar desta vez. – Eu poder é luz. Não força.

— Eu faço. – Mars responde enquanto batia as pontas dos dedos nos ombros dele.

— O que? Como? – Jadeite ficou confuso. Mars já estava contornando a mesinha e se sentando com elegância no sofá. Ela sinalizou para ele ocupar o lugar a frente dela. – Sério?

— Você não é o homem mais forte do mundo. Prove.

Venus já tinha parado de ler os documentos. Nephrite parecia uma criança na manhã de Natal. Mars não sabia se gostava da atenção que aqueles dois estavam dando para ela, mas a expressão no rosto de Jadeite não tinha preço. Era algo meio assustado com confuso e admirado. Era uma expressão bonita de se ver.

— Vai amarelar?

— Claro que não! – Ele se sentou quase no pulo. – Eu só estava preocupado em te machucar.

Mars fez um barulho que expressava todo o desprezo por aquele comentário.

— Amarelão.

Jadeite apoiou o cotovelo direito sobre a mesa e sorriu quando ela fez a mesma coisa. Os dois deram as mãos e a queda de braço começou. Jadeite parecia com problemas e antes que Nephrite expressasse sua opinião sobre o desempenho, Mars virou o braço dele com tudo sobre a mesa.

Uma gargalhada começou a borbulhar da garganta de Venus. Nephrite se virou para ela e disse:

— EU DISSE! ELE TRAPACEOU!

— Com o outro braço. – Jadeite mandou e Mars, ainda se divertindo, acatou só para prolongar aquilo. Jadeite estava inconformado e aquilo divertia Mars. Os dois seguiram o mesmo procedimento de antes, só que agora Jadeite conseguiu virar o braço de Mars. – Aha!

— Traaaa-paaa-çaaaa! – Nephrite cantarolou.

— Claro que não! – Jadeite estava com o rosto vermelho de esforço. – Eu sou canhoto!

— O que? – Nephrite estava furioso agora. – Você aproveitou que ela é destra para ganhar do braço mais fraco dela!

— Eu treino arco e flecha. Não tenho braço fraco. – Mars comentou.

— Eu sou canhoto, aceite, Nephrite.

— Eu tinha certeza que você era destro... – Mars comentou. Ela ainda estava sorrindo porque, de qualquer forma, ela tinha ganhado uma queda de braço. Ele não era o mais forte coisa nenhuma.

— Não, sou canhoto e... – Do nada um peso de papel voou na cara de Jadeite e, com sorte, ele conseguiu pegar antes de fazer um estrago. Venus estava sorrindo de forma maligna.

— Você jogou isso na minha cara? – Jadeite estava revoltado.

— Não reclame, você pegou. – Venus voltou a ler o documento. – Só precisava verificar uma coisinha.

— O que?

— Destro. – Nephrite falou.

— Eu sou canhot... – ele olhou para a mão que estava segurando o peso de papel e trocou de mão correndo.

Os três começaram a gargalhar.

— Não importa! – Jadeite respondeu. – Eu ganhei do Nephrite...

— Você roubou!

— ... e eu não quis machucar a... – Mars deu um cascudo na cabeça dele. – Aiii!

— Mas eu quis te machucar! – ela resmungou.

— Homem-palito. – Venus comentou e ganhou um gargalhada de Nephrite como resposta. - Agora ele é o Homem-palito.


Notas finais: Era para ser mais zuero, mas é o que temos para agora.