Domo minna-san! Fic de presente pro meu grande amigo Lei-kun que está sempre me ajudando quando eu preciso.
Sinopse: Porque depois de uma tragédia todos acreditam na eternidade.
Eternidade
"Lei-niisan." – Comecei. – "Por que nossa vida não pode ser eterna?"
"Porque se fosse, ia chegar uma hora que iríamos cansar e iríamos querer morrer." – Meu irmão começou a falar. – "E também, se nós fossemos eternos não aproveitaríamos nada como aproveitamos, porque saberíamos que teríamos a eternidade pra fazer isso."
Eu era pequena demais para entender o que significava 'morte'. Sabia que todos morriam, mas não conseguia compreender o que era.
Não. Não é isso.
Eu compreendia. Só não queria admitir.
Mas depois daquele dia, fui forçada a admitir.
Depois do dia daquela maldita tragédia. Aquela tragédia que nos deixou sem nossa família.
Agora temos apenas um ao outro.
Lei trabalha em uma banca durante o dia. De manhã, eu vou para a escola e a tarde trabalho como garçonete em um restaurante chamado "Angel Mort". E, com o que ganho, pago meu estudo.
Aposto que querem saber o que aconteceu. Acertei, não?
Antes, vou me apresentar.
Sou Lucy. Lucy Ryank. Tenho 13 anos e estou na 8ª série. Lei-kun é meu irmão mais velho. Ele tem 17 anos e está no 3º colegial.
Agora que estamos apresentados, vou começar a contar minha terrível história.
Era uma noite de natal. Estávamos felizes. Eu, Lei, mamãe e papai. Teria sido um natal como qualquer outro.
Mas quando começaram a tocar as doze badaladas do sino da igreja de perto de casa, tocaram a campainha.
Papai mandou eu e Lei sairmos. Nos mandou ir para o quintal.
Nós fomos.
Um tempo depois escutamos um barulho. Parecia ser um tiro.
E novamente o barulho se repetiu.
Logo depois, ouvimos passos. Estavam indo embora.
Depois de termos certeza que haviam saído, nós entramos em casa.
Lembro-me apenas de ter visto os corpos ensangüentados de meus pais. Lei-kun tampara meus olhos.
E mesmo eu tenho certeza de que não iria querer ver aquela cena.
Naquela época, eu tinha apenas apenas 8 anos e Lei tinha 12.
-x-
Agora passados cinco anos daquele fatídico dia, ainda me lembro do que vi. O que aconteceu naquele natal é um ferida que vai estar sempre aberta em meu coração.
Tenho certeza que Lei-niisan sente o mesmo que eu ao lembrar do que passamos. Ele apenas não deve querer falar nisso.
E eu o entendo.
Não é nada fácil tocar nesse assunto.
Não é nada fácil ter que reabrir este ferimento.
Não é nada fácil esquecer como nossa família foi destruída.
Não é nada fácil apagar o que sofremos.
E agora que estamos perante ao tumulo de nossos pais, as lembranças voltam. Mais fortes dessa vez.
"Lucy-chan." Lei me chamou. "Venha, Lucy-chan. Vamos embora. Está esfriando."
Eu sabia que aquilo era uma desculpa para irmos. Afinal, doía carregar aquelas memórias. E nós dois lembrávamos com mais intensidade o que passamos quando estávamos a frente de onde papai e mamãe estavam enterrados.
"Certo." Apesar de saber que era mentira, respondi.
"Lei-kun." Chamei-o enquanto caminhávamos em direção à nossa casa. Novamente era uma noite de natal.
"O que houve, Lucy?"
"Eu odeio o natal."
Ouvíamos as doze badaladas do sino enquanto voltamos para casa.
Realmente, a eternidade era, para nós dois, o dia do natal.
"Te amo tanto a ponto de perder as palavras...
O que preciso fazer para que você enxergue meu carinho?
Me abrace mais forte
E então acreditarei em seu grande coração
...Dando adeus para a solidão...
...E seguindo para o amanhã..."
E então? O que acharam?
Acho que deu pra entender que Lei é o meu amigo e a Lucy sou eu né?
E os trechos que tem aí no fim em negrito, é uma parte de Sayonara Solitia [encerramento de Chrno Crusade traduzida ;D
Antes que eu esqueça, sobre a ultima fala da Lucy (Eu odeio o natal) é porque eu não sou muito fã dessa época não, x. E a resposta do Lei-kun sobre a nossa vida não ser eterna é a resposta dele quanto a isso mesmo D.
Quero reviews, ok?
Mizinha Cristopher
