Atenção: leitura não recomendável para ninguém com bom senso.
Desbragado
Já vinha frequentando o psicólogo havia algum tempo. O nervosismo, o estresse gerado pelo caos cotidiano, a vivência com a correria de uma metrópole tão inorgânica e impessoal já havia afetado a cabeça de Ino, que descontava sua frustração e ansiedade se arranhando, às vezes. Às vezes, vomitando sem forçar. E Sai apenas a observava chegar em casa sempre dando o mesmo bufado, que sabia que ela queria que fosse um rugido. Não foi surpresa ver manchas de sangue no lençol, mas foi incômodo o suficiente para que - o tão apático - Sai, sentisse necessidade de tomar alguma atitude em relação aos acontecimentos recentes. Foi quando, calmamente, tirou aquele lençol da cama, levou até ela e mostrou-lhe aquilo.
- Não sei mais o que fazer... Como redirecionar minha frustração - confessou em tom choroso assim que encarou as manchas já marrons no lençol branco.
Sai segurou-a pelo rosto, indelicado como nunca antes, já farto de toda aquela situação.
- Desconta essa sua frustração nas minhas costas quando eu estiver fodendo sua boceta.
Treparam a tarde toda. Mancharam a cama sem preocupação. Sangue e secreção. Sexo.
Eu disse.
